MULHERES QUEBRADEIRAS DE COCO BABAÇU E MOVIMENTOS SOCIAIS

Autores

  • Leididaina Araújo e Silva

DOI:

https://doi.org/10.21721/p2p.2017v3n2.p161-176

Resumo

O artigo aborda o trabalho as mulheres quebradeiras de coco babaçu integrantes do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), movimento concebido, fundado e liderado por camponesas extrativistas. O movimento existe há mais de 23 anos e se organiza em quatro estados da federação (dois da região Nordeste – Maranhão e Piauí – e dois da região Norte – Pará e Tocantins). A partir de um resgaste histórico de alguns movimentos sociais de trabalhadores rurais no Brasil, Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais (MMTR), Movimento de Mulheres Agricultoras (MMA), entre outros, destacando o protagonismo das mulheres camponesas na luta pelos seus direitos. Metodologicamente, trata-se de um estudo qualitativo. Observou-se que a década de 80 foi uma década ímpar no que diz respeito ao despertar das mulheres do campo para as lutas e reivindicações de seus direitos individuais e coletivos. Conclui-se que, as mulheres que compõem os diversos movimentos sociais, se consideram fortalecidas enquanto sujeitos políticos e representantes dos movimentos femininos; seus trabalhos são reconhecidos e valorizados dentro do contexto social e político em que estão inseridas. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALMEIDA, Alfredo Wagner Berno de. Quebradeiras de coco babaçu: identidade e mobilização. III Encontro Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu. São Luís, 1995.

ALBAGLI, Sarita; MACIEL, Maria Lucia. Informação, poder e política: a partir do Sul, para além do Sul. In:______. Informação, conhecimento e poder: mudança tecnológica e inovação social. Maria Lucia Maciel e Sarita Albagli (Org.). Rio de Janeiro: Garamond, 2011.

ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. Nordestino: invenção do “falo”: uma história do gênero masculino (1920-1940). São Paulo: Intermeios, 2013.

ANTUNES, Marta. As guardiãs da floresta do babaçu e o tortuoso caminho do empoderamento. In:______. NEAD Especial. Margarida Alves: coletânea sobre estudos rurais e gênero. Ellen F. Woortmann, Renata Menache, Beatriz Heredia (organizadoras). Brasília: MDA, 2006.

BARBOSA, Viviane de Oliveira. Na terra das palmeiras: gênero, trabalho e identidades no universo de quebradeiras de coco babaçu no Maranhão. 2007. Dissertação (Mestrado em Estudos Étnicos e Africanos) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2007a.

______. “Sou quebradeira eu sou! Quebrando coco eu vou! ”: movimento social, gênero e identidades. II SEMINÁRIO NACIONAL MOVIMENTO SOCIAIS PARTICIPAÇÃO E DEMOCRACIA. Florianópolis, 2007.

______. Na quebra do coco babaçu: gênero, família e trabalho. Ciências Humanas em Revista. v. 3, n. 2. São Luis, 2005.

BOURDIEU, Pierre. O capital social – notas provisórias. In:____ Escritos de Educação. Maria Alice Nogueira e Afrânio Catani (Org.), 13 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. Cap. 3.

______. Os três estados do capital cultual. In:____ Escritos de Educação. Maria Alice Nogueira e Afrânio Catani (Org.), 13 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. Cap. 4.

BOSETTI, Cleber José. Movimento das Mulheres Camponesas: identidade, inclusão e projeto político. Anais. III SEMINÁRIO NACIONAL E I SEMINÁRIO INTERNACIONAL: Movimentos Sociais, Participação e Democracia. Florianópolis, 2010.

BRUMER, Anita; PAULILO, Maria Ignez S. As agricultoras do Sul do Brasil. Revista de Estudos Feministas, Florianópolis, 2004.

BURSZTYN, Marcel. O poder dos donos: planejamento e clientelismo no Nordeste. Rio de Janeiro: Garamond, 2008.

CORDEIRO, Rosineide de L. M.; SCOTT, Russel Parry. Mulheres em áreas rurais nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Revista de Estudos Feministas, maio./ago. Florianópolis, 2007.

D´ARAUJO, Maria Celina Soares. Capital social. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

DEERE, Carmen Diana. Os direitos da mulher a terra e os movimentos sociais rurais na reforma agrária brasileira. Revista de Estudos Feministas, jan./abr. Florianópolis, 2004.

FARIA, Nalu. Desafios para a construção da autonomia econômica para as mulheres. In:______Autonomia econômica e empoderamento da mulher: textos acadêmicos. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2011.

GONZÁLEZ DE GÓMEZ, M. N.. Informação, conhecimento poder: do ponto de vista das relações entre política, economia e linguagem. In:______. Informação, conhecimento e poder: mudança tecnológica e inovação social. Maria Lucia Maciel e Sarita Albagli (Org.). Rio de Janeiro: Garamond, 2011.

JUNQUEIRA, Luciano Antonio Prates; TREZ, Alberto Paschoal. Capital social e a sobrevivência das cooperativas de trabalho. RAP, mar./abr. Rio de Janeiro, 2005.

LISBOA, Teresa Kleba; LUSA, Mailiz Garibotti. Desenvolvimento sustentável com perspectiva de gênero – Brasil, México e Cuba: mulheres protagonistas no meio rural. Revista de Estudos Feministas, set./dez. Florianópolis, 2010.

LIMA, Terezinha Moreira; HIRATA, Helena; NOGUEIRA, Claudia Mazzei; GOMES, Vera Lúcia Batista. Trabalho, gênero e a questão do desenvolvimento. III JORNADA INTERNACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS. São Luís: UFMA, 2007.

LOGAN, Robert K. Que é informação?: A propagação da informação na biosfera, na simbolosfera, na tecnosfera. Tradução de Adriana Braga. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.

MELO, Hildete Pereira de; SABBATO, Alberto Di. Divisão sexual do trabalho e pobreza. In:______Autonomia econômica e empoderamento da mulher: textos acadêmicos. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2011.

NEVES, Magda de Almeida. Desigualdades de gênero e raça no mercado de trabalho: precarização e discriminação salarial. In:______Autonomia econômica e empoderamento da mulher: textos acadêmicos. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2011.

OLINTO, Gilda; OLIVEIRA, Zuleika Lopes Cavalcante de. A inserção no trabalho segundo a condição na família: dados da PNAD 2001 para o Brasil urbano.

______. Gênero e trabalho precário no Brasil. Niterói, v. 5, n. 1, 2004.

______. Gênero e trabalho precário no Brasil urbano: perspectivas de mudança. XIV ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS. Caxambú-MG, Brasil, de 20 a 24 de setembro de 2004.

OLINTO, Gilda; MEDEIROS, Ana Ligia Silva. Capital Social e biblioteca pública. Rio de Janeiro, 2013 (publicação no prelo).

PAULILO, Maria Ignez; SILVA, Cristiani Bereta Da. A luta das mulheres agricultoras: entrevista com Dona Adélia Schmitz. Revista de Estudos Feministas, maio/ago. Florianópolis, 2007.

SALES, Celecina de Maria Veras. Mulheres rurais: tecendo novas relações e reconhecendo direitos. Revista de Estudos Feministas, maio/ago. Florianópolis, 2007.

SALVARO, Giovana Ilka Jacinto; LAGO, Mara Coelho de Souza; WOLF, Cristina Scheibe. “Mulheres agricultoras” e “Mulheres camponesas”: lutas de gênero, identidades políticas e subjetividades. 2013.

SOARES, Ana Carolina Eiras Coelho. Educação no campo, mulheres e movimentos sociais: espaços de vida, ensinamentos para a transformação social brasileira. (resenha do livro “Educação, relações de gênero e movimentos sociais: um diálogo necessário” de Alzira Salete Menegat, Losandro Antonio Tedeschi e Marisa de Fátima Lomba de Farias (Org.). Dourados: UFGD, 2009). Revista de Estudos Feministas, maio./ago. Florianópolis, 2011.

SOARES, Vera. Mulher, autonomia e trabalho. In:______Autonomia econômica e empoderamento da mulher: textos acadêmicos. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2011.

SHIRAISHI NETO, Joaquim. “Crise” nos padrões jurídicos tradicionais: o direito em face dos grupos sociais portadores de identidade coletiva. Anais. XIV CONGRESSO NACIONAL DE PESQUISA EM PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO. Fortaleza, 2005.

VELOSO, Renato. Tecnologia da informação e da comunicação: desafios e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2011.

Downloads

Publicado

26/03/2017

Como citar

ARAÚJO E SILVA, L. MULHERES QUEBRADEIRAS DE COCO BABAÇU E MOVIMENTOS SOCIAIS. P2P E INOVAÇÃO, Rio de Janeiro, RJ, v. 3, n. 2, p. 161–176, 2017. DOI: 10.21721/p2p.2017v3n2.p161-176. Disponível em: https://revista.ibict.br/p2p/article/view/3817. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos