Violência e ações coletivas no Brasil: reflexões para a intervenção psicossocial
Abstract
Desde 2013 temos presenciado inúmeras manifestações políticas que, a partir de diferentes pautas, reivindicam mudanças sociais. Ao mesmo tempo, temos visto que as ações policiais que visam reprimi-las têm usado estratégias de violência de modo frequente. Por outro lado, as polícias brasileiras são conhecidas por sua truculência e violência seletiva, sendo a juventude negra e pobre seu alvo mais frequente. Tendo essas ideias em tela, este trabalho objetiva analisar em que medida jovem universitária apoiam o uso da violência policial na repressão de manifestações políticas. Também se investiga em que medida esse apoio é influenciado pela cor da vítima dessa violência e pela cidade de origem do participante. Os participantes foram 672 estudantes universitários de ciências humanas e exatas, de três universidades brasileiras das regiões Sul e Nordeste. Em conjunto, os resultados mostram a ampla rejeição ao uso da força policial contra os participantes de uma manifestação política. Esses resultados são discutidos ampliando a noção de violência institucional, seus significados, fatores geradores e formas de enfrentamento.
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