Logeion: Filosofia da Informação
https://revista.ibict.br/fiinf
<p>A <strong>Revista Logeion: Filosofia da Informação</strong> é uma publicação vinculada ao Grupo de Pesquisa Filosofia e Política de Informação do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT. A fim de acolher a diversidade de abordagens teóricas e pontos de vista, a revista publica artigos, ensaios, originais e inéditos, nos idiomas português, espanhol e inglês.</p> <p> <a href="http://dx.doi.org/10.21728/logeion">http://dx.doi.org/10.21728/logeion</a></p>IBICTpt-BRLogeion: Filosofia da Informação2358-7806<p>A revista é publicada sob a licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não Comercial - Partilha nos Mesmos Termos 4.0 Internacional.</p><p>O trabalho publicado é considerado colaboração e, portanto, o autor não receberá qualquer remuneração para tal, bem como nada lhe será cobrado em troca para a publicação.</p><p>Os textos são de responsabilidade de seus autores.</p><p>É permitida a reprodução total ou parcial dos textos da revista, desde que citada a fonte.</p>We have never been Latourians!
https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/6884
<p><strong>: </strong>In his works on ecological philosophy, Bruno Latour develops an interesting ontology. He proposes a new worldview, in which religion is reinterpreted in view of a Gaian philosophy. He extends ‘pluralism’ beyond the anthropocentrism that dominates modern humanism. In his book <em>Facing Gaia</em> Latour includes nonhuman beings in a larger community and works towards a larger concept of eco-humanism. In this paper, I try to reconstruct his position by showing that the philosophical foundation for his interpretation of ontology is to be classified as a form of new materialism. This new interpretation of materialism has postmodernist origins (inspired by Gilles Deleuze), but it is not identical to it, because Latour explicitly distances himself from ‘postmodernism’. He wants to contribute to a ‘positive’ ontology. My point is that Latour’s materialist grounding of ontology, which he tries to elaborate in order to make a religious pluralism possible, obstructs any foundation of transcendence and, finally, congests a pluralistic ecumene, because it renounces to the idea of the ‘whole’ and a unitary principle of being. His ideas on eco-humanism and pluralistic ecumene could gain momentum if we opted for a more holistic and idealistic way of thinking. In my last section I show how this is possible: objective idealism and panentheism are conceived as models that belong together and can offer a viable alternative for modern versions of materialism.</p>Fernando Suárez Müller
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2024-01-032024-01-03102688410.21728/logeion.2024v10n2e-6884O MÉTODO ARQUEOLÓGICO EM ANGELA DAVIS E BELL HOOKS PARA A CONSTRUÇÃO DE NARRATIVAS DECOLONIAIS
https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/6870
<p>Este artigo tem como objetivo destacar o impacto da metodologia da pesquisa arqueológica nas obras de Angela Davis (2016) e bell hooks (2023), respectivamente, “<em>Mulher, Raça e Classe”, </em>e “<em>E eu não sou uma Mulher? Mulheres negras e feminismo”, </em>que buscam reexaminar, de modo imersivo, a experiência e luta contra a violência da escravidão na história de mulheres negras. As intelectuais feministas negras estadunidenses abrem as portas para um pensamento científico menos tolerante à misoginia, ao racismo, e outras formas de violências relacionais e institucionais, de modo a romper com a tradição da historiografia positivista. Trata-se de uma pesquisa documental, que contempla a análise crítica das referidas obras, com base no método filosófico pautado na investigação histórica de Michel Foucault (2008). Ressalta-se, então, a importância do reconhecimento dessas literaturas enquanto estimadas representantes e invasoras da arqueologia do saber, e a relevância de novas produções que possibilitem uma representação social coerente com a realidade dos discursos sobre a mulher negra, contribuindo para uma narrativa histórica contada pela pessoa oprimida, no intuito de abrir frestas para o efetivo rompimento com as epistemologias que legitimam e favorecem sistemas de opressão. Por meio de uma arqueologia da escravidão, para além das formações discursivas coloniais das práticas econômicas, políticas e sociais, as filósofas exploram as interconexões entre diferentes narrativas, revelando a complexa teia que sustenta as relações de poder, e como a marginalização é perpetuada. A conclusão direciona para a importância de reconhecer e valorizar as experiências das mulheres negras, destacando a necessidade de dar voz a essas narrativas historicamente silenciadas.</p>Bruna LessaMaria Luiza Ferreira Crosara
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2024-03-212024-03-21102687010.21728/logeion.2024v10n2e-6870Resenha do livro Sociedade do Cansaço de Byung-Chul Han
https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/6867
<p>HAN, Byung-Chul. <strong>Sociedade do cansaço</strong>. Vozes, Petrópolis: 2017</p>Carla Mireli Cachoeira de OliveiraCecilia Nascimento da SilvaGisele Viana LimaGuilherme Maia QuintelaLuis Claudio Correia BarretoDébora Leitão Leal
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2024-03-082024-03-08102686710.21728/logeion.2024v10n2e-6867Uma reflexão filosófica-interdisciplinar sobre ética da informação
https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/6850
<p><span style="font-weight: 400;">O objetivo deste trabalho é investigar a natureza ontológica e epistemológica do conceito de informação, focalizando inicialmente a Filosofia e Ética da Informação (EI), propostas por Floridi (1999; 2002; 2004; 2011; 2016), cujo fundamento teórico servirá de suporte para reflexões acerca da inteligência artificial generativa (IAGen), mais especificamente, o ChatGPT. O conceito de informação será abordado a partir de três vertentes na perspectiva filosófico-interdisciplinar: (1) realismo informacional, (2) ecologia informacional e (3) semântica informacional, segundo Gonzalez, Nascimento & Haselager (2004). A partir dessa abordagem, direcionamos nosso estudo para propostas de Floridi (2004), indicando os seus possíveis problemas. Procuraremos entender a Filosofia da Informação, a partir da perspectiva da Ética da Informação (EI), analisando como a EI pode contribuir para reflexões acerca do uso de IA generativa. Problematizamos a EI a fim de construir uma ponte com a Ética Intercultural da Informação (EII) proposta por Capurro (2010).</span></p>Gabriel Fefin MachadoJuliana Moroni
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2024-03-252024-03-25102685010.21728/logeion.2024v10n2e-6850O entendimento de justiça social como emergência da desordem informacional e como a atualização ininterrupta deste entendimento impregna os signos
https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/6836
<p class="ResumoAbstract"><span lang="IT">Tendo em vista que a cognição humana é sistemicamente orientada para configurações que favoreçam uma ordem social de maior adaptabilidade e resistência à degenerescência - orientações essas filosoficamente resumidas na busca pelo certo, harmonioso e justo - podemos inferir que a emergência da justiça social se dá continuamente a partir da desordem informacional, ou seja, da ressignificação simbólica que caracteriza a construção e desconstrução dos signos linguísticos. Dada a compreensão de que os conceitos simbólicos estão em constante elaboração, e sendo a justiça social um conceito inexorável à experiência humana, percebemos que todos os ajustes de significado de justiça social só podem emergir das atualizações impostas por cada uso de cada indivíduo a cada instante que nunca coincidem. Para argumentar a favor dessa hipótese, parte-se de uma constatação que perpassa quase toda a filosofia a respeito de sermos seres que reagem exclusivamente à lógica, à estética e à ética e do reflexo que tal constatação projeta em filósofos da linguagem como Peirce e Davidson, no filósofo da informação Luciano Floridi e em cientistas cognitivos como Deacon e Nicolelis. Sendo assim, a compreensão do que vem a ser justiça social brota de uma semiose da desordem. Não negamos que toda desordem está complexamente interligada a uma ordem – no caso, significado – mas consideramos relevante o fato de tal ordem ser modelada, ininterrupta e caoticamente, por <em>inforgs</em> e níveis de abstração os mais variados possíveis.</span></p> <p class="ResumoAbstract"> </p>Suely Figueiredo
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2023-11-302023-11-3010248149410.21728/logeion.2023v10nesp2.p481-494Let me tell ya what i've got
https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/6835
<p class="ResumoAbstract">O presente resumo expandido refere-se ao trabalho de pesquisa que buscou utilizar as caraterísticas do jazz, enquanto manifestação cultural musical, como referência para elaboração de questões no campo da Ciência da Informação. Para tanto, coloca-se o jazz como expressão que, dentro do mundo globalizado, consagrou dinâmicas de produção que, mesmo que absorvidas pela hegemonia, são antagonistas às formas do pensamento ocidental. Para os fins do presente trabalho, interessa-nos a característica, no jazz, da irreprodutibilidade como valor intrínseco de sua existência. Esse esforço de construção textual tem o objetivo de analisar a irreprodutibilidade como dinâmica partindo do contexto do jazz e suas implicações para o campo da Ciência da Informação. Nesse sentido, com base na teoria de pensadores como Walter Benjamin e outros como Eric J. Hobsbaw e Kevin McGarry, apresentamos uma pesquisa na forma de ensaio teórico, de caráter bibliográfico. A metodologia é composta pela leitura e interpretação de conceitos, com reflexões encadeadas e expostas no formato de texto ordenado, referenciando as leituras e autores de modo construir um caminho lógico e válido, buscando construir as características da irreprodutibilidade a partir do jazz, entendendo como a irreprodutibilidade implica outros modos perpetuação no tempo e propor questões a serem movimentadas no campo da Ciência da Informação a partir dos resultados das questões anteriores. O resultado das reflexões desenvolvidas é de que a compreensão de dinâmicas não hegemônicas de manutenção de memória, como a irreprodutibilidade, são fundamentais para o entendimento do valor de culturas que estão à margem das tecnologias e das culturas consagradas e já adequadas ao discurso científico. Entendemos que a criação do campo de estudo da Ciência da Informação é fruto direto do desenvolvimento tecnológico e das necessidades de gestão operacional dos dados decorrentes da tecnologia de comunicação. Esse caminho, pela perspectiva das possibilidades de reprodução, vai ao encontro da análise da sociedade capitalista proposta por Walter Benjamin ao tratar da reprodutibilidade técnica. Mesmo não tratando, no caso dos estudos informacionais, da obra de arte, a afirmação do filósofo alemão conversa perfeitamente com a noção de um desenvolvimento técnico permanente em torno das possibilidades de reprodução. A própria razão de ser da Ciência da Informação é baseada na lógica, colocada também por Benjamin em relação à obra de arte, da democratização do objeto por meio do seu acesso imediato: a recuperação da informação e o contato com seu usuário. Esse propósito, inclusive, se inicia, tecnologicamente, na invenção da imprensa e suas possibilidades de difusão pela reprodução.</p>Gabriel do Nascimento BarbosaMeri Nádia Marques Gerlin Taiguara Villela Aldabalde
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2023-11-302023-11-30102406417A pesquisa-ação colaborativo-crítica como metodologia
https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/6833
<p class="ResumoAbstract"><span lang="IT">O presente trabalho tem como objetivo compreender as contribuições da perspectiva teórico-metodológica da pesquisa-ação colaborativo-crítica na formação acadêmica e profissional dos autores de dissertações de um grupo de pesquisa. Assim, toma a perspectiva teórica de Jürgen Habermas, baseada nos conceitos de discurso e atos de fala. Assim, o discurso assume a forma de argumentação, de acordo com que os participantes argumentam sobre uma pretensão de validade criticável colocada em diálogo. Fundamenta-se na pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso, que busca nos espaços discursivos individuais e coletivos articular com seus participantes, um lugar onde todos têm o direito de falar e colocar seus entendimentos de forma racional, apresentando suas ideias e construindo pela via do diálogo argumentos fortes para chegar a um entendimento mútuo. Procura-se captar por meio dos espaços discursivos, as perspectivas teórico-metodológicas da pesquisa-ação colaborativo-crítica presente nas dissertações, os “silenciamentos” presentes e intencionalidades que permeiam os objetivos das propostas de pesquisa. A partir dos espaços constituídos, foi possível perceber que os autores construíram suas pesquisas coletivamente, sendo os conceitos de colaboração, participação e escuta primordiais para dar continuidade aos movimentos desencadeados. Neste sentido, a utilização da pesquisa-ação como perspectiva teórico-metodológica contribuiu para fundamentar as relações ao longo dos processos de pesquisa. Sobretudo os sujeitos puderam vivenciar a pesquisa como um todo, não apenas metodologicamente, mas teoricamente pela via comunicativa. Sendo assim, por meio da comunicação há uma mudança social, sendo possível estabelecer reflexões profundas do mundo da vida intersubjetivamente partilhado pelos sujeitos.</span></p>Kétlem Marçal Ferraz Rossi JaconiBárbara Rebecca Baumgarten FrançaMariangela Lima de Almeida
