FILOSOFIA UBUNTU

Autores

  • Francisco Antonio de Vasconcelos

DOI:

https://doi.org/10.21728/logeion.2017v3n2.p100-112

Palavras-chave:

Ubuntu. Pensamento ético-político. Filosofia africana.

Resumo

A presente pesquisa tem por objetivo refletir sobre alguns dos principais aspectos de Ubuntu, aqui considerado como uma das várias correntes da filosofia africana. A metodologia empregada neste trabalho caracteriza-se por ser de cunho qualitativo. Com efeito, trata-se de uma pesquisa bibliográfica cujo corpus compõe-se de literatura especializada. Esta investigação se justifica, considerando-se que a sociedade contemporânea é marcada, dentre outras coisas, por um individualismo e egocentrismo excessivos além de uma valorização da matéria em detrimento do humano. A filosofia Ubuntu, que se traduz em “Eu sou, porque nós somos”, possui um potencial ético capaz de fortalecer um convívio social, no qual valores como a solidariedade, a confiança, o respeito, a generosidade são assumidos como fundamentais. Este trabalho investigativo chegou às seguintes conclusões: a filosofia Ubuntu representa uma das contribuições mais originais da filosofia africana; o potencial ético dessa corrente filosófica não deve ser desprezado pela filosofia brasileira; considerando que Brasil e África precisam aprender a pensar de modo descolonizado, é fato que os filósofos africanos estão mais comprometidos com essa tarefa do que os brasileiros, sendo a corrente filosófica Ubuntu um testemunho disso.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BAUMAN, Z. Identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005.

_________. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.,

BURGOS, B. Filosofia africana. In: Blog Acadêmico. Madrid: África Fundación Sur, 2016. Disponível em: <http://www.africafundacion.org/IMG/pdf/Bartolome_Bugos_FILOSOFIA_AFRICANA.pdf>. Acesso em: 13 out. 2016.

CASTELLS, M. A Sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999. 1 v. (A era da informação: economia, sociedade e cultura).

DIOP. C. A. The cultural unity of black africa. 5. ed. Chicago: Third World Press, 1990.

GIDDENS, A. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2002.

KAGAME, A. La philosophie Bantu-Rwandaise de l’Etre. Bruxelas: ARSC, 1956.

JONAS, H. O princípio responsabilidade: ensaio de uma ética para uma civilização tecnológica. Rio de Janeiro: PUC Rio, 2006.

CUNHA JÚNIOR, H. NTU. Revista Espaço Acadêmico, Maringá, n. 108, p.81-92, maio 2010. Disponível em: <http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view

File/9385/5601>. Acesso em: 31 mar. 2017.

KASHINDI, J. B. K. Metafísicas africanas: eu sou porque nós somos. 2015. Disponível em: <http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/548478-metafisicas-africanas-eu-sou-porque-nos-somos-entrevista-especial-com-jean-bosco-kakozi-kashindi>. Acesso em: 31 mar. 2017.

NASCIMENTO, A. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.

VAN NIEKERK, J. Ubuntu and Moral Value. 2013. 193 f. Tese (Doutorado em Filosofia) – Faculdade de Humanidades, University of the Witwatersrand, Johannesburg.

NIETZSCHE, F. Ditirambos de Diónisos. Lisboa: Guimarães Editores, 1993.

RAMOSE, M. B. A ética do Ubuntu. In: COETZEE, P. H.; ROUX, A. P. J. (Ed.). The African Philosophy Reader. New York: Routledge, 2002. p. 324-330. Tradução para uso didático por Éder Carvalho Wen. Disponível em: <http://filosofia-africana.weebly.com/uploads/1/3/2/1/13213792/mogobe_b._ramose_-_a_ética_do_ubuntu.pdf>. Acesso em: 11 out. 2016.

SHUTTE, A. Cbuntu: an ethic for a New South Africa. Pietermaritzburg: Cluster Publications, 2001.

TEMPELS, P. F. La philosophie bantoue. Paris: Présence Africaine, 1945.

TUTU, D. No future without forgiveness. New York: Random House, 1999.

VASCONCELOS, F. A. de (no prelo). Filosofia africana na disciplina Filosofia da Educação. In: 1º Seminário Internacional de Educação em Direitos Humanos. Altos: ASSEBEPI.

VASCONCELOS, F. A. Filosofia africana na disciplina Filosofia da Educação. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS

HUMANOS, 1., 2016, Altos. Anais... . No prelo.

________. Jürgen Habermas e Kwasi Wiredu: reflexões sobre o consenso. In: XII COLÓQUIO HABERMAS & III COLÓQUIO DE FILOSOFIA

DA INFORMAÇÃO, 12, 2016, Rio de Janeiro. Anais... . No prelo.

Downloads

Publicado

01/04/2017

Como citar

VASCONCELOS, F. A. de. FILOSOFIA UBUNTU. Logeion: Filosofia da Informação, Rio de Janeiro, RJ, v. 3, n. 2, p. 100–112, 2017. DOI: 10.21728/logeion.2017v3n2.p100-112. Disponível em: https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/3841. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)