Modelo de negócios do Polo de Inovação do IFMG
DOI:
https://doi.org/10.21721/p2p.2021v7n2.p186-206Palavras-chave:
Modelo de Negócio, Polo, IFMGResumo
Os polos de Inovação são considerados habitats de inovação, proporcionando a transferência de conhecimentos e tecnologias ao setor produtivo. No entanto, para que isso ocorra é necessário a gestão desse tipo de instituição, compreendendo, principalmente, a lógica do negócio desse tipo de entidade. Nesse sentido, o presente artigo objetiva analisar o Modelo de Negócios (MN) do Polo de Inovação do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) localizado no Campus Formiga/MG. Para isso, utilizou-se da pesquisa qualitativa, exploratório-descritiva e com estratégia de estudo de caso. Assim, o estudo foi realizado no Polo de Inovação do IFMG, localizado no Campus de Formiga/MG, foram aplicadas três entrevistas semiestruturadas, por meio da adaptação do roteiro de Cavazza et al. (2018) e procedeu-se a análise de conteúdo temática. Como resultados encontrou-se três públicos-alvo compreendidos em industrial, governo e academia, em que cada um deles apresenta demandas específicas ao Polo. Tais demandas puderam ser convertidas na proposta de valor de transferência de tecnologia. Dessa forma, para que o valor ocorra, necessita-se das instituições parceiras como o IFMG e a EMBRAPII; de recursos físicos (infraestrutura), humana (gerencial), financeira, intelectual e social; e dos processos principais de desenvolvimento de projetos, capacitação de pessoal e vendas. Por fim, foi possível verificar que esse modelo de negócio se demonstra financeiramente deficitária, porém economicamente sustentável.
Downloads
Referências
ALMEIDA, A; FIGUEIREDO, A.; RUI SILVA, M. From concept to policy: building regional innovation systems in follower regions. European Planning Studies, v. 19, n.7, p. 1331-1356, 2011.
ANTUNES, L. G. R.; SIFUENTES, G. S; ALMEIDA, K. C. O Modelo de Negócio das Incubadoras de Empresas: Delineamento sob a ótica da Literatura Nacional e Internacional. Revista de Administração, Sociedade e Inovação (RASI), v. 6 n. 1, pp. 144-161, 2020.
ANTUNES, L. G. R.; SOUZA, T. A.; SILVA, J. P. N.; LOPES, G. C.; SUGANO, J. Y. Modelos de Negócio de Incubadoras de Empresas: Revisão de Escopo. Revista de Administração, Sociedade e Inovação (RASI), v. 5 n. 2, pp. 144-161, 2019.
ARVANITIS, S.; SYDOW, N.; WOERTER, M. Is there any Impact of University-Industry Knowledge Transfer on Innovation and Productivity? An Empirical Analysis Based on Swiss Firm Data. Review of Industrial Organization, Boston, v.32, n. 2, p.77-94, Mar. 2008.
BARBIERI, J. C. Pólos tecnológicos e de modernização: notas sobre a experiência brasileira. Revista de Administração de Empresas, v. 34, n.5, p. 21-31, 1994.
BARBOSA JÚNIOR, A. G. B. Serviços e Soluções Tecnológicas: manual básico do ciclo da inovação da UnB. Brasília: Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico, 2013.
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2016.
BOWMAN, C.; AMBROSINI, V. Value creation versus value capture: towards a coherent definition of value in strategy. British Journal of Management, v. 11, n. 1, p. 1-15, 2000.
BRASIL. Lei N. 13.243, de 11 de janeiro de 2016. Dispõe sobre estímulos ao desenvolvimento científico, à pesquisa, à capacitação científica e tecnológica e à inovação. Brasília: 11 janeiro 2016.
CARVALHO, L. C.; MACHADO, D. D. N. Ambiente de Inovação: estudo comparativo entre três unidades de uma organização do setor metal-mecânico. REGEPE-Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, v. 2, n.1, p. 47-76, 2013.
CASADESUS-MASANELL, R; RICART, J. E. From strategy to business models and onto tactics. Long Range Planning, v. 43, n. 2, p. 195-215, 2010.
CAVAZZA, B. H.; SOUZA, T. A.; ANTUNES, L. G. R; MINEIRO, A. A. C.; ZAMBALDE, A. L. Modelos de Negócios como Unidade de Análise: Um estudo comparativo. In: Atena Editora. (Org.). A Gestão Estratégica na Administração. 1ed. Ponta Grossa: Atena, 3, p. 188-207, 2018.
CHISTENSEN, C. M. The Innovator's Dilemma. Harvard: Harvard Business School Press, 1997.
DAMANPOUR, F. Organizational innovation: A meta-analysis of effects of determinants and moderators. Academy of Management Journal, v.34, n. 3, p. 555-590, 1991.
DEMIL, B.; LECOCQ, X. Business model evolution: in search of dynamic consistency. Long Range Planning, v. 43, n. 2, p. 227-246, 2010.
FIORE, A; GRISORIO, M. J; PROTA, F. Regional Innovation Systems: Which role for public policies and innovation agencies? Some insights from the experience of an Italian region. European Planning Studies, v. 19, n. 8, p. 1399-1422, 2011.
FREEMAN, C.; SOETE, L. A economia da inovação industrial. Tradução: André Luiz Sica de Campos e Janaina Oliveira Pamplona da Costa. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2008.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas SA, 2008.
GODOY, A. S. Refletindo sobre critérios de qualidade da pesquisa qualitativa. Gestão.org, v. 3, n. 2, p. 80-89, 2005.
HAMMER, M.; STANTON, S. A. A revolução da reengenharia: um guia prático. Trad. Bazán Tecnologia. Rio de Janeiro: Campus. 1995.
HIJJAR, M. F. Segmentação de mercado para diferenciação dos serviços logísticos. Logística empresