YouTube como fonte de informação na promoção de uma educação antirracista para bibliotecas escolares
DOI:
https://doi.org/10.21728/logeion.2024v10n2e-6956Palavras-chave:
relações étnico-raciais, YouTube - vozes negras, biblioteca escolar, fontes de informaçãoResumo
O YouTube é um dos sites mais acessados do mundo, a plataforma conta com diversas ferramentas de interatividade e compartilhamento de informações, heranças do surgimento da Web 2.0. O cyberespaço permitiu com que questões sociais ganhassem mais visibilidade, assim como, as relações étnico-raciais, um dos principais assunto discutidos neste trabalho. Nesta perspectiva, a seguinte pesquisa se propôs a investigar o YouTube como ferramenta no auxílio aos/as estudantes enquanto fonte de informação para uma educação antirracista. Tendo em vista que, a educação é um dos caminhos para combater mazelas sociais, como o racismo, o estudo tem como objetivo geral analisar a plataforma YouTube como fonte de informação educacional na promoção de uma educação antirracista nas bibliotecas escolares. Estabelece como metodologia, uma pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa e de natureza básica. Entende que a biblioteca escolar pode ser um espaço que promova a diversidade e uma educação mais democrática. Com isso, a plataforma YouTube, a partir de seus vídeos, é uma fonte informacional que pode auxiliar bibliotecárias/os neste sentido. Indica o levantamento de 9 canais apresentados pelo Fundo Vozes Negras do YouTube, como fonte de informação antirracista para bibliotecas escolares. Defende, a importância da utilização destes canais em ambiente escolar, por meio da amostra de vídeos definida no corpo deste trabalho. Conclui que os conteúdos aqui apresentados, mostram que as reflexões sociais, em espaços de destaque como o YouTube, são importantes para a reconstrução de uma identidade negra positiva, negada a população negra ao longo da história.
Downloads
Referências
BRASIL. Lei n.10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei 9.394/96 para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, 10 jan. 2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm. Acesso em: 17 out. 2021.
BRASIL. Lei n. 11.645, de 10 de março de 2008. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, 11 mar. 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm. Acesso em: 17 out. 2021.
BURGESS, Jean; GREEN, Joshua. YouTube e a Revolução Digital: como o maior fenômeno da cultura participativa transformou a mídia e a sociedade. Tradução: Ricardo Giassetti. São Paulo: Aleph, 2009.
CLOUDFLARE. In 2021, the Internet went for TikTok, space and beyond. 2021. Blog: Cloudflare. Disponível em: https://blog.cloudflare.com/popular-domains-year-in-review-2021/. Acesso em: 20 fev. 2022.
CUTRIM, Evelucia. Negritude na tela: manifestações da luta antirracista no Youtube Brasil. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Sociais) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2018.
DOMINGUES, Petrônio. Movimento negro brasileiro: alguns apontamentos históricos. Tempo [online]. v.12, n.23, pp. 100-122. 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tem/a/yCLBRQ5s6VTN6ngRXQy4Hqn/?lang=pt. Acesso em: 15 out. 2021.
OLIVEIRA, Priscila Patrícia Moura. O YouTube como ferramenta pedagógica. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, São Carlos, p. 1-14, 2016. Anais... São Carlos: UFSCAR, 2016. Disponível em: http://www.sied-enped2016.ead.ufscar.br/ojs/index.php/2016/article/view/1063/486. Acesso em: 20 mai. 2021.
PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar de. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013.
RAMOS, Vanessa Likoski. YouTube e a disseminação de conteúdo científico na internet: perspectivas sobre critérios de qualidade em vlogs. 2017. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Biblioteconomia) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2017.
SILVA, Dávila Maria Feitosa da. A construção da estética feminina negra a partir de informações étnico-raciais disseminadas no YouTube. 2019. Tese (Pós-Graduação em Biblioteconomia) – Universidade Federal do Cariri, Juazeiro do norte. 2019.
SILVA, Leyde Klebia Rodrigues da; AQUINO, Mirian de Albuquerque. Fontes de informação na Web: apropriação, uso e disseminação da informação étnico-racial no movimento negro da Paraíba. TransInformação. Campinas, 2014. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/2528?locale=es. Acesso em: 02 nov. 2021.
SILVA, Quedma Ramos da; VALÉRIO, Erinaldo Dias. A biblioteca escolar na luta contra o racismo. In: SILVA, Franciéle Carneiro Garcês da; LIMA, Graziela dos Santos (org.). Bibliotecári@s negr@s: Informação, educação, empoderamento e mediações. Florianópolis, SC: Rocha Gráfica e Editora, 2019. Disponível em: https://www.nyota.com.br/catalogo. Acesso em: 15 out. 2021.
TOMAÉL, Maria Inês; ALCARÁ, Adriana Rosecler; SILVA, Terezinha Elisabeth da. Fontes de informação na internet: critérios de qualidade. In: TOMAÉL, Maria Inês; ALCARÁ, Adriana Rosecler (Org.). Fontes de informação digital. Londrina: Eduel, 2008.
THELMINHA. Precisamos falar sobre racismo | Thelminha. São Paulo: Thelma Regina Maria dos Santos Assis, 02 jun. 2020. 1 vídeo (6min51s). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=fEJvtQcFrhg Acesso em: 21 dez. 2021.
TRAINOTTI FILHO, Alcir Mario; TRAINOTTI, Cintia Ghisi. Fontes de informação. Indaial: UNIASSELVI, 2018.
VIEIRA, Sara da Cruz; VALÉRIO, Erinaldo Dias. Mapeando o acervo bibliográfico para uma agenda antirracista. In: SILVA, Franciéle Carneiro Garcês da (org.). Bibliotecári@s Negr@s: Pesquisas e experiências de aplicação da Lei 10.639/2003 na formação bibliotecária e nas bibliotecas. Florianópolis, SC: Rocha Gráfica e Editora, 2020. Disponível em: https://www.nyota.com.br/catalogo. Acesso em: 15 out. 2021.
YOUTUBE. Conheça a nova turma 2022 de criadores brasileiros do #FundoVozesNegras. 2022. Blog: YouTube. Disponível em: https://blog.youtube/intl/pt-br/news-and-events/brasil-fundo-vozes-negras-2022/. Acesso em: 08 fev. 2022.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Clarice do Carmo Siqueira, Erinaldo Valério
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
A revista é publicada sob a licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não Comercial - Partilha nos Mesmos Termos 4.0 Internacional.
O trabalho publicado é considerado colaboração e, portanto, o autor não receberá qualquer remuneração para tal, bem como nada lhe será cobrado em troca para a publicação.
Os textos são de responsabilidade de seus autores.
É permitida a reprodução total ou parcial dos textos da revista, desde que citada a fonte.