Jürgen Habermas

o Direito como linguagem

Autores

  • Marcelo Pereira de Mello UFF

DOI:

https://doi.org/10.21728/logeion.2020v6n2.p61-83

Palavras-chave:

Ordem Social, Direito, Linguagem

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar a Sociologia do Direito de Jürgen Habermas, mostrando a centralidade do direito na sua teoria da ordem social. Como sociólogo formado na tradição alemã de grandes sínteses filosóficas, Habermas, em seu livro " Direito e Democracia – Entre facticidade e validade ", que nos guiará neste artigo, descreve o objetivo ambicioso de produzir uma teoria geral da ação social à maneira de Parsons. Em sua explicação sobre a natureza das sociedades, o direito positivo é entendido como uma linguagem estabilizadora das interações sociais tendo o importante papel de estruturar a ordem social. Celebrado entre os juristas, o entendimento completo das proposições de Habermas requer conhecimento amplo e crítico das teorias sociológicas sobre a natureza da ordem social. Muitas vezes secundarizado por sociólogos, especialmente os tradicionalistas e conservadores, o autor promove um entendimento das normas legais como um processo dialógico e multideterminado, que não é apenas um reflexo das relações sociais, mas que também estabelece parâmetros para a composição de conflitos inerentes às interações sociais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do autor

Marcelo Pereira de Mello, UFF

Professor Titular da Universidade Federal Fluminense. Professor do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Direito (PPGSD/UFF)

Referências

BOBBIO, Norberto. O Positivismo Jurídico: Lições de Filosofia do Direito. São Paulo: Ícone Editora, 1995.

BOBBIO, Norberto. Teoria Geral do Direito. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

DURKHEIM, Emile. Da Divisão do Trabalho social. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

HABERMAS, Jürgen. Direito e democracia. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, v. I e II. 1997.

HABERMAS, Jürgen. Entre naturalismo e religião – Estudos filosóficos. Rio de Janeiro: Tempo brasileiro, 2007.

HOBBES, Thomas. Leviatã ou Matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. São Paulo: Editora Martin Claret, 2012.

HOBBES, Thomas. Diálogo entre um filósofo e um jurista. São Paulo: Landy Editora, 2004.

HUSSERL, Edmund. Ideas relativas a una fenomenología pura y una filosofia fenomenológica. México: Fondo de Cultura Económica.1986.

KANT, Immanoel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. São Paulo: Martin Claret, 2011.

LUHMANN, Niklas. Sociologia do direito. Rio de Janeiro, Edições Tempo Brasileiro, vols. I e II, 1983.

LUHMANN, Niklas. The self-reproduction of law and its limits. In: TEUBNER, Gunther (Ed.). 1986.

LUHMANN, Niklas. Social systems. Stanford, California, Stanford University Press, 1995.

MARX, Karl. Crítica da Filosofia do direito de Hegel. São Paulo: Boitempo Editorial, 2005.

MATURANA, Humberto & VARELA, Francisco J. Autopoiesis and cognition. Boston: Boston Reidel, 1980.

MELLO, Marcelo P. A Sociologia do Direito de Max Weber: O Método Caleidoscópio. Rio de Janeiro: Lúmen Juris. Cadernos de Direito FESO, ano v, número 7, 2004.

MELLO, Marcelo P. A perspectiva sistêmica na sociologia do direito: Luhmann e Teubner, pp. 351-373. Tempo Social- Revista de sociologia da USP, v. 18, n. 1.

PARSONS, Talcott. The Structure of Social Action. New York: The Free Press, 1968.

RORTY, Richard. La justicia como lealdad ampliada. Barcelona: Paidós, 1998.

SCHUTZ, Alfred & LUCKMAN, Thomas. Las estructuras del mundo de la vida. Buenos Aires, Amorrortu Editors, 1977.

TEUBNER, Gunther. O direito como sistema autopoiético. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1989.

WEBER, Max. Economia e Sociedade, Vol. I. e Vol. II. Brasília, Editora UnB, 1991 e 1999.

Downloads

Publicado

24/03/2020

Como citar

MELLO, M. P. de. Jürgen Habermas: o Direito como linguagem. Logeion: Filosofia da Informação, Rio de Janeiro, RJ, v. 6, n. 2, p. 61–83, 2020. DOI: 10.21728/logeion.2020v6n2.p61-83. Disponível em: https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/5148. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos