Cotas empregatícias, paralimpíadas e diversidade na inclusão das pessoas com deficiência na cidade do Rio de Janeiro

Autores

  • Marcelo Cortes Neri Fundação Getúlio Vargas - RJ, Centro de Políticas Sociais.

Palavras-chave:

Deficiência, Deficiência intelectual, Cotas, Paralimpíadas, Rio 2016 

Resumo

Testou-se a diversidade da inclusão trabalhista das pessoas com deficiência (PCDs) no Rio de Janeiro desde 2000, período após a regulamentação da lei de cotas empregatícia e objeto da realização de megaeventos paradesportivos na cidade. Revelaram-se movimentos diferenciados dos diferentes grupos de PCDs ao longo do tempo. A primeira década apresenta ganhos da ocupação formal para o conjunto das PCDs adultas cariocas, mas queda para as pessoas com deficiência intelectual (PCDIs). Coincidentemente, nesse intervalo as PCDIs estiveram excluídas da paralimpíadas. Nos anos 2010, a ocupação formal cresceu quatro vezes mais para os PCDIs que para as demais PCDs. Os incrementos foram maiores nas empresas cujo tamanho obriga a aplicação da lei de cotas. Já no período pós-olímpico observa-se queda maior do emprego formal dos PCDs e em especial dos PCDIs. De maneira geral, a primeira década do milênio foi de conquistas trabalhistas para as PCDs, mas perdida para as PCDIs, enquanto a segunda década foi, pelo menos até 2016, particularmente favorável ao último grupo.

Biografia do autor

Marcelo Cortes Neri, Fundação Getúlio Vargas - RJ, Centro de Políticas Sociais.

Doutorado em Economia pela Princeton University, PRINCETON, Estados Unidos. Mestrado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Brasil. Economista, Professor e Diretor do Centro de Política Sociais-CPS da  Fundação Getúlio Vargas, FGV Rio de Janeiro.

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Publicado

01/12/2017

Como citar

Neri, M. C. (2017). Cotas empregatícias, paralimpíadas e diversidade na inclusão das pessoas com deficiência na cidade do Rio de Janeiro. Inclusão Social, 10(2). Recuperado de https://revista.ibict.br/inclusao/article/view/4032