EXPOSIÇÃO NUMISMÁTICA COMO PRÁTICA DE MEDIAÇÃO CULTURAL EM BIBLIOTECA

caso SENAI Linhares – ES

Patricia Souza dos Santos[1]

Universidade Federal do Espírito Santo

patriciassantos14@gmail.com

Taiguara Villela Aldabalde

Universidade Federal do Espírito Santo

tai.vilald@icloud.com

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Resumo

Este trabalho tem por objetivo apresentar a exposição numismática como prática de mediação cultural desenvolvida no decorrer do ano de 2018 pela bibliotecária de uma escola de educação profissional do sistema privado da cidade de Linhares no Estado do Espírito Santo. Adotaram-se os métodos de pesquisa documental, pesquisa bibliográfica e entrevista. Os resultados são descritos a seguir: Inicialmente apresenta breve referencial teórico acerca do tema “prática de mediação cultural” em bibliotecas, posteriormente descreve o projeto, expõe os resultados atingidos como prática de mediação. Ainda no campo dos resultados verificou-se que foram utilizados documentos numismáticos tais como cédulas e moedas, recursos providos pela comunidade escolar para composição da exposição. Foi possível concluir que a referida prática está no campo da mediação, pois integrou, ou seja, conseguiu fazer com que o público participasse de atividade cultural junto ao espaço da biblioteca, portanto democratizou o espaço. Além disso, ocorreu a mediação de conhecimentos históricos (reconhecimento de personagens históricos e datas) e de educação financeira (conversão de valores).

 

Palavras-chave: mediação cultural; práticas de mediação; exposição numismática; conhecimento histórico; educação financeira.

NUMISMATIC EXHIBITION AS A PRACTICE OF CULTURAL MEDIATION IN A LIBRARY

the case of SENAI Linhares - ES

Abstract

This study aims to present numismatic exhibition as a cultural mediation practice developed throughout the year 2018 by the librarian of a private vocational school in the city of Linhares, in the state of Espírito Santo. Documentary research, bibliographic research, and interviews were employed as research methods. The results are described as follows: Initially, a brief theoretical framework is presented regarding the theme “cultural mediation practice” in libraries. Subsequently, the project is described, highlighting the achieved results as a mediation practice. In the realm of results, it was observed that numismatic documents such as banknotes and coins were utilized, resources provided by the school community for the composition of the exhibition. It was possible to conclude that the mentioned practice falls within the field of mediation, as it integrated, meaning it succeeded in engaging the public in cultural activities within the library space, thereby democratizing the space. Furthermore, there was mediation of historical knowledge (recognition of historical figures and dates) and financial education (currency conversion).

Keywords: cultural mediation; mediation practices; numismatic exhibition; historical knowledge; financial education.

EXPOSICIÓN NUMISMÁTICA COMO PRÁCTICA DE MEDIACIÓN CULTURAL EN LA BIBLIOTECA

el caso de SENAI Linhares - ES

 

Resumen

Este trabajo tiene como objetivo presentar la exposición numismática como una práctica de mediación cultural desarrollada a lo largo del año 2018 por la bibliotecaria de una escuela de educación profesional del sistema privado en la ciudad de Linhares, en el Estado de Espírito Santo. Se adoptaron los métodos de investigación documental, investigación bibliográfica y entrevista. Los resultados se describen a continuación: Inicialmente, se presenta un breve marco teórico sobre el tema “práctica de mediación cultural” en bibliotecas, posteriormente se describe el proyecto y se exponen los resultados alcanzados como práctica de mediación. En el ámbito de los resultados, se observó que se utilizaron documentos numismáticos, como billetes y monedas, recursos proporcionados por la comunidad escolar para la composición de la exposición.Fue posible concluir que dicha práctica se encuentra en el campo de la mediación, ya que logró integrar, es decir, hacer que el público participara en actividades culturales dentro del espacio de la biblioteca, democratizando así el espacio. Además, se llevó a cabo la mediación de conocimientos históricos (reconocimiento de personajes históricos y fechas) y de educación financiera (conversión de valores).

Palabras clave: mediación cultural; prácticas de mediación; exposición numismática; conocimiento histórico; educación financiera.

1 INTRODUÇÃO

Esta pesquisa aborda a exposição numismática denominada “História do Dinheiro Brasileiro” realizada na biblioteca do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) do município de Linhares, no estado do Espírito Santo, no ano de 2018.

Dentre as práticas recorrentes desenvolvidas pela biblioteca em questão estão as palestras, exposições, oficinas, seminários, encontros e visitas, entendidas como práticas de mediação cultural. Chaumier e Mairesse (2023) examinam as ações de mediação organizadas por ou em estabelecimentos culturais, como visitas guiadas, conferências e suporte de mediação para compreensão de obras, workshops, entre outras.

Para Aldabalde e Rodrigues (2015) a mediação cultural é um procedimento que focaliza a cultura, adotando uma abordagem interativa em relação ao público. Nesse processo, utiliza-se a estratégia de construção com o intuito de fomentar a democratização e a democracia cultural. Isso se reflete na criação de produtos e serviços diversos, como produções audiovisuais, eventos históricos, recitais, mesas-redondas, exposições de arte, oficinas e concertos. Com essa perspectiva, ao realizar práticas de mediação cultural utilizando a exposição numismática, parte da premissa de aproximar o usuário das ações educativas na biblioteca, considerando seu papel crucial no contexto cultural sobre a história da moeda.

Para Rasteli (2021) a mediação cultural refere-se a um modelo triangular no decorrer da assimilação cultural, exigindo a presença do mediador (bibliotecário) para resolver as tensões percebidas entre os elementos culturais e o público. Isso pode resultar em uma dinâmica de intervenção, intercâmbio, compartilhamento e modos de interpretação.

O documento normativo que orienta as práticas de ensino do SENAI denominado “Metodologia SENAI de educação profissional - MSEP”, descreve a biblioteca como ambiente de suporte ao processo educativo para adoção de uma dinâmica de trabalho diferenciada (SENAI, 2019). Partindo da percepção que as práticas de mediação cultural realizadas pela biblioteca vão ao encontro das práticas pedagógicas norteadas pela metodologia SENAI de educação, compreendida como o resultado de um conjunto de ações didático-pedagógicas que, de forma integrada e complementar, são empregadas para o desenvolvimento dos processos de ensino e de aprendizagem, se tornou relevante o relato desta experiência, com intuito de integrar a exposição numismática como prática de mediação cultural em biblioteca, as práticas pedagógicas.

Justifica-se a pesquisa pela ausência de trabalhos sobre a temática “mediação cultural e numismática” no campo da Ciência da Informação. O levantamento realizado em 2023 considerou os principais portais de acesso à informação científica do Brasil, sendo eles: Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), Base de Dados em Ciência da Informação (BRAPCI) e Scientific Electronic Library Online (SCIELO). Rodrigues Junior (2019), em sua pesquisa sobre produções acadêmicas em numismática no Brasil, identificou que o interesse acadêmico sobre a numismática no Brasil está relacionado às seguintes formações acadêmicas: História e Arqueologia (55%), e somado às áreas de Administração, Ciências Humanas, Comunicação, Educação Física, Engenharia de Produção, Farmacologia, Gestão de Educação, Geografia, Jornalismo, Medicina, Psicologia, Religião, Saneamento, Tecnologia, está a Ciência da Informação somando 45% das formações, e considerando a amostra de cem primeiros pesquisadores registrados no sistema Lattes, procedendo a coleta de informações sobre a formação acadêmica, resultou em 01(um) pesquisador da biblioteconomia.

2 A BIBLIOTECA COMO ESPAÇO DE MEDIAÇÃO

Chaumier e Mairesse (2023) enfatiza que a mediação ocupa uma posição central no processo de desenvolvimento pessoal e na construção da sociedade. Baseando-se nos processos de aprendizagem, que incluem tanto a instrução externa quanto a autoaprendizagem, a mediação serve como um vetor fundamental ao longo da vida. Quer seja respaldada por órgãos públicos ou pelo círculo familiar, e mesmo quando se desenrola em encontros informais, ela se revela como uma força motriz essencial que permeia nossa existência.

A mediação é entendida como um processo pelo qual o conhecimento do usuário pode ser modificado e alterado, permitindo que o indivíduo cresça como participante da sociedade (Chaumier e Mairesse, 2023). Para Chaumier e Mairesse (2023) a mediação deve ser entendida como uma postura específica que implica o desejo de buscar, através da cultura e das abordagens que dela são feitas, o desenvolvimento da pessoa muito mais do que a distribuição de conteúdo. Assim sendo, o sujeito é visto como participante ativo da mediação, não apenas como receptor de informações, mas como pessoa que pode intervir no que está acontecendo no ambiente social, histórico, político e cultural. (Lousada, 2015).

Salcedo e Alves (2014) apresentam a biblioteca como dispositivo cultural, ressaltando o seu papel essencial em transmitir informações por meio de mediação, para atender às necessidades ou proporcionar experiências culturais a determinadas pessoas.

A função da biblioteca é auxiliar seus usuários na garantia do pleno exercício de seus direitos (IFLA, 2019). Além disso, é um espaço de mediação com aprendizado ao longo da vida que promove ações no ensino e aprendizagem para todos, desempenha um papel crucial fornecendo informações e ideias essenciais para o funcionamento bem-sucedido na sociedade contemporânea, centrada em informação e conhecimento. Além disso, capacita os estudantes para a aprendizagem contínua e estimula o desenvolvimento da imaginação, preparando-os para viver como cidadãos responsáveis (IFLA, 2019). 

Santos Neto (2014) menciona que a mediação e o mediador atuam com vistas a apresentar um elemento (seja este um objeto, uma linguagem, uma imagem), desconhecido ou pouco conhecido, a um sujeito ou grupo social com a expectativa de que haja apropriação daqueles por estes. Conforme Rastelli e Caldas (2017) “Os espaços das bibliotecas agem como dispositivos produtores de sentidos".

Para Salcedo e Alves (2014) a mediação cultural pode ser feita na biblioteca sob diversas formas, levando peças, pinturas, exposições das mais variadas formas, tornando-se assim, um dispositivo cultural. E tão importante para o funcionamento deste dispositivo, é a interação das equipes ligadas à mediação. Ao abordar a biblioteca como um dispositivo cultural, enfatiza que elas auxiliam ajustando e unindo os componentes do ciclo da mediação: mediador – objeto mediado - público.

Visto que a mediação implica na existência de um terceiro elemento entre o indivíduo e aquilo que é comunicado, podendo ser uma exposição ou outra manifestação cultural, com ações que possuem algumas características invariáveis como a expectativa de que sua ação produza um efeito no destinatário dentre eles o aprendizado (Crippa, 2018), pressupõe-se que a prática de exposição, e no nosso caso a exposição numismática realizada pela biblioteca em questão, colabora com o aprendizado ao considerarmos que a mediação é o elemento que aproxima os indivíduos a conhecimentos que ao serem apropriados por eles contribuem no aprendizado para o convívio social e do mundo do trabalho.

                                                                         

3 EXPOSIÇÃO NUMISMÁTICA COMO PRÁTICA DE MEDIAÇÃO CULTURAL

 A exposição numismática teve, em 2018, como objetivo principal demonstrar que a biblioteca pode participar efetivamente do processo de ensino-aprendizagem dos alunos do SENAI. Como desdobramento buscou-se valorizar e sensibilizar os usuários em relação aos documentos, particularmente sobre o valor histórico das cédulas e moedas, oferecendo aos visitantes a oportunidade de apropriarem-se das informações sobre os objetos mediados.

Dentre as múltiplas possibilidades de informações que documentos numismáticos podem oferecer, destaca-se a economia, a cronologia, a metrologia, a epigrafia, heráldica, a simbologia, a iconografia, a geografia, bem como a metalurgia (Jonard, 2020). Pode-se inferir que tais múltiplas possibilidades de informações por meio da exposição como prática de mediação realizada de forma colaborativa (Chaumier, 2016), possibilita potenciais que as pessoas podem desenvolver ao longo da vida. Isso por sua vez impacta ou não na aptidão para realizar determinadas ações, atividades ou funções, que podem ser desenvolvidas nos domínios cognitivo, psicomotor e afetivo (SENAI, 2019). Assim, isso indica que a exposição numismática como prática de mediação cultural é estratégia em potencial para a prática pedagógica.

O relato refere-se à exposição numismática intitulada “História do dinheiro” promovida em outubro de 2018 na unidade SENAI Linhares. A escolha desse mês específico se deveu à comemoração do Dia Nacional do Dinheiro em 13 de outubro. Embora fosse comum neste caso que esta biblioteca tomasse a iniciativa de realizar exposições regularmente, essa surgiu a partir da sugestão e colaboração dos alunos dos cursos Técnicos em Desenvolvimento de Sistemas e Mecânica Industrial.

A ideia foi concebida quando um funcionário, de maneira despretensiosa, apareceu na biblioteca durante o intervalo com cédulas produzidas no período de 1942 a 1993. Ao observarem que os documentos numismáticos continham imagens de personalidades, como presidentes, escritores brasileiros e relação com eventos históricos, os alunos propuseram à bibliotecária a realização de uma exposição que contasse a história do dinheiro no Brasil, em que os próprios participassem.

         Na fase inicial, foram reunidas 29 cédulas, abrangendo as moedas: cruzeiro, cruzeiro novo, cruzado e cruzado novo. Para tal, realizou-se uma mediação contributiva, conforme delineado por Chaumier (2016, citado por Aldabalde, 2022). Nesse processo, a biblioteca envolveu os alunos na busca por exemplares de cédulas anteriores ao Plano Real, proporcionando uma experiência que aproximou os estudantes de seus familiares e colegas de classe. Além das cédulas escolhidas para compor a exposição, foram incorporadas as narrativas orais compartilhadas pelos familiares que vivenciaram o período em que essas cédulas estavam em circulação.

         Isso é relevante, pois a Base Nacional Comum Curricular destaca a importância de apreciar e examinar criticamente as vivências e experiências individuais e familiares apresentadas pelos alunos. Esse propósito pode ser alcançado por meio de abordagens lúdicas, intercâmbios, escuta ativa e diálogos sensíveis, em diversos ambientes educativos, como: bibliotecas, pátios, praças, parques, museus, arquivos, entre outros (Brasil, 2018).

 

 

Quadro 1 -  Relação das Cédulas reunidas

Cédulas que fazem parte da Família Cruzeiro Real. Data de Lançamento  01.08.1993

 

DESCRIÇÃO DA CÉDULA

ANTEVERSO

VERSO

1

Cédula de CR$ 50,00 (Câmara Cascudo)

Efígie de Luís da Câmara Cascudo (1898-1986), tendo a esquerda, cena de jangadeiros.

Descrição: Cena do "Bumba-meu-boi", bailado popular do folclore brasileiro.

2

Cédula de CR$ 100,00 (Meio Ambiente e Desenvolvimento)

Cena de um beija-flor (Amazilia lactea) alimentando filhotes no ninho.

Vista das Cataratas do Iguaçu, situada na fronteira com a Argentina.

3

Cédula de CR$ 500,00 (Mário de Andrade)

 

 

Efígie de Mário Raul de Morais Andrade (1893-1945), tendo a esquerda, desenho inspirado em fotografia de sua autoria, intitulada "Sombra Minha". Acompanhada pelo último verso do conhecido poema "Eu sou trezentos...".

Cena representando Mário de Andrade conversando com crianças, ladeada por prédios que simbolizam o crescimento vertiginoso da cidade de São Paulo na época do escritor.

4

Cédula de CR$ 1.000,00 (Anísio Teixeira)

 

 

Retrato de Anísio Spínola Teixeira (1900-1971), tendo a esquerda vista parcial da Escola Parque, integrante do Centro Educacional Carneiro Ribeiro, projeto do arquiteto e engenheiro Diógenes Rebouças, sob orientação do próprio Anísio.

Cena alegórica referente a proposta de ensino levada a efeito pela Escola Parque, cujo fundamento e método defendem a educação como processo constante de reorganização e reconstrução de experiências.

5

Cédula de CR$ 5.000,00 (Gaúcho)

 

 

Efígie de "gaúcho", ladeada por painel que retrata, em visão simultânea, a fachada e o interior das ruínas da Igreja de São Miguel das Missões (RS), construída pelos jesuítas na primeira metade do século XVII.

Painel apresentando cena do "gaúcho" manejando o laço, na captura do gado. Sob as legendas da margem inferior, reproduções de acessórios típicos que o gaúcho usa em sua lida diária: boleadeira, relho, guampa e esporas.

6

Cédula de CR$ 50.000,00 (Baiana)

 

 

Efígie de "baiana", com torço e colares, tendo a esquerda painel onde figuram alguns de seus mais importantes balagandãs, os quais possuem diversos significados: romã e cacho de uvas (fecundidade); figa de madeira e dentes de animais (proteção); caju (abundância); peixe, cordeiro e pombas do Espírito Santo (elementos resultantes do sincretismo com o catolicismo).

Cena de baiana, trajada com o requinte dos dias de grande festa, com o clássico tabuleiro, preparando o acarajé. Ao fundo vê-se perspectiva da Igreja do Bonfim, em Salvador, cenário de uma das mais famosas festas do sincretismo religiosos brasileiro: a Lavagem do Bonfim.

Cédulas que fazem parte da Família Cruzeiro. Data de Lançamento: 16.03.1990

7

Cédula de Cr$ 50,00 (Carlos Drummond de Andrade)

 

 

Efígie de Carlos Drumond de Andrade (1902-1987), aparecendo, ao fundo, o casario e as montanhas de Itabira (MG).

Uma gravura representa o poeta em sua mesa, no ofício de escrever. À direita da gravura, estão reproduzidos os versos do poema "Canção Amiga".

8

Cédula de Cr$100,00 (Cecília Meireles)

 

 

Retrato de Cecília Meireles (1901-1964), tendo a esquerda, a reprodução de desenho de sua autoria, ao qual se sobrepõem alguns versos manuscritos extraídos de seus "Cânticos".

A gravura, a esquerda, representa o universo da criança, suas fantasias e o momento da aprendizagem. O painel é completado, a direita, com a reprodução de desenhos feitos pela escritora, representativos de seus estudos sobre folclore, músicas e danças populares.

9

Cédula de Cr$ 200,00 (Efígie da República)

 

 

Efígie simbólica da República, interpretada sob a forma de escultura. À esquerda, gravura simbolizando a reunião de ideais republicanos, onde aparecem as personagens históricas de Silva Jardim, Benjamim Constant, Marechal Deodoro da Fonseca e Quintino Bocaiúva.

Detalhe do quadro "Pátria", do pintor Pedro Bruno (1888-1949), onde aparece a bandeira do Brasil sendo bordada no seio de uma família.

10

Cédula de Cr$ 500,00 (Augusto Ruschi)

 

 

Efígie do cientista Augusto Ruschi (1915-1986), ladeada por alegorias de flora e fauna, destacando-se uma representação da "Cattleya labiata warneri", orquídea que, com dezenas de variedades, é a mais típica do Espírito Santo e a maior flor do gênero no Brasil.

Ruschi examinando orquídeas, aparecendo em destaque a figura de um beija-flor.

11

Cédula de Cr$ 1.000,00 (Rondon)

 

 

Efígie de Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon (1865-1958), tendo, a esquerda, gravura em que aparece uma estação telegráfica pioneira, além da representação de uma floresta e de mapa com contornos do Brasil e da América do Sul.

Casal de índios carajás, ladeado pela representação de alimentos e de uma habitação nhambiquara.

12

Cédula de Cr$ 5.000,00 (Efígie da República)

 

 

Efígie da República, tendo, a esquerda, rosácea em guilhochê (desenhos contínuos e simétricos em que a ponta de trabalho retorna ao ponto inicial).

Representação das Armas Nacionais, ladeada por composição de rosáceas em guilhochê.

13

Cédula de Cr$ 5.000,00 (Carlos Gomes)

Efígie de Antônio Carlos Gomes (1836-1896),tendo, a esquerda, três figuras que fazem parte do monumento existente junto ao Teatro Municipal de São Paulo, as quais representam "O Guarani", "Salvador Rosa" e "O Escravo", três de suas mais importantes óperas.

À direita, parte do monumento já referido no anverso e, a esquerda, um piano que pertenceu ao homenageado.

14

Cédula de Cr$ 10.000,00 (Vital Brazil)

 

 

Efígie do cientista Vital Brazil (1865-1950), tendo a esquerda, gravura que representa cena clássica de extração do veneno, tarefa básica para a produção de soros.

Painel calcográfico mostrando um antigo serpentário, com destaque para a cena de cobra muçurana devorando uma jararaca.

Cédulas que fazem parte da Família Cruzado Novo. Data de Lançamento: 16.01.1989

15

Cédula de NCz$ 1,00 (Machado de Assis)

Retrato de Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908), tendo à esquerda o emblema da Academia Brasileira de Letras.

Estampa representativa da Rua Primeiro de Março, no Rio de Janeiro, (antiga Rua Direita), baseada em foto de 1905.

16

Cédula de NCz$ 5,00 (Portinari)

 

 

Retrato de Cândido Torquato Portinari (1903-1962), tendo, à esquerda, gravura com trecho final do painel épico "Tiradentes", concluído em 1949.

À esquerda, gravura baseada em foto que mostra Portinari desenhando o painel "Baianas". À direita, outra gravura lembra elementos do painel "Paz", que evoca cenas da infância do artista em Brodósqui (SP).

17

Cédula de NCz$ 10,00 (Carlos Chagas)

 

 

Retrato de Carlos Ribeiro Justiniano das Chagas (1879-1934), baseado em foto de 1931, tendo, à esquerda, gravura representando esquema clássico do ciclo evolutivo do protozoário "Trypanosoma cruzi" (o barbeiro).

Gravura mostrando Carlos Chagas trabalhando em laboratório.

Cédulas que fazem parte da Família Cruzado. Data de Lançamento 28.02.1986

18

Cédula de Cz$ 10,00 (Rui Barbosa)

Retrato de Rui de Oliveira Barbosa (1849-1923), tendo a esquerda composição representativa de sua mesa de trabalho.

Composição baseada em fotografia cedida pela Casa de Rui Barbosa, mostrando o homenageado discursando na Segunda Conferência da Paz, realizada em Haia em 1907.

19

Cédula de Cz$ 50,00 (Oswaldo Cruz)

 

 

Retrato de Oswaldo Gonçalves Cruz (1872-1917).

Vista do edifício principal do "Instituto Oswaldo Cruz", no Rio de Janeiro, construído pelo homenageado.

20

Cédula de Cz$ 100,00 (Juscelino Kubitschek)

Retrato de Juscelino Kubitschek de Oliveira (1902-1976), ladeado por composições representando realizações de seu governo (energia elétrica, transportes, agricultura).

Composição que representa, em primeiro plano, os prédios que compõem o Congresso Nacional, tendo como fundo, a esquerda, o "Catetinho" e a direita, vista do Palácio da Alvorada.

21

Cédula de Cz$ 500,00 (Villa-Lobos)

 

 

Retrato de Heitor Villa-Lobos (1887-1959), ladeado por representação de vitórias-régias, em alusão a Amazônia.

Villa-Lobos regendo; ao fundo, vista de uma floresta brasileira, fonte de inspiração permanente do artista, baseada em gravura de Rugendas.

Cédulas que fazem parte da Família Cruzeiro. Data de Lançado 15.05.1970

22

Cédula de Cr$ 1,00 (República)

 

 

Efígie simbólica da República.

Edifício histórico situado na cidade do Rio de Janeiro (Av. Rio Branco, n° 30). Nele funcionaram o Ministério da Fazenda, a Caixa de Conversão, a Caixa de Estabilização e a Caixa de Amortização, atualmente é ocupado pelo Banco Central (Departamento do Meio Circulante).

23

Cédula de Cr$ 5,00 (D Pedro I)

D. Pedro I (1798-1834).

Quadro atribuído ao pintor Leandro Joaquim, pintado entre 1779 e 1790.

24

Cédula de Cr$ 10,00 (D Pedro II)

 

 

D. Pedro II (1825-1891).

Escultura representando O profeta Daniel, de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (provavelmente em 1730-1814).

25

Cédula de Cr$ 50,00 (Deodoro da Fonseca)

 

 

Marechal Manuel Deodoro da Fonseca (1827-1892).

Painel de autoria de Cândido Portinari, representando a colheita do café. A obra, com 2,80 x 2,97 metros, integra o conjunto de doze afrescos do Salão Portinari do Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, executado em 1944, retratando os ciclos históricos do trabalho no Brasil.

26

Cédula de Cr$ 100,00 (Floriano Peixoto)

Marechal Floriano Vieira Peixoto (1839-1895).

Vista do Congresso Nacional, em Brasília (DF), obra projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

27

Cédula de Cr$ 500,00 (Evolução Étnica)

 

 

Figuras representativas da evolução étnica brasileira, numa seqüência das dirversas raças, por ordem de precedência histórica.

Seqüência de Cartas Geográficas históricas, representando a evolução do espaço físico territorial brasileiro, nas suas diferentes fases - descobrimento, comércio, colonização, independência e integração.

28

Cédula de Cr$ 1000,00 (Barão do Rio Branco)

 

 

Retrato do Barão do Rio Branco (José Maria da Silva Paranhos - 1845-1912), inspirado em fotos oficiais da época em que era Ministro de Estado (1902-1912).

Painel baseado no taqueômetro utilizado na "Questão das Missões" e no mapa da fronteira definitiva entre Brasil e Argentina, feito por Dionísio Cerqueira, em 1904.

29

Cédula de Cr$ 5.000,00 (Castello Branco)

 

 

Retrato do Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco (1900-1967), baseado em foto da coleção de Paulo Castello Branco.

Painel representando o desenvolvimento do País no campo da energia hidrelétrica e das telecomunicações.

Fonte: Adaptado com base no Banco Central do Brasil (2024).

 

Com base no quadro acima, dentre os levantamentos sobre as personalidades que figuravam nas cédulas, a Cédula de Cr$500,00 (Augusto Ruschi) se destacou, apresentando a efígie do cientista Augusto Ruschi (1915-1986). Esta efígie estava ladeada por alegorias de flora e fauna, com ênfase para uma representação da “Cattleya labiata warneri”, uma orquídea que, com dezenas de variedades, é a mais típica do Espírito Santo e a maior flor do gênero no Brasil. O período de circulação desta cédula foi de 15 de abril de 1990 a 15 de setembro de 1994.

Posteriormente, a efígie foi reimpressa na Cédula de Cz$500,00 (Augusto Ruschi), que esteve em circulação no período de 08 de novembro de 1989 a 15 de setembro de 1994. Augusto Ruschi inseriu o Espírito Santo no contexto mundial de preocupações ambientais ao refletir sobre as tensões entre modernização e cuidados com o meio ambiente. Ele realizou isso através de práticas locais, criando e valorizando símbolos que transmitiam o sentido da preservação da diversidade biológica das matas nativas, destacando as particularidades da natureza capixaba. (Gonçalves, 2021)

A segunda etapa consistiu na montagem do local da exposição, com a influência das experiências vividas pelos alunos em visitas a exposições em museus foi sugerido a confecção de uma caixa de vidro com estrutura de madeira para posicionar as moedas em pé, e uma mesa com vidro para as cobrir cédulas de papel. A confecção da caixa foi realizada no próprio laboratório de marcenaria da instituição.

Por fim, a última fase envolveu a abertura da exposição para visitação, acompanhada da realização de uma palestra sobre administração financeira realizada pelo pedagogo com formação na área de finanças, ou seja, ministrada por um especialista. A exposição permaneceu disponível à comunidade escolar e aos visitantes por duas semanas. Cerca de 500 pessoas, incluindo alunos, visitantes (pais) e funcionários, tiveram a oportunidade de explorar a exposição, o que contribuiu para uma maior visibilidade dos serviços oferecidos pela biblioteca e ao usufruto desses documentos pelo viés estético e cognitivo (Aldabalde, 2018).

 

 

 

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No âmbito desta pesquisa, foram abordadas as nuances da exposição numismática como uma prática de mediação cultural na biblioteca do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) em Linhares, Espírito Santo, durante o ano de 2018. Considera-se que isso foi suficiente para atingir o objetivo proposto. Buscou-se a partir da descrição, apresentar e em alguma medida compreender como essa prática foi realizada em termos de mediação cultural.

      Neste sentido, a biblioteca, concebida como um dispositivo de mediação, desempenhou um papel fundamental na promoção de ações de aprendizagem para a comunidade, em consonância com os princípios orientadores da metodologia SENAI de educação. Adicionalmente, a biblioteca pode tornar-se pertinente na tomada de decisões gerenciais e pode ser reconhecida como um espaço de mediação pelos professores.

Assim, a exposição numismática como prática de mediação pode ser entendida como uma interferência que auxilia na apropriação da informação pelo usuário, é um processo dinâmico como apontado por Silva e Almeida Júnior (2018).

Neste caso também foi possível verificar aquilo que Chaumier e Mairesse (2023) defendem, isto é, a mediação cultural é definida como uma postura específica que busca o desenvolvimento através da cultura, indo além da mera distribuição de conteúdo. Os resultados demonstraram que houve participação, inclusive na cessão dos documentos para a exposição numismática por parte da comunidade escolar.

REFERÊNCIAS

ALDABALDE, Taiguara Villela. Arquivos de Pessoa(s): um estudo sobre entendimentos e representações dos arquivos manuscritos na casa fernando pessoa. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, São Paulo, v. 26, p. 1-55, 9 ago. 2018. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/151035. Acesso em: 20 abr. 2024.

ALDABALDE, Taiguara Villela; RODRIGUES, Georgete Medleg. Mediação cultural no Arquivo Público do Estado do Espírito Santo. Transinformação. Campinas, v. 27, n. 3, p. 255-264, set./dez. 2015. Disponível em: https://periodicos.puc-campinas.edu.br/transinfo/article/view/6081. Acesso em: 25 abr. 2024.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Ministério da Educação, 2018.

BRASIL, Christina Cesar Praça et al. Considerações introdutórias. Reflexões sobre a pesquisa qualitativa na saúde. In: SILVA, Raimunda Magalhães da et al. (org.). Estudos qualitativos: Enfoques Teóricos e Técnicas de Coleta de Informações. Sobral: Edições UVA, 2018, p. 21–26. Disponível em: https://ww2.uva.ce.gov.br/apps/common/documentos_uva/ebook_56664

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[1] Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação - PPGCI/UFES e Bacharel em Biblioteconomia - UFES.

² Doutor em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília (UnB). Professor do Programa de Pós- Graduação em  Ciência  da  Informação  da  Universidade  Federal  do  Espírito  Santo  (UFES).