A PÓS-VERDADE PELO VIÉS DA TEORIA DA DISSONÂNCIA COGNITIVA

Autores

  • Barbara Coelho Neves Universidade Federal da Bahia
  • Renan Pereira Oliveira PPGCI-UFBA

DOI:

https://doi.org/10.21728/p2p.2024v10n2e-6942

Palavras-chave:

Pós-verdade, fake new, dissonância cognitiva, teoria da comunicação, desinformação

Resumo

O presente artigo visa fazer uma articulação conceitual entre o fenômeno da pós-verdade e a Teoria da Dissonância Cognitiva, criada pelo psicólogo Leon Festinger em 1957 e posteriormente importada pelo campo da comunicação para compreender o processo de seleção/exclusão de informações por parte do público. Festinger apontou no seu estudo empírico que as pessoas tendem a buscar informações para reforçar as suas próprias crenças e opiniões prévias. A proposta aqui é fazer uma aproximação teórico/conceitual como tentativa de identificar um referencial teórico no campo da comunicação e da psicologia para analisar a pós-verdade e o consequente contexto das fake news. Recorremos à metodologia da revisão bibliográfica, de modo a mapear alguns trabalhos já produzidos sobre os temas, principalmente no âmbito da comunicação. Ao final, concluímos que a Teoria da Dissonância Cognitiva se mostrou válida como base teórica, bibliográfica e conceitual para a elucidação, pelo menos em parte, do fenômeno da pós-verdade.

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Biografia do Autor

  • Barbara Coelho Neves, Universidade Federal da Bahia

    Professora na Universidade Federal da Bahia.

    Líder do Laboratório de Tecnologias Informacionais e Inclusão Sociodigital (LTI Digitl).

  • Renan Pereira Oliveira, PPGCI-UFBA

    Doutorando em Ciência da Informação (PPGCI-UFBA).

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Publicado

03-06-2024

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