ALÉM DA INOVAÇÃO

o mundo redefinido por 2025

Estevão Vicente Monteiro de Paula[1]

Universidade do Estado do Amazonas

estevaompaula@gmail.com

 

Claudio Ruy Vasconcelos da Fonseca[2]

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

claudioruy.fonseca@gmail.com

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Resumo

O ano de 2025 representa um marco nas transformações tecnológicas e sociais, caracterizado pela convergência de inovações que redefinem paradigmas de governança, educação, saúde e mercado de trabalho. Este estudo qualitativo, baseado em revisão bibliográfica, analisa o impacto dessas transformações e destaca a importância de um equilíbrio ético e sustentável no desenvolvimento tecnológico..

Palavras-chave: convergência tecnológica. inovação social. inteligência artificial. sustentabilidade.

BEYOND INNOVATIO:

the world redefined by 2025

Abstract

The year 2025 represents a milestone in technological and social transformations, characterized by the convergence of innovations that redefine paradigms of governance, education, health, and the labor market. This qualitative study, based on a literature review, analyzes the impact of these transformations and highlights the importance of an ethical and sustainable balance in technological development..

Keywords: technological convergence. social innovation. artificial intelligence. sustainability.

MÁS ALLÁ DE LA INNOVACIÓN

el mundo redefinido para 2025

 

Resumen

El año 2025 representa un hito en las transformaciones tecnológicas y sociales, caracterizado por la convergencia de innovaciones que redefinen paradigmas de gobernanza, educación, salud y mercado laboral. Este estudio cualitativo, basado en una revisión de la literatura, analiza el impacto de estas transformaciones y destaca la importancia de un equilibrio ético y sostenible en el desarrollo tecnológico.

Palabras clave: convergencia tecnológica. innovación social. inteligencia artificial. sostenibilidad

 

1 INTRODUÇÃO

O ano de 2025 promete ser um marco determinante na evolução tecnológica e sociológica, por manifestar uma transformação profunda e interconectada. As fronteiras entre o avanço tecnológico e as mudanças sociais, no atual estágio civilizatório, tornam-se indissociáveis, na medida em que tecnologias que emergiam antes de forma isolada partem para o entrelaçamento, criando um ecossistema integrado que redefine os fundamentos da organização social humana.

A maturação das inteligências artificiais (IA), não apenas avança em suas capacidades, mas também provocam uma reorganização significativa tanto nas estruturas sociais como nas dinâmicas de poder. As novas formas de interação humana acontecem em um contexto em que o digital e o físico se fundem, desafiando nossas concepções tradicionais de presença, pertencimento e identidade. As instituições sociais tradicionais adaptam-se a um mundo em que a colaboração entre humanos e máquinas estabelece novos paradigmas de organização e governança.

Transformações no mercado de trabalho favorecem o desenvolvimento de habilidades socioemocionais e criativas que impulsionam o surgimento profissões relacionadas à tecnologia e ao cuidado humano, forçando reestruturações em setores tradicionais.

A educação passa a ser personalizada e o aprendizado contínuo. Plataformas educacionais baseadas em IA adaptam conteúdos às necessidades individuais, potencializando que indivíduos se atualizem e se mantenham competitivos.

Começam a surgir novas dinâmicas familiares e sociais, a partir das integrações tecnológicas que, influenciam aas relações humanas. O trabalho remoto, facilitado por ferramentas digitais, transformou dinâmicas familiares, criando desafios de equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Por outro lado, a participação cidadã está mais ativa, uma vez que as ferramentas digitais aproxima pessoas dos processos democráticos, mediante consultas online e sistemas de votações eletrônicas, levantando questões sobre governança, segurança e representatividade.

A ascensão do comércio digital está alterando a forma como produtos e serviços são demandados, promovendo novos modelos de negócios e relações entre empresas e consumidores

Este não é apenas um momento de evolução tecnológica; é uma revolução sociológica que exige a reconsideração essencial de nossas teorias sociais e frameworks de compreensão da realidade. À medida que entramos nesta nova era, torna-se crucial refletir sobre como tais transformações modelarão nossas vidas, nossas comunidades e nossa própria compreensão do que significa ser humano.

A associação entre humanos e máquinas está mudando radicalmente o modo como as instituições sociais tradicionais funcionam e se ajustam. Vamos olhar alguns dos novos paradigmas de organização e governança que estão emergindo, e buscar discernir o impacto potencial nos relacionamentos humanos.

Novos Paradigmas de Organização e Governança estão impondo mudanças onde são utilizados algoritmos para tomar decisões importantes e operar de forma eficiente. Isso está acontecendo em áreas como gestão de recursos e alocação de tarefas (Brynjolfsson; McAfee, 2017).

Exemplos práticos incluem o uso de algoritmos em políticas públicas para identificar áreas prioritárias de investimento em infraestrutura, como ocorre em cidades inteligentes que utilizam análise de dados para otimizar o transporte público e a gestão de resíduos (Kitchin, 2014). No setor corporativo, empresas de e-commerce como a Amazon utilizam algoritmos de recomendação para personalizar a experiência do cliente e otimizar a logística de distribuição (Dastin, 2018).

Os setores financeiro e de saúde são especialmente avançados na adoção de algoritmos. No setor financeiro, sistemas de IA são utilizados para análise de risco e concessão de crédito, enquanto na saúde, algoritmos auxiliam em diagnósticos médicos e tratamentos personalizados (Topol, 2019).

No entanto, o uso de algoritmos levanta desafios éticos relevantes, relacionadas à transparência nas decisões automatizadas e o risco de discriminação algorítmica, já prevista nas leis brasileiras (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)). Sistemas de IA podem reproduzir vieses existentes nos dados, resultando em decisões injustas ou discriminatórias, especialmente em processos seletivos ou concessão de crédito (O'Neil, 2016). Assim, é imprescindível desenvolver frameworks éticos que garantam responsabilidade, transparência e justiça no uso de algoritmos (Floridi, 2019).

No ambiente de trabalho colaborativo, a IA e a automação assumem tarefas rotineiras, enquanto os humanos se concentram em atividades criativas e na tomada de decisões (Davenport; Kirby, 2016). A IA também está revolucionando a educação ao criar experiências de aprendizado personalizadas dirigidas objetivamente às necessidades individuais dos estudantes (Baker; Siemens, 2014).  Na área da saúde está se empregando IA para diagnósticos mais rápidos e precisos, tratamentos personalizados e monitoramento continuado dos pacientes (Topol, 2019). No tocante à participação cívica digital, plataformas que utilizam IA estão facilitando a participação dos cidadãos em processos democráticos, como consultas públicas e votação eletrônica (Shane, 2020).

À medida que automatizamos tarefas repetitivas, podemos acabar interagindo menos frequentemente em algumas áreas, mas de forma mais profunda em outras. Isso representa mais tempo para atividades que exigem empatia, criatividade e colaboração (Turkle,2015). Habilidades interpessoais e emocionais assumem proporções mais valiosas, já que às máquinas são atribuídas tarefas técnicas e analíticas (Heffernan, 2020). A tecnologia está promovendo novas formas de conexão e colaboração, permitindo que pessoas com interesses comuns se unam, mesmo que separadas espaço-temporalmente (Kozinets, 2015). O desafio é encontrar um equilíbrio saudável entre a automação e a interação humana, garantindo que a tecnologia complemente e enriqueça nossas experiências, em vez de substituí-las (Floridi, 2019).

 

2 METODOLOGIA

Este trabalho utilizou uma abordagem qualitativa baseada em revisão bibliográfica e análise crítica das fontes, com o objetivo de identificar e discutir os principais aspectos da convergência tecnológica e sociológica que caracterizam o estágio sócio tecnológico do nosso tempo. A coleta de dados foi realizada por meio da análise de artigos acadêmicos, livros, relatórios técnicos e publicações digitais de instituições de referência nos campos da inteligência artificial, governança algorítmica, educação personalizada e saúde digital. As fontes foram selecionadas com base em sua relevância e impacto nos temas abordados, priorizando-se estudos recentes e de alto fator de impacto.

 

3 O AMADURECIMENTO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Em 2025, a inteligência artificial (IA) atinge um nível de sofisticação que transcende suas aplicações iniciais. Os avanços nessa área são marcados pelo surgimento de modelos multimodais revolucionários, que integram perfeitamente a compreensão e geração de texto, áudio, vídeo e dados sensoriais em um único sistema coeso. Essa evolução é acompanhada pelo desenvolvimento de sistemas de aprendizado contínuo, capazes de se adaptar em tempo real às mudanças do ambiente, representando um salto significativo em relação às tecnologias anteriores.

Segundo o Canaltech (2025), os avanços previstos para 2025 incluem modelos de IA mais eficientes e particularizados, que permitem aos usuários escolherem ou personalizar soluções para atender a necessidades específicas. Além disso, o uso de agentes autônomos e modelos de grande eficiência será amplamente implementado, transformando diversos setores.

Por outro lado, a Unite.AI (2025) destaca que a IA multimodal, capaz de integrar texto, visão, áudio e dados sensoriais, se tornará a norma para empresas que buscam uma compreensão holística e situacional de seus contextos operacionais. Essa integração amplia a capacidade das empresas em diversas áreas, incluindo saúde, logística e educação.

No contexto educacional, a Cloud Coaching (2025) reforça que a IA estar transformando o ciclo de aprendizado, assim como as habilidades exigidas para profissionais prosperarem no futuro. A flexibilidade e a adaptabilidade são mencionadas como competências fundamentais para acompanhar as mudanças digitais impulsionadas pela IA.

A integração de modelos multimodais e sistemas de aprendizado contínuo em 2025 representa um avanço significativo na IA ampliando suas capacidades, complexidades e aplicações em múltiplos setores. Este desenvolvimento já está promovendo aumento de produtividade sem precedentes, permitindo a apropriação de serviços que auxiliam na interpretação da realidade em horizontes de tempos antes inimagináveis.

 

4 INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS CONVERGENTES

O panorama tecnológico de 2025 mostra avanços revolucionários em múltiplas frentes. No setor energético, destacam-se sistemas de energia renovável completamente integrados com redes inteligentes e soluções de armazenamento altamente eficientes, atendendo à crescente demanda por fontes de energia sustentáveis e confiáveis (Smil, 2021). No setor de transportes, observa-se a proliferação de veículos autônomos conectados e sistemas de mobilidade compartilhada, que redefinem o conceito de transporte urbano, promovendo maior eficiência e redução de emissões (Goodallet al., 2020).

Em alguns países já se experimenta a transição energética, sendo um exemplo notável a Alemanha, por meio do programa Energiewende. Em 2023, aproximadamente 50% da matriz elétrica alemã já estava composta por fontes renováveis, integradas a redes inteligentes que equilibram a oferta e demanda de energia (BMWi, 2023). Nos Estados Unidos, o Megapack desenvolvido pela empresa Tesla, está sendo usado para estabilizar redes elétricas na Califórnia, contribuindo assim para a gestão eficiente de fontes renováveis intermitentes como solar e eólica (Tesla, 2023).

Com o desenvolvimento das redes 6G que fornecem maior largura de banda e conectividade, a comunicação fez um progresso significativo, e os primeiros passos na comunicação quântica são considerados importantes para o envio seguro de dados (Choiet al., 2022). Ao mesmo tempo, a segurança digital continua a evoluir com o uso bem-sucedido de técnicas biométricas eficazes e criptografia pós-quântica para enfrentar futuras ameaças da computação quântica (Boneh; Lipton, 2020).

Na computação, as primeiras aplicações práticas de processadores neuromórficos e computação quântica estão começando a demonstrar suas capacidades revolucionárias. Espera-se que esta tecnologia faça progressos significativos em áreas como inteligência artificial, otimização e resolução de problemas complexos (Shor, 1997; Mead, 2022).

Tais avanços destacam a profunda influência das inovações tecnológicas na transformação de setores estratégicos, além de preparar-nos para antever integrações tecnológicas futuras.

 

5 A ERA DA CONVERGÊNCIA

A convergência tecnológica implementada em 2025 inaugura uma nova era na interação entre humanos e máquinas. Vivemos em um mundo onde sistemas físicos e digitais estão mais conectados do que nunca, criando ambientes híbridos que mesclam o real e o virtual de forma quase imperceptível (Brynjolfsson; Mcafee, 2014). Esse avanço não apenas redefine como interagimos com a tecnologia, mas também amplia as possibilidades de influência mútua entre humanos e máquinas.

Exemplos dessa integração podem ser vistos em ambientes de trabalho que usam assistentes de IA, como o Microsoft Copilot e o Google Workspace AI, para executar tarefas repetitivas, otimizar fluxos de trabalho e fornecer recomendações relevantes. Inteligência Artificial e Tempo Real (Microsoft, 2024). No campo da saúde pública, sensores inteligentes e dispositivos vestíveis (wearable), como os desenvolvidos pela Apple (Apple Watch), podem monitorar continuamente os sinais vitais e determinar o estado de saúde em tempo real, permitindo assistência rápida e serviços personalizados (Apple, 2024).

Na indústria, robôs colaborativos (cobots) têm sido amplamente adotados em fábricas, trabalhando ao lado de trabalhadores humanos para melhorar a eficiência e reduzir o risco de acidentes (GlobalRobots, 2023). Esses sistemas demonstram como a integração de tecnologias avançadas pode melhorar o desempenho humano, mantendo a segurança e a produtividade.

Uma das marcas dessa nova era é a formação de redes complexas e dinâmicas, compostas por agentes humanos e não humanos, que interagem em tempo real. Essas redes nos mostram um futuro em que inteligências artificiais, sistemas autônomos, sensores inteligentes e pessoas trabalham juntos, cocriando soluções e compartilhando conhecimento de maneira colaborativa e contínua (Russell; Norvig, 2021).

Mais do que ferramentas, as tecnologias emergentes se tornam parceiras no cotidiano, ajudando a resolver problemas antes considerados insolúveis. Por exemplo, sensores inteligentes conectados a sistemas de IA permitem identificar padrões em grandes volumes de dados e propor soluções que beneficiam tanto indivíduos quanto comunidades (Roseet al., 2015).

Essa transformação tecnológica não é apenas fruto de avanços técnicos, mas também de uma abordagem mais humana, que coloca as pessoas no centro das inovações. O foco principal está em como a tecnologia pode melhorar nossas vidas, facilitar conexões significativas e estimular a criatividade (Brynjolfsson; Mcafee, 2014). Em um mundo cada vez mais interconectado, estamos criando um futuro no qual máquinas e humanos aprendem e evoluem juntos, compartilhando suas forças de maneira complementar.

A interação entre agentes humanos e não humanos vai além da simples automação ou substituição de tarefas. Inaugura um novo paradigma de cooperação, onde cada parte traz contribuições únicas. As máquinas, com sua capacidade de processar e analisar grandes volumes de dados em alta velocidade, oferecem insights que antes seriam inalcançáveis. Por outro lado, os humanos adicionam criatividade, pensamento crítico e inteligência emocional, elementos essenciais para abordar os desafios com empatia e inovação (Russell; Norvig, 2021).

O diálogo constante entre diferentes tipos de inteligências resulta em uma sinergia poderosa. Ao unirmos a lógica das máquinas à visão e sensibilidade humanas, somos capazes de produzir soluções inovadoras e enfrentar problemas complexos com uma abordagem mais abrangente e eficaz (Roseet al., 2015). Mais do que ferramentas, as tecnologias emergentes estão se tornando verdadeiras parceiras na construção de um futuro mais conectado, humano e colaborativo.

A fusão de diferentes campos científicos se torna ainda mais significativa no cenário atual. Biotecnologia, nanotecnologia e ciência da computação se entrelaçam, criando soluções inovadoras para desafios complexos e proporcionando avanços que antes pareciam impossíveis (Fukuyama, 2002; Kurzweil, 2005). As plataformas unificadas que emergem desse processo vão além de meras ferramentas tecnológicas. Elas se transformam em verdadeiros espaços de convivência e cocriação, onde humanos e máquinas trabalham lado a lado, compartilhando conhecimento de forma fluida e dissolvendo as barreiras tradicionais entre disciplinas e formas de inteligência (Brynjolfsson; Mcafee, 2014).

Esses novos ecossistemas de colaboração transcendem fronteiras organizacionais e geográficas, permitindo que pessoas e sistemas inteligentes interajam globalmente de maneira inédita. Essa integração não apenas conecta serviços e soluções, mas também redefine conceitos fundamentais como agência, inteligência e colaboração. À medida que a distinção entre atores humanos e não humanos se torna mais fluida, somos desafiados a repensar nossas ideias sobre o papel das máquinas e sua relação com a cognição humana (Russell; Norvig, 2021).

Plataformas unificadas e ecossistemas colaborativos catalisam uma transformação profunda em como organizamos e realizamos atividades em todos os setores da sociedade, significando convergência tecnológica que arquiteta uma nova era de cooperação global, onde soluções mais transformadoras, eficientes e humanas são pensadas para os desafios contemporâneos (Roseet al., 2015).

 

6 A TRANSFORMAÇÃO DO PAPEL HUMANO

O advento desta nova era tecnológica não apenas transforma nossas ferramentas e métodos, mas também redefine profundamente o que significa ser humano. O protagonismo humano não é diminuído, mas ressignificado. Se antes o ser humano era visto como o único agente transformador e detentor do conhecimento, agora ele se posiciona como um nó essencial em uma rede mais ampla de inteligências e capacidades distribuídas (Brynjolfsson; Mcafee, 2014). Essa transição representa não uma perda de relevância, mas uma evolução para um papel mais sofisticado e nuançado, onde humanos e máquinas colaboram em níveis sem precedentes (Harari, 2015).

O ser humano de 2025 não é mais apenas um usuário de tecnologia, mas um parceiro em um diálogo constante com sistemas inteligentes. Suas capacidades cognitivas são amplificadas por meio de uma simbiose com tecnologias emergentes, enquanto suas habilidades sociais e emocionais ganham ainda mais destaque como elementos indispensáveis em um mundo tecnologicamente avançado (Roseet al., 2015).

A criatividade humana, agora potencializada por ferramentas de inteligência artificial, atinge novos patamares de expressão e inovação, permitindo a resolução de problemas complexos e a criação de soluções vanguardistas (Kurzweil, 2005). Essa interação dinâmica entre humanos e máquinas não apenas redefine o trabalho e a produtividade, mas também abre caminhos para uma sociedade mais colaborativa e criativa.

Essa transformação também se reflete na maneira como construímos nossa identidade e nos relacionamos com o mundo. A distinção tradicional entre habilidades humanas e capacidades tecnológicas torna-se cada vez mais fluida à medida que incorporamos elementos digitais em nossa experiência cotidiana (Kurzweil, 2005). O ser humano evolui de um indivíduo isolado para um nó essencial em uma rede mais ampla de consciências e capacidades, onde o valor não reside apenas no conhecimento individual, mas na habilidade de navegar e contribuir para um ecossistema cognitivo distribuído (Brynjolfsson; Mcafee, 2014).

Essa nova realidade nos convida a repensar conceitos fundamentais como consciência, agência e livre-arbítrio. O ser humano de 2025 não é menos protagonista do que seus antecessores, mas seu protagonismo assume formas mais sutis e complexas. Ele se torna um maestro em uma orquestra de inteligências, um curador em um museu de possibilidades tecnológicas e um navegador em um oceano de dados e conexões (Harari, 2015).

Sua singularidade não está mais em ser a única fonte de inteligência e criatividade, mas em sua capacidade única de integrar diferentes formas de conhecimento e experiência em uma narrativa coerente e significativa. Essa integração demonstra o potencial humano de transformar a diversidade tecnológica em um novo tipo de harmonia, onde cada elemento, humano ou artificial, contribui para algo maior que a soma de suas partes (Roseet al., 2015).

 

7 IMPACTOS NA SOCIEDADE E NAS RELAÇÕES

As transformações tecnológicas de 2025 geram mudanças fundamentais nas relações pessoais, promovendo novas formas de interação social em ambientes híbridos que combinam elementos físicos e digitais. A integração entre experiências reais e virtuais torna-se cada vez mais fluida, permitindo que comunidades globais cultivem conexões mais profundas e significativas, independentemente das barreiras geográficas (Kelly, 2016). Estudos indicam que 72% dos usuários de redes sociais relatam sentirem-se mais conectados a amigos e familiares, porém, 47% afirmam que a interação online não substitui o contato presencial (PewResearch Center, 2023). Esse cenário reflete um mundo onde o digital não apenas complementa, mas também enriquece a vivência humana, criando espaços para colaboração e criatividade (Roseet al., 2015).

A realidade aumentada (RA) e a comunicação mediada por inteligência artificial também desempenham papéis significativos nesse contexto. Plataformas como o Meta Horizon Workrooms permitem reuniões virtuais imersivas, criando experiências de colaboração que simulam interações presenciais (Meta, 2024). Além disso, assistentes virtuais baseados em IA, como o Replika, têm sido utilizados para fornecer suporte emocional, especialmente durante períodos de isolamento social, com relatos de melhora no bem-estar emocional de 60% dos usuários (Replika, 2024).

No mundo dos negócios, testemunhamos o surgimento de modelos mais adaptáveis e resilientes. A automação avançada de processos decisórios, combinada com a personalização extrema de produtos e serviços, redefine a maneira como organizações operam e atendem seus clientes (Brynjolfsson; Mcafee, 2014). Além disso, o ambiente de trabalho evolui significativamente para acomodar novas formas de colaboração e produtividade, desafiando e reformulando as relações profissionais tradicionais. Essas mudanças refletem uma abordagem mais ágil e centrada no ser humano, onde a tecnologia potencializa as capacidades individuais e coletivas (Russell; Norvig, 2021).

Essa nova realidade redefine não apenas como trabalhamos, mas também como nos conectamos e colaboramos, mostrando que o futuro tecnológico é, acima de tudo, uma oportunidade de construir relações mais inclusivas e significativas.

A academia e a ciência estão vivenciando uma revolução em seus métodos e abordagens. As pesquisas tornam-se mais translacionais e integradas, rompendo as barreiras tradicionais entre campos do conhecimento. Além disso, o processo de descoberta científica acelera significativamente com o auxílio de ferramentas tecnológicas avançadas, como inteligência artificial e análise de big data, que permitem novos insights e inovações em escala sem precedentes (Brynjolfsson; Mcafee, 2014). Paralelamente, a democratização do acesso ao conhecimento, impulsionada pela internet e por plataformas de ensino online, transforma fundamentalmente a educação, tornando-a mais acessível e personalizada (Kelly, 2016).

No contexto dessas mudanças, o perfil profissional do futuro adapta-se de maneira dinâmica. Habilidades híbridas, que combinam competências técnicas e interpessoais, tornam-se cada vez mais valorizadas. O aprendizado contínuo, ou lifelong learning, emerge como uma necessidade essencial para acompanhar o ritmo acelerado das inovações tecnológicas e científicas (Harari, 2018). Além disso, competências socioemocionais, como empatia, comunicação e trabalho em equipe, ganham ainda mais relevância, destacando-se como diferenciais importantes em um mercado cada vez mais automatizado e interconectado (Russell; Norvig, 2021).

A capacidade de trabalhar efetivamente com sistemas automatizados torna-se uma habilidade imprescindível para profissionais de praticamente todas as áreas. Essa evolução reflete não apenas uma adaptação ao avanço tecnológico, mas também uma oportunidade para redefinir o papel humano em um mundo onde máquinas e pessoas colaboram de forma sinérgica e transformadora.

 

8 O IMPACTO DO INFLUXO DE INFORMAÇÕES EM CULTURAS ISOLADAS

Impactos dos influxos de informações em culturas isoladas são complexos e multifacetados, gerando resistências, transformações e novas dinâmicas de relacionamento entre essas comunidades e aquelas já familiarizadas com tecnologias avançadas, como a inteligência artificial (IA). A chegada de novas informações e tecnologias muitas vezes desafia narrativas locais, levando à desmistificação de crenças consideradas verdades absolutas (Harari, 2015). Esse processo pode gerar resistências significativas, especialmente no que diz respeito à preservação da identidade cultural, com algumas comunidades optando por rejeitar ou adaptar seletivamente o que é introduzido, como forma de proteger sua coesão social e valores tradicionais (Kelly, 2016).

No Brasil há comunidades indígenas que enfrentam desafios com o avanço de tecnologias de mineração e exploração de recursos naturais em seus territórios. A introdução de drones e sistemas de geolocalização por empresas extrativistas impacta diretamente o modo de vida dessas populações, gerando conflitos territoriais e ambientais (ISA, 2023). Por outro lado, comunidades indígenas na Amazônia peruana têm utilizado drones para monitorar o desmatamento ilegal, demonstrando como a tecnologia pode ser adaptada para proteger os interesses locais (RAISG, 2023).

Outro exemplo positivo vem da Índia, onde o programa Digital India promove a inclusão digital de comunidades rurais mediante a expansão do acesso à internet e capacitação tecnológica. Tal iniciativa permitiu a agricultores locais acesso a informações sobre previsões climáticas e preços de mercado, permitindo melhores práticas agrícolas e aumento da renda familiar (MEITY, 2023).

Esses casos ilustram a necessidade de políticas de inclusão tecnológica que considerem as especificidades culturais e sociais de diferentes comunidades. Programas de capacitação digital, regulamentações éticas e investimentos em infraestrutura são essenciais para garantir que a tecnologia beneficie essas populações de forma sustentável e respeitosa. A criação de parcerias entre governos, ONGs e empresas de tecnologia pode fomentar a inclusão, evitando impactos negativos e promovendo o desenvolvimento sustentável.

Além disso, o impacto da tecnologia pode variar entre gerações, com os jovens mais abertos a mudanças frequentemente entrando em conflito com os mais velhos, que tendem a adotar uma visão mais conservadora (Brynjolfsson; Mcafee, 2014). Apesar disso, o acesso a novas ideias e tecnologias pode provocar transformações profundas. Elementos culturais podem se fundir em um sincretismo único, e os valores locais podem ser reavaliados à luz de perspectivas globais, trazendo à tona questões como igualdade e direitos humanos (Roseet al., 2015).

Por outro lado, o relacionamento entre culturas isoladas e aquelas já experientes em IA também apresenta desafios. Diferenças linguísticas e culturais podem dificultar a integração, enquanto há o risco de dependência tecnológica que, se mal administrada, pode criar desequilíbrios de poder (Russell; Norvig, 2021). Contudo, essas interações também oferecem oportunidades. A IA pode servir como mediadora cultural, promovendo a tradução de idiomas, a preservação de práticas tradicionais e a criação de soluções locais para desafios específicos (Kelly, 2016). Além disso, plataformas educacionais baseadas em IA podem ser adaptadas para capacitar indivíduos em comunidades isoladas, permitindo que eles naveguem com mais facilidade pelo mundo interconectado e globalizado (Harari, 2018).

Assim, o impacto do influxo de informações e da IA em culturas isoladas dependerá da maneira como essas interações são mediadas, exigindo abordagens colaborativas e respeitosas que equilibrem a preservação das tradições locais com a adaptação às novas realidades globais.

 

9 A ACADEMIA EM TRANSFORMAÇÃO

A academia em 2025 passa por uma transformação profunda, redefinindo sua estrutura e propósito. As instituições de ensino superior transcendem o papel tradicional de apenas transmitir conhecimento e se tornam facilitadoras de redes de aprendizagem híbridas, onde o foco está em cocriar e compartilhar saberes de forma colaborativa e integrada (Brynjolfsson; Mcafee, 2014). Os campi universitários evoluem para ecossistemas de inovação, nos quais humanos e sistemas inteligentes trabalham juntos em processos contínuos de descoberta e criação de conhecimento (Kelly, 2016).

No campo da educação e do desenvolvimento pessoal, ocorre uma mudança expressiva de ênfase. O objetivo deixa de ser a acumulação de informações e passa a ser o desenvolvimento de meta-habilidades, como a capacidade de aprender continuamente, sintetizar informações complexas, colaborar com sistemas inteligentes e manter um senso ético e crítico em um mundo cada vez mais automatizado (Harari, 2018). O ser humano assume um papel essencial como curador de experiências e conhecimentos, mediando entre diferentes formas de inteligência e preservando os valores que orientam o desenvolvimento tecnológico (Roseet al., 2015).

O modelo pedagógico tradicional é substituído por uma abordagem mais fluida e adaptativa, na qual professores atuam como curadores e facilitadores do processo de aprendizagem. As salas de aula se tornam laboratórios de experimentação, onde estudantes interagem simultaneamente com mentores humanos e sistemas de IA personalizados, promovendo uma experiência educacional verdadeiramente híbrida. Nesse contexto, a distinção entre ensino presencial e remoto se dissolve, e o foco se desloca para a qualidade da interação e a profundidade do aprendizado (Russell; Norvig, 2021).

Além disso, as fronteiras disciplinares tradicionais dão lugar a uma abordagem transdisciplinar, que permite enfrentar problemas complexos com múltiplas perspectivas simultâneas. A academia se transforma em um espaço de convergência onde arte, ciência, tecnologia e humanidades se encontram, criando formas de conhecimento e compreensão (Kelly, 2016). Essa integração transdisciplinar não só fortalece o aprendizado, mas também fomenta a criatividade e a inovação, preparando os indivíduos para um futuro em constante evolução.

 

10 A NOVA CIÊNCIA

A prática científica em 2025 está passando por uma revolução metodológica e epistemológica sem precedentes. O processo científico tradicional é ampliado por uma abordagem híbrida, na qual cientistas humanos trabalham em simbiose com sistemas de inteligência artificial (IA) avançados. Essa colaboração acelera drasticamente o ciclo de descoberta e inovação, permitindo a exploração de espaços de possibilidades muito mais amplos e a identificação de padrões e correlações que escapariam à cognição humana isolada (Brynjolfsson; Mcafee, 2014).

A natureza da descoberta científica também está se transformando. Laboratórios físicos integram-se perfeitamente com ambientes virtuais de simulação e experimentação, possibilitando a realização de experimentos em escalas antes inviáveis. Tecnologias emergentes, como a computação quântica e a modelagem baseada em IA, abrem novas fronteiras para explorar desde os menores sistemas biológicos até os maiores fenômenos astrofísicos (Kelly, 2016; Harari, 2018).

Além disso, a colaboração científica ultrapassa as barreiras institucionais e geográficas. Redes globais de pesquisa conectam cientistas de diferentes disciplinas, promovendo o fluxo livre de dados, ideias e recursos. A ciência cidadã e o acesso aberto tornam-se componentes centrais, envolvendo um público mais amplo na produção e validação de conhecimentos (Roseet al., 2015).

O método científico evolui para incorporar novas formas de validação e verificação. A reprodutibilidade dos resultados é garantida por uma combinação de supervisão humana e verificação automatizada por sistemas inteligentes, que analisam grandes volumes de dados em tempo real. A publicação científica torna-se dinâmica e interativa, com artigos vivos que se atualizam continuamente à medida que novos dados e análises são incorporados (Russell; Norvig, 2021).

 

11 INSIGHTS ADICIONAIS SOBRE O FUTURO DA CIÊNCIA

Descoberta assistida por IA em escalas microscópicas e cósmicas possibilitarão avanços revolucionários em áreas como nanotecnologia e astrofísica, permitindo a descoberta de propriedades de materiais e fenômenos cósmicos antes inacessíveis devido às limitações tecnológicas e humanas (Turing, 1950).

No âmbito da ética e governança científica baseada em dados, o avanço da IA e da ciência de dados introduz frameworks éticos dinâmicos, baseados em modelos preditivos, que avaliam os impactos sociais e ambientais de inovações tecnológicas antes de sua implementação (Brynjolfsson; Mcafee, 2014).

Biotecnologia e ciência personalizada serão ferramentas à edição genética baseada em CRISPR e algoritmos preditivos de IA que promoverão a ciência personalizada, permitindo o desenvolvimento de terapias, alimentos e soluções biológicas adaptados a indivíduos e comunidades específicas (Harari, 2018).

Holografia e visualização tridimensional de dados avançada transformarão a forma como cientistas entendem e interagem com dados complexos, permitindo análises mais intuitivas e colaborativas (Rose et al., 2015).

Quanto à redefinição do papel do cientista, este passará de um executor de experimentos, para um mediador entre diferentes formas de inteligência, um criador de narrativas científicas e um guardião ético da aplicação do conhecimento (Kelly, 2016).

Essas transformações tornam a ciência mais interconectada, dinâmica e inclusiva. Ao mesmo tempo, reforçam o papel humano como curador de conhecimento, integrando a criatividade e o pensamento crítico em um cenário tecnológico cada vez mais avançado.

 

12 O PROFISSIONAL DO FUTURO

O profissional de 2025 emerge como um ser híbrido, capaz de navegar com desenvoltura entre mundos físicos e digitais. Suas competências fundamentais não se limitam à expertise técnica, mas incluem uma profunda compreensão das dinâmicas de colaboração homem-máquina, que são centrais em um ambiente de trabalho cada vez mais automatizado e interconectado (Brynjolfsson; Mcafee, 2014). Esse novo profissional desenvolve uma forma única de cognição aumentada, na qual suas capacidades naturais são amplificadas e complementadas por ferramentas digitais e sistemas de inteligência artificial (IA), permitindo-lhe acessar e interpretar informações em escalas sem precedentes (Kelly, 2016).

Entre as habilidades mais valorizadas neste contexto estão a capacidade de síntese complexa, o pensamento sistêmico e a inteligência social avançada. O profissional do futuro torna-se um mestre na curadoria de informações, com a habilidade de filtrar, contextualizar e dar sentido a vastos volumes de dados, transformando-os em insights acionáveis (Harari, 2018). Sua criatividade não se limita à geração de ideias originais, mas também inclui a capacidade de combinar e recombinar elementos existentes de formas inovadoras, gerando soluções adaptadas a problemas complexos (Roseet al., 2015).

