A PESQUISA-AÇÃO COLABORATIVO-CRÍTICA COMO METODOLOGIA
um estudo de caso a partir de um grupo de pesquisa
Kétlem Marçal Ferraz Rossi Jaconi[1]
CE/UFES
Bárbara Rebecca Baumgarten França[2]
PPGE/UFES
Mariangela Lima de Almeida[3]
PPGE/UFES
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Resumo
O presente trabalho tem como objetivo compreender as contribuições da perspectiva teórico-metodológica da pesquisa-ação colaborativo-crítica na formação acadêmica e profissional dos autores de dissertações de um grupo de pesquisa. Assim, toma a perspectiva teórica de Jürgen Habermas, baseada nos conceitos de discurso e atos de fala. Assim, o discurso assume a forma de argumentação, de acordo com que os participantes argumentam sobre uma pretensão de validade criticável colocada em diálogo. Fundamenta-se na pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso, que busca nos espaços discursivos individuais e coletivos articular com seus participantes, um lugar onde todos têm o direito de falar e colocar seus entendimentos de forma racional, apresentando suas ideias e construindo pela via do diálogo argumentos fortes para chegar a um entendimento mútuo. Procura-se captar por meio dos espaços discursivos, as perspectivas teórico-metodológicas da pesquisa-ação colaborativo-crítica presente nas dissertações, os “silenciamentos” presentes e intencionalidades que permeiam os objetivos das propostas de pesquisa. A partir dos espaços constituídos, foi possível perceber que os autores construíram suas pesquisas coletivamente, sendo os conceitos de colaboração, participação e escuta primordiais para dar continuidade aos movimentos desencadeados. Neste sentido, a utilização da pesquisa-ação como perspectiva teórico-metodológica contribuiu para fundamentar as relações ao longo dos processos de pesquisa. Sobretudo os sujeitos puderam vivenciar a pesquisa como um todo, não apenas metodologicamente, mas teoricamente pela via comunicativa. Sendo assim, por meio da comunicação há uma mudança social, sendo possível estabelecer reflexões profundas do mundo da vida intersubjetivamente partilhado pelos sujeitos.
Palavras-chave: Pesquisa-ação colaborativo-crítica; grupo de pesquisa; estudo de caso.
Abstract
The present work aims to understand the contributions of the theoretical-methodological perspective of collaborative-critical action research in the academic and professional training of dissertation authors in a research group. Thus, it takes the theoretical perspective of Jürgen Habermas, based on the concepts of discourse and speech acts. Thus, the discourse takes the form of argumentation, according to which the participants argue about a claim of criticizable validity placed in dialogue. It is based on qualitative research of the case study type, which seeks in individual and collective discursive spaces to articulate with its participants, a place where everyone has the right to speak and express their understandings in a rational way, presenting their ideas and building through dialogue strong arguments to reach a mutual understanding. The aim is to capture, through discursive spaces, the theoretical-methodological perspectives of collaborative-critical action research present in the dissertations, the “silencing” present and intentions that permeate the objectives of the research proposals. From the spaces created, it was possible to see that the authors built their research collectively, with the concepts of collaboration, participation and listening being essential to continue the movements triggered. In this sense, the use of action research as a theoretical-methodological perspective contributed to substantiating relationships throughout the research processes. Above all, the subjects were able to experience the research as a whole, not only methodologically, but theoretically through communicative means. Therefore, through communication there is a social change, making it possible to establish deep reflections on the world of life intersubjectively shared by the subjects.
Keywords: Collaborative-critical action research; search group; case study
1 A PÓS-GRADUAÇÃO NO BRASIL: BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
A política de formação de pós-graduação no Brasil tem evoluído ao longo das últimas décadas, refletindo mudanças significativas na educação superior e na pesquisa científica dentro e fora do país. Ainda que pareça algo recente, essas políticas de formação têm início por volta de 1950, com a criação dos primeiros cursos de mestrado e doutorado em universidades públicas, o Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) desempenhou um papel fundamental no financiamento de bolsas de estudo para pesquisadores.
