Formação de Redes de Pesquisa nas Regiões de Integração Paraenses. Interpará: uma experiência no território
Palavras-chave:
Fapespa, InterparáResumo
A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), como órgão central do governo do estado para fomento, apoio, produção e disseminação do conhecimento científico, subsidia a promoção do desenvolvimento econômico, social e ambiental do Pará. Nesse contexto vem buscando alternativas para promover o desenvolvimento da CT&I no Pará de forma integral. Em levantamento recente foi constatado que mais de 70% dos recursos aportados pela fundação até 2015, por meio de seus diversos editais, ficavam concentrados na Região Metropolitana (RM). Fatores relevantes como a alta concentração de doutores, a presença de unidades com infraestrutura laboratorial de alto nível, equiparada às melhores do país e do mundo, as parcerias nacionais e internacionais já consolidadas e o acesso a outras fontes de financiamento, permitiram que em situações de livre competição os grupos situados na Região Metropolitana captassem a maior fatia dos recursos. Outro fator relevante está ligado ao tempo de atuação e à grande densidade de programas de pesquisa e pós-graduação sediados na RM. Diante dos fatos, é fácil constatar que as políticas de fomento à CT&I promovidas até então pela Fapespa acentuavam as desigualdades entre as diversas Regiões de Integração paraenses, fortalecendo cada vez mais as unidades já consolidadas e enfraquecendo aquelas que mais necessitavam de apoio. Durante o ano de 2015 a Presidência da Fapespa, em ação conjunta com a Diretoria Científica (Dicet) realizou uma série de reuniões com professores e pesquisadores da academia e dos institutos de pesquisa que atuam nas diversas Regiões de Integração do estado, objetivando conhecer as realidades, receber e discutir as principais demandas e buscar, em conjunto, estabelecer temas prioritários para a construção dos editais denominados Interpará. A terminologia Interpará remete à temática de integração do estado baseada no aporte específico de recursos de capital e custeio direcionados exclusivamente para cada região. Para tal foram aportados cinco milhões de reais para o apoio às primeiras quatro Regiões de Integração, assim distribuídos: Interpará I – Baixo Amazonas, 1,5 milhão de reais; Interpará II – Carajás e Araguaia, 1,5 milhão de reais; Interpará III – Xingu e Tapajós, 1 milhão de reais e Interpará IV – Lago de Tucuruí, 1 milhão de reais. Outro ponto forte a favor da nova política foi a exigência da composição de redes caracterizadas pela presença de no mínimo duas instituições integradas no mesmo projeto. Esta iniciativa oportunizou à comunidade local uma inédita coesão de esforços para o melhor aproveitamento dos recursos, permitindo o compartilhamento de equipamentos e instalações, evitando também a duplicação de temas e ações e dando visibilidade às atividades de pesquisa desenvolvidas pelos diversos grupos locais. Finalmente vale ainda destacar que, dentro do modelo adotado nos editais Interpará, buscou-se financiar no máximo dois projetos por região, o que evitou a pulverização de recursos financeiros, devendo levar a resultados mais expressivos. Para 2017 está previsto o lançamento do segundo bloco de editais Interpará, contemplando as demais Regiões de Integração e aportando 5 milhões de reais.Downloads
Publicado
08/11/2017
Edição
Seção
Artigos
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Como Citar
Formação de Redes de Pesquisa nas Regiões de Integração Paraenses. Interpará: uma experiência no território. (2017). Inclusão Social, 9(2). https://revista.ibict.br/inclusao/article/view/3888