Paradoxos e perspectivas da sustentabilidade no terceiro milênio
DOI:
https://doi.org/10.21728/logeion.2023v10nesp2.p314-329Palabras clave:
Terceiro milênio, perspectivas, sustentabilidade, paradoxo, plataforma habermasianaResumen
Possivelmente como decorrência dos efeitos ameaçadores e destrutivos que as duas grandes guerras mundiais trouxeram para o mundo, na segunda metade do século XX tornou-se mais aguda a preocupação com os problemas planetários. E, nesta esteira, um dos fenômenos emergentes foi a proliferação de organizações supranacionais e instituições voltadas para uma preocupação com as questões internacionais, especialmente aquelas cujos impactos adquiriam âmbito global. A guerra fria, a competição pela hegemonia de nações imperialistas como EUA e União Soviética, impulsionou uma corrida pelo protagonismo nas áreas militar, tecnológica e industrial, alavancando de maneira inédita e desmedida a exploração dos recursos ambientais. A busca dos resultados a qualquer custo, no intuito de otimizar os lucros, tornou-se a finalidade do capitalismo neoliberal ancorado em corporações multinacionais, que hoje se tornou preponderante em termos globais. E isso inclui o esgotamento dos recursos naturais, se isso for condição para lucros maiores. Em face deste cenário, apesar dos governos e instituições supranacionais se articularem no sentido de promover o desenvolvimento sustentável, de se organizarem eventos periódicos para a defesa do meio ambiente, as iniciativas implementadas mais parecem paliativos ante a voracidade dos mercados. Como, pois, enfrentar efetivamente este paradoxo? Existem perspectivas efetivas de sua ultrapassagem? A reflexão aqui trazida se propõe a abordar estas questões e as implicações a elas inerentes, partindo de uma base teórica discursiva de inspiração habermasiana para analisar o fenômeno da sustentabilidade em nível planetário, sob uma ótica democrática e cidadã (cosmopolita e ativa).
Descargas
Referencias
ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialética do Esclarecimento: fragmentos filosóficos. 2.ed. Tradução de Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1986.
BECK, Ulrich. Sociedade de risco. Rumo a uma outra modernidade. Tradução de Sebastião Nascimento. 2.ed. São Paulo: Editora 34, 2011.
BECK, Ulrich. A metamorfose do mundo. Tradução de Pedro Elói Duarte. Lisboa: Edições 70, 2017.
BREGMAN, Rutger. Utopía para realistas. Traducción del inglés de Javier Guerrero Gimeno. Barcelona: Salamandra, 2017.
CHOMSKY, Noam; WATERSTONE, Marv. As consequências do capitalismo. Tradução de Pedro Elói Duarte. Lisboa: Editorial Presença, 2021.
DUTRA, Delamar V. Kant e Habermas: a reformulação discursiva da moral kantiana. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002. (Coleção Filosofia n.137).
GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. Tradução de Raul Fiker. São Paulo: Editora UNESP, 1991. (Biblioteca Básica).
HABERMAS, Jürgen. A crise de legitimação no capitalismo tardio. Tradução de Vamireh Chacon. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro. 1980. (Biblioteca Tempo Universitário, 60 – Série Estudos Alemães).
HABERMAS, Jürgen. Conhecimento e interesse. Introdução e tradução de José Nicolau Heck. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara, 1987.
HABERMAS, Jürgen. Teoría de la acción comunicativa. Trad. Manuel Jiménez Redondo. Madrid: Taurus, 1992, v. I.
HABERMAS, Jürgen. Teoría y praxis. 3.ed. Tradução de Salvador Mas Torres e Carlos Moya Espí. Madrid: Tecnos, 1997.
HABERMAS, Jürgen. Verdade e justificação. Tradução de Milton Camargo Mota. São Paulo: Loyola, 2004.
HANSEN, Gilvan Luiz. Desenvolvimento sustentável, responsabilidade social e gestão pública. In: HANSEN, Gilvan Luiz; FARIA, M. L. V. Curso de Capacitação em Gestão Pública. Módulo III: Gestão em Administração Pública. Nível E. Niterói: EDUFF, 2010.
HANSEN, Gilvan Luiz. A sociedade de consumo e o paradoxo da proteção ambiental. In: FLORES, Nilton Cesar (Org.) Sustentabilidade Ambiental em suas múltiplas faces. Campinas/SP: Millenium, 2012.
HANSEN, Gilvan Luiz. Empresa e Responsabilidade Social: tensões e perspectivas. In: BANNWART JÚNIOR, Clodomiro José; FERES, Marcos Vinício Chein; KEMPFER, Marlene. (Org.). Direito e Inovação: estudos críticos sobre Estado, Empresa e Sociedade. Juiz de Fora/MG: Editora UFJF, 2013, v.1, p. 131-146.
HANSEN, Gilvan Luiz. Modernidade, utopia e trabalho. 2.ed. Londrina: Engenho das Letras, 2020.
HANSEN, Gilvan Luiz. Uma perspectiva discursiva do fenômeno humano, da política e do direito. Tese (Professor Titular UFF). Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2022a. 231p.
HANSEN, Gilvan Luiz. Del Imperio Romano a los escenarios contemporáneos: el significado del agua y el medio ambiente en el proceso de globalización. Tesis Doctoral. Ourense: Universidad de Vigo, 2022b. 465 p.
HARVEY, David. Justicia, naturaleza y la geografía de la diferencia. Traducción de José María Amoroto. Madrid: Traficantes de sueños, 2018.
MARKS, Robert. B. Mundo global. Tradução de Isabel Jardim. Lisboa: Clube do Autor. 2020.
MARSHALL, Tim. Prisioneiros da geografia. Tradução de Sónia Maia. Lisboa: Edições Saída de Emergência. 2017.
NOBRE, Marcos. A ideia de teoria crítica. In: CENCI, Elve Miguel; MÜLLER, Maria Cristina (orgs.). Ética, política e linguagem: confluências. Londrina: Edições CEFIL, 2004.
REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia: do humanismo a Descartes. v. 3. 2.ed. Tradução de Ivo Storniolo. São Paulo: Paulus. 2005, p. 263-282.
REPA, Luiz. A filosofia como ciência reconstrutiva e as exigências da teoria crítica. In: DUTRA, Delamar; PINZANI, Alessandro (Orgs.). Habermas em discussão: Anais do Colóquio Habermas. Florianópolis: NEFIPO, 2005.
ROBERTS, J. A. G. História da China. 2.ed. Lisboa: Edições Texto & Grafia. 2020.
SANTOS, Boaventura Sousa. Um discurso sobre as Ciências na transição para uma ciência pós-moderna. Revista Estudos Avançados. v. 2 n. 2. Universidade de São Paulo: Instituto de Estudos Avançados. 1988. p. 46-71. ISSN: 0103-4014. eISSN: 1806-9592. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/eav/issue/view/665
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Logeion: Filosofia da Informação
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
A revista é publicada sob a licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não Comercial - Partilha nos Mesmos Termos 4.0 Internacional.
O trabalho publicado é considerado colaboração e, portanto, o autor não receberá qualquer remuneração para tal, bem como nada lhe será cobrado em troca para a publicação.
Os textos são de responsabilidade de seus autores.
É permitida a reprodução total ou parcial dos textos da revista, desde que citada a fonte.