A adaptabilidade emerge como uma característica central. Este profissional demonstra não apenas a habilidade de aprendizado contínuo, mas também a flexibilidade de transitar entre diferentes contextos e modalidades de trabalho. Ele desenvolve uma nova forma de resiliência digital, equilibrando sua humanidade e equilíbrio emocional em meio à constante mudança e evolução tecnológica (Russell; Norvig, 2021).

Além disso, suas competências socioemocionais são altamente desenvolvidas, permitindo-lhe atuar como um mediador eficaz entre diferentes stakeholders, sejam eles humanos ou artificiais. Empatia, pensamento crítico e inteligência cultural tornam-se ferramentas essenciais em um mundo onde a colaboração ultrapassa fronteiras geográficas e entre diferentes formas de inteligência (Kelly, 2016).

O profissional do futuro é, essencialmente, um arquiteto de possibilidades, capaz de visualizar e criar caminhos em ambientes tecnológicos em constante evolução. Sua força não está apenas no que sabe, mas em sua capacidade de aprender, desaprender e reaprender continuamente, enquanto mantém um forte senso de propósito e ética em suas interações com tecnologias emergentes. Ele representa a convergência do melhor das capacidades humanas com as potencialidades das ferramentas digitais, criando um futuro mais colaborativo, inovador e inclusivo.

 

13 CONCLUSÃO: DESAFIO E OPORTUNIDADE PARA UM FUTURO SUSTENTÁVEIS

O ano de 2025 se delineia como um marco de transformações profundas, onde a convergência tecnológica não apenas redefine as estruturas sociais, mas também reconfigura nossas interações e identidades. À medida que avançamos para esta nova era, é imprescindível que mantenhamos um foco claro nas necessidades humanas e ambientais, garantindo que as inovações tecnológicas sirvam como ferramentas para um desenvolvimento sustentável.

Alcançar esse equilíbrio demanda algumas recomendações práticas que se mostram fundamentais:

Desenvolvimento de Políticas Públicas Sustentáveis: Governos devem criar regulamentações que incentivem o uso responsável da tecnologia, exigindo que empresas adotem práticas sustentáveis em seus processos produtivos e invistam em tecnologias verdes.

Investimento em Energias Renováveis: Ampliação de investimentos em fontes de energia limpa, como solar, eólica e hidrogênio verde, aliadas a sistemas de armazenamento eficientes, para reduzir a dependência de combustíveis fósseis.

Educação para a Sustentabilidade: Inclusão de conteúdos sobre ética tecnológica e sustentabilidade nos currículos escolares e programas de capacitação, formando cidadãos conscientes e preparados para atuar em um mundo digitalmente avançado.

Parcerias Público-Privadas: Estímulo a colaborações entre governos, setor privado e organizações da sociedade civil para o desenvolvimento de soluções tecnológicas que atendam às demandas sociais e ambientais.

Transparência e Governança de Dados: Estabelecimento de normas claras para o uso ético de dados, garantindo privacidade, segurança e transparência nas decisões automatizadas, evitando impactos negativos sobre populações vulneráveis.

Economia Circular: Adoção de modelos de negócios baseados na economia circular, que priorizem a redução de resíduos, a reutilização de materiais e a reciclagem, minimizando impactos ambientais.

O verdadeiro desafio reside em equilibrar o progresso tecnológico com a promoção de uma sociedade inclusiva, onde todos os setores da população possam se beneficiar das oportunidades criadas. Isso implica em uma reflexão crítica sobre como as tecnologias são implementadas e utilizadas, especialmente em contextos sensíveis como a Amazônia, onde o impacto ambiental é significativo.

Devemos nos comprometer com uma abordagem ética e responsável, que priorize não apenas a eficiência e a inovação, mas também a equidade social e o respeito ao meio ambiente. A educação desempenha um papel fundamental nesse processo, capacitando indivíduos a navegar por um mundo cada vez mais complexo e interconectado.

Assim, ao olharmos para 2025 e além, somos chamados a agir como agentes de mudança, moldando um futuro em que tecnologia e humanidade coexistam em harmonia. Este é o momento de construir pontes entre diferentes formas de conhecimento e experiência, criando um ecossistema colaborativo que valorize tanto as capacidades humanas quanto as potencialidades das máquinas. Somente assim poderemos garantir que as transformações que se avizinham sejam verdadeiramente benéficas para todos.

 

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[1] Engenheiro Civil graduado pela Universidade Federal do Amazonas. Mestrado em Engenharia de Estruturas pela Universidade de São Paulo. Doutorado em Ciências Agrárias pela University of Tennessee, USA. Professor Titular da Univeridade do Estado do Amazonas. Pesquisador aposentado do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.

[2] Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará (1976), mestrado em Ciências Biológicas (Entomologia) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (1982) e doutorado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade de São Paulo (1988). Pesquisador titular III do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.