AÇÃO COLETIVA POLÍTICA E LUTA POR RECONHECIMENTO: A ATUAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FAMÍLIAS HOMOTRANSAFETIVAS (ABRAFH) NA DEFESA DE OUTRAS MODALIDADES DE FAMÍLIAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21728/logeion.2019v6n1.p85-105

Palavras-chave:

Homoafetividade, Famílias, Luta por reconhecimento

Resumo

A Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (Abrafh) é uma entidade que luta pelo reconhecimento das populações cujo núcleo é formado por sujeitos LGBTQIA+. A instituição busca representar os anseios e expectativas dessas famílias em diferentes âmbitos sociais, assim como combater os desrespeitos e preconceitos advindos de um sistema heterossexista. Este trabalho busca compreender como a Abrafh mobiliza as dimensões do afeto e da solidariedade na luta política. Para isso, entrevistamos quatro representantes do primeiro conselho diretor. Por meio de uma análise qualitativa de conteúdo discursivo, pudemos compreender que a Abrafh, segundo os diretores, surge para acolher, defender e representar as famílias homoafetivas no sentido de tornar estes cidadãos emancipados e com direitos reconhecidos. Conclui-se que a instituição atua principalmente a partir da possibilidade de responder satisfatoriamente à necessidade que os sujeitos têm de desenvolverem conexões baseadas na confiança afetiva na continuidade da dedicação mútua.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do autor

Elias Santos Serejo, Universidade Federal do Pará

Doutorando do Programa de Pós-Graduação Comunicação, Cultura e Amazônia da Universidade Federal do Pará. Jornalista, mestre em Comunicação, Linguagem e Cultura pela Universidade da Amazônia. Bolsista Capes.

Danila Cal, Universidade Federal do Pará

Docente do Programa de Pós-Graduação Comunicação, Cultura e Amazônia da Universidade Federal do Pará. Doutora em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais.

Leandro Rodrigues Lage, Universidade Federal do Pará

Docente do Programa de Pós-Graduação Comunicação, Cultura e Amazônia da Universidade Federal do Pará. Doutor em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais.

Referências

ALEXANDER, Jeffrey. Ação Coletiva, Cultura e Sociedade Civil: Secularização, atualização, inversão, revisão e deslocamento do modelo clássico dos movimentos sociais. Rev. bras. Ci. Soc., São Paulo, v. 13, n. 37, p. 5-31, Jun, 1998. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000200001&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 30 nov. 2017.

ALONSO, Angela. As teorias de movimentos sociais: Um balanço do debate. Lua Nova, n. 76, São Paulo, CEDEC, p. 49-86, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ln/n76/n76a03>. Acesso em: 20 set. 2017.

GARCÊZ, Regiane Lucas de Oliveira. Teoria do Reconhecimento: uma teoria dos movimentos sociais? In: SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE DEMOCRACIA E DESIGUALDADES, 2, 2014, Brasília. Anais… Brasília: Universidade de Brasília, 2014. Disponível em: <http://www.sndd2014.eventos.dype.com.br/arquivo/download?ID_ARQUIVO=4148>. Acesso em: 5 jun. 2017.

GOHN, Maria da Glória. Movimentos sociais na contemporaneidade. Revista Brasileira de Educação, v. 16, n. 47, mai./ago., 2011. Disponível em: <http://www.redalyc.org/html/275/27519919005/>. Acesso em: 25 set 2017.

HABERMAS, Jürgen. O papel da sociedade civil e da esfera pública política. In: Direito e Democracia: entre facticidade e validade. Volume II. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2003. p. 57-123.

HONNETH, Axel. Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2009.

HONNETH, Axel. O eu no nós: reconhecimento como força motriz de grupos. Sociologias, v. 15, n. 33, 2013.

LAGE, Leandro; CAVALCANTE, Tainá. ESTIMA SOCIAL E LINGUAGENS DA SOLIDARIEDADE: pessoas com Síndrome de Down e a luta por reconhecimento. Revista Observatório, v. 4, n. 6, p. 506-543, 8 out. 2018.

MELLUCI, Alberto. Um objetivo para os movimentos sociais? Lua Nova, São Paulo: CEDEC, n.17, p.49-66, jun. 1989. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/6190/000438203.pdf?sequence=1>. Acesso em: 12 ago 2017.

MENDONÇA, Ricardo Fabrino. Reconhecimento e Deliberação: as lutas das pessoas atingidas pela hanseníase em diferentes âmbitos interacionais. 369 f. Tese (Doutorado em Comunicação Social) – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, UFMG, Belo Horizonte, 2009.

NARVAZ, Martha Giudice; KOLLER, Sílvia Helena. Famílias e patriarcado: da prescrição normativa à subversão criativa. Psicologia & Sociedade, Porto Alegre, RS, v. 18, n. 1, p. 49-55, jan/abr. 2006. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/psoc/v18n1/a07v18n1>. Acesso em: 15 jul. 2017.

SCHERER-WARREN, Ilse. Das mobilizações às redes de movimentos sociais. Sociedade e Estado, v. 21, n. 1, p. 109-130, jan./abr. 2006. Dossiê: Movimentos sociais. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/se/v21n1/v21n1a07>. Acesso em: 08 out. 2017.

SIMÕES, Júlio; FACCHINI, Regina. Na trilha do arco-íris: do movimento homossexual ao LGBT. São Paulo: Perseu Abramo, 2009.

VIZER, Eduardo A. Movimentos Sociais: novas tecnologias para novas militâncias. In: VICENTE, Maximiliano Martin. (Org.) Mídia e sociedade – perspectivas. São Paulo: Canal 6, 2007, p. 9- 30.

Downloads

Publicado

15/09/2019

Como citar

SEREJO, E. S.; CAL, D.; LAGE, L. R. AÇÃO COLETIVA POLÍTICA E LUTA POR RECONHECIMENTO: A ATUAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FAMÍLIAS HOMOTRANSAFETIVAS (ABRAFH) NA DEFESA DE OUTRAS MODALIDADES DE FAMÍLIAS. Logeion: Filosofia da Informação, Rio de Janeiro, RJ, v. 6, n. 1, p. 85–105, 2019. DOI: 10.21728/logeion.2019v6n1.p85-105. Disponível em: https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/4851. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos