DESCORTINANDO A INTERDISCIPLINARIDADE DO ESPECTRO KITSCH À LUZ DA GESTALT
Sérgio Rodrigues de Santana[1]
UFPB
sergiokafe@gmail.com
Lília Mara Menezes[2]
UERN
liliamaram@hotmail.com
Annebelle Pena Lima Magalhães Cruz[3]
UEPA
annebelle.cruz@gmail.com
Eliane Epifane Martins[4]
IEEP
jadyeliane@gmail.com
Kelly Christiane Silva de Souza Souza[5]
INEP
kcsouza@uea.edu.br
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Resumo
A Interdisciplinaridade é uma orientação epistêmica e constituída de muitas dimensões e os protocolos de aplicação, mas algumas vezes banalizada quando envolvida pelo Kitsch, uma força fugaz e acrítica que atravessa a ciência, e que incide sobre à Interdisciplinaridade a configurando como um brecholê, uma junção sem reflexão e critérios. A vista disso, como ocorre a percepção da Interdisciplinaridade através da perspectiva Kitsch? O objetivo versou em descortinar através da Gestalt a Interdisciplinaridade do fenômeno Kitsch. A Gestalt foca os estudos da ‘percepção’, ela procura intensificar o fato de que a compreensão do todo é o processo preliminar de compreensão da realidade para, posteriormente possamos compreender os fragmentos. É uma pesquisa qualitativa, pois versa em ações subjetivas sobre a Interdisciplinaridade e a Hermenêutica como método através dos círculos de investigação para compressão exploratória que permite explorar novos fenômeno poucos conhecidos e construir hipóteses. Alguns dos resultados preliminares desta pesquisa na forma de hipótese infere que há uma ligação em evolução entre o Kitsch e a Interdisciplinaridade.
Palavras-chave: interdisciplinaridade. Kitsch. Gestalt. epistemologia. ciência da informação.
UNDERSTANDING THE INTERDISCIPLINARITY OF THE KITSCH SPECTRUM THROUGH GESTALT THOUGHT
Abstract
Interdisciplinarity is an epistemic orientation and consists of many dimensions and application protocols, but sometimes trivialized when involved by Kitsch, a fleeting and uncritical force that permeates science and affects Interdisciplinarity, configuring it as a brecholê, a combination without reflection and criteria. In view of this, how does the perception of Interdisciplinarity occur through the Kitsch perspective? The objective was to uncover, through Gestalt, the Interdisciplinarity of the Kitsch phenomenon. Gestalt focuses on the study of ‘perception’, it seeks to intensify the fact that understanding the whole is the preliminary process of understanding reality so that we can later understand the fragments. It is a qualitative research, as it deals with subjective actions on Interdisciplinarity and Hermeneutics as a method through circles of investigation for exploratory compression that allows us to explore new, little-known phenomena and build hypotheses. Some of the preliminary results of this research in the form of hypotheses infer that there is an evolving link between Kitsch and Interdisciplinarity.
Keywords: interdisciplinarity. Kitsch. Gestalt. epistemology. information science field.
DESCUBRIENDO LA INTERDISCIPLINARIDAD DEL ESPECTRO KITSCH A LA LUZ DE LA GESTALT
Resumen
La interdisciplinariedad es una orientación epistémica y consta de muchas dimensiones y protocolos de aplicación, pero a veces banalizada cuando la involucra el Kitsch, una fuerza fugaz y acrítica que recorre la ciencia, y que incide en la Interdisciplinariedad, configurándola como una tienda de segunda mano, un cruce sin reflexión ni criterios. . Ante esto, ¿cómo se da la percepción de la Interdisciplinariedad desde la perspectiva Kitsch? El objetivo era descubrir la interdisciplinariedad del fenómeno Kitsch a través de la Gestalt. Gestalt se centra en los estudios de la 'percepción', busca intensificar el hecho de que comprender el todo es el proceso preliminar de comprender la realidad para luego poder comprender los fragmentos. Es una investigación cualitativa, ya que aborda acciones subjetivas sobre la Interdisciplinariedad y la Hermenéutica como método a través de círculos de investigación para la compresión exploratoria que permite explorar fenómenos nuevos y poco conocidos y construir hipótesis. Algunos de los resultados preliminares de esta investigación en forma de hipótesis infieren que existe un vínculo evolutivo entre Kitsch e Interdisciplinariedad.
Palabras clave: interdisciplinariedad. Kitsch. Gestalt. epistemología. ciencias de la información.
1 INTRODUÇÃO
A Interdisciplinaridade pode ser um mecanismo para compreender a fragmentação (unidade[6] e subunidades[7]) científica e equalizá-la epistemológica, pois é uma orientação epistêmica, e como tal, há muitas dimensões e os protocolos de aplicação. A Interdisciplinaridade surgiu para superar as insuficiências do pensamento disciplinar positivista e hegemônico, uma forma rígida que valorizava a ordem, a redução e o pensamento simplificador (Callegari; Madeira Filho, 2012). Porém, é preciso que os cientistas da informação despertem para a senciência quanto à Interdisciplinaridade como forma, ou seja, como unidade compotas por subunidades, e os excedentes epistemológicos e não epistemológicos.
A Interdisciplinaridade é uma condição da pós-modernidade ‘[...] apresenta-se como estratégia ou procedimento de apreensão do mundo de maneira mais precisa através do compartilhamento de experiências [...]’ (Talamo, 2009, p. 126), rompe com a estética, a verdade absoluta, como também situa o sujeito como vetor na construção do conhecimento (Loureiro, et al., 2019). Como tal, há na Ciência da Informação (CI) a Interdisciplinaridade emerge de forma identitária e epistêmica, em que a dimensão identitária emerge como caraterística da CI e a segunda versa no uso dos protocolos, das derivações das dimensões e da senciência que promovem a gerência epistemológica (Melo; Santana; Souza, 2021).
Contudo, se percebe um movimento de banalização envolvida pelo Kitsch, um fenômeno pós-moderno, embora não nascido nesta demarcação, mas que prosperou neste contexto e se apropriando da ciência, e do próprio campo epistemológico. O Kitsch é uma filosofia fugaz e acrítica que se expressa às vezes por imagens e palavras simples, e outras vezes por imagens e palavras caóticas (Kaeser, 2013), e para Greenberg (1997), é uma força que atravessa qualquer campo, inclusive a ciência. O autor afirma que todo Kitsch é acadêmico, e, inversamente, tudo o que é acadêmico, por consequência é Kitsch.
Deste modo, é preciso compreender a Interdisciplinaridade para além da palavra e junção vulgar esvaziada, visualizando a gerência e seus direcionamentos epistêmicos quanto ao fenômeno Kitsch. A vista isso, como ocorre a percepção da Interdisciplinaridade através da perspectiva Kitsch? A justificada deste trabalho versa no descortinamento cognitivo da Interdisciplinaridade do Kitsch através da Psicologia, interface epistêmica da CI que tem contribuo para formação da área (Borko, 1968). A Psicologia nesta pesquisa ocorre através da Gestalt, uma escola de pensamento que originou no início do século XX na Áustria e na Alemanha. Seu construto de estudos é a ‘percepção’, que não era considera pelas abordagens psicológicas da época, o que faz da Gestalt uma escola de psicologia como uma abordagem clínica psicológica chamada Gestalt-terapia (Soler, 2020). Porém, a inclinação da Gestalt pesquisa não é clínica, ela versa sobre a tomada de senciência sobres os fenômenos cognitivos no fluxo da ‘percepção’ que orbitam o fazer científico.
Para Bachelard (1996), a fenômenotécnica inclui a psique, a ação, tecnologia e o resultado como dimensões do constituem o ‘fazer’ científico, mas todas elas são realizadas previamente e psicologicamente. A Gestlat pode descortinar a Interdisciplinaridade do Kitsch do pensar a condição prévia e psicológica dos cientistas da informação no direcionar de sua compreensão e aplicabilidade, pois ela é uma filosofia que define como a cognição percebe e significa essas partes e/ou formatos, sejam separados e/ou em comunhão.
2 METODOLOGIA
O trabalho teve perspectiva qualitativa, pois evidencia ações subjetivas, uma vez que se avaliou e compreendeu relações complexas das representações científicas já construídas e as novas derivações deles (Günther, 2006). Isso se deu quando se relacional o estudo acerca da interdisciplinaridade e nos novos significados sobre, como o Kitsch. Ao definir as pesquisas qualitativas como atos subjetivos de construção, Günther (2006) afirma que “[...] a pesquisa qualitativa é uma ciência baseada em textos, ou seja, a coleta de dados produz textos que nas diferentes técnicas analíticas são interpretados hermeneuticamente” (Günther, 2006, p. 5). Portanto, mediante a natura qualitativa de Günther (2006), adotou a Hermenêutica como método e a natureza exploratória.
Quanto ao método Hermenêutica pode ser abordada por duas perspectivas, a ontológica, que remete para a interpretação de uma realidade, e a perspectiva a epistemológica que faz a interpretação de textos, discursos e linguagens. Se adotou estas duas perspectivas, considerando que a Interdisciplinaridade não é um construto exclusivo da CI, pois ao destacar a Interdisciplinaridade como construto investigado, os significados podem partir percepções tanto da CI como realidade dos escritos sobre ela.
Como estratégia prática da Hermenêutica, na CI, Almeida (2022) aponta o Círculo hermenêutico da investigação como procedimento construído Heidegger e Gadamer (1999). Para Sanches (2013), a ideia de circularidade hermenêutica de Heidegger foca a compreensão da existência, assim para ele o sujeito compreende o “[...] mundo a partir de uma compreensão prévia [...] da própria finitude e da totalidade que está para além de si mesmo é o fundamento para o círculo hermenêutico. (Sanches, 2013, p. 38). No embate com Heidegger, Gadamer apreendeu que circularidade hermenêutica não apenas aumentava o conhecimento que o intérprete tinha de si mesmo, mas quando o intérprete incorporava ao próprio horizonte as vivências de outros horizontes, aumentando o conhecimento quanto aos mesmos.
Porém, ao aportar o Círculo de investigação se faz juízo de valor quanto à utilização da circularidade/espiral e circularidade/cíclica, mas que nos leva a uma questão primordial do método hermenêutico, a compressão, onde a natureza exploratória, pois para Malhotra (2006), permite explorar novos territórios e fenômeno poucos conhecidos como a relação Interdisciplinaridade e o Kitsch, especialmente, pela construção de hipóteses desta relação. Assim:
[...] busca por compreensão no mundo a partir de uma compreensão prévia de como ele é. Marcado pela própria finitude do seu lugar no mundo, ele amplia a sua compreensão finita pela incorporação contínua de novas vivências, em um processo que nunca termina. [...] A consciência da própria finitude e da totalidade que está para além de si mesmo é o fundamento para o círculo hermenêutico. (Sanches, 2013, p. 38).
A circularidade/espiral como opção epistêmica vai ao encontro do pensamento de teoria e construção de conhecimento de Ranganathan (2009) e Nonaka e Takeuchi (1997), pois o espiral é analogia utilizada pelos autores para afirmar que a construção do conhecimento e o conhecimento em si ocorrem infinitamente de forma contínua. Por sua vez, a circularidade/cíclica implica em fechamento, assim a produção do conhecimento se estanca em certo ponto (Sanches, 2013). Ao destacar o Círculo de investigação não existe prática de aplicação rígida que deve ser adota o pesquisador (Sanches, 2013), a criatividade científica e a confinação do pesquisador devem ser consideradas com base no objetivo da pesquisa, o que inclui a intersecção circularidade/espiral e a circularidade/cíclica quando conveniente.
A proposta de modelo e das etapas da circularidade hermenêutica na CI por Almeida (2022) inclui seis etapas.
Na primeira etapa é intitulada de 1) Pré-compreensão, versa na fase preparatória da pesquisa, procura, seleção, aquisição, leitura prévia e organização de recursos textuais e materiais que compõem o corpus da pesquisa. A busca foi feita na Base de Dados Referenciais de Artigos de Periódicos em Ciência da Informação (BRAPCI) em 2024 contempla a produção da temática Interdisciplinaridade, nesta base a busca foi realizada utilizando o buscador “Interdisciplinaridade’. Tanto o recorte temporal quanto ao quantitativo que compôs o corpus foram selecionados a partir do critério de saturação (Thiry-Cherques, 2009) a partir da demanda atendida visualizada pelos pesquisadores.
A etapa 2) Reconhecimento de preconceitos versa na contextualização dos recursos e de seus autores, assumindo-se um compromisso entre o objeto e o sujeito da investigação (Almeida, 2022). O termo preconceito serve para refletir as naturais pressuposições, pré-noções e os pré-julgamentos sobre um determinado objeto científico, assim a Interdisciplinaridade foi descortina através da crítica a ela frente qualquer inclinação mental que a romantiza como construto no contexto da CI.
A etapa seguinte, 3) Fusão de horizontes e contextos, versa na realização da leitura dos documentos/fenômenos e o cruzamento dos autores, desembocando em nova procura ou na interpretação (Almeida, 2022), ou seja, se visualizou a Interdisciplinaridade para além dos que naturalmente se discute sobre ela no contexto da CI.
Na etapa 4) Escuta da literatura científica, versa na retirada dos significados, se identificam as ideias-chave e as problemáticas, por exemplo, se destacou o Kitsch como fenômeno nunca antes associado a Interdisciplinaridade, assim esse fato se configura problemática e como as lacunas. Portanto, é nesta etapa a essência do ato de compreensão interpretativa tomo contornos mais definidos (Almeida, 2022) e para além do habitual do então rigidamente estabelecido acerca da Interdisciplinaridade.
Na etapa 5) Aplicação de sentido, constitui o resultado concreto das etapas anteriores, se de fato configurou uma construção efetiva de (novo) conhecimento (Almeida, 2022), assim e episteme é concluída, pois, a uma relação entre o Kitsch e a Interdisciplinaridade, o que versa os objetivos da investigação foi afirmativo (concordância e reforço), porem esse resultado ou poderá ser refletido e aplicado, como refletido e contestado.
Na etapa 6) Interrogação, a reflexão e o questionamento sobre a validade da própria construção são considerados. Esta última etapa correspondeu à verificação ou à avaliação do trabalho realizado, na modalidade definida pelo investigador, e poderá ser entendida não só como uma explicação sobre a importância do objeto de estudo, mas também como um desafio ao conhecimento alcançado, reforçando a sua compreensão e robustecendo-o enquanto marco teórico para o futuro (Almeida, 2022) que se deu a partir do caráter exploratório deste estudo.
3 PSICOLOGIA DA GESTALT E SUAS LEIS
O termo Gestalt é de origem alemão que corresponde ao português a palavra ‘forma’, assim a Gestalt relaciona a ‘percepção’ e ‘forma’, buscando a compreensão da boa forma, da boa forma da experiência vivida (Silva, 2020; Soler, 2020). A Gestalt tem uma ligação conceituais-epistêmica com fenomenologia, pois busca pela possibilidade do sujeito cognoscente de empreender um retorno às coisas mesmas, tornando explícito aquilo que é implícito (Silva, 2020; Soler, 2020).
E neste retorno explícito aquilo que é implícito, para a Gestalt a realidade que se cauteriza como um todo, não é vista pelo sujeito a partir da sua totalidade, mas através dos seus fragmentos/unidades desse todo. Contudo, apesar de perceber os fragmentos/unidades, o sujeito não tem consciência e nem senciência desses processos, o que limita a compreensão do todo pela fração da realidade (Silva, 2020; Soler, 2020). Assim, “[...] a Gestalt procura intensificar o fato de que a compreensão do todo é o processo preliminar de compreensão da realidade para, posteriormente possamos compreender os fragmentos” (Soler, 2020, p. 100). As concepções adotadas pelos pensadores da Gestalt quanto à ‘percepção’ argumentam que ela é a organização ativa dos elementos sensoriais, versa como a mente mensura as formas e organização ao material bruto da percepção (Soler, 2020, p. 100).
Essa organização ocorre por que, a percepção é um fenômeno de interpretação simbólica de dados colhidos das impressões pelas vias das sensações, pois a percepção considera as experiências e vivências do sujeito cognoscente. Por sua vez, a sensação que também marca a existência das espécies mais simples, diz acerca dos apenas dados obtidos através dos sentidos que não são necessariamente submetidos à interpretação simbólica como ocorre com espécie simples (Araújo, 2014).
As leis da Gestalt possibilitam ao sujeito cognoscente compreender melhor a realidade ao seu redor, pois a partir delas é possível processar melhor a sensação e a percepção sobre as partes e a totalidade da informação, permitindo respostas adequadas a ela, pois a partir dela é possível processar melhor a sensação e a percepção sobre as partes e/ou espectrais da informação, permitindo respostas adequadas a ela. Logo, também permite promover a senciência do pesquisador do gerenciamento da simbolização e representação dela, como para o compartilhamento dela, ou seja, a disseminação. Todos os intelectuais, especialmente os cientistas da informação, independentemente de sua formação básica, deveriam estudar a teoria da Gestalt. Isso porque a Gestalt proporciona uma compreensão mais profunda do fenômeno da informação, dos diversos conceitos envolvidos e da necessidade desses conceitos e suas implicações.
Assim, o princípio da organização perceptiva inclui a pregnância, a unidade, unificação, semelhança, proximidade, continuidade, fechamento, segregação, e também Figura e Fundo, que para alguns autores não se figurada uma lei, porém é importância compreende-la, conforme a Ilustração 1.
É importante compreender a Figura e Fundo, pois essa lei dificulta a percepção humana, e isso implica na representação eficiente da abstração. A Figura e Fundo são dois conceitos simples, e em qualquer campo ou espaço visual, uma parte se destaca e sobressai em relação às outras, e chamamos essa parte de Figura. O que não é Figura, ou seja, o restante do espaço, é denominado Fundo (Gomes Filho, 2008; Silva, 2020). Porém, na Figura e Fundo há alternância, um vez que dois ou mais significados são criados, como demora Ilustração 1, entre às duas faces e uma taça, assim emergindo a problemática, o que é Figura e o que é Fundo?
Ilustração 1 – Figura e fundo
Fonte: Silva (2020).
Do mesmo modo, há complexidade na relação entre Figura e Fundo, em que os excedentes podem ocorrer de forma mais objetiva ou através de incertezas, o que se fez atentar para os processos de criação e representação do fenômeno (Gomes Filho, 2008; Hollis, 2000; Silva, 2020).
Ilustração 2 – Lei da pregnância
Fonte: Autor e autoras (2023).
A Pregnância da forma versa sobre “[...] relativa à percepção visual, indica a facilidade ou não de compreender uma forma” (Silva, 2020, p. 173). É a impressão simples e organizada que o sujeito tem dos fenômenos, em que a pregnância pode ser forte ou fraca, em que o nível dela é demandado por uma determinada figura, por exemplo, a logo marca a TV Globo (Figura 3) tem alta pregnância, pois ela tem sentido implícito, razão e consequências.
A lei da Pregnância (Figura 3) opera pela organização psicológica do fenômeno, tende a simplificar, como refere também ao equilíbrio e regularidade estrutural do fenômeno, o sujeito cognoscente recebe um objeto de forma agradável, harmônica que permita uma identificação e conforto (Gomes Filho, 2008; Silva, 2020).
Ilustração 3 – Lei da unidade
Fonte: Autor e autoras (2023).
A Unidade se configura “[...] os elementos que configuram a forma” (Silva, 2020, p.173). A Lei da unidade manifesta a ideia de um elemento e/ou de uma forma do todo que possui linhas continuas, como representa as letras ‘T’ e ‘E’ na (Figura 4). As letras ‘T’ e/ou ‘E’ representa cada uma unidade, a estrutura que é possível de ser lida e interpretada e entendida pela mente humana. E se as unidades ‘T’ e ‘E’ apresentasse espaços vazios, instintivamente o cérebro iria preenchê-las, como acorre na unificação (Figura 5).
Ilustração 4 – Lei da unificação
Fonte: Autor e autoras (2023).
A Unificação “[...] é a coesão visual da forma em função do maior equilíbrio e harmonia da configuração formal do objeto” (Silva, 2020, p.173). Na lei o cérebro identifica que as letras ‘T’ e ‘E’ estão fragmentadas, mas a mente ainda as codificam como letras ‘T’ e ‘E’. Essa lei ajuda a reduzir qualquer complicação visual em sua construção (Gomes Filho, 2008; Soler, 2020). Na unificação se indica a capacidade cognitiva dos sujeitos de identificar, igualar ou equilibrar as partes que pertencem ao mesmo todo.
Ilustração 5 – Lei da semelhança
Fonte: Autor e autoras (2023).
A Semelhança versa no “[...] padrões de unidades que colaboram para o agrupamento da forma” (Silva, 2020, p. 173). Do mesmo modo, nessa lei se refere ao agrupamento das formas (Silva, 2020), em que as partes (Ilustração 6), Quadros e esferas semelhantes tendem a ser percebidos juntos, como se formassem um único grupo (Gomes Filho, 2008; Soler, 2020). Bem como os animais simples, o ser humano agrupa pela visão informações dentro de um ambiente para interpretá-lo, as características muito próximas creditam objetos e serem como pertencentes a um mesmo grupo.
Ilustração 6 – Lei da proximidade
Fonte: Autor e autoras (2023).
A proximidade versa sobre os “[...] elementos próximos tendem a se agruparem e serem percebidos como um todo” (Silva, 2020, p. 173). Por sua vez, na lei da proximidade os elementos próximos tendem a se agruparem e serem percebidos como um todo. Portanto, indica a interpretação de elementos de proximidade que estão próximas no tempo ou no espaço que parecem formar uma unidade e tendem a ser percebidas juntas (Gomes Filho, 2008; Soler, 2020). De tal modo, esses elementos passam a ser percebidos como partes de um todo único ou como pertencentes a uma unidade específica.
Ilustração 7 – Lei da Continuidade
Fonte: Autor e autoras (2023).
A continuidade é o “[...] padrão visual originado por configurações que apresentam sequência ou fluidez na forma” (Silva, 2020, p. 173). Na lei da Continuidade (Ilustração 8) a forma é percebida a partir de uma maior continuidade e linearidade. Nela a percepção humana segue uma direção, há o apreço do sujeito por formas sem qualquer tipo de interrupção na sua composição, assim o sujeito vincula os elementos de uma maneira que os faça parecer contínuos ou fluindo numa direção.
A continuidade permite uma maior fluidez interpretativa, já que a mente humana pode prever situações que envolvem esse elemento (Gomes Filho, 2008; Soler, 2020).
Ilustração 8 – Lei do fechamento
Fonte: Mingrone (2022).
O fechamento “[...] apresenta características espaciais que dão a sensação de fechamento visual dos elementos da forma” (Silva, 2020, p. 173), assim ocorre em efeito do relacionamento das leis da proximidade e semelhança, como a girafa na (Ilustração 9) que é a unidade. Portanto, o sujeito interpreta pela visão e de forma natural a recorrência de subunidades (partes da girafa), uma vez que isso vai facilitar a compreensão de uma forma, e há uma tenência de um fechamento visual para que o sujeito alcance imagens vazadas ou abertas.
Ilustração 9 – Lei da Segregação
Fonte: Martins (2014).
A Segregação “[...] é o ato de separar, perceber ou identificar as unidades” (Silva, 2020, p. 173). A lei da segregação é outra lei que ajuda na interpretação de uma imagem, nela é o ato de separar, perceber ou identificar as unidades, nela se designa a capacidade do sujeito cognoscente de fazer a separação de unidades dentro de uma mesma imagem (Soler, 2020).
4 KITSCH: PONTOS NUCLEARES
A habilidade de produzir e manipular entidades mentais é uma das forças cognitivas mais sofisticada humanas (Chaves, 2011). Isso se refere a Imagética com o estudo das habilidades humanas de gerar processos cognitivos de percepção, ação e comunicação por uso de imagens que ocorrem na ausência de estímulos externos, e o que torna capaz o sujeito de apreender virtualmente o fenômeno universo ao seu redor (Chaves, 2011; Ruppenthal, 2017). Esses processos cognitivos são executados em diferentes formas, assim sendo visual, auditiva, tátil, cinestésica, olfativa, gustativa e/ou interseccionada por todos (Chaves, 2011; Ferreira; Gawryszewski; Guimarães-Silva; Lameira; Lima; Pereira, 2008). Todavia, nessa pesquisa a centralidade é fenômeno o Kitsch como força que produz as formas visuais imagéticas sobre a interdisciplinaridade.
