Caminhos algorítmicos

plataformas digitais de controle

Autores

  • Jackson da Silva Medeiros Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.21721/p2p.2020v7n1.p12-22

Palavras-chave:

Sociedade de controle, Gilles Deleuze, Algoritmos, Poder, Ética da Informação

Resumo

Este trabalho parte da ideia que é necessário questionar e compreender como os algoritmos atuam na constituição do sujeito. Através da abordagem de sociedade de controle, apresentada por Gilles Deleuze em Post-scriptum sobre as sociedades de controle, argumentamos que os algoritmos delimitam espaços fluidos controlados em redes de comunicação. Assumindo, em consonância com Deleuze, que o controle está situado não diretamente com o aspecto financeiro, mas age por ele, as sociedades de controle estão baseadas na produtividade (positividade) e em seus efeitos a partir de contextos políticos, suportado por um sistema de consumo de informação. Os algoritmos, por sua vez, têm a capacidade de tomar decisões e mapear categorias, traduzindo uma capacidade de formar, controlar, homogeneizar um sistema de relações subjetivas, transformando-o em um sistema de classificação objetiva. Há, nesse contexto, definição de liberdades e de controles sendo construídos de maneira constante na instauração de um discurso cultural.

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Biografia do autor

Jackson da Silva Medeiros, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutor em Comunicação e Informação. Professor na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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Publicado

19/09/2020

Como citar

MEDEIROS, J. da S. Caminhos algorítmicos: plataformas digitais de controle. P2P E INOVAÇÃO, Rio de Janeiro, RJ, v. 7, n. 1, p. 12–22, 2020. DOI: 10.21721/p2p.2020v7n1.p12-22. Disponível em: https://revista.ibict.br/p2p/article/view/5425. Acesso em: 25 abr. 2024.

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