A pesquisa-ação colaborativo-crítica como metodologia
um estudo de caso a partir de um grupo de pesquisa
DOI:
https://doi.org/10.21728/logeion.2023v10nesp2.175-183Palavras-chave:
Pesquisa-ação colaborativo-crítica; grupo de pesquisa; estudo de caso.Resumo
O presente trabalho tem como objetivo compreender as contribuições da perspectiva teórico-metodológica da pesquisa-ação colaborativo-crítica na formação acadêmica e profissional dos autores de dissertações de um grupo de pesquisa. Assim, toma a perspectiva teórica de Jürgen Habermas, baseada nos conceitos de discurso e atos de fala. Assim, o discurso assume a forma de argumentação, de acordo com que os participantes argumentam sobre uma pretensão de validade criticável colocada em diálogo. Fundamenta-se na pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso, que busca nos espaços discursivos individuais e coletivos articular com seus participantes, um lugar onde todos têm o direito de falar e colocar seus entendimentos de forma racional, apresentando suas ideias e construindo pela via do diálogo argumentos fortes para chegar a um entendimento mútuo. Procura-se captar por meio dos espaços discursivos, as perspectivas teórico-metodológicas da pesquisa-ação colaborativo-crítica presente nas dissertações, os “silenciamentos” presentes e intencionalidades que permeiam os objetivos das propostas de pesquisa. A partir dos espaços constituídos, foi possível perceber que os autores construíram suas pesquisas coletivamente, sendo os conceitos de colaboração, participação e escuta primordiais para dar continuidade aos movimentos desencadeados. Neste sentido, a utilização da pesquisa-ação como perspectiva teórico-metodológica contribuiu para fundamentar as relações ao longo dos processos de pesquisa. Sobretudo os sujeitos puderam vivenciar a pesquisa como um todo, não apenas metodologicamente, mas teoricamente pela via comunicativa. Sendo assim, por meio da comunicação há uma mudança social, sendo possível estabelecer reflexões profundas do mundo da vida intersubjetivamente partilhado pelos sujeitos.
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Referências
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