REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO COMO ATO IDEOLÓGICO

Autores

  • Aline Elis Arboit

DOI:

https://doi.org/10.21728/logeion.2017v4n1.p154-166

Resumo

Reflete sobre a representação do conhecimento como atividade interpretativa da realidade, responsável por elaborar produtos que expressam determinadas visões de mundo. Ao entrar em contato com os documentos em conjunto com seus contextos de produção e uso, o indexador/classificador deve decide quais os melhores rótulos para representá-los. Tal escolha se trata de tomar posição diante de um olhar espaço-temporal do mundo, atribuindo valor a índices, termos e notações, transformando sinais em signos. Como são resultado da vivência em sociedade em um determinado tempo e espaço, esses signos são inevitavelmente permeados por um conjunto de ideologias exigindo do indexador/classificador uma postura ética voltada para pluralidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARBOIT, A.; GUIMARÃES, J. A. C. The ethics of Knowledge Organization and Representation from a Bakhtinian perspective. Knowledge Organization, v. 42, n. 5, p. 324-331, 2015.

BAKHTIN, M. Para uma filosofia do ato responsável. São Carlos: Pedro e João, 2010. Manuscrito de 1920-1924 publicado postumamente.

BAKHTIN, M (VOLOCHÍNOV). Marxismo e filosofia da linguagem. 14. ed. São Paulo: Hucitec, 2010. Publicado originalmente em 1929.

FARACO, C. A. Linguagem e diálogo: as idéias lingüísticas do círculo de Bakhtin. Curitiba: Criar, 2003.

FROHMANN, B. Rules of indexing: a critique of mentalism in information retrieval theory. Journal of Documentation, v. 46, n. 2, p. 81-101, jun. 1990.

GARCÍA GUTIÉRREZ, A. Desclasificados: pluralismo lógico y violencia de la clasificación. Barcelona: Anthropos, 2007.

_____. Epistemología de la documentación. Barcelona: Stonberg, 2011.

GONZÁLEZ DE GOMEZ. M. N. A representação do conhecimento e o conhecimento da representação: algumas questões epistemológicas. Ci. Inf., Brasília, v. 22, n. 3, p. 217-222, set./dez. 1993.

GUIMARÃES, J. A. C. Slanted Knowledge Organization as a New Ethical Perspective. In: ANDERSEN, J.; SKOUVIG, L. (ed.) The Organization of Knowledge (Studies in Information, Volume 12). Emerald Publishing Limited, 2017. p.87 - 102.

HJØRLAND, B. Deliberate Bias in Knowledge Organization? In:

ARSENAULT, C.; TENNIS, J. (Eds.). Culture and Identity in Knowledge Organization: Proceedings of the Tenth International ISKO Conference August 5-8 2008, Montréal, Canadá. Advances in Knowledge Organization, 11. Würzburg: Ergon-Verlag, 2008. p. 256-61.

JENSEN, R. The myth of the neutral professional. Progressive librarian, n. 24, p. 28-34, 2004/2005.

OLSON, H. A. The power to name. Dordrecht: Kluwer, 2002.

PONZIO, A. A revolução bakhtiniana: o pensamento de Bakhtin e a ideologia. São Paulo: Contexto, 2009.

Downloads

Publicado

30/09/2017

Como citar

ELIS ARBOIT, A. REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO COMO ATO IDEOLÓGICO. Logeion: Filosofia da Informação, Rio de Janeiro, RJ, v. 4, n. 1, p. 154–166, 2017. DOI: 10.21728/logeion.2017v4n1.p154-166. Disponível em: https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/4129. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos