O SENSO COMUM DE INFORMAÇÃO: QUESTÕES OPORTUNAS

Autores

  • Marcos Gonzalez

DOI:

https://doi.org/10.21728/logeion.2015v1n2.p69-93

Resumo

Problematizamos o conceito de informação, sob a perspectiva da Linguística Sociocognitiva, em especial da teoria da metáfora conceptual e da teoria dos frames semânticos, a fim de verificar se a terminologia predominante da Ciência da Informação (CI) é próxima do “senso comum”, como querem alguns autores da área. De fato, pudemos descrever o esquema cognitivo em que o conceito de informação é produtivo. Identificamos um componente da metáfora do canal, a metáfora INFORMAÇÃO É CONTEÚDO, capaz de confirmar a suspeita dos epistemólogos da CI e ir além: ela revela uma maneira mecânica de “falar sobre comunicação” que é de um “senso comum” desde há muitos séculos. Qual “senso comum”? Argumentando que a metáfora INFORMAÇÃO É CONTEÚDO faz mais sentido no contexto da comunicação escrita do que na falada, sugerimos uma revisão crítica dos efeitos que o letramento em massa aos seis anos poderia estar provocando na mentalidade ocidental: ao valorizar a escrita, tecnologia fundamental para a sustentabilidade das “sociedades da informação”, estaremos negligenciando a oralidade e, em consequência, negando nossa humanidade?

 

THE COMMONSENSE OF INFORMATION: TEMPESTIVE QUESTIONS

Abstract

We problematize the concept of information, from the perspective of socio-cognitive linguistics, especially that from the conceptual metaphor and semantic frames theories, in order to check whether the prevailing terminology of the Information Science (IS) is close to the “commonsense”, as some authors whish. In fact, we describe a cognitive scheme in which the concept of information is productive. A component of the conduit metaphor, INFORMATION IS CONTENT, seems to confirm the suspicion of IS epistemologists and more: it reveals a mechanical way to “speek about communication” that is a “commonsense” for centuries. Which “commonsense”? Arguing that the metaphor INFORMATION IS CONTENT makes more sense in the context of written language than in spoken one, we suggest a critical review of the effects that mass literacy at age six could be causing in Western mind: giving prestige to the writing language, a key technology for the sustainability of “information societies”, are we neglecting orality and therefore denying our humanity?

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Publicado

23/02/2015

Como citar

GONZALEZ, M. O SENSO COMUM DE INFORMAÇÃO: QUESTÕES OPORTUNAS. Logeion: Filosofia da Informação, Rio de Janeiro, RJ, v. 1, n. 2, p. 69–93, 2015. DOI: 10.21728/logeion.2015v1n2.p69-93. Disponível em: https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/1487. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos