Extrativistas e áreas protegidas do Acre
Palabras clave:
Extrativismo, Amazônia, Manejo Florestal ComunitárioResumen
A constatação de que o sistema produtivo baseado no modo extrativista de produção se configura em importante componente para a sustentabilidade da ocupação produtiva na Amazônia movimentou acadêmicos e pesquisadores que atuavam na região na década de 1990. No percurso preparatório para a Segunda Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a “Rio-92”, a proposta de segregar espaços territoriais para essa forma de ocupação se tornou prioritária e se concretizou na criação de uma nova categoria de unidades de conservação: a reserva extrativista. Este artigo discute a ideia-força presente na proposta vencedora do Prêmio Professor Samuel Benchimol em 2008, na categoria social, para defender a tese de que somente a regularização fundiária trazida pelas reservas extrativistas não é suficiente para garantir a sustentabilidade. O extrativismo tradicional precisa de aporte tecnológico para chegar ao manejo florestal comunitário, diversificando a cesta de produtos extrativistas para além da borracha e da castanha-do-brasil, e, o mais importante, respeitando a capacidade de regeneração do ecossistema florestal. Para tanto, intenso processo de qualificação do produtor extrativista deve ser desencadeado com urgência. O domínio das técnicas de manejo florestal permitirá ao extrativista acessar todo o potencial da diversidade biológica existente em sua unidade produtiva, a “colocação de seringa”.
Palavras-chave
Amazônia. Extrativismo. Manejo Florestal Comunitário.
Extractors and protected area of State of Acre
Abstract
The system of extractive production is an important component of sustainable work in the Amazonian region where intellectuals and researchers played a relevant role in the decade of 1990. During the II Conference of the United Nation Organization on Environment and Development, the “Rio-92”, a proposal was presented for giving room to this form of occupational settlement which was a priority and took shape in the establishment of a new category of units of conservation: the extractivist reservation. The central idea as proposed in the Prize Professor Samuel Benchimol, in 2008, is discussed. The thesis of land regularization is not sufficient for guaranteeing sustainability. A technological support is needed for an efficient forest community handling by having diversified basket of extractive products, in additio9n to rubber and Brazil nut. Most important of all is the capacity of regenerating the forest ecosystem. A large process of qualification of the extractivist producer must urgently be implemented. The knowledge of the technical forest management will allow the extractor to access the whole potential biological diversity existing in his productive unit.
Keywords
Extractivism. Amazonian ecosystem. Community Forest Management.
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