Em 1961,foi promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 4024/61 que diz:
“Art. 69. Nos estabelecimentos de ensino superior podem ser ministrados os seguintes cursos: a) de graduação, abertos à matrícula de candidatos que hajam concluído o ciclo colegial ou equivalente, e obtido classificação em concurso de habilitação; b)de pós-graduação, abertos a matrícula de candidatos que hajam concluído o curso de graduação e obtido o respectivo diploma;[..]” (BRASIL, 1961)
Corroborando com essa publicação, houve uma grande expansão na oferta dos programas de pós-graduação no país. Anos depois, já na década de 1980 começam a surgir os primeiros traçados para a internacionalização com a promoção de parcerias e intercâmbios acadêmicos e isso acontece até os dias atuais com um foco crescente em pesquisa e inovação.
A internacionalização tornou-se uma prioridade mais uma vez, com mais programas oferecendo aulas em inglês e parcerias internacionais. Também houve um aumento na oferta de cursos de mestrado profissionalizantes, voltados para a aplicação prática do conhecimento.
A política de formação de pós-graduação no Brasil é caracterizada por uma busca constante de melhoria na qualidade e na internacionalização dos programas. A CAPES desempenha um papel central na avaliação e no financiamento desses programas, incentivando a pesquisa, a produção de conhecimento e a formação de recursos humanos altamente avançados. A evolução dessas políticas reflete o compromisso contínuo do Brasil em fortalecer sua educação de pós-graduação e pesquisa.
1.2 A PESQUISA-AÇÃO E A PÓS GRADUAÇÃO
A pesquisa-ação tem seu início com as obras de Kurt Lewin, que defende a ideia de que a pesquisa deve ser usada como uma ferramenta para promover uma mudança social, por volta de 1940 e 1950, Lewin e seus seguidores desenvolveram a pesquisa-ação como um método para resolver problemas práticos em contextos de grupo e organizacionais. Somente nos anos de 1980, a parte colaborativa da pesquisa-ação começa a surgir como prática, quando pesquisadores como Stephen Kemmis e Robin McTaggart começaram a promover a integração da pesquisa-ação e da pesquisa colaborativa.
“É claro que a pesquisa-ação tem sido um método participativo desde sua origem, mas há muitas visões e utilizações do termo participação. Por um lado, existe extensa literatura dedicada à pesquisa-ação participativa, como se fosse possível ela não ser participativa, quando todo o mundo atingido pela mudança assim realizada participa dela, enquanto, por outro lado, outros a vêem como um processo coletivo de conseqüências políticas” (TRIPP, APUD Carr e Kemmis, 1986, P. 454).
Essa abordagem enfatizou a importância de envolver os participantes ativos na pesquisa, na análise dos dados e na tomada de decisões. Contudo, essas formas de se fazer a pesquisa-ação passaram por influências como de Paulo Freire e Jürgen Habermas, esses dois autores buscam identificar e desafiar estruturas de poder e desigualdades, bem como promover a emancipação e a conscientização entre os participantes.
A pesquisa-ação colaborativo crítica é uma abordagem de pesquisa que combina elementos da pesquisa-ação, da pesquisa colaborativa e da pesquisa crítica. Ela se concentra na resolução de problemas em contextos sociais e tem como objetivo promover a mudança social e a emancipação dos participantes, é uma abordagem metodológica que tem desempenhado um papel fundamental na formação acadêmica e profissional de indivíduos em diversos campos do conhecimento, baseada nos princípios de colaboração, participação e reflexão crítica, oferece uma oportunidade única para os pesquisadores e profissionais aprofundarem seu entendimento em relação a questões específicas, além de contribuir para o desenvolvimento de competências fundamentais no ambiente acadêmico e social com um todo. A pesquisa-ação colaborativa-crítica obtém uma abordagem dialógica, na qual os participantes são incentivados a colaborar ativamente na construção do conhecimento, com um processo de pesquisa participativa, os indivíduos envolvidos têm a oportunidade de se expressar, contribuir com suas perspectivas e participar ativamente na definição de problemas e na busca de soluções. Isso não apenas fortalece sua compreensão das questões em análise, mas também promove a aquisição de habilidades aprimoradas de trabalho em equipe, resolução de problemas e tomada de decisões.
1.3 JUSTIFICATIVA
Uma vez apresentado o histórico da pós-graduação e da pesquisa-ação, observamos que a análise das dissertações produzidas por um grupo de pesquisa que adota a pesquisa-ação colaborativa-crítica revela uma riqueza de contribuições dessa abordagem na formação acadêmica e profissional. Os autores dessas dissertações geralmente apresentam um entendimento profundo das questões investigadas, fruto de um engajamento ativo no processo de pesquisa. Além disso, eles demonstram uma capacidade notável de aplicar os princípios da pesquisa-ação colaborativa-crítica em suas respectivas áreas de atuação, o que os torna profissionais mais eficazes e inovadores em seus campos. Para tanto, essa análise e entendimento de como se constituem os processos das pesquisas não seria possível sem a via do diálogo alinhado com espaços discursivos, sejam eles coletivos ou individuais. Porque é através do diálogo que é possível compreendermos e enxergarmos o outro, entender a pluralidade de contextos existentes para assim chegar em um consenso e posteriormente em um entendimento.
2 A TEORIA DA AÇÃO COMUNICATIVA
A teoria da ação comunicativa de Jürgen Habermas é uma teoria complexa que busca compreender a natureza da comunicação humana e seu papel na construção do conhecimento e da sociedade. Desenvolvida ao longo das décadas de 1970 e 1980, essa teoria é uma das contribuições mais importantes para a filosofia contemporânea e as ciências sociais. A teoria também é uma tentativa de entender como a comunicação humana desempenha um papel central na construção da sociedade e da democracia. Ela enfatiza a importância da busca do entendimento mútuo, da racionalidade e da reciprocidade nas interações sociais e da busca proteger a esfera pública da colonização por lógicas puramente instrumentais. Essa teoria possui alguns conceitos e elementos centrais para sua melhor compreensão, porém, entendemos que para a finalidade desta pesquisa, os conceitos centrais que abordaremos são: atos de fala e discurso, para assim poder chegar ao espaço discursivo
2.1 ATOS DE FALA E DISCURSO
Os atos de fala, conforme definidos por Habermas, são as unidades fundamentais da comunicação. Eles representam os diferentes tipos de expressões linguísticas que usamos para interagir com os outros, tais como afirmar, perguntar, prometer, entre outros. Estes atos desempenham um papel crítico na construção do discurso e na busca por entendimento mútuo. Os atos de fala representam unidades fundamentais da comunicação e são a base para entender como os indivíduos interagem, se expressam e buscam a compreensão mútua. Neste contexto, Habermas amplia a análise dos atos de fala, indo além da linguagem simples e examinando como eles são usados para construir significados e alcançar objetivos comunicativos.
Podemos observar os atos de fala em todo o processo do espaço discursivo, pois as palavras e expressões utilizadas promovem um pensamento, uma reflexão, uma ação e uma reação dos sujeitos a partir da compreensão do que foi dito. Todo esse efeito que a fala pode causar nos sujeitos pode ser destacado como “ato de fala perlocucionário”, envolvendo uma ocorrência emocional, uma compreensão, uma persuasão ou qualquer outra resposta que o ato de fala provoque no interlocutor.
“Um falante que age de maneira teleológica precisa alcançar, sem trair sua meta perlocucionária, também sua meta ilocucionária, a saber: que o ouvinte entenda o que se diz e envolva-se com as obrigações vinculadas à aceitação da oferta do ato de fala” (HABERMAS, 2012, v. 1, p. 508).
Por fim, os atos de fala na perspectiva de Habermas são uma parte fundamental de sua teoria da ação comunicativa, destacando como a linguagem é usada para comunicar objetivo, alcançar entendimento mútuo e participar da esfera pública. Eles representam uma ferramenta importante para analisar a qualidade da comunicação e sua relação com processos democráticos e a construção do conhecimento. A compreensão deste conceito foi fundamental durante a elaboração deste trabalho, pois somente a apropriação por completa dos atos de fala é que foi possível conceber um diálogo sem intencionalidades técnicas com os sujeitos envolvidos, uma vez que, durante as próprias produções, os sujeitos também se utilizaram da comunicação para compreender todo o contexto em que estavam inseridos. Os discursos, são os processos pelos quais se concretizam os atos de fala, é a forma por onde os participantes tentam alcançar um consenso racional, através de argumentos. Pode ser definido como uma interação comunicativa entre os sujeitos existentes no mundo da vida intersubjetivamente partilhado.
2.2 O ESPAÇO DISCURSIVO: CONCEITOS E BREVES REFLEXÕES
O espaço discursivo proposto neste trabalho foi realizado de forma virtual, sobretudo, garantindo todas as características para a constituição deste. O espaço discursivo é fundamental para a teoria da ação comunicativa, uma vez que influencia a dinâmica da interação e a qualidade do discurso e representa o ambiente no qual a comunicação pública e a deliberação democrática ocorrem. É um espaço onde a racionalidade comunicativa, a busca da verdade e o entendimento mútuo são valorizados para alcançar decisões políticas justas e legítimas. Dentro do espaço discursivo, existem ideias fundamentais para sua fundamentação que nos ajudam a compreender melhor como esse espaço ocorre. Corroboramos com a definição de espaço discursivo que SILVA (2019) diz:
“Esse espaço discursivo está alicerçado no conceito de discurso de Habermas (2002, 2012) que prima pela garantia de uma comunicação livre de restrições ou coações, em que todos os integrantes do grupo tenham as mesmas oportunidades de expressar-se e sejam incluídos no processo.” (SILVA, 2019. p.189)
Desse modo, foi realizado o espaço discursivo com os 8 autores das dissertações, e utilizamos questões disparadoras para nortear o início do diálogo. Todos os participantes puderam expor suas falas e construir novos entendimentos a partir dos momentos de escuta dos discursos, ainda que o contexto de alguns fosse comum (grupo de pesquisa), a maioria presente pode compreender o mundo da vida dos outros sujeitos.
3 O ESTUDO DE CASO
A metodologia de estudo de caso é uma abordagem de pesquisa qualitativa que envolve uma análise detalhada e aprofundada de um caso específico, seja ele uma pessoa, um grupo, uma organização, um evento ou uma especificidade. É uma abordagem de pesquisa qualitativa que envolve uma investigação profunda e detalhada de um ou mais casos individuais. Robert K. Yin é extremamente reconhecido por seu trabalho na metodologia de estudo de caso. Ele escreveu vários livros, incluindo "Case Study Research: Design and Methods", que se tornou uma referência na área. Yin enfatiza a importância de uma estrutura rigorosa e a necessidade de definir claramente os limites do estudo de caso. Ela é frequentemente utilizada em ciências sociais, ciências da saúde, educação e várias outras disciplinas. De acordo com MARTINS (2008) o estudo de caso “[...] possibilita a penetração em uma realidade social, não conseguida plenamente por um levantamento amostral e avaliação exclusivamente quantitativa.[...]” (MARTINS, 2008. p.10). Possibilitando o pesquisador a formulação de hipóteses e reflexões somado a pesquisa-ação e sua espiral.
“Em um estudo de caso, análises e reflexões estão presentes durante os vários estágios da pesquisa, particularmente quando do levantamento das informações, dados e evidências, em situações em que resultados parciais sugerem alterações, correções de rumo.”(MARTINS, 2008. P.10)
3.1 ENTENDENDO AS CARACTERÍSTICAS DO GRUPO A PARTIR DAS DISSERTAÇÕES E ELEMENTOS DE CONTEXTO
FRANÇA (2023), propõe em sua dissertação uma análise epistemológica das produções realizadas por este mesmo grupo de pesquisa entre os anos de 2018 até 2021, que tinham como foco “a Formação Continuada na perspectiva inclusiva, fundamentada na perspectiva da pesquisa-ação”, utilizando dos pressupostos de Habermas, a partir dos círculos argumentativos. A autora retrata os impactos que a pesquisa-ação traz para o grupo como um todo, e como ocorre a escolha dessa metodologia e das problematizações. Sobre isso FRANÇA (2023, p. 112) diz:
“Ao dialogar com os estudos, vemos a elaboração de problematizações que não dependem somente da vontade individual do sujeito, mas de um contexto de necessidade e circularidade já existente no percurso do grupo”
FRANÇA (2023) ainda nos ressalta que: Entender o contexto é primordial durante a análise e diálogo com as produções, porque nos possibilita realizar uma aproximação com a realidade durante a vivência da pesquisa. E essa compreensão dos contextos só foi possível pela via do diálogo existente dentro do espaço discursivo e a democracia que ele garante aos seus participantes, porque ali todos podem falar, escutar, refletir e emitir entendimentos para a criação dos consensos mútuos. Ainda durante a sua análise, é apontado uma colaboração mútua entre os participantes do grupo de pesquisa durante as construções de seus trabalhos.
4 A CONTRIBUIÇÃO DA PESQUISA-AÇÃO NAS PESQUISAS ACADÊMICAS: UMA REFLEXÃO A PARTIR DO ESPAÇO DISCURSIVO
Durante o processo de compreensão de como a pesquisa-ação colaborativo crítica contribui na formação continuada do âmbito da pós-graduação, A Teoria da Ação Comunicativa, proposta por Jürgen Habermas nos ajudou a conseguir analisar os dados com um olhar crítico. Principalmente porque para além das leituras realizadas das dissertações em questão, a compreensão pela via do diálogo que foi construída a partir dos espaços discursivos nos aproximou da realidade que já tinha sido vivenciada pelos autores. A escolha da metodologia da pesquisa-ação colaborativo crítica, possibilita o pesquisador a vivência e participação como um todo no lócus de pesquisa, tirando a forma de participação apenas observadora e arbitrária que é notada em algumas metodologias. Ainda discorrendo sobre a pesquisa-ação colaborativo crítica, um dos seus pontos é a transformação social, essa transformação que só é possível através da participação ativa dos sujeitos durante a pesquisa, também é prevista na teoria Habermasiana. Aqui a transformação social é proposta através do diálogo, da força do melhor argumento, da criação de consensos e entendimentos.
Ao serem questionados sobre as potências e as possibilidades que a pesquisa-ação criou para além da pesquisa acadêmica, os autores foram unânimes em dizer que por causa da escolha dessa metodologia, foi possível sentir o “chão” da realidade a qual eles estavam pesquisando. Ao pensarmos na transformação social juntamente com os participantes do espaço discursivo, mais uma vez foi considerado que devido às aproximações e as aberturas que a pesquisa-ação proporciona (por conta do método de se fazer), os diálogos e reflexões não eram realizados com um viés vertical, mas sim de forma horizontal, colaborando com o aprendizado e a formação de todos os envolvidos.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo deste trabalho é compreender de que forma a pesquisa-ação colabora na formação continuada de profissionais no âmbito da pós-graduação, levando em consideração o espaço discursivo com autores e orientadora. Entretanto, cabe ressaltar que essa pesquisa ainda está em seu processo de construção, e sua consolidação ocorrerá em dezembro de 2023. No que já podemos observar com o primeiro espaço discursivo realizado com os autores é que os pressupostos Habermasianos somados à pesquisa-ação colaborativo crítica, fomentam reflexões e diálogos que perpassam todas as esferas da sociedade, pois suas pesquisas estão voltadas para além das 4 paredes da universidade. Esses diálogos realizados com os autores, mesmo que em estágio inicial deste trabalho, nos permitiu refletir sobre como se consolida uma pesquisa, apontando suas possibilidades, bem como seus desafios. Somente pela via do diálogo que Habermas propõe, é que as pesquisas e sociedade caminharão para uma crescente melhoria.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Eucação (MEC). Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1960-1969/lei-4024-20-dezembro-1961-353722-publicacaooriginal-1-pl.html.
EM FOCO: Pesquisa-ação sobre a prática docente. Educ. Pesqui. 31 (3) • Dez 2005 Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1517-97022005000300009. Acesso em 28 out. 2023.
FRANÇA, B. Análise epistemológica da produção científica do grufopees (2013-2022): diálogos sobre pesquisa-ação na interface com a formação continuada na perspectiva da inclusão escolar. Disponível em: https://sappg.ufes.br/tese_drupal//tese_17492_DISSERTA%C7%C3O%20-%20B%E1rbara%20Rebecca%20Baumgartem%20Fran%E7a%20%281%29.pdf.
HABERMAS, J. Teoria do agir comunicativo. Tradução Paulo A. Soethe. Revisão Flávio Beno Siebeneichler. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2012.
TRIPP, David. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Tradução de Lólio Lourenço de Oliveira. Educação e Pesquisa, p. 443-466, 2005.
SILVA, F. Autorreflexão colaborativo-crítica como princípio para formação continuada: perspectivas para inclusão escolar. 2019.
MARTINS, GILBERTO. Estudo de caso: uma reflexão sobre a aplicabilidade em pesquisas no Brasi. 2008. Disponível em: file:///C:/Users/ketle/Downloads/34702-Texto%20do%20artigo-40654-1-10-20120722.pdf. Acesso em: 28 out. 2023.