As raízes etimológicas do termo Kitsch têm duas origens, como verbo alemão kitschen /verkitschen se refere ao português o verbo trapacear e vender alguma coisa em lugar de outra. Porém, a derivarão do inglês sketch tem o significa esboço e foi empregado pela primeira vez em 1888, mas visibilizado em 1930 com os discursos de Theodor Adorno, Hermann Broch e Clement Greenberg (Melo; Santana; Souza, 2021; Moles, 1975). O Kitsch surgiu como uma resposta da classe menos favorecida que buscava se assemelhar às classes elitistas. Porém, atualmente, tanto os afortunados quanto os menos afortunados estão imersos na filosofia do Kitsch, pois esse fenômeno se apropriou diversos corpos e mentalidades, especialmente através dos exageros e das ostentações bizarras características do narcisismo digital.
Assim, o Kitsch não escolhe sujeito, é uma base do mundo pós-moderno, ao mesmo tempo que ele é fenômeno pós-moderno, e a cultura digital possibilitou ainda mais sua difusão (Melo; Santana; Souza, 2021; Moles, 1975; Sêga, 2008). O fenômeno Kitsch que se aplica a qualquer fenômeno e/ou objeto, desafia todas as perspectivas que constituem a teoria do objeto, essa que é compreensão acerca das percepções, sentidos e dos significados da cultura material e imaterial (Silveira, 2022). Na perspectiva de Abraham Moles (1975), o Kitsch se aplica a ideia funcionalidade e também como mediador das relações humanas individuais e sociais, enquanto na perspectiva de Baudrillard (2008) ele tem valor de consumo.
Para Pierre Bourdieu (1998) que visualiza as representações sociais como mentais ou objetais, o Kitsch transita nesta lógica, de forma mental, pois não conseguimos esquecer, ele faz parte das nossas práticas sociais; de forma objetal, que fazem a manipulação simbólica das coisas. O Kitsch também desafia o status de signo, que, ao mesmo tempo, não tem o mesmo significado para um sujeito, pois depende do significado e do significante no fluxo do processo semiótica, seja de Ferdinand Saussure, como de Charles Pierce (Silveira, 2022). Portanto, o Kitsch é simultaneamente um fenômeno tangível e intangível, representando desejos, dores, prazeres e alívios associados a objetos inacessíveis por meio de simulacros.
Porém, o que faz um sujeito indicar o fenômeno/objeto Kitsch são suas dimensões estruturais: simulação, exacerbação, espacial, ressignificação, caótica/heterogeneização, sedimentação e romantismo. Isso significa que um fenômeno/objeto se caracteriza kitsch quando ele presenta pelo menos uma destas estruturas (Melo; Santana; Souza, 2021; Moles, 1975).
Ao apontar as dimensões estruturais, Sêga (2008) e Wajnman (2019) destaca a simulação, é a transformações do sentido original, como a falsificação de uma obra/objeto, quando um sujeito que adquirir uma peça de roupa falsificada, esse mesmo saboreia com um gozo promovido por obtenção de um objeto falso do desejo material.
Para Sêga (2008) a dimensão da exacerbação se refere ao exagero expressado na linguagem visual e verbal, cores afetadas e adjetivos dramáticos que expressam o fenômeno brega/cafona. Há também a dimensão espacial, que se caracteriza ao preenchimento de espaço errado, como outros objetos usados em outros espaços e funções. Quanto à dimensão ressignificação, se refere as transposições de um meio a outro, como as garrafas de vinho que são usadas como castiçal, pois o uso original a priori era para guardar um liquido.
Wajnman (2019) aponta a dimensão heterogeneização, que refere ao o empilhamento dos fenômenos/objetos sem noção de classificação ou seleção, muitas vezes diversificados. Wajnman (2019) aponta também a sedimentação, essa dimensão refere-se ao um produto de um vagaroso desenvolvimento que visa o empilhamento em si do que um projeto que visa o significado/objetivo de um conjunto, ou seja, a lógica os acumuladores. Por sua vez, Harte e Newton (1997) destacam dimensão do romantismo, uma prática tendenciosa de fundamentar as atitudes e as posturas baseadas nas emoções, sentimentos e afetividades em oposição à reflexão e à razão (Melo; Santana; Souza, 2021).
5 ANÁLISES E DISCUSSÕES
Nesta perspectiva, o Kitsch versa no sentido basilar de ideia de cópia e plágio (sem autoria), das paráfrases e das citações diretas (ipsis litteris) e junção vulgar de unidades. Compreender o Kitsch, versa compreender a fragmentação e seus desdobramentos na dimensão subjetiva e objetiva realizadas previamente e psicológica. Para que Bachelard (1996) a realização prévia e psicológica está intrínseca no fluxo do interesse do pesquisador, a preparação, a discussão, as condições, o rigor próprio, as tecnologias epistêmicas, as técnicas, construção do conceito e objeto científico novo.
Na dimensão subjetiva, versa no fazer e na validação dos pares quanto a cópia vulgar, plágio e olhar para um ‘texto cobertor de retalho’ que é um agregado sem conexão e reflexão. No caso da dimensão objetiva essas questões estão intrínsecas, e no caso de uso de tecnologia epistêmica, o uso de mecanismos de análise de similaridade textual como iThenticate[8], Hstrike Plagiarism, Unicheck, PlagAware, PlagScan sobre um texto científico.
O uso dos softwares requer uma inclinação subjetiva do pesquisador em alguma mediada, pois os algoritmos dos programas não detectam a lógica cultural kitsch, deste modo em uma análise objetivava feita de um texto pode apresentar maior o menor grau de força Kitsch. A originalidade de um texto científico tem mais centralidade nos resultados e conclusões que são os achados, assim, o resultado da análise objetiva nunca alcançará 100 por cento de originalidade.
Ao fazer aproximações entre o Kitsch e a Interdisciplinaridade na CI, o pensamento de Clement Greenberg fica muito definido. Para Santana, Melo e Souza (2021) a CI assume o viés Interdisciplinar, desta forma os cuidados com essa inclinação epistemológica requerem vigilância científica. Para os autores há distração, embora, não afete a CI epistemologicamente, por outro lado o Kitsch passa a ter o potencial de expandir no entorno da Interdisciplinaridade. Neste artigo, a Interdisciplinaridade se apresenta como fenômeno Kitsch quando ela é visualizada com uma ‘junção vulgar’ de coisas sem critérios e sem reflexão, são esses os fatores que expectaram o Kitsch sobre o construto Interdisciplinaridade no campo.
Para descortinar a Interdisciplinaridade do espectro Kitsch à luz da Gestalt, é imperativo reconfigurar o pensamento sobre a ideia de ‘junção vulgar’ que endossa a Interdisciplinaridade. Assim, destaca-se especialmente as subunidades dessa ‘junção’ que é utilizada para impor e simplificar, e para isso deve-se transforar a Interdisciplinaridade em uma imagem estática assim como unidades e subunidades. No campo da epistemologia o uso da analogia, é uma estratégia muito valorizada por Bourdieu (1989, p. 67), pois ele acredita que “toda a tradição epistemológica reconhece a analogia”.
Ilustração 10 – gradiente, o fractal e o caleidoscópio
Fonte: Autor e autoras (2023).
Porém, essa analogia devesse ser revista no fluxo do tempo para confirma se a mesma não produz mais imagens epistemológicas, e sim simbólicas e estéticas. Um dos exemplos mais ilustrativos de analogia e seu uso ainda vigente é a metáfora do Iceberg de Freud, que foi escolhido pelo psicanalista para representar as estruturas psíquicas de forma didática.
Assim, a analogia do gradiente, o fractal e o caleidoscópio Ilustração 10, é o mecanismo importante para interpretar a Interdisciplinaridade como unidade e subunidades no fluxo da ‘junção’ através das leis da Gestalt.
O gradiente é uma taxa de variação de uma grandeza (fenômeno/concentração/força), em que essa grandeza pode ser uma cor. Conforme a Ilustração 10, a imagem gradiente, é definida pela alteração de tons que variam gradualmente, do mais intenso para o menos intenso, originado o fenômeno dégradé.
O fractal é uma forma que se distinguem por repetir um determinado padrão, em que as diferentes partes se mostram similares ou não à forma como um todo (Gouvêa; Murari, 2004) e apresenta cores em gradiente. Segundo a Ilustração 10, a imagem fractal é definida pela alteração de tons, mas de formas e tamanhos, e alguns fractais podem ter em certa desordem. Por sua vez, a figura caleidoscópica é simétrica, múltipla e perfeita que se formam com contagem do número de espelhos em um mesmo plano (Martins, 2003). Como evidencia a Ilustração 10, a imagem caleidoscópica é definida pela alteração de tons, mas de formas perfeitas e tamanhos, mas as imagens caleidoscópicas não apresentam desordem.
A utilização do gradiente, o fractal e/ou o caleidoscópio devem considerar dois vieses, a ‘pesquisa de inclinação epistêmica Interdisciplinar’ e a ‘pesquisa sobre a inclinação epistêmica Interdisciplinar’.
Uma ‘pesquisa de inclinação epistêmica Interdisciplinar’ deve suspendê-la como uma imagem gradiente, pois há senciência e consciência de que ela possui muitas partes, mas não agregadas e/ou visualizam como um ‘cobertor de retalhos’, pois o gradiente promove a ideia de partes sem ideia de bricoleur e rupturas, e espaços e gaps visíveis.
O gradiente é a analogia mais adequada, pois representa o nível de simbioses entres as cores, ou seja, a taxa de variação das unidades que constitui o todo não há fissuras, há uma homogeneidade em certo grau entre as cores, e é neste sentido que a Interdisciplinaridade alcança sua aplicação epistêmica.
Para uma ‘pesquisa sobre a inclinação epistêmica Interdisciplinar’, especialmente, através da análise da Gestalt, o fractal e o caleidoscópio emergem como analogias viáveis, pois elas permitem separar as unidades do todo a olho nu, que é feita especialmente da aplicação de reflexão e critérios. Ao situar a Interdisciplinaridade na lógica da Figura e Fundo, como imagem gradiente, o fractal e o caleidoscópio, reflete no que o cientista da informação deseja ver, o que se escolhe entre faces ou taça, ou seja, entre a Interdisciplinaridade epistêmica e a Interdisciplinaridade identitária.
Ilustração 11 – Figura e Fundo da Interdisciplinaridade
Fonte: Autor e autoras (2023).
Isso pode ser visto na demarcação da interdisciplinaridade identitária que emerge no ipsis litteris de essência Kitsch, como destaca Melo, Santana e Souza (2021, p. 10) ao focar a passagem de Bicalho e Oliveira (2011, p. 58-59):
[...] não precisa ser procurada, está lá, [...] não é necessário refletir sobre a característica interdisciplinar da CI para confirmá-la, [...]. Targino (1995, p. 14) vai além e afirma que “diante dessa interdisciplinaridade irrefutável [...] (Bicalho, Oliveira, 2011, p. 58-59).
É imperativo compreender que quando o Bicalho e Oliveira (2011) visualiza a Interdisciplinaridade desta forma, não há consciência quanto à postura Kitsch, desta forma a senciência deve emergir neste fazer, e que a Interdisciplinaridade fragmentada no conceito não versa evidenciá-la para promover reflexão, mas que ela tem seu lugar na CI. Bicalho e Oliveira (2011) fazem recortes para afirmar e reafirmar a Interdisciplinaridade na CI.
Portanto, ao considerar as pressas e parcialmente o fragmento ipsis litteris de Bicalho e Oliveira (2011), a Interdisciplinaridade identitária se torna a figura, e a Interdisciplinaridade epistêmica se torna fundo. No caminho inverso ao lugar da Interdisciplinaridade na CI, deve emergir as desconfianças, reflexões questionamentos e reconfiguração da Interdisciplinaridade epistêmica para fundo, a configura como um conjunto de direcionamentos reflexivos, e que Interdisciplinaridade não é um agrupamento sem critérios, uma palavra e imagem esponja, ela é passível de críticas.
Melo, Santana e Souza (2021), não fazem recortes para afirmar e reafirmar a interdisciplinaridade na CI, o movimento é de vigilância e ao focar Interdisciplinaridade epistêmica com figura, a Interdisciplinaridade identitária se estrutura de forma saudável e distante do Kitsch, pois Interdisciplinaridade identitária é vital para o campo da CI.
A Interdisciplinaridade na CI é carregado de pregnância (Ilustração 12), especialmente, Interdisciplinaridade identitária, é figurada simples pelo sujeito linhas do texto ‘A teoria e a prática da interdisciplinaridade em Ciência da Informação’ de Bicalho e Oliveira (2011).
Ilustração 12 – pregnância da Interdisciplinaridade
Fonte: Autor e autoras (2023).
Porém, essa simplicidade e clareza desse tipo de pregnância é problemática, pois na pregnância o nível é emanado por uma determinada figura, de tal modo que o nível simplicidade e clareza da Interdisciplinaridade a configura como uma imagem espoja, que delimita toda explicação, mas, ao mesmo tempo, essa explicação não é relevante. Assim, a pregnância (Ilustração 12) pode produz no sujeito a recusa de falta de profanidade da Interdisciplinaridade, assim há mais especulação sobre a Interdisciplinaridade do que fatos.
Na Interdisciplinaridade, a simplicidade e clareza adotadas são movimentos cognitivos de rejeição de reflexão e da aceitação dela sem questionar. A lei da Pregnância (Ilustração 12) que envolve a Interdisciplinaridade na CI sempre será um mecanismo para que sujeito receba a Interdisciplinaridade como objeto de forma agradável e harmônica que permita distanciamento do desconforto cognitivo, assim aceitação indolor da reflexão.
Na lei da unidade (Ilustração 13) os sujeitos institivamente podem interpretar a Interdisciplinaridade como se ela fosse somente uma unidade, o todo que se encerra em si, sem considerar as subunidades. Do mesmo modo, ainda que ela seja constituída de diversas outras subunidades como também e falta de subunidades, como demonstra a esfera verde representada na Ilustração 13, na cognição dos sujeitos a Interdisciplinaridade pode ficar separada do ambiente que o cerca.
Ilustração 13 – unidade da Interdisciplinaridade
Fonte: Autor e autoras (2023).
Em alguma medida, esse fato pode promover a ideia que a Interdisciplinaridade é configurado como um gradiente, fractal e o caleidoscópio. Todavia, para alguns sujeitos isso pode não preceder, pois o pensamento de Bicalho e Oliveira (2011, p. 58-59) baseado em Gomes (2001, p. 5) acreditam que não é necessário conjecturar sobre a Interdisciplinaridade na CI para confirmá-la. No entanto, essa afirmação é apenas parcialmente interpretada por alguns sujeitos, o que os impede de reconhecer as suas subunidades (ou propriedades), como o gradiente, o fractal e o caleidoscópio.
Na lei da unificação, essa percepção muda, se ver a esfera e suas subunidades (propriedades), pois nesta indica a capacidade cognitiva de identificar na Interdisciplinaridade suas propriedades (partes, fatias), que constitui o todo (esfera), Ilustração 14. Nessa lei, o cientista pode conectar e desconectar diferentes partes e/ou elementos da Interdisciplinaridade, verificando a relações compostas e complexas dessas várias partes.
Ilustração 14 – unificação da Interdisciplinaridade
Fonte: Autor e autoras (2023).
Nessa lei, o sujeito pode suspender a Interdisciplinaridade como fractal e o caleidoscópio que o olhar para as subunidades (partes, fatias, pedaços, fragmentos), para a posterior transformá-la em gradiente, pois no gradiente as partes, fatias, pedaços e fragmentos são equalizadas epistemologicamente.
Na Lei da proximidade, Ilustração 15, a Interdisciplinaridade está longe de ser refletida por ela, pois nessa lei as unidades que constituem o todo que estão próximos tendem a se agruparem pois parecidos e distintos serem percebidos.
Ilustração 15 – Proximidade da Interdisciplinaridade
Fonte: Autor e autoras (2023).
Contudo, os cientistas nunca decompõem suas subunidades, partes, fatias, pedaços, e/ou fragmentos epistemologicamente, apenas fazem o movimento de junção, e a Lei da proximidade poderia servir para fazer tal tarefa, assim entender essa lei é imperativo para equalizar epistemologicamente as subunidades, partes, fatias, pedaços e/ou fragmentos.
Na lei da continuidade, Ilustração 16, para os cientistas a Interdisciplinaridade segue em uma direção pavimentada, assim se define a impressão de como as subunidades ocorrem por meio de organização perceptiva da forma de modo coerência e/ou quebras, interrupções na sua trajetória.
Ilustração 16 – Continuidade da Interdisciplinaridade
Fonte: Autor e autoras (2023).
A cognição se ancora em representações já constituías e exaustivamente difundidas acerca da Interdisciplinaridade, por exemplo, a representação que Interdisciplinaridade é reunião de disciplinas científicas. Isso é fato, mas não é a essência, é uma subunidade básica que compõe o todo do conceito de Interdisciplinaridade de Japiassú (1976), e que para autor é apenas um dos pontos, mas embasa a direção que constitui no fluxo da pregnância. Assim, na lei da continuidade a Interdisciplinaridade se fecha com ideias continuas e básicas, que se estrutura com unidade que se comporta como ‘o todo’.
Na lei do fechamento (Complementação), Ilustração 17, nela se apresentam características espaciais que promovem a sensação de fechamento visual dos elementos da forma como “duas ou a mais disciplinas integradas” (Japiassú, 1976, p. 81), assim é sensação de fechamento que se dá pela continuidade em uma ordem estrutural definida (Gomes Filho, 2008).
Ilustração 17 – Fechamento da Interdisciplinaridade
Fonte: Autor e autoras (2023).
Assim, os sujeitos interpretam a Interdisciplinaridade pela visão e de forma natural a recorrência de unidades, como a ideia de ‘reunião de disciplinas científicas’, uma vez que isso vai facilitar a compreensão de uma forma, há uma tendência de um fechamento visual para que o sujeito alcance imagens vazadas ou abertas.
O Candau (2012), chama atenção para a segregação na forma e classificação, ferramenta inerente à percepção humana, assim perder essa capacidade seria insuportável tanto para os sujeitos cogniscente. Segregação para classificar está na natureza humana, pois sem a Segregação não se constrói os arquétipos, estereótipos, rótulos e etiquetas que também são ‘muletas’ do pensamento quando estamos frente a uma massa de informação muito densa que constitui um fenômeno, às vezes complexa, ordenada e, sobretudo, desordenada.
Para Candau (2012), ao construir as muletas não é necessariamente um fenômeno negativo, esse é um desdobramento negativo. A segregação e classificação como funções cognitivas, seja de qual maneira, ela possibilita compreender a unidade através das subunidades.
Ilustração 18 – Segregação da Interdisciplinaridade
Fonte: Autor e autoras (2023).
A Lei da Segregação, Ilustração 18, é uma lei que ajuda na interpretação de uma unidade como imagem, e no caso da Interdisciplinaridade ela pode se focar nas análises, pois ela versa no ato de separar, perceber ou identificar as subunidades para sua melhor compreender a unidade.
6 Considerações
Esse artigo não objetivou apresentar um debate epistemológico acerca da “inter-multi-trans/disciplinaridade” para construção da compreensão da relação entre a Interdisciplinaridade e o fenômeno Kitsch, ou seja, a percepção sobre essa relação. É importante esclarecer que quando se observa um fenômeno, a percepção dele ocorre por alto e/ou baixo grau de todas as leis da Gestalt, e ao priorizar uma lei para visualização desse mesmo fenômeno de forma senciente é apenas uma técnica de análise focada, assim as unidades e subunidades estão envoltas a todas as leis gestálticas.
Através de uma condução exploratória que se constrói através de novos conhecimentos, ideias e hipóteses, através da análise hermenêutica pode inferir alguns resultados preliminares desta pesquisa em forma de hipóteses. Neste sentido, há um ligação em evolução entre o Kitsch e a Interdisciplinaridade, como infere que a percepção do sujeitos acerca da Interdisciplinaridade como fenômeno Kitsch ocorre pelo lugar garantido da Interdisciplinaridade na CI, que em alguma medida impede um olhar mais profundo e cuidadoso de alguns cientistas da informação. Porém, há necessidade de aprofundamentos destas hipóteses por meio de outras pesquisas futuras.
Neste sentido, compreender a Interdisciplinaridade como unidade através de suas subunidades (propriedades), versa em compreender a junção vulgar e junção epistemológico. A primeira tem base o Kitsch que é embasada pela acrítica, o romantismo e com um grau de pregnância que somente limita e simplifica, e a segunda tem base a senciência, reflexão, a crítica e que aplica a pregnância, a unidade, unificação, semelhança, proximidade, continuidade, fechamento, segregação, e a Figura e Fundo em fluxo que descortina Interdisciplinaridade do Kitsch.
Assim, o olhar gestáltico por meio de suas leis promovem condições de nortear os sujeitos quanto à junção epistemológica, em oposição a junção vulgar de natureza kitsch. Pois, junção epistemológica é um movimento que põe em evidência as propriedades/subunidades da Interdisciplinaridade que constituem sua natureza na aplicação de uma ‘pesquisa de inclinação epistêmica Interdisciplinar’ e para a ‘pesquisa sobre a inclinação epistêmica Interdisciplinar’.
A utilização do gradiente, o fractal e/ou o caleidoscópio como estética para compreender propriedades da Interdisciplinaridade com também a percepção dos cientistas da informação mostra que a Gestalt auxilia na condição prévia e psicológica desse fenômeno. Pois, infere-se que a Interdisciplinaridade tem alta pregnância promovia pela junção vulgar, assim ela é percebida com unidade em si sem fissura, uma entidade inquestionável pelos cientistas da informação, em que se distância até da ideia do gradiente, essa que tem suas propriedades equalizadas epistemologicamente.
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[1] Doutor e Mestre em Ciência da Informação pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Graduado em Psicologia (UFPB) e Biblioteconomia (Uniasselvi), é graduando em Arquivologia e Museologia (Uniasselvi), especialista em 'Ensino e Interdisciplinaridade' (Uniasselvi) e especialista em Arquivologia (Faculdade Domínios).
[2] Mestra em Letras (PROFLETRAS) pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, é pós-graduada em Literatura e Ensino, pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte (2011) e graduada em Letras e Artes pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (2005), atualmente é professora na educação básica e tutora do curso Letras-Língua Portuguesa na UERN/UAB.
[3] Docente da Universidade do Estado do Amapá (UEAP), Doutora em Educação (ULBRA/RS, 2024). Mestre em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local (Centro Universitário UNA/BH/2013). Graduada em Psicologia (UNINCOR/MG/2009), Pedagogia (FBN/AM/2023) e Ciências Sociais (ÚNICA, 2024). Formação Complementar em Pedagogia (FCE/2022). Especialista em áreas interdisciplinares (Psicologia, Gestão, Direitos Humanos, Educação Especial, outros).
[4] Mestra em Ciência da Informação pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Graduada em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Atua como docente no Curso Técnico em Biblioteconomia do Instituto de Educação Estadual do Pará (IEEP) e bibliotecária na Companhia de Desenvolvimento da Área Metropolitana de Belém/PA (CODEM).
[5] Possui Doutorado em Estudos da Criança, Especialidade Sociologia da Infância pela Universidade do Minho- UMINHO-PT(2020)/Doutorado em Educação e Inclusão pela Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG (2022). Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Amazonas (2003). Especialização em Psicopedagogia- UFAM (1999), Especialização em Neuropsicopedagogia- FAMEESP(2020). Especialização em Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo - FAMEESP (2024). Graduação em Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Federal do Amazonas (1997). É Professora do Curso de Pedagogia na área de infância da Universidade do Estado do Amazonas - UEA (2008).
[6] Para Gomes Filho (2008) a ‘unidade’ é um conjunto de mais de um elemento, e nesta pesquisa significa o todo composto por subunidades, partes, fatias, pedaços e/ou fragmentos.
[7] Para Gomes Filho (2008) ‘subunidades’ são os elementos que constituem a unidade/o todo, e nesta pesquisa significa as partes, fatias, pedaços e/ou fragmentos.
[8] É um serviço de detecção de plágio para o mercado corporativo, da Turnitin, LLC, que também administra o Plagiarism.org. O serviço foi lançado em 2004 e está sediado em Oakland, Califórnia. É comercializado para editores, agências de notícias, corporações, escritórios de advocacia e agências governamentais.