Identidade padrão de comunicação digital do Governo Federal

uma análise à luz da metodologia Common Assessment Framework

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21721/p2p.2020v6n2.p104-126

Palavras-chave:

Governo Eletrônico, Comunicação Digital, Gestão da Qualidade, Common Assessment Framework

Resumo

O presente artigo apresenta a avaliação da Identidade Padrão de Comunicação Digital do Governo Federal (IDG) no âmbito da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), realizada através da ferramenta de autoavaliação Common Assessment Framework (CAF), a qual consiste em um Modelo de Gestão da Qualidade Total desenvolvido para uso na Administração Pública Europeia, cuja inspiração reside no Modelo de Excelência da Fundação Europeia para a Gestão de Qualidade. A IDG tem como premissas o foco no cidadão, a experiência digital comum, a acessibilidade e a economicidade. Trata-se de um conjunto de diretrizes, orientações, padrões e modelos criados pela Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (SECOM) para padronizar os sites do Governo Federal. Diante das finalidades para as quais essa identidade foi criada, bem como a ampla abrangência e importância que ela detém perante o cidadão, viu-se a necessidade de investigar se as premissas definidas na IDG são atendidas na visão usuários que navegam nas referidas páginas governamentais, assim como na visão dos conteudistas que realizam as postagens dos conteúdos e atualizam as páginas web. Para tanto, realizou-se uma pesquisa exploratória junto aos usuários que acessam o site de duas Pró-Reitoras da UFPB, divididos em três categorias: os discentes que navegam no site da Pró-Reitoria de Assistência e Promoção ao Estudante (PRAPE); a comunidade externa que frequenta a UFPB, mas não possui nenhum tipo de vinculo com a instituição, mas acessa o site da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PRAC); e os conteudistas de ambas as Pró-Reitorias. Os resultado apontaram  que os usuários identificam as premissas definidas pela IDG, a sua experiência única de navegação, seus elementos de acessibilidade e usabilidade, assim como, a sua importância para economia de recursos humanos e financeiros.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do autor

Eládio José de Góes Brennand, Universidade Federal da Paraíba -UFPB

Doutor em Ciências pela Université Libre de Bruxelles ULB, com Pós-Doutorado nas instituições GANIL (França), IReS (França), INF (Itália) e ULB (Bélgica) com bolsa do FNRS/ União Europeia. Mestre e Bacharel em Física pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Professor Associado da UFPB. Pesquisador visitante no Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE/UFPB (2003 a 2006). Coordenador do Curso de Especialização em Cabo Verde no Projeto Africanidade e docente do mesmo Projeto em Guiné Bissau. https://orcid.org/0000-0002-8846-8868

Mateus Lins de Oliveira, Universidade Federal da Paraíba -UFPB

Mestre em Gestão pelo Programa de Pós-Graduação em Gestão nas Organizações Aprendentes da UFPB (2018). Graduado em Processamento de Dados pela Associação Paraibana de Ensino Renovado e em Administração Pública pela Universidade Estadual da Paraíba - UEPB. Especialista em Direito Administrativo e Gestão Pública pela Faculdades Integradas de Patos (2009). Atualmente é Servidor Técnico Administrativo no Superintendência de Tecnologia da Universidade Federal da Paraíba -UFPB. https://orcid.org/0000-0002-4793-2222

Referências

AKATSU, L.; PINHO, J. A. G. Sociedade da informação, accountability e democracia delegativa: investigação em portais de governo no Brasil. In: Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro: FGV, set.-out. 2002.

ARÁUJO, W. F.G.; GOMES, M. P.S. Governança eletrônica na América Latina: Podemos esperar uma democracia eletrônica In: Núcleo de estudos do empresariado, instituições e capitalismo. Rio de Janeiro, 2006.

BRASIL. Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 18 nov. 2011. Seção 1, p. 1.

______. Decreto nº 8.638, de 15 de janeiro de 2016. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 18 jan. 2016. Seção 1, p. 2.

______. Decreto nº 9.094, de 17 de julho de 2017. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 18 jul. 2017. Seção 1, p. 2.

______. Portal do Governo Digital. Disponível em: https://www.governodigital.gov.br/Plone. Acesso em: 6 mar. 2018.

EIPA, Modelo de autoavaliação específico para as instituições de ensino. 2013. Disponível em: https://www.caf.dgaep.gov.pt/media/CAF_Educacao_2013-1.pdf. Acesso em: 08 de jul. de 2017.

EMAG. Modelo de acessibilidade em governo eletrônico. 2014. Disponível em: http://emag.governoeletronico.gov.br/. Acesso em: 25 de out. de 2017.

ENGEL, C. Common assessment framework: the state of affairs. European Institute of Public Administration. 2002. Disponível em: http://aei.pitt.edu/865/1/scop2002_1_10.pdf. Acesso em: 14 de jul. de 2017.

EVARISTO, C. J. S. do R. A CAF (common assessment framework) e a melhoria contínua nos serviços públicos. 2010. 109 f. Dissertação (Mestre em Administração e Gestão Pública) - Universidade de Aveiro, Aveito-PT, 2010. Disponível em: http://ria.ua.pt/handle/10773/3442. Acesso em: 14 de jul. de 2017.

IBGE. PNAD Contínua TIC 2016: 94,2% das pessoas que utilizaram a Internet o fizeram para trocar mensagens. 2018. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/20073-pnad-continua-tic-2016-94-2-das-pessoas-que-utilizaram-a-internet-o-fizeram-para-trocar-mensagens.html. Acesso em: 27 de fev. de 2017.

JURAN, J. M.; DEFEO, J. A. Fundamentos da Qualidade para Líderes. Porto Alegre: Bookman, 2015.

LEVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.

MACNAUGHTON, R. J. Numbers, scales and qualitative Research. The Lancet, vol. 347, Issue 9008, apr 1996. p. 1099-1100.

MEMÓRIA, F. Design para a internet: projetando a experiência perfeita. Rio de Janeiro: Campus, 2006. 171p.

MOREIRA, E. de A. e L. Administração geral e pública. 1 ed. Salvador: Juspodivm, 2016.

MPOG. Padrões web em governo eletrônico: cartilha de usabilidade. Brasília, DF, 2010b. 50 p.

PALADINI, P. E. Gestão da Qualidade: Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 2012.

PINHO, J. A.G. “Investigando portais de governo eletrônico de estados no Brasil: muita tecnologia, pouca democracia”. In: Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro, FGV, maio/jun. 2008.

SANCHES, C.; MEIRELES, M.; SORDI, J. O. de. Análise qualitativa por meio da lógica para consistente: método de interpretação e síntese de Informação obtida por Escalas Likert. In: ENCONTRO DE ENSINO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE, 3, 2011, João Pessoa. Anais Eletrônicos... João Pessoa: ANPAD, 2011. 17 p. Disponível em: http://docplayer.com.br/27443315-Analise-qualitativa-por-meio-dalogica-paraconsistente-metodo-de-interpretacao-e-sintese-de-informacao-obtida-por-escalaslikert.html. Acesso em: 15 nov. 2017.

SANTOS, R. L. G. Ergonomização da interação homem-computador: abordagem heurística para avaliação da usabilidade de interfaces. Dissertação (Mestrado). PUC-Rio Mar. de 2000. 184p.

SECOM. Manual de diretrizes de comunicação digital do governo federal. Brasília, DF, 2014b. Disponível em: http://www.secom.gov.br/atuacao/comunicacao-digital/identidade-digital-1. Acesso em: 13 de out. de 2017.

_______. Manual de diretrizes para ambientes funcionais. Brasília, DF, 2015. Disponível em: http://www.secom.gov.br/atuacao/comunicacao-digital/identidade-digital-1. Acesso em: 25 de out. de 2017.

STAES, P.; THIJS, N. Report on the state of affairs of the common assessment framework (CAF) after Five Years. EIPAScope, 2005.

TENÓRIO, F. G.; RIBEIRO, G. S. A sociedade é protagonista na relação com o Estado? Rio de Janeiro: FGV, 2000. Cadernos Gestão Pública e Cidadania. v. 15, fev. 2000.

WILDER JR, J. W. New concepts in technical trading systems. NY: Trends Research; 1981.

Downloads

Publicado

14/03/2020

Como citar

BRENNAND, E. J. de G.; OLIVEIRA, M. L. de. Identidade padrão de comunicação digital do Governo Federal: uma análise à luz da metodologia Common Assessment Framework. P2P E INOVAÇÃO, Rio de Janeiro, RJ, v. 6, n. 2, p. 104–126, 2020. DOI: 10.21721/p2p.2020v6n2.p104-126. Disponível em: https://revista.ibict.br/p2p/article/view/5147. Acesso em: 28 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos