Do paradigma físico, às lutas e campo simbólico na Ciência da Informação

deflexões

Autores

  • Alessandra Nunes de Oliveira Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (PPGCI-UNESP)
  • Jetur Lima de Castro Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

DOI:

https://doi.org/10.21728/logeion.2022v8n2.p116-129

Palavras-chave:

Paradigma físico, Ciência da Informação, Campo simbólico, Obstáculo epistemológico, Estranhamento

Resumo

Considerando as concepções epistemológicas do paradigma físico da CI, constituindo-o como o dominante na gênese da CI, baseando-se nas relações das Ciências Empírico-Analíticas sistematizadas em regras técnicas do conhecimento empírico e constituindo os demais paradigmas cognitivo e social, o paradigma físico da CI é problematizado produzindo simbolicamente obstáculos epistemológicos ao conceito de informação no campo científico, como é discutido por Bourdieu (1989), Capurro (2003) e Gonzalez de Gomez (2000). Além disso, destaca-se a concepção central no texto de Gonzalez de Gomez (2000) de que a informação é flutuante e produz diferentes efeitos de sentido em diferentes contextos, a “informação”. Portanto, trata-se de um estudo teórico, de abordagem crítica e interpretativa sobre o paradigma físico na CI, cujo desenvolvimento pautou-se na autorreflexão, pois é nesse arcabouço metodológico que se estabelece o significado da validade desta categoria de afirmações críticas, colocando o paradigma físico a uma compreensão de interesse emancipatório pelo conhecimento e contrapondo as relações discursivas aos poderes hipostasiado. Por isso, precisa-se de uma reconstrução propriamente pautada na compreensão teórica e, sobre isso, González de Gomez (2000) destaca a informação como um termo flutuante que pode estar inserido em áreas e contextos diferentes. Isso faz com que ocorra uma disputa interna no próprio campo da CI com os paradigmas. Com os estudos culturais em informação, no entanto, pode-se afirmar que, em comparação com os teóricos que defendem a abordagem física no campo da CI, há uma constituição de estudos, cruzado no "status" ou "poder". Ainda é tímido o lugar de influência dos demais paradigmas se comparado ao reconhecimento do paradigma físico. Torna-se necessário entender e realizar essas fissuras, buscando uma reconstrução epistemológica nesse paradigma.

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Biografia do Autor

  • Alessandra Nunes de Oliveira, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (PPGCI-UNESP)

    Doutoranda em Ciência da Informação pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (PPGCI-UNESP). Mestra em Ciências da Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação Comunicação, Cultura e Amazônia da Universidade Federal do Pará (PPGCOM-UFPA). Graduada em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Pará.

  • Jetur Lima de Castro, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

    Doutorando em Ciência da Informação pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (PPGCI-UNESP). Mestre em Ciências da Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação Comunicação, Cultura e Amazônia da Universidade Federal do Pará (PPGCOM/UFPA). Graduado em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Pará 

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Publicado

18/03/2022

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Seção

Artigos

Como Citar

Do paradigma físico, às lutas e campo simbólico na Ciência da Informação: deflexões. Logeion: Filosofia da Informação, Rio de Janeiro, RJ, v. 8, n. 2, p. 116–129, 2022. DOI: 10.21728/logeion.2022v8n2.p116-129. Disponível em: https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/5836. Acesso em: 4 nov. 2024.

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