trabalhos de conclusão de curso sobre arquivologia e tecnologias da informação

análise das produções em uma universidade

Bárbara Carvalho Diniz[1]

Universidade Federal da Paraíba

dinizbarbara6@gmail.com

Flávia de Araújo Telmo[2]

Universidade Federal da Paraíba

flaviaaraujo.t@gmail.com

Alzira Karla Araújo da Silva[3]

Universidade Federal da Paraíba

alzirakarlaufpb@gmail.com

Guilherme Ataíde Dias[4]

Universidade Federal da Paraíba

guilhermeataide@gmail.com

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Resumo

Mapeia as subtemáticas dos trabalhos de conclusão no curso de Arquivologia em uma universidade paraibana entre os anos de 2014 e 2022, que envolvam Arquivologia e Tecnologias da Informação e ressalta a relevância das principais subtemáticas identificadas para o desenvolvimento da Arquivologia. Trata-se de uma pesquisa básica, exploratória, bibliográfica e documental a partir dos TCCs recuperados no repositório institucional DSpace UEPB. Utilizou-se o software Gephi para elaborar as redes sociais entre discentes e docentes-orientadores e as redes das subtemáticas que cada docente-orientador tratava. Dos 429 trabalhos de conclusão de curso analisados, 73 abordavam sobre Arquivologia e Tecnologias da Informação, identificando-se 29 subtemáticas. Dos principais assuntos identificados, destacam-se Gestão de documentos eletrônicos/digitais Difusão em Website, Digitalização de Documentos, Preservação Digital e Arquitetura da Informação. Em relação aos docentes/orientadores, 19 orientaram trabalhos nessa temática, entre os quais quatro sobressaíram-se em número de orientações. Ressalta-se que dentre os discentes, uma também contribuiu como docente-orientador. Conclui-se que os trabalhos de conclusão de curso trazem temáticas emergentes, atuais e relevantes que buscam inserir a Arquivologia no contexto digital, abordando desde a gestão, segurança, preservação, digitalização à arquitetura da informação. Demonstra a pluralidade e interesses da Arquivologia no intuito de promover uma eficiente gestão, organização, preservação, acesso e difusão dos documentos arquivísticos em meio digital e contribuir para a teoria e prática arquivística.

Palavras-chave: arquivologia; tecnologias da informação; ensino superior; trabalho de conclusão de curso.

 

COURSE COMPLETION WORKS ON ARCHIVAL SCIENCE AND INFORMATION TECHNOLOGIES

analysis of productions at a university in Paraíba

Abstract

Maps the subthemes of the final works in the Archiveology course at a university in Paraíba between the years 2014 and 2022, which involve Archiveology and Information Technologies and highlights the relevance of the main subthemes identified for the development of Archiveology. This is a basic, exploratory, bibliographic and documentary research based on TCCs retrieved from the DSpace UEPB institutional repository. Gephi software was used to create social networks between students and faculty advisors and the networks of the subthemes that each faculty advisor dealt with. Of the 429 course completion works analyzed, 73 dealt with Archiving and Information Technologies, identifying 29 subthemes. Of the main topics identified, electronic/digital document management, Website Dissemination, Document Digitization, Digital Preservation and Information Architecture stand out. In relation to teachers/supervisors, 19 supervised work on this topic, among which four stood out in terms of the number of orientations. It is noteworthy that among the students, one also contributed as a teacher-advisor. It is concluded that the course completion works bring emerging, current and relevant themes that seek to insert Archivology in the digital context, covering everything from management, security, preservation, digitization to information architecture. Demonstrates the plurality and interests of Archivology in order to promote efficient management, organization, preservation, access and dissemination of archival documents in digital media and contribute to archival theory and practice.

Keywords: archivology; information technologies; university education; completion of course work.

 

TRABAJO DE FINALIZACIÓN DEL CURSO DE ARCHIVELOGÍA Y TECNOLOGÍAS DE LA INFORMACIÓN

análisis de producciones en una universidad

Resumen

Mapea los subtemas de los trabajos finales del curso de Archivística de una universidad de Paraíba entre los años 2014 y 2022, que involucran Archivística y Tecnologías de la Información y destaca la relevancia de los principales subtemas identificados para el desarrollo de la Archivística. Se trata de una investigación básica, exploratoria, bibliográfica y documental basada en los TCC recuperados en el repositorio institucional DSpace UEPB. Se utilizó el software Gephi para crear redes sociales entre estudiantes y tutores y las redes de los subtemas que abordó cada tutor. De los 429 trabajos de finalización de cursos analizados, 73 versaron sobre Archivo y Tecnologías de la Información, identificándose 29 subtemas. De los principales temas identificados destacan la gestión documental electrónica/digital, la Difusión de Sitios Web, la Digitalización de Documentos, la Preservación Digital y la Arquitectura de la Información. En relación a los docentes/supervisores, 19 supervisaron trabajos en este tema, entre los cuales cuatro se destacaron en cuanto al número de orientaciones. Se destaca que entre los estudiantes uno también contribuyó como docente-orientador. Se concluye que los trabajos de finalización del curso traen temas emergentes, actuales y relevantes que buscan insertar la Archivología en el contexto digital, abarcando desde la gestión, seguridad, preservación, digitalización hasta arquitectura de la información. Demuestra la pluralidad y los intereses de la Archivología para promover la gestión, organización, preservación, acceso y difusión eficiente de documentos de archivo en medios digitales y contribuir a la teoría y práctica archivística.

Palabras clave: archivística; tecnologías de la información; enseñanza superior; proyecto final de curso.

1   INTRODUÇÃO

Os cursos de graduação em Arquivologia no Brasil surgiram em meados da década de 1970, inicialmente na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Universidade Federal Fluminense (UFF) localizados nas regiões sul e sudeste, respectivamente (Tanus; Araújo, 2013). Com o passar do tempo, expandiram-se para outras regiões nos mais diferentes estados brasileiros e, atualmente, são 16 cursos oferecidos por universidades públicas (federais e estaduais) e uma por universidade particular na modalidade de Ensino à Distância (EAD).

Conforme Jardim (1999) o currículo mínimo adotado nos cursos de Arquivologia ainda na década de 1970 concentrava-se no ensino das técnicas arquivísticas, não favorecendo discussões epistemológicas ou direcionadas a pesquisa na área. No ano de 1996, houve a promulgação da Lei Federal nº 9.394, em que foram estabelecidas as Diretrizes e Bases para Educação Nacional (LDB), que contemplou o ensino superior. Desta forma, os cursos de Arquivologia que já estavam estabelecidos e aqueles que seriam criados passaram por discussões sobre novas propostas curriculares, bem como reavaliação curricular (Oliveira; Sousa, 2015).

A Arquivologia é um campo em expansão, isto porque vem sendo impulsionada pelas tecnologias, pelo crescimento do mercado de trabalho para o arquivista, em especial pela ampliação do seu papel nas instituições, além do desenvolvimento de estudos e discussões sobre a teoria e a prática no âmbito laboral e acadêmico (Negreiros; Silva; Arreguy, 2015).

Nestas quase cinco décadas da inauguração dos cursos superiores em Arquivologia, nota-se claramente a expansão dos suportes para registro da informação arquivística, especificamente a popularização dos meios eletrônicos como suporte dos documentos arquivísticos.

Tendo em vista a realidade em que os documentos são produzidos, gerenciados e armazenados, surgiu também a necessidade de reestruturar os currículos dos cursos de Arquivologia, isso para a inserção de discussões na temática Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs), a fim de que, graduandos possam conhecer e compreender os meios de registro, gerenciamento e armazenamento de documentos no âmbito digital.

Com a expansão dos cursos de Arquivologia na década de 2000, houve a criação do curso de Arquivologia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), que “[...] foi pioneiro na Paraíba, segundo curso da área no Nordeste e desde a sua fundação tem se fortalecido tanto com relação à estrutura física, quanto no que diz respeito à qualificação do seu corpo docente”. Este curso, com currículo de 2016, parte do pressuposto do gerenciamento da informação documental e eletrônica (Arquivologia UEPB, 2016).

Dentre as disciplinas ofertadas, seis tratam sobre as TDICs, a saber: Gestão das Tecnologias e Sistemas Arquivísticos; Estrutura e linguagem para a organização da WEB; Documentos digitais; Fundamentos das tecnologias da informação e comunicação; Arquitetura da informação; e Gestão de banco de dados (UEPB, 2016).

Sabendo da relevância da temática Tecnologias da Informação e Arquivologia, que o curso de Arquivologia da UEPB tem explorado cada vez mais  esse assunto por meio das disciplinas em  seu currículo e que os meios de produção, tramitação e armazenamento de documentos arquivísticos encontram-se cada vez mais em plataformas digitais, levantam-se às seguintes questões: Quais subtemáticas foram abordadas pelos discentes da Universidade Estadual da Paraíba nos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) defendidos no período 2014 a 2022? Qual a proporção anual de defesas desses trabalhos? Quais docentes se destacam na orientação sobre esta temática? Qual a relevância das subtemáticas que envolvem Arquivologia e Tecnologias da Informação?