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2023-11-302023-11-30102175183Teoria crítica da sociedade em Jürgen Habermas
https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/6832
<p>O presente texto observa a teoria crítica da sociedade desenvolvida por Habermas a partir da análise das duas teses apresentadas na <em>Teoria da Ação Comunicativa</em>, sobre a modernidade seletiva e sobre o desacoplamento das esferas socais tematizáveis, pretendendo compreender como o avanço dos imperativos funcionais do sistema (a burocracia administrativa estatal e a economia capitalista) têm extrapolado suas áreas de atuação e aumentado ainda mais sua dinâmica sistêmica sobre o ambito da reprodução simbólica nas sociedades capitalistas do século XXI. A discussão que se segue analisará esta ampliação considerando que as interferências e alterações sobre os padrões de integração social são questões que se encontram em um desenvolvimento constante desde as mudanças pelas quais passaram a alterar os critérios de legitimação da modernidade capitalista. Ainda que de um modo não inteiramente distinto daquele tematizado por Habermas no contexto social do início dos anos 1980, pretende-se observar que que no atual estágio do capitalismo internacional esta interferência, assim como as alterações daí promovidas, tem provocado uma maior fragmentação social e gerado bloqueios que perturbam ainda mais a integração social (que ameaçam inviabilizar qualquer efetivação da emancipação social quanto mais são deturpados os critérios de legitimação e reconhecimento social). Circunscrito a este horizonte, pretende-se sustentar que tais fatores possam ser melhor compreendidos mediante uma investigação sobre as patologias sociais, especifiamente quando estas são compreendidas como parâmetros que proporcionariam identificar <em>certa resistência</em> a uma integração social orientada por imperativos sistêmicos.</p> <p> </p>Daniel Valente Pedroso de Siqueira
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2023-11-302023-11-301029411010.21728/logeion.2023v10nesp2.p94-110A origem dos conflitos sociais a partir da teoria do reconhecimento de Axel Honneth e as suas contribuições para a socioeducação
https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/6830
<p>O presente artigo tem por objetivo compreender a Origem dos Conflitos Sociais a partir da Teoria do Reconhecimento, do sociólogo e filósofo alemão Axel Honneth (2009), e as suas importantes contribuições para os estudos sobre o Sistema Socioeducativo/Socioeducação, partindo do primado que, o desreconhecimento dos direitos dos adolescentes e jovens que se encontram em situação de vulnerabilidade e marginalização, muitas vezes, desde a mais tenra idade, é um fator importante e que dá origem aos conflitos sociais. Para tanto, fundamentamos a falta de reconhecimento dos direitos dos jovens a partir das três dimensões do Reconhecimento desenvolvidas pelo referido autor, a saber: o amor, o direito e a estima social. O nosso estudo busca trabalhar o conceito de Socioeducação partindo da concepção de educação social analisando as possíveis raízes da violência que levam os jovens a delinquir sob um paradigma neoliberal que visa à manutenção das desigualdades sociais e valoriza a estima maritocrática. Diante disso, o autor apresenta a Redistribuição como alternativa capaz de romper com tal exclusão.</p> <p> </p>Martha Vanessa Lima do Nascimento CardosoAnderson de Alencar Menezes
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2023-11-302023-11-30102384710.21728/logeion.2023v10nesp2.p38-47Apresentação
https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/6829
<p>.</p>André CoelhoCharles FeldhausClovis Montenegro de Lima
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2023-11-302023-11-3010213