BIBLIOTECÁRIOS EM HOSPITAIS: COMPETÊNCIA COMUNICATIVA E APRENDIZAGEM

Autores

  • Clovis Ricardo Montenegro de Lima IBICT
  • Kátia de Oliveira Simões
  • Márcio da Silva Finamor
  • Helen Fischer Günther Unisul

DOI:

https://doi.org/10.21721/p2p.2019v6n1.p224-243

Resumo

Este artigo aborda o trabalho do bibliotecário em hospitais a partir da teoria do agir comunicativo de Jürgen Habermas e de pesquisa de campo. Metodologicamente, trata-se de pesquisa qualiquantitativa com coleta de dados primários junto a 26 bibliotecários clínicos. Apresenta as interações mediadas pela linguagem, que demandam competência comunicativa, e estabelece relação entre Discurso e aprendizagem. O agir comunicativo é caracterizado como base para a problematização com evidências científicas em hospitais. Os dados coletados apontam que os profissionais bibliotecários reconhecem a importância de seu trabalho como apoio à equipe médica. No entanto, a competência comunicativa dos bibliotecários não pode estar focada apenas na recuperação de informação em equipes orientadas por evidências científicas. Para integridade do processo discursivo, os bibliotecários são convidados a intervir de modo crítico. Conclui-se que esse profissional é o elo entre a informação científica e as práticas cotidianas hospitalares, intensificando e dinamizando as práticas sociais e comunicativas e que realizar o trabalho com a informação científica em saúde é uma forma de cuidar da saúde do paciente. Por fim, evidencia-se que o acesso à informação qualificada e a construção de entendimento permitem suporte efetivo à conduta em prol da saúde.

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Biografia do autor

Clovis Ricardo Montenegro de Lima, IBICT

 
 
 
 
 
 
 

Kátia de Oliveira Simões

 
 
 
 
 
 

Márcio da Silva Finamor

 
 
 
 
 

Helen Fischer Günther, Unisul

 
 
 
 
 
 
 
 

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Publicado

10/10/2019

Como citar

LIMA, C. R. M. de; SIMÕES, K. de O.; FINAMOR, M. da S.; GÜNTHER, H. F. BIBLIOTECÁRIOS EM HOSPITAIS: COMPETÊNCIA COMUNICATIVA E APRENDIZAGEM. P2P E INOVAÇÃO, Rio de Janeiro, RJ, v. 6, n. 1, p. 224–243, 2019. DOI: 10.21721/p2p.2019v6n1.p224-243. Disponível em: https://revista.ibict.br/p2p/article/view/4963. Acesso em: 28 mar. 2024.