Para isso apresenta-se como objetivo: Mapear as subtemáticas presentes nos Trabalhos de Conclusão de Curso sobre Arquivologia e Tecnologias da Informação, defendidos no curso de graduação em Arquivologia da UEPB (2014-2022). Neste interim, o 1) levanta os TCCs sobre a temática defendidos entre 2014 a 2022 disponíveis na Biblioteca Digital da UEPB; 2) verifica as subtemáticas sobre Arquivologia e Tecnologias da Informação abordadas; 3) representa a rede social de colaboração entre docentes/orientadores e discentes autores de TCCs sobre Arquivologia e Tecnologias da Informação e; 4) enfatizar a importância dos estudos nas subtemáticas identificadas na área de Arquivologia.

Justifica-se esta pesquisa, tendo em vista a expansão do uso massivo das TDICs no meio arquivístico e a necessidade de arquivistas pesquisarem e aplicarem seus conhecimentos na elaboração e uso das tecnologias seguindo os princípios, metodologias e práticas arquivísticas. Além disso, o curso de Arquivologia da UEPB é um dos três cursos oferecidos em modalidade presencial no nordeste brasileiro, sendo pertinente entender o cenário de interesse e pesquisa em torno dos TCCs na área de tecnologia do curso de Arquivologia da UEPB. A pesquisa contribui para enfatizar a importância dos estudos nas subtemáticas identificadas e compreender a relação interdisciplinar entre Arquivologia e Tecnologias de Informação.

O estudo está organizado nas seções Introdução, Métodos, Resultados, Considerações Finais e Referências.

2 MÉTODOS

Esta pesquisa trata-se de uma pesquisa básica, de cunho exploratório, bem como o levantamento bibliográfico sobre a relevância das subtemáticas identificadas nos TCCs.  Possui caráter documental, pois foram consultados os TCCs do curso de Arquivologia da UEPB entre os anos de 2014 e 2022 disponíveis no repositório institucional DSpace UEPB. Justifica-se a temporalidade, pois a partir do ano de 2014 todos os TCCs do curso estão no referido repositório, no entanto, alguns TCCs do ano de 2022 na época da coleta de dados, podem não estar disponíveis, visto que os discentes têm a opção de que seu trabalho seja publicado um após a defesa. Ressalta-se que os TCCs pesquisados são os que contemplaram a área que inserem as Tecnologias de Informação (TI) no cenário da Arquivologia.

As buscas pelos TCCs ocorreram no mês de junho de 2023, recuperando-se por ordem cronológica, disponibilizada pelo repositório. Foram recuperados 429 TCCs entre os anos de 2014 e 2022, no qual os pesquisadores puderam identificar os documentos de potencial interesse por meio dos títulos, palavras-chave e resumo, descritos no repositório como forma de selecionar os TCCs com o foco da pesquisa. Após a leitura inicial, os documentos foram separados por ano de defesa e os dados sobre os autores, orientadores, ano de defesa, título do trabalho e palavras-chave foram utilizados para descrição dos documentos em uma planilha eletrônica.

A partir da identificação inicial, foram categorizadas as subtemáticas de cada trabalho na área de Arquivologia e TI. Posteriormente, foram representadas por meio de redes sociais a relação entre os docentes-orientadores e discentes, levantando aqueles de mais destaque. O software utilizado para representar a rede social foi o Gephi por ser de código aberto e gratuito para visualização, análise e manipulação de redes e grafos.

 

3 RESULTADOS

Os resultados desta pesquisa estão divididos em: subtemáticas entre Arquivologia e Tecnologias da Informação, quantidade de TCCs defendido por ano que abordem Arquivologia e Tecnologias da Informação defendidos na UEPB entre 2014 e 2022, docentes que mais orientaram sobre a temática pesquisada e, relevância das principais subtemáticas identificadas para o desenvolvimento da Arquivologia.

 

 

 

3.1 SUBTEMÁTICAS ENTRE ARQUIVOLOGIA E TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO NOS TCCS

Na pesquisa documental realizada na Biblioteca Digital da UEPB, foram contabilizados 429 TCCs defendidos no curso de Arquivologia da UEPB entre 2014 e 2022. Desses, 73 abordaram a temática Arquivologia e Tecnologias da Informação como representado no Gráfico

 

Gráfico 1 – TCCs disponíveis na biblioteca digital da UEPB sobre a temática Arquivologia e Tecnologias da Informação

Points scored

Fonte: Dados da pesquisa (2023).

 

Destaca-se que nos anos de 2014, 2016 e 2018 houve crescimento da defesa de TCCs. Infere-se que esse resultado pode ter sido decorrente das greves nos anos de 2013, 2015 e 2017 na UEPB, o que provavelmente impactou o número de defesas dos trabalhos. Observa-se também que não houve um crescimento linear sobre a temática ao passar dos anos. Em 2020, ano da pandemia de COVID-19[5], que impactou o mundo, o número de defesa de TCCs, período em que não houve pesquisa sobre a temática Arquivologia e Tecnologias da Informação.

No ano de 2021, é retomada a defesa de TCCs, e a temática Arquivologia e Tecnologias da Informação ganha impulso. Dos 18 TCCs defendidos, sete versaram sobre tal temática, representando 38,8%. Já no ano de 2022, foram 34 TCCs e 11 sobre a temática em estudo, totalizando 32,3%. Em relação aos anos anteriores, por mais que houvesse maior número de TCCs defendidos, nunca se teve uma proporção tão significativa em relação a temática sobre o número total de TCCs.

Acredita-se que o fato do crescimento da alta da temática investigada, dá-se pelo fato de que a pandemia impulsionou ainda mais o uso das TDICs de modo remoto, trazendo destaque ainda maior na produção, organização, recuperação, acesso e uso dos documentos arquivísticos em meio digital.

Em relação as subtemáticas pesquisadas nos TCCs analisados sobre Arquivologia e Tecnologias da Informação, apresenta-se o Grafo 1:

 

Grafo 1 - Rede Subtemática dos TCCs sobre Arquivologia e Tecnologias da Informação defendidos no curso de Arquivologia da UEPB (2014-2022)

Fonte: elaborado pelos autores.

 

Faz-se necessário explicar nesse contexto, o que compreendemos por temática e subtemática. Neste trabalho, entende-se temática como sinônimo de tema, logo seu conceito é definido por Cunha e Cavalcante (2008) como um assunto, proposição ou ideia que é desenvolvida em uma obra literária ou didática. Já a subtemática, enquadra-se como uma divisão, especialidade de um assunto mais abrangente.

No grafo 1 identificou-se 29 subtemáticas vinculadas a 24 docentes/orientadores em total de 73 TCCs analisados com subtemáticas inerentes ao tema em estudo, reunidas pela influência dos atores (docentes/orientadores) centrais do grafo em sete clusters[6] distintos. Verificou-se a maior incidência da subtemática Gestão de documentos eletrônicos/digitais presente em 12 trabalhos, consequentemente orientado por 9 atores/orientadores distintos, na qual três deles orientaram essa subtemática em mais de uma pesquisa.

Verificou-se também destaque para as subtemáticas, com seu quantitativo de  trabalhos que as mencionaram, sendo: Difusão em Website (9), Digitalização de Documentos (8), Preservação Digital (8), Arquitetura da Informação (8), Assentamento Funcional Digital (6), Banco de Dados (5), Acessibilidade (5) e Usabilidade (5), Segurança da informação digital (4) e Recuperação da informação em sistemas de informação (4), Tecnologias da informação e comunicação e Documento digital (3) e Processo judicial eletrônico (2).

Detectou-se que 15 subtemáticas foram abordadas apenas uma vez por pesquisa, sendo elas: Arquivologia e tecnologias da informação, Sistemas de informação, Tecnologias digitais, Website de arquivos, Diplomática digital, Serviços arquivísticos digitais, Redes sociais, Computação em nuvem, Descrição arquivística em website, Gerenciamento de software livre, Repositório digital, Aplicativo móvel, Software de descrição arquivística, Ciberespaço e Acesso à informação na web. 

Percebe-se a diversidade e amplitude das subtemáticas relacionadas à Arquivologia e Tecnologias da Informação. Interessante notar que algumas das subtemáticas identificadas correspondem a assuntos estudados em disciplinas do curso de Arquivologia da UEPB, como é o caso dos componentes curriculares Documentos digitais, Banco de dados, Arquitetura da Informação e Gestão das Tecnologias e Sistemas Arquivísticos. Tendo as disciplinas um papel importante na continuidade da ciência, por meio das discussões e abordagens temáticas desenvolvidas no período disciplinar, seja nos cursos de Arquivologia ou cursos de outras áreas científicas.

A análise demonstrou que o docente/ orientador Ferreira, D.S orientou com abordagem em 13 subtemáticas distintas, o maior quantitativo em relação aos demais atores da rede, com destaque para subtemáticas como Arquitetura da Informação (3), Preservação digital (3), Banco de dados (2), Gestão de documentos eletrônicos/digitais (2) e Recuperação da informação em sistemas de informação (2), na qual trabalhou as mesmas mais de uma vez. Sendo um ator importante na rede temática investigada, onde o resultado mostra a influência do mesmo na execução de pesquisas com foco em subtemáticas relacionadas à Arquivologia e TI que podem trazer habilidades inovadoras para esta comunidade acadêmica atuar com foco em soluções.

Nesse aspecto, Roncaglio (2020) comenta que tanto os arquivistas, pesquisadores e outros profissionais envolvidos na área terão que lidar com as transformações que não tem como ser evitadas, na qual ela denomina de “reconfiguração dos procedimentos arquivísticos”, seja por consequências de ordem econômica, cultural e até mesmo tecnológica.

 

3.2 REDE DE COLABORAÇÃO ENTRE DISCENTES E DOCENTES/ORIENTADORES

A Rede Social de colaboração entre Discentes e Docentes/orientadores de TCCs sobre Arquivologia e Tecnologias da Informação defendidos no Curso de Arquivologia da UEPB (2014-2022) está configurada no Grafo 2.

 

Grafo 2 - Rede Social de colaboração entre Discentes e Docentes/orientadores de TCCs sobre Arquivologia e Tecnologias da Informação defendidos no Curso de Arquivologia da UEPB (2014-2022)

Fonte: Dados da pesquisa (2023).

A rede social das subtemáticas sobre Arquivologia e Tecnologias da Informação constitui-se de 97 atores, sendo 73 discentes, 23 Docentes e um ator Discente/Docente (Diniz, B.C.). As colaborações observadas entre esses atores correspondem a um total de 23 clusters

Observou-se que o ator Diniz, B. C. foi o único com característica discente e, posteriormente docente, o que demonstra a influência recebida por atores dessa rede social constituindo como uma expansão da rede por meio do compartilhamento do conhecimento.

O Grafo 2 demonstrou quatro atores dominantes, sendo esses a centralidade da rede social. A centralidade trata-se de uma “característica de um ator, enquanto nó de uma rede social, associadas aos laços dos quais um nó participa [...]” (Lara; Lima, 2009, p. 617). Isso nos infere que esses atores são indispensáveis na rede, por permitirem o maior compartilhamento de informações, comunicação e, consequentemente, poder de influência em uma rede social por seus vínculos e laços relacionais.

Como atores centrais observam-se os docentes: Ferreira, D. S.  tendo este vínculo com 14 atores discentes (Brito, A. C. N.; Carvalho, C. R. F.; Diniz, B. C.; Dantas, N. F. P.; Donato Filho, A.; Galdino, T. S.; Magalhães, R. F.; Marciano, K. S.; Pessoa, M. A.; Oliveira, J. M. B.; Silva, A. P. R.; Silva, J. S.; Silva, P. F.; Souza, G. K. A.;), Dornelles S. L. com nove atores (Alves, W. R. T.; Chaves, J. R.; Jacinto, J. S.; Nascimento, C. G. F.; Oliveira, J. I. N.; Santos, M. V.; Silva, B. S. P; Silva, C. M.; Silva, L. F.; ), Melo J. H. também com nove atores (Andrade, S. C.; Barroso, P. A. L.; Fernandes, B. T. M.; Gonçalves, R. G. O.; Lima, R. K. O.; Santiago Júnior, Z. P.; Silva, D. A; Soares, J. E. F.; Souza, J. F.) e Carneiro N. S. com cinco atores (Leite, M. S.; Melo, J. N.; Meneses, M. S.; Oliveira, L. S.; Oliveira, R. P. M.).

Além dos atores centrais, verificou-se que nove docentes produziram apenas uma vez sobre a temática analisada, cinco docentes produziram duas pesquisas e seis deles três pesquisas cada. O resultado pode demonstrar o interesse de pesquisa desses atores por outras temáticas ou até mesmo um menor período de vínculo desses atores nessa instituição.

Quanto à expansão das pesquisas sobre as temáticas Arquivologia e Tecnologias da Informação no curso de Arquivologia da UEPB, a análise permite afirmar que a rede possui potencial para ampliar as investigações e parcerias com novos atores, isso por terem orientados estudos sobre a temática ao menos uma vez.

 

 

 

3.3 RELEVÂNCIA DAS PRINCIPAIS SUBTEMÁTICAS IDENTIFICADAS PARA A ARQUIVOLOGIA

Dentre as 29 subtemáticas identificadas, dez se destacam em questão de produção de trabalhos dada a realidade digital que envolve a produção, organização, tramitação, acesso, preservação, difusão, segurança e usabilidade da informação arquivística, são elas:

Gestão de documentos eletrônicos/digitais: refere-se ao conjunto de tecnologias, que engloba procedimentos de captura, gerenciamento, armazenamento e distribuição de documentos arquivísticos em meio digital (Câmara Técnica de Documentos Eletrônicos, 2020). Apesar da gestão de documentos digitais preceder as mesmas premissas dos suportes analógicos, deve-se considerar algumas especificidades quanto à sua preservação e acesso contínuo (Rocha, 2020).

A gestão documental é um dos recursos relevantes para o desenvolvimento das instituições, já que os documentos possuem informação referente as atividades administrativas, jurídicas, contábeis etc. tornando-se elementares para o dia a dia e progresso institucional. Considerando que os documentos arquivísticos digitais sofrem com a obsolescência tecnológica, faz-se necessário uma gestão adequada, dando atenção especial ao acesso a longo prazo a documentos neste suporte.

Difusão em websites: a difusão tem se tornado um assunto que está ganhando espaço no contexto arquivístico, principalmente por propicia ligações entre arquivo e sociedade. A difusão em sites de instituições arquivísticas colabora para a disseminação de informação e conhecimento, sendo a Internet um recurso essencial para a disseminação dos acervos arquivísticos (Almeida, 2022).

Neste aspecto, estudos sobre difusão auxiliam a teoria e prática arquivística a expandirem esta atividade no intuito de promover atividades culturais e educativas dos arquivos expandido fronteiras geográficas.

Arquitetura da Informação (AI): o termo Arquitetura da Informação refere-se à identificação de padrões, bem como criação de métodos para definição de espaços informacionais, tendo como principais objetivos a representação e manipulação de informações em sistemas de informação (Albuquerque; Lima-Freire, 2011). De maneira simplificada, a AI busca simplificar a maneira como a informação digital é organizada, manipulada e visualizada para que usuários de determinado sistema ou website naveguem de maneira intuitiva e facilitada. A Arquivologia pode contribuir por meio de estudos sobre representação e organização da informação, como também utilizar dos princípios e técnicas da AI para projetar sites e sistemas arquivísticos.

Digitalização de Documentos: a digitalização de documentos consiste no processo que converte um documento em formato analógico para o formato digital por meio de equipamento adequado (Arquivo Nacional, 2005). O Conarq (2021) por meio de sua Resolução nº 48 estabelece os procedimentos adequados para este tipo de conversão, que deve ser apoiada por uma gestão de documentos, manutenção, preservação dos documentos digitalizados, assinatura digital, além do registro e uso de metadados.

É fato que a digitalização promove benefícios como a diminuição da frequência de uso do documento analógico, auxiliando sua conservação; acesso e compartilhamento de maneira rápida e facilitada para um maior número de usuários. No entanto, como o Conarq (2021) pondera, a digitalização é um processo complexo e não é a solução efetiva de problemas em relação a diminuição de massa documental, preservação e acesso aos documentos. Os arquivistas, em parceria com as instituições, devem conciliar as melhores práticas em torno deste procedimento, para que de fato a digitalização promova os benefícios esperados.

Preservação digital: de acordo com o Projeto Interpares (2012) a preservação digital é o “Conjunto de ações gerenciais e técnicas exigidas para superar as mudanças tecnológicas e a fragilidade dos suportes, garantindo o acesso e a interpretação de documentos digitais pelo tempo que for necessário”. Este tema tem ganhado destaque no universo arquivístico, visto a produção e o armazenamento dos documentos digitais. Ao longo da história os documentos arquivísticos passaram por diversos suportes até chegarem ao formato digital. Neste sentido, nota-se que a expansão da tecnologia, em especial, os suportes que contém documentos arquivísticos passam por rápida obsolescência, causando impactos significativos no acesso e preservação das informações ao longo do tempo (Santos; Flores, 2015).

Levando em conta que os documentos arquivísticos são fundamentais para pessoas e instituições no decorrer de suas atividades, bem como são instrumentos para constituição da história e memória, a preservação digital é basilar para as atividades de gestão e difusão de acervos arquivísticos. A este respeito, os arquivistas devem fundamentar seu trabalho levando em consideração os estudos e as práticas adotados por esta área cada vez mais inerente ao profissional da informação.

Assentamento Funcional Digital (AFD): o assentamento funcional digital foi instaurado pela Portaria nº 4, de 10 de março de 2016, da Secretária de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho no Serviço Público (SEGRT) do Governo Federal. “O AFD é considerado documento arquivístico e deverá observar as orientações emanadas do Arquivo Nacional, órgão central do Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo - SIGA, da Administração Pública Federal” (SEGRT, 2016, p. 1). Complementa-se que o AFD se trata do histórico funcional dos servidores da União, sejam efetivos, comissionados ou a estes equiparados.

Diante do exposto, o arquivo tem a função de gerenciar e preservar a documentação produzida por estes indivíduos ao longo de sua jornada profissional no âmbito do Governo Federal, demonstrando importância não só aos servidores, mas também para as entidades administrativas para a tomada de decisões referentes ao funcionalismo federal. Conforme análises feitas nos TCCs sobre esta subtemática, é observado que grande parte são estagiários de órgãos federais que entendem a importância desta documentação em seus estágios, intermediando temáticas que envolvem gestão e preservação de documentos arquivísticos digitais.

Acessibilidade: a Lei Federal nº 13.146, de 6 de julho de 2015, define acessibilidade como a condição e possibilidade de que pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida possam usufruir com segurança e autonomia de equipamentos urbanos, mobiliários, serviços de informação e comunicação, incluindo sistemas e tecnologia, transportes, edificações e instalações abertas ao público, seja de uso privado ou coletivo, na zona rural ou urbana.

Nota-se que de acordo com a lei supracitada, pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida tem o direito garantido de ter acesso à informação, isto inclui os documentos arquivísticos, além de que espaços como arquivos sejam físicos ou virtuais, devem oferecer as condições necessárias para garantir acesso a qualquer pessoa, independente de suas limitações.

Barbosa e Franklin (2016) alertam que as instituições arquivísticas precisam avançar nesse quesito, já que muitos arquivos possuem recursos limitados, o que influencia na adaptação de espaços adequados para atender este público. No entanto, oferecer o acesso à informação, neste sentindo direcionado ao espaço digital, nas condições e possibilidades adequadas devem ser uma luta constante dos Arquivos e arquivistas na busca por promover os serviços e produtos arquivísticos a todos que deles necessitem.

Banco de Dados: pode ser definido como a “reunião ordenada de arquivos semelhantes, ou base de dados, de origens diversas, colocados à disposição de utilizadores, que podem consultá-los para atendimento de suas necessidades de informação” (Cunha; Cavalcanti, 2008, p. 42). Os bancos de dados fazem parte do dia a dia das instituições sejam as de pequeno, médio ou grande porte em incontáveis funcionalidades. Os sistemas informatizados, incluindo os bancos de dados, devem não só armazenar, mas promover uma recuperação da informação de forma rápida e precisa (Diniz; Sousa, 2018).

Quanto as funcionalidades voltadas a busca e recuperação nos bancos de dados, pode-se contribuir a partir do estudo das necessidades dos usuários, bem como pensar na descrição dos dados a partir das normas de descrição arquivística, a exemplo da NOBRADE e ISAD (G). Os arquivistas podem e devem contribuir para o desenvolvimento de banco de dados, sobretudo na organização e descrição de dados e metadados adequados que se refere aos documentos arquivísticos.

Usabilidade: “Usabilidade é o estudo da intersecção entre sistemas e usuários, tarefas e expectativas no contexto de uso” (Weichbroth, 2020, tradução nossa). A usabilidade possui cinco atributos principais, são eles: eficiência, facilidade de aprendizagem, facilidade de memorização, satisfação do usuário e baixa taxa de erros (Nielsen, 1993). De modo geral, compreende-se que no contexto arquivístico, a usabilidade é primordial para que sistemas de informação, bancos de dados, SIGADs e sites possam ser de fácil uso e que satisfaça o usuário na sua navegação.

Evidencia-se que os estudos sobre usabilidade estão intrinsecamente associados à Arquitetura da Informação, por mais que os conceitos sejam diferentes. A este respeito, os estudos sobre AI e usabilidade na arquivística muitas vezes estão entrelaçados. Por conta da proximidade dos estudos citados, a Arquivologia, mais uma vez apresenta contribuições com estudos sobre a navegação e experiência do usuário, com intenção do desenvolvimento e aperfeiçoamento seja de softwares e/ou sites arquivísticos, o que pode proporcionar maior acesso e satisfação dos serviços e produtos oferecidos.

Segurança da informação digital: garantir que informações sejam acessadas por quem é autorizado é um requisito fundamental para garantir que os ativos institucionais, pessoais sejam protegidos de ações indevidas. O Gartner Group (2023) contextualiza que segurança da informação é a combinação de políticas, tecnologias, processos e pessoas que ao serem empregadas por uma instituição tem o intuito de proteger seus ativos físicos e cibernéticos. O Conarq (2022) por meio do e-Arq Brasil reforça que todo SIGAD em relação aos seus aspectos de segurança deve ser composto por controle de acesso, trilhas de auditoria e cópias de segurança na intenção de garantir que a instituição, e os usuários possam ter suas informações e documentos protegidos, frustrando tentativas de acesso indevido.

Na conjuntura atual que se alude as políticas de proteção de dados, as etapas de implementação de um programa de proteção de dados, que incluem coleta, produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transmissão, distribuição, processamento, armazenamento, eliminação, avaliação ou controle etc., é perceptível notar semelhanças às fases de implementação de um programa de gestão documental. Deste modo, arquivistas podem fazer parte de programas que se adequem a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) (Brasil. Lei Federal n. 13.709, 2018) (Schwaitzer; Nascimento; Souza Costa, 2021).

Após considerações sobre a relevância das principais subtemáticas tratadas dentro do tema Arquivologia e Tecnologias de Informação nos TCCs pesquisados, nota-se que alguns destes assuntos estão interligados, como é o caso da gestão de documentos eletrônicos/digitais que se conecta às subtemáticas de digitalização de documentos, arquitetura da informação, preservação digital, usabilidade, segurança da informação digital e assentamento funcional digital.

Ademais, vemos que a arquitetura da informação e usabilidade estão intimamente conectadas, além de que a acessibilidade na web também faz parte da conexão entre estas subtemáticas.

De modo geral, quase todas as subtemáticas mencionadas neste estudo estão de algum modo interligadas. Entende-se que a Arquivologia e as TI promovem amplas discussões e que determinadas subtemáticas abrangem diversos pontos, de modo a contribuir amplamente no gerenciamento, acesso, preservação e difusão de documentos arquivísticos, demonstrando que a Arquivologia se faz presente num mundo cada vez mais tecnológico, em que é necessário gerenciamento adequado para a quantidade de dados e informações produzidos.

 

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O principal objetivo deste artigo consistiu em mapear os TCCs produzidos pelos discentes de Arquivologia da UEPB no período de 2014 a 2022 sobre a temática Arquivologia e TI, além de quantificá-los, identificar as subtemáticas existentes e apresentar a relevância daquelas principais para o desenvolvimento da Arquivologia.

Notou-se que das principais subtemáticas levantadas, estas possuem ligações com outras, como é o caso da gestão de documentos eletrônicos/digitais, a qual estabeleceu relações com a preservação digital, arquitetura da informação, usabilidade, digitalização de documentos e segurança da informação.

Sobre os docentes que mais orientaram destacam-se quatro: Ferreira, D. S., Dorneles, S. L., Melo, J. H., e Carneiro, N. S. Ressalta-se que dentre os quatro orientadores, dois possuem graduação em Arquivologia, um em Ciência da Computação e um em História, que de acordo com o que consta em seus currículos Lattes, a maioria produz academicamente na área que envolve Arquivologia e TI.

Foi perceptível por meio dos estudos documentais que não houve crescimento linear anual sobre a temática, mas sim, variações de defesas sobre a temática nos anos pesquisados. No entanto, destaca-se que em 2021, dentre os TCCs defendidos, houve a maior proporção de TCCs mapeados sobre a temática investigada do que nos anos anteriores, provavelmente por conta da influência do uso das tecnologias no contexto da pandemia de Covid-19.

Compreende-se que a Arquivologia como campo científico e prático tem muito a contribuir na esfera digital. Por mais que haja a falsa percepção de que tudo é ou será automatizado, sem o estudo e aplicação de princípios, teorias e práticas arquivísticas ocorrem caos e ingerência informacional, fazendo com que as teorias, conceitos e técnicas deste campo sejam cruciais no ambiente digital, em que os dados e informações ocupam cada vez mais centralidade nas esferas pessoais e institucionais.

 

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[1] Doutoranda e mestra em Ciência da Informação (PPGCI - UFPB). Bacharela em Arquivologia (UEPB). Professora substituta do Departamento de Ciência da Informação da UFPB.

[2] Doutoranda e mestre em Ciência da Informação (PPGCI-UFPB). Bacharel em Arquivologia (UFPB).

[3] Doutora em Ciência da Informação (PPGCI-UFMG). Mestra em Ciência da Informação (PPGCI -UFPB). Bacharela em Biblioteconomia (UFPB). Docente do Departamento de Ciência da Informação (DCI) da UFPB. Docente permanente do PPGCI UFPB.

[4] Doutor em Ciência da Informação (PPGCI-USP). Mestre em Organization & Management pela Central Connecticut State University ? CCSU (1995). Bacharel em Ciência da Computação (UFPB). Docente do Departamento de Ciência da Informação (UFPB). Docente permanente do PPGCI UFPB.

[5] De acordo com o Ministério da Saúde (2024): A Covid-19 trata-se de uma infecção respiratória aguda provocada pelo Coronavírus SaRs-CoV-2, o qual é potencialmente grave, com alto grau de transmissão e de distribuição por todo globo. Foi descoberto a partir de amostras de pacientes na cidade de Wuhan na China, em 2019.

[6] Do inglês conjunto, agrupamento.