Economia política aristotélica: cuidando da casa, cuidando do comum.

Autores

  • Armando de Melo Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.21728/logeion.2017v4n1.p36-72

Resumo

A sociedade não se iniciou com a civilização grega, porém fundamentou a civilização ocidental. Pretende-se fazer uma reflexão sobre as questões econômicas do mundo antigo, quando Aristóteles anteviu crescente inserção mercantilista na sociedade e tratará a polis com uma grande autonomia humana. A sociedade grega clássica está centrada na cidade-estado, a polis, a qual era, para os gregos, o estágio final e completo da vida social, a única forma possível de existência civilizada. O conceito aristotélico de economia como ação/política do “cuidar”, como a ciência que busca o melhor uso das riquezas destinadas a manutenção e aperfeiçoamento da vida social, auxilia o mundo moderno à construção de um pensamento econômico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AGAMBEN, G. Homo sacer. Belo Horizonte: UFMG, 2002.

ANDERSON, P. Passagens da Antiguidade ao feudalismo. SP: Unesp, 2016.

ARENDT, H. A condição humana. RJ: Forense Universitária, 1989.

ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1997.

______. Ética a Nicômaco. SP: Abril Cultural, 1979. (col. “Os pensadores).

______. Econômicos. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

BORISONIK, H. Dinero sagrado. Política, economia y sacralidad em Aristóteles.

Buenos Aires: Miño y Dávila, 2013.

BRAUDEL, F. Civilização material, economia e capitalismo séculos XV-XVIII. As estruturas do cotidiano. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

CARDOSO, C. Trabalho compulsório na antiguidade. RJ: Graal, 1984.

CASTORIADIS, C. “Valor, igualdade, justiça, política. De Marx a Aristóteles

e de Aristóteles até nós”. In: As encruzilhadas do labirinto. RJ: Paz e Terra, vol. I (2ª ed.). 1997.

______. “A democracia ateniense: questões falsas e verdadeiras”. In: As encruzilhadas do labirinto. RJ: Paz e Terra, vol. IV, 2002.

Finley, M. A economia antiga. Porto: Afrontamento, 1980.

______. Economia e sociedade na Grécia antiga. SP: Martins Fontes, 1989.

______. Escravidão antiga e ideologia moderna. RJ: Graal, 1991.

GRAEBER, D. Dívida. São Paulo: Três Estrelas, 2016.

HÖFFE, O. Aristóteles. Porto Alegre; Artmed, 2008.

JAEGER, W. Paidéia. A formação do homem grego. SP: Martins

Fontes, 2003.

KURY, M. “Apresentação”. In: Aristóteles. Política. Brasília: UnB, 1997.

LE GOFF, J. Por amor às cidades. SP: UNESP, 1998.

LIMA, A. Economia política em Aristóteles e a perspectiva de Marx. Florianópolis: UFSC (tese doutorado em Filosofia), 2011.

MARX, K. O capital. São Paulo: Abril Cultural (vol. I), 1983.

MELO, G. “Campesinato e mercado na Atenas clássica”. In: Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH. São Paulo, julho, 2011.

MONTESQUIEU, C. Do espírito das leis. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

POLANYI, K. A grande transformação. RJ: Campus, 1980.

______.“Aristóteles descobre a economia”. In: A subsistência do homem e ensaios correlatos. RJ: Contraponto, 2012.

RUBENSTEIN, R. Herdeiros de Aristóteles. RJ: Rocco, 2005.

SCHUMPETER, J. História da análise econômica. RJ: FCE, 1964.

SHANIN, T. “Campesinato”. In: Outhwaite, W.; Bottomore, T. (ed.). Dicionário do pensamento social. RJ: Jorge Zahar, 1996.

XENOFONTE. Econômico. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

WEBER, M. História geral da economia. SP: Mestre Jou, 1968.

WOOD, E. “O trabalho e a democracia antiga e moderna”. In: Wood. Democracia contra capitalismo. São Paulo: Boitempo, 2003.

Downloads

Publicado

10/10/2017

Como citar

LISBOA, A. de M. Economia política aristotélica: cuidando da casa, cuidando do comum. Logeion: Filosofia da Informação, Rio de Janeiro, RJ, v. 4, n. 1, p. 36–72, 2017. DOI: 10.21728/logeion.2017v4n1.p36-72. Disponível em: https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/4001. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos