INSTITUIÇÕES CIENTÍFICAS E TECNOLÓGICAS NO BRASIL

Autores

  • Luana da Silva Ribeiro Universidade Estadual Paulista (UNESP)
  • Faíque Ribeiro Lima UNESP
  • Hugo Márcio Vieira de Almeida Andrade UNESP

DOI:

https://doi.org/10.21721/p2p.2019v5n2.p108-132

Resumo

Com o intuito de gerar desenvolvimento, os Estados investem em formas de incentivar a criação de inovações, construindo Sistema Nacional de Inovação em que são articulados estruturas de geração de inovações. Pretende-se, por meio desta pesquisa mostrar o quanto as interações entre Estado Universidade e Empresa colaboram para o ambiente inovativo. Para tal se utilizou de revisão bibliográfica em autores que discutem os temas e conceitos afins, e bases de dados do governo. Em países em desenvolvimento como o Brasil, o Estado assume um papel importante para o fomento das inovações, com o intuito de articular o processo inovativo, investindo em inovação e potencializando a capacidade tecnológica. Porém o Brasil ainda possui um sistema de inovação não consolidado, dependente de tecnologia estrangeira, com uma infraestrutura de CT&I precária, necessitando de políticas de fomento que aumente a conexão com o sistema produtivo e a incorporação do progresso técnico. Adianta-se que o Brasil tem investido em instituições científicas e tecnológicas, mas ainda há necessidade de desburocratizar, planejar e consolidar a política institucional para que se obtenha melhores resultados.

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Biografia do autor

Luana da Silva Ribeiro, Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Maringá (2016). Atualmente é mestranda em Economia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP/FCLAR), bolsista e participante do Grupo de Estudos em Economia Industrial (GEEIN). Tem experiência na área de desenvolvimento econômico, com ênfase em Políticas Públicas, Economia industrial e de inovação.

Faíque Ribeiro Lima, UNESP

Mestrando em Economia pela Faculdade de Ciências e Letras - UNESP/FCLAr e pesquisador bolsista pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES. Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB. Trabalhou na Companhia de Bebidas das Américas - AMBEV. Foi pesquisador bolsista no Programa de Educação Tutorial em Ciências Econômicas da UESB. Tem experiência na organização de eventos acadêmicos e elaboração de artigos científicos, especialmente na área de políticas públicas de desenvolvimento industrial, tecnológico e inovações.

Hugo Márcio Vieira de Almeida Andrade, UNESP

Mestrando em Economia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (2017). Representante discente do Conselho de Pós-graduação em Economia da Unesp, estagiário docente da disciplina de Política e Planejamento Econômico, e Assistente de Pesquisa II do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Tem experiência na área de Economia, atuando principalmente nos seguintes temas: Desenvolvimento Social e Econômico, Dívida Pública, Economia Brasileira, Economia Política, Economia Solidária, Educação Tutorial, Inovação e Tecnologias Sociais.

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Publicado

08/03/2019

Como citar

RIBEIRO, L. da S.; LIMA, F. R.; DE ALMEIDA ANDRADE, H. M. V. INSTITUIÇÕES CIENTÍFICAS E TECNOLÓGICAS NO BRASIL. P2P E INOVAÇÃO, Rio de Janeiro, RJ, v. 5, n. 2, p. 108–132, 2019. DOI: 10.21721/p2p.2019v5n2.p108-132. Disponível em: https://revista.ibict.br/p2p/article/view/4510. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos