Autorreflexão e pesquisa ação-crítica

tecendo diálogos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21728/logeion.2023v10nesp2.p184-196

Palavras-chave:

Autorreflexão, Pesquisa-ação, Habermas, Formação de profissionais da educação.

Resumo

O conhecimento tem sido objeto de reflexão e estudo em várias áreas do saber, bem como elemento-chave nas grandes transformações enfrentadas pela humanidade. Assim, a autorreflexão, conforme aponta Jürgen Habermas refere-se a um processo de análise crítica e autorreflexiva realizado por indivíduos e pela sociedade como um todo. A autorreflexão também está associada ao desenvolvimento do entendimento crítico, o que permite que os sujeitos, de modo coletivo avaliem constantemente suas próprias ações e instituições em relação aos padrões de justiça, igualdade e compensação. Em termos mais amplos, a autorreflexão em Habermas está relacionada ao conceito de “espaço público” e à ideia de que uma sociedade saudável e democrática requer um diálogo público aberto e crítico, o que fundamenta a pesquisa-ação. Encontramos na pesquisa-ação uma abordagem que combina a investigação acadêmica com a ação prática para promover mudanças sociais, envolvendo a colaboração entre pesquisadores e membros da comunidade, visando gerar conhecimento relevante e aplicável às questões enfrentadas por estas. Perante o exposto, toma-se como objetivo principal tecer considerações acerca do conceito de autorreflexão para estratégia de produção de dados numa pesquisa-ação crítica. Trata-se de um relato de pesquisa que visa refletir acerca da autorreflexão incorporada na metodologia da pesquisa-ação, principalmente no tocante à formação continuada de profissionais da educação. Nesse contexto, acredita-se que, a partir da autorreflexão crítica tais profissionais possam constituir-se em uma comunidade autocrítica de pesquisadores que investigam suas concepções e ações, possibilitando outros/novos modos de conceber e produzir conhecimentos.

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Biografia do Autor

  • Allana Prederigo, Universidade Federal do Espírito Santo

    Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo (PPGE/UFES). Graduada em Pedagogia (UFES). Membra do Grupo de Pesquisa Formação, Pesquisa-ação e Gestão em Educação Especial (Grufopees – CNPq/UFES).

  • Letícia Fernandes, Universidade Federal do Espírito Santo

    Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo (PPGE/UFES). Graduada em Pedagogia (UFES). Membra do Grupo de Pesquisa Formação, Pesquisa-ação e Gestão em Educação Especial (Grufopees – CNPq/UFES).

  • Gustavo Santana, Universidade Federal do Espírito Santo

    Graduando em História pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Bolsista de Iniciação Científica. Membro do Grupo de Pesquisa Formação, Pesquisa-ação e Gestão em Educação Especial (Grufopees – CNPq/UFES).

  • Mariangela Almeida, Universidade Federal do Espírito Santo

    Professora Associada da Universidade Federal do Espírito Santo (Centro de Educação/UFES), atuando na graduação e na pós-graduação. É líder do Grupo de Pesquisa Formação, Pesquisa-Ação e Gestão em Educação Especial (Grufopees - CNPq/UFES). Membro da diretoria da Associação em Rede Internacional de Investigação-Ação Colaborativa (Estreiadiálogos). Membro associada da Colaborative Action Research Network (CARN).

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Publicado

30/11/2023

Como Citar

Autorreflexão e pesquisa ação-crítica : tecendo diálogos. Logeion: Filosofia da Informação, Rio de Janeiro, RJ, v. 10, n. esp2, p. 184–196, 2023. DOI: 10.21728/logeion.2023v10nesp2.p184-196. Disponível em: https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/6781. Acesso em: 21 nov. 2024.