REDES DE INOVAÇÃO E DE CONHECIMENTO

o impacto do GNova como Laboratório de Inovação Governamental e Perspectivas Futuras

Autores

  • Daniele Guimarães Diniz UFLA
  • Cleber Carvalho de Castro Universidade Federal de Lavras

DOI:

https://doi.org/10.21728/p2p.2024v10n2e-6849

Palavras-chave:

Laboratórios de inovação, GNova, Redes no setor público

Resumo

Os laboratórios de inovação governamentais no Brasil desempenham uma função essencial na promoção de abordagens inovadoras diante dos complexos desafios inerentes ao setor público. Essas entidades surgem como catalisadores de mudança em um contexto marcado por barreiras significativas à inovação, tais como aversão ao erro, resistência institucional e obstáculos burocráticos. Através da aplicação de metodologias emergentes e uma ênfase na experimentação, os laboratórios como o GNova adotam uma estrutura de rede que facilita a colaboração interdisciplinar e o aprendizado coletivo, visando aprimorar a eficiência e a qualidade dos serviços públicos. Este artigo concentra-se especificamente no GNova, representando uma iniciativa governamental paradigmática, para analisar sua contribuição no aperfeiçoamento da administração pública e na solução de questões sociais prementes. A metodologia empregada neste estudo incluiu a revisão de literatura secundária e análise documental referente às operações do GNova, complementada por relatórios de impacto gerados pela própria instituição. Os achados deste estudo revelam que o referido laboratório efetivou projetos notáveis em seus principais eixos operacionais figurando como um exemplo de boas práticas. Como resultado, conclui-se que a adoção de redes, como o GNova, é crucial para transcender os obstáculos à inovação e assegurar a disseminação do conhecimento e da aprendizagem no sucesso dos esforços de modernização administrativa. Assim, este estudo contribui positivamente ao debate teórico sobre a importância da cultura de inovação focada nas pessoas e nas redes de colaboração.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ACEVEDO, S.; DASSEN, N. Innovation for better management: the contribution of public innovation labs. USA: IADB, 2006.

AHUJA, G.; SODA, G.; ZAHEER, A. The genesis and dynamics of Organzational Networks. Organization Science. V.23, n.2, pp. 434-448, march/april 2012. DOI: https://doi.org/10.1287/orsc.1110.0695

BALESTRIN, A.; VARGAS, L. M.; FAYARD, P. Ampliação interorganizacional do conhecimento: o caso das redes de cooperação. Revista Eletrônica de Administração. Porto Alegre, v. 11, n. 1, pp. 1-25, jan./fev, 2005.

BARROS, M. Brasil alcança 57º lugar no Índice Global de Inovação. Revista Olhar Digital, 2021. Disponível em: https://www.google.com/amp/s/olhardigital.com.br/2021/09/21/pro/brasil-alcanca-o-57o-lugar-no-indice-global-de-inovacao/amp/. Acesso em: 01 out. 2022.

BRANDÃO, S. M.; FARIA, M. F. Barreiras à inovação em gestão em organizações públicas do governo federal brasileiro: análise da percepção de dirigentes. Inovação no setor público. Brasília: Ipea, 2017.

CAPALDO, A. Network structure and innovation: the leverage of a dual network as a distinctive relational capability. Strategic Management Journal. v.28, pp 585-608, 2007. DOI: https://doi.org/10.1002/smj.621

CARRINGTON, W. J.; DETRAGIACHE, E.; VISHWANATH, T. Migration with Endogenous Moving Costs. The American Economic Review, v. 86, n. 4, p. 909-930, 1996.

CASTRO, C. C.; ANTUNES, L. G. R.; FREIRE, C. D. Critical Factors in the Formation and Development of Technology-Based Firm Networks in Incubation Environments in Brazil. International Journal on Management of Innovation & Technology, v. 18, p. 1-22, 2021. DOI: https://doi.org/10.1142/S0219877021500449

CAVALCANTE, P. Inovação e políticas públicas: superando o mito da ideia. Inovação e políticas públicas: superando o mito da ideia. Brasília: Ipea, 2019.

CAVALCANTE, P.; CUNHA, B. Q. É preciso inovar no governo, mas por quê? Inovação no setor público: teoria, tendências e casos no Brasil. Brasília: Ipea, 2017.

CAVALCANTE, P.; GOELLNER, I. A.; MAGALHÃES, A. M. Perfis e características das equipes e laboratórios de inovação no Brasil. Inovação e políticas públicas: superando o mito da ideia. Brasília: Ipea, 2019.

CAVALCANTE, P.; MENDONÇA, L.; BRANDALISE, I. Políticas públicas e design thinking: interações para enfrentar desafios contemporâneos. Inovação e políticas públicas: superando o mito da ideia. Brasília: Ipea, 2017.

CONKLIN, J. Dialogue Mapping: Building Shared Understanding of Wicked Problems. John Wiley & Sons, 2006.

FERRAREZI, E.; LEMOS, J.; BRANDALISE, I. Experimentação e novas possibilidades em governo: aprendizados de um laboratório de inovação. Brasília: Enap, 2018.

FERREIRA, H. L. F. Pesquisa do IBGE de 2017 revela retrocessos em inovação no Brasil. Revista Brasil Debate, 2021. Disponível em: https://brasildebate.com.br/pesquisa-do-ibge-de-2017-revela-retrocessos-em-inovacao-no-brasil/. Acesso em: 01 out. 2022.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. Atlas, 2002.

GNOVA. Quem somos: muito prazer, somos o GNova. Disponível em: http://gnova.enap.gov.br/sobre/quemsomos. Acesso em: 05 dez. 2022.

GRANDORI, A.; SODA, G. Inter-firm networks: antecedents, mechanisms and forms. Organization studies. V.16, n.2, pp.1-19, 1995. DOI: https://doi.org/10.1177/017084069501600201

Lei n. 14.129, de 29 de março de 2021. Dispõe sobre princípios, regras e instrumentos para o Governo Digital e para o aumento da eficiência pública e altera a Lei nº 7.116, de 29 de agosto de 1983, a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação). Diário Oficial da União, Brasília, DF: Congresso Nacional, 2021.

MINEIRO, A. A. C.; CASTRO, C. C.; AMARAL, M. G. Who Are the Actors of Quadruple and Quintuple Helix? Multiple Cases in Consolidated Science and Technology Parks. Journal Of The Knowledge Economy, p. 1-23, 2023.

OCDE. Manual de Oslo: diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre Inovação [Manual]. Brasília: Finep, 2020.

PARK, S.; LIM, S. Are Networks Flat or Vertical?: Developing a Multi-Level Multi-Dimension Network Model. Public Organiz Rev. Vol. 18 pp. 223–243, 2018. DOI: https://doi.org/10.1007/s11115-017-0377-3

PEREIRA, L. C. B. Da administração pública burocrática à gerencial. Revista do Serviço Público, v. 120, n. 1, p. 7-40, 1996.

PEREIRA, B. A. D.; VENTURINI, J. C.; WEGNER, D.; BRAGA, A. L. Desistência da cooperação e encerramento de redes interorganizacionais: em que momento essas abordagens se encontram. Revista de Administração e Inovação. v.7, n.1, pp.62-83, 2010.

SAMPIERI, R. H.; COLLADO, C. F.; LUCIO, M. P. B. Metodologia de pesquisa. Porto Alegre: McGraw-Hill, 2013.

SANO, H. Laboratórios de inovação no setor público: mapeamento e diagnóstico de experiências nacionais. Brasília: Enap, 2020.

SILVA, A. C. Jr.; EMMENDOERFER, M. L.; TAVARES, B.; OLAVO, A. V. A. Novas formas organizacionais no setor púlico: os laboratórios de inovação de governo sob a ótica da teoria neoschumpeteriana. Navus, v. 11, p. 01-13, 2021. DOI: https://doi.org/10.22279/navus.2021.v11.p01-13.1470

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2010.

Transparência Internacional Brasil. Índice de percepção da corrupção 2020. Disponível em: https://transparenciainternacional.org.br/ipc/. Acesso em: 01 out. 2021.

VANGUNDY, A. B. Getting to innovation: how asking the right questions generates the great ideas your company needs. Amacon, 2007.

WANG, Y.; RAJAGOPALAN, N. Alliance capabilities: review and research agenda. Journal of management, v. 41, n. 1, p. 236-260, 2015. DOI: https://doi.org/10.1177/0149206314557157

WEGNER, D.; PADULA, A. D. Quando a cooperação falha: um estudo de caso sobre o fracasso de uma rede interorganizacional. Revista de Administração da Mackenzie. v.13, n.1, pp.145-171, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S1678-69712012000100007

Downloads

Publicado

21/03/2024

Como citar

DINIZ, D. G.; CASTRO, C. C. de. REDES DE INOVAÇÃO E DE CONHECIMENTO : o impacto do GNova como Laboratório de Inovação Governamental e Perspectivas Futuras. P2P E INOVAÇÃO, Rio de Janeiro, RJ, v. 10, n. 2, p. e–6849, 2024. DOI: 10.21728/p2p.2024v10n2e-6849. Disponível em: https://revista.ibict.br/p2p/article/view/6849. Acesso em: 28 abr. 2024.

Edição

Seção

Inovação