Teoria da complexidade e decolonialidade

contribuições possíveis para a ciência da informação?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21728/logeion.2024v11n1e-7131

Palavras-chave:

Teoria da Complexidade, Decolonialidade, Ciência da Informação, Colonialidade, Epistemologia

Resumo

Este estudo aborda a Teoria da Complexidade e o conceito de decolonialidade como instrumentos cognitivos para orientar direcionamentos epistêmicos no campo da Ciência da Informação. Utiliza-se de pesquisa bibliográfica e exploratória para delinear os dados teóricos apresentados. Os resultados alcançados revelam uma análise crítica dos preceitos eurocêntricos do conhecimento científico, utilizando o pensamento complexo e a decolonialidade como foco analítico da colonialidade. Identifica-se que o conhecimento científico é estruturado pelos aspectos de colonialidade, patriarcado e capitalismo, os quais desdobram-se no desenvolvimento do racismo e do sexismo epistêmico. Conclui-se que tanto a teoria da complexidade quanto a decolonialidade podem ampliar o espectro epistemológico da Ciência da Informação e, consequentemente, de seu objeto de estudo, a informação.

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Biografia do Autor

  • Ermeson Nathan Pereira Alves

    Doutorando em Ciência da Informação (UFPB). Mestre em Ciência da Informação (UFPE), autor do livro Banzo: a saudade que mata, pela editora Frutificando, Rio de Janeiro. 

  • Edivanio Duarte de Souza, Universidade Federal de Alagoas

    Doutor em Ciência da Informação pela Universidade Federal de Minas Gerais (2011), Mestre em Ciência da Informação pela Universidade Federal da Paraíba (2004), Graduado em Direito pela Faculdade Estácio de Alagoas (2014) e em Biblioteconomia pela Universidade Federal da Paraíba (1999). Professor Adjunto do Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal de Alagoas (CBI/UFAL). Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal de Alagoas (PPGCI/UFAL), na linha de pesquisa "Produção, Mediação e Gestão da Informação", onde leciona as disciplinas "Fundamentos Teóricos da Ciência da Informação" e "Propriedade Intelectual e Direitos Conexos". Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal da Paraíba (PPGCI/UFPB), na linha de pesquisa "Ética, Gestão e Políticas de Informação", onde leciona/lecionou as disciplinas "Epistemologia da Ciência da Informação" e "Fundamentos Teóricos da Ciência da Informação". Conciliador da Justiça Federal em Alagoas (JFAL). Líder do Grupo de Pesquisa "Observatório de Estudos Interdisciplinares da Informação" registrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Fundador e Editor do periódico científico qualis "Ciência da Informação em Revista". Consultor Ad Hoc da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (FAPEAL). Atua nos campos de Biblioteconomia, Ciência da Informação e Direito, com ênfase em Epistemologia Interdisciplinar, Fundamentos Teóricos da Biblioteconomia e da Ciência da Informação, Gestão da Informação e do Conhecimento, e Direitos Fundamentais, Informação e Cidadania.

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Publicado

30/08/2024

Como Citar

Teoria da complexidade e decolonialidade: contribuições possíveis para a ciência da informação?. Logeion: Filosofia da Informação, Rio de Janeiro, RJ, v. 11, n. 1, p. e-7131, 2024. DOI: 10.21728/logeion.2024v11n1e-7131. Disponível em: https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/7131. Acesso em: 1 set. 2024.