Bibliotecas Populares em Assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Estado de São Paulo sob a perspectiva da Mediação Cultural
DOI:
https://doi.org/10.18225/inc.soc.v18i2.7192Palavras-chave:
bibliotecas populares, mediação cultural, movimentos sociais, Movimento Sem-Terra, desigualdade informacionalResumo
As bibliotecas e os bibliotecários não foram, não são e nunca serão neutros do ponto de vista político, ideológico e cultural. Nessa reflexão de Almeida Júnior (1997), pode-se compreender que, eles são a ponte entre a sociedade e a informação e procura representar as demandas informacionais de todos os tipos de territórios e grupos sociais. No caso das bibliotecas populares, a participação social é importante na medida que contribui para a tomada de decisão sobre os rumos da sociedade, seja no aspecto econômico, político e sociocultural. Nesse caso em específico, essas bibliotecas podem ser incorporadas e implementadas em inúmeros territórios, como assentamentos rurais, quilombolas, ribeirinhas, indígenas, entre outros. Dessa maneira, nessa proposta de artigo, tem-se por objetivo discutir aspectos elementares acerca da implementação de bibliotecas populares em assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no estado de São Paulo, a partir de uma perspectiva da Mediação Cultural. Em termos metodológicos, este artigo foi desenvolvido com base na pesquisa bibliográfica, revisão de literatura e abordagem qualitativa. Para o desenvolvimento da parte teórica, os materiais foram recuperados em bases de dados, revistas, periódicos, encontros, congressos e eventos científicos especializados em Movimentos Sociais, Movimento Sem Terra, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Biblioteconomia, Bibliotecas Populares e sobre Mediação da Informação e Mediação Cultural. As bibliotecas populares têm sido criadas como instrumentos de capacitação e resistência dentro do MST, contribuindo para a emancipação intelectual e na promoção da questão agrária. Ao longo deste artigo, apresentou-se a trajetória do MST e sua luta incansável por reforma agrária, direitos humanos e dignidade para os trabalhadores rurais.
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