A virada deliberativa nos estudos sociais da ciência e tecnologia e seus reflexos para novos regimes de inovação

Autores/as

  • Paulo Fonseca Universidade de Coimbra. Coimbra, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.18617/liinc.v8i1.467

Palabras clave:

Democracia, Participação, Avaliação de Tecnologias, Inovação, Tecnologias Sociais

Resumen

A partir da constatação de uma virada deliberativa nos Estudos Sociais da Ciência e da Tecnologia (ESCT) são identificados reflexos dentro dos estudos e práticas de Inovação. Propõem-se duas categorias de participação pública: uma primeira, oriunda dos ESCT, cujo enfoque está nos produtores de tecnologia e uma segunda, cuja centralidade se encontra nos próprios usuários das inovações. Ainda que divergentes sobre arranjos institucionais e propósitos, são estruturas conceituais complementares que podem ser particularmente utilizadas para a elaboração de políticas para o desenvolvimento de tecnologias e inovações sociais.



Referencias

BERRY, D. M. Copy, rip, burn: the politics of copyleft and open source. London: Pluto Press, 2008.

CALLON, M.; LASCOUMES, P.; BARTHE, Y. Acting in an uncertain world: an essay on technical democracy. Cambridge, MA: The MIT Press, 2009.

CHESBROUGH, H. W. Open innovation: the new imperative for creating and profiting from technology. Boston: Harvard Business School Press, 2003.

COLLINS, H. M.; EVANS, R. The third wave of science studies: studies of expertise and experience. Social Studies of Science, v. 32, n. 2, p. 235-296, 2002.

DAGNINO, R.; BRANDÃO, F. C.; NOVAES, H. T. Sobre o marco -conceitual da tecnologia social. In: PAULO, A. D.; MELLO, C. J. et al (Ed.). Tecnologia social: uma para o desenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundação Banco do Brasil, 2004.

ENKEL, E.; GASSMANN, O.; CHESBROUGH, H. Open R&D and open innovation: exploring the phenomenon. R&D Management, v. 39, n. 4, p. 311-316, 2009.

FRANKE, N.; VON HIPPEL, E.; SCHREIER, M. Finding commercially attractive user innovations: a test of lead-user theory*. Journal of Product Innovation Management, v. 23, n. 4, p. 301-315, 2006.

GENUS, A. Rethinking constructive technology assessment as democratic, reflective, discourse. Technological Forecasting and Social Change, v. 73, n. 1, p. 13-26, 2006.

GODIN, B. T. Innovation: the history of a category. [S.l.: s.n.], 2008. Project on the Intellectual History of Innovation Working Paper. V. 1.

GUSTON, D. H.; SAREWITZ, D. Real time technolgy assessment. Technology in Society, v. 23, n. 4, p. 1-17, 2001.

HENKEL, J.; VON HIPPEL, E. Welfare implications of user innovation. Massachusetts: Massachusetts Institute of Technology, 2003.

INVERNIZZI, N. Science policy and social inclusion: advances and limits of brazilian nanotechnology policy. In: COZZENS, S. E.; WETMORE, J. M. (Ed.). Yearbook of nanotechnology in society: nanotechnology and the challenges of equity, equality and development. New York: Springer, 2011. V. 2. Cap. 18, p.291-318.

INSTITUTO DE TECNOLOGIAS SOCIAIS - ITS. sobre a do conceito de tecnologia social. In: PAULO, A. D.; MELLO, C. J. et al (Ed.). Tecnologia social: uma para o desenvolvimento. Rio de Janeiro: Banco do Brasil, 2004. IRWIN, A. The politics of talk. Social Studies of Science, v. 36, n. 2, p. 299-320, Apr. 2006.

JASANOFF, S. Technologies of humility: citizen participation in governing science. Minerva, v. 41, p. 223-244, 2003.

JOLY, P.-B.; KAUFMANN, A. Lost in translation?: the need for ‘Upstream Engagement’ with nanotechnology on trial. Science as Culture, v. 17, n. 3, p. 225-247, 2008.

LATOUR, B. Science in action: sixth. Massachussets: Harvard University Press, 1987.

NAHUIS, R.; VAN LENTE, H. Where are the politics?: perspectives on democracy and technology. Science Technology and Human Values, v. 33, n. 5, p. 559-581, 2008.

PEREIRA, T. S. et al. Parlamento, conhecimento científico e deliberação: dois estudos de caso no parlamento português. In: JORNADAS LATINO-AMERICANAS DE ESTUDOS SOCIAIS DAS CIÊNCIAS E DAS TECNOLOGIAS, 7., 2008, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: [s.n.], 2008.

PINCH, T.; BIJKER, W. The social construction of facts and artifacts: or how the sociology of science and the sociology of technology might benefit each other. In: BIJKER, W.; HUGHES, T. et al (Ed.). The social construction of technological systems. [S.l.]: MIT Press, 1989. p.17-50.

RIP, A. Assessing the impact of innovation: new developments in technology assessment. In: OECD (Ed.). OECD Proceedings: Social Sciences and Innovation. Paris, 2001. p.197-213.

RIP, A. Technology assessment as part of the co-evolution of nanotechnology and society: the thrust of the TA Program in NanoNed: nanotechnology in science, economy and society. Marburg: [s.n.], 2005.

RODRIGUES, I.; BARBIERI, J. C. A emergência da tecnologia social: revisitando o movimento da tecnologia apropriada como estratégia de desenvolvimento sustentável. Revista de Administração Pública, v. 42, p. 1069-1094, 2008.

SALLES-FILHO, S.; BIN, A.; FERRO, A. F. P. Abordagens abertas e as implicações para a gestão de C,T&I. Conhecimento e Inovação, v. 4, n. 1, 2008.

SANTOS, B. D. S.; AVRITZER, L. Para ampliar o cânone democrático. In: SANTOS, B. D. S. (Ed.). Democratizar a democracia: os caminhos da democracia participativa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. p.39-82.

SCHOT, J. Towards New forms of participatory technology development. Technology Analysis & Strategic Management, v. 13, n. 1, p. 39-52, 2001.

SCHOT, J. ; RIP, A. The past and future of constructive technology assessment. Technological Forecasting and Social Change, v. 54, n. 2-3, p. 251-268, 1997.

SILVA, F. Democracia deliberativa: avaliando seus limites. In: CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE CIÊNCIA POLÍTICA, 2., 2004. Anais... [S.l.]: Fundação Calouste Gulbeikian 2004.

THORPE, C. Participation as post-fordist politics: demos, new labour, and science policy. Minerva, v. 48, n. 4, p. 389-411, 2010.

VON HIPPEL, E. Democratizing innovation. Cambridge, MA: The MIT Press, 2005.

WILSDON, J.; WILLIS, R. See-through science: why public engagement needs to move upstream. [S.l.: s.n.], 2004.

WINNER, L. Do artifacts have politics?. In: MACKENZIE, D. E. A. (Ed.). The social shaping of technology. Philadelphia: Open University Press, 1983.

WYNNE, B. Misunderstood misunderstanding: social identities and public uptake of science. Public Understanding of Science, v. 1, n. 3, p. 281-304, 1992.

Publicado

27/04/2012

Número

Sección

Dossiê Ciência, tecnologia e inovação social