A ordem como vontade e as possibilidades do caos

as ameaças reais e potenciais do extremismo político à ordem social

Autores/as

  • Marcelo Pereira de Mello Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.21728/logeion.2022v9nesp.p427-439

Palabras clave:

Ordem social. Cognição. Ordem política.

Resumen

Este trabalho pretende confrontar as concepções teóricas das análises sociológicas tradicionais sobre a “ordem social”, as quais chamaremos de “sensualistas” - por pressuporem uma ordem social naturalizada, com as teorias cognitivistas que veem a “ordem social” como construção teórico-intelectiva dos indivíduos. Nossa expectativa é que essa discussão nos auxilie a entender o contexto atual da emergência de movimentos políticos radicalizados, não importa por qual matiz ideológico, e o risco real e a ameaça potencial que eles representam para a estabilidade dos consensos tácitos assumidos pelos agentes na ordem social, tais como as noções de justo e injusto, certo e errado, bem e mal. Esperamos que a discussão sobre os fundamentos da ordem social, na forma colocada pelos cientistas sociais, se apodícticos e factuais ou cognitivos e racionais, ajude-nos a esclarecer até que ponto o radicalismo político, e os radicalismos de maneira geral, seja religioso, moral, bem como as ameaças de diáspora que os acompanham, têm o potencial de impor revezes ao que alguns analistas costumam chamar de “marcos civilizatórios”. Até que ponto, o extremismo político tem condições de impor perturbações de natureza moral aos pactos sociais ameaçando-os real e massivamente. 

 

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Publicado

15/12/2022

Cómo citar

A ordem como vontade e as possibilidades do caos : as ameaças reais e potenciais do extremismo político à ordem social. Logeion: Filosofia da Informação, Rio de Janeiro, RJ, v. 9, p. 427–439, 2022. DOI: 10.21728/logeion.2022v9nesp.p427-439. Disponível em: https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/6187. Acesso em: 21 nov. 2024.