Curiosidade, ambição intelectual e conhecimento

"que sais-je?"

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21728/logeion.2022v9n1.p47-61

Palavras-chave:

Curiosidade, Intelecto, Conhecimento, Filosofia

Resumo

A curiosidade recebe diferentes considerações ao longo dos tempos: mau hábito, luxuria, vício, e virtude. As análises de diferentes épocas e autores perpassa a religião, preconceitos e, finalmente a ciência, que a consagra. É a faculdade mais ativa na infância e adolescência e possibilita o desenvolvimento das aptidões gerais da mente. No passado remoto foi condenada pela religião e considerada a responsável pela queda da civilização adâmica assim como o infortúnio da mítica Pandora. Na atualidade, pesquisadores apontam que a curiosidade aumenta com a incerteza e desperta a busca por conhecimento. Compreender a base neural da curiosidade têm importantes implicações substantivas permitindo observar que a busca de informações é evolutivamente adaptativa. As modernas tecnologias modernas e a internet ampliam a quantidade de informações disponíveis, aumentando, portanto, os efeitos potenciais da curiosidade. O arquétipo ambição intelectual e o conceito de conhecimento são utilizados para compreender o aprimoramento do intelecto juntamente com a curiosidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do autor

Roberto Unger, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Fórum de Ciência e Cultura. Sistema de Informação e Bibliotecas.

Referências

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

ARAÚJO, Carlos Alberto Ávila. A ciência como forma de conhecimento. Ciências e Cognição, v. 8, p. 127-142, 2006. Disponível em: http://www.cienciasecognicao.org/revista/index.php/cec/article/view/572. Acesso em: 02 mar. 2022.

BALL, Philip. Curiosity: how Science became interesting in everything. London: The University Chicago Press, 2012. Disponível em: https://philipball.co.uk/images/stories/docs/pdf/Curiosity_synopsis_website.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.

CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 12.ed. São Paulo: Ática, 2001.

COSCARELLI, Carla Viana. Reflexões sobre as inferências. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE LINGUISTICA APLICADA. 6., Minas Gerais. [Anais]. Minas Gerais: Faculdade de Letras da UFMG, 2002. CD Rom.

COSTA, P. Fontes da. The culture of curiosity at the Royal Society in the first half of the eighteenth century. Notes Rec. R. Soc. Lond., v. 56, n. 2, p. 147–166, 2002. Disponível em: https://royalsocietypublishing.org/doi/abs/10.1098/rsnr.2002.0175. Acesso em: 18 fev. 2022.

DESCARTES, René. Discurso do método. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

HARRISON, Peter. Curiosity, forbidden knowledge, and the reformation of natural philosophy in early modern England. Isis, v. 92, n. (jun. 2001), p. 265-290, jun. 2001. Disponível em: https://www.journals.uchicago.edu/doi/abs/10.1086/385182. Acesso em: 18 fev. 2022.

KANG, Min Jeong et al. The wick in the candle of learning epistemic curiosity activates reward circuitry and enhances memory. Psychological Science, v. 20, n. 8, p. 963-973, 2009. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1111/j.1467-9280.2009.02402.x. Acesso em: 04 mar. 2022.

KELLER, Albert. Teoria geral do conhecimento. São Paulo: Edições Loyola, 2009.

KIM, Jeong-Yoo; HAEREE, Lee; INSIK, Min. The economics of curiosity. Korean Economic Review, n. 29, p. 23-50, 2013. Disponível em: http://keapaper.kea.ne.kr/RePEc/kea/keappr/KER-20130630-29-1-02.pdf. Acesso em: 08 fev. 2022.

LOEWESTEIN, George. The psychology of curiosity: a review and reinterpretation. Psychological Bulletin, v. 116, n. 1, p. 75-98, 1994. Disponível em: https://psycnet.apa.org/fulltext/1994-41058-001.html. Acesso em: 31 jan. 2022.

LÓPEZ, Alberto. Machado de Assis, um gênio autodidata da literatura brasileira. El País, 21 jun. 2017. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/06/21/cultura/1498045717_148849.html. Acesso em: 16 mar. 2022.

LOPEZ, Felix. Repertórios sobre as razões da desigualdade no Brasil. In: INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Classes sociais, Estado e desigualdades. Boletim de Análise político institucional, n. 23, jun. 2020. p. 57-68. Disponível em: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/10172/1/200806_bapi%2023_artigo_5.pdf. Acesso em: 15 maio 2022.

LYONS, Jonathan. A casa da sabedoria: como a valorização do conhecimento pelos árabes transformou a civilização ocidental. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.

MANGUEL, Alberto. Uma história natural da curiosidade. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

MARCUSE, Herbert. A responsabilidade da ciência. Scientiae Studia, v. 7, n. 1, p. 159-164, 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ss/a/D9dDCGXsSK45s6KtWrWVDwH/?lang=pt. Acesso em: 17 abr. 2022.

MARÍAS AGUILERA, Julian. Elogio de la ambición intelectual. Diario ABC, Madrid, 31 de outubro de 1996.

MORA, José Ferrater. Dicionário de filosofia. Lisboa: Dom Quixote, 1978.

MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 7.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.

POERSCH, José Marcelino. A leitura como fonte de saber linguístico: processos cognitivos. Letras de hoje, Porto Alegre, v. 36, n. 3, p. 401-407, 2001.

QUEIROZ, Eça de. Eça de Queirós: curiosidade: instinto que leva alguns a... Disponível em: https://www.pensador.com/frase/NzMyNzIw/. Acesso em: 12 mar. 2022.

RAMOS, Gabriel L. P. M. O visível e o invisível: uma leitura especulativa de “Le peintre de la vie moderne”. Scripta Alumni, Curitiba, v. 24, n. 2, p. 150-167, 2021. Disponível em: https://revista.uniandrade.br/index.php/ScriptaAlumni/article/view/2157. Acesso em: 22 mar. 2022.

SARUKKAI, Sundar. A ciência e a ética da curiosidade. 2009.

STORCK, Alfredo. Filosofia medieval. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

WALSH, P. G. The rights and wrongs of curiosity (Plutarch to Augustine). Greece & Rome, n. 35, p. 73-85, 1988. doi:10.1017/S0017383500028783. Disponível em: https://www.cambridge.org/core/journals/greece-and-rome/article/abs/rights-and-wrongs-of-curiosity-plutarch-to-augustine1/028A8D58A42762983C3F278A2C3AA540#. Acesso em: 04 abr. 2022.

Downloads

Publicado

13/09/2022

Como citar

UNGER, R. Curiosidade, ambição intelectual e conhecimento: "que sais-je?". Logeion: Filosofia da Informação, Rio de Janeiro, RJ, v. 9, n. 1, p. 47–61, 2022. DOI: 10.21728/logeion.2022v9n1.p47-61. Disponível em: https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/6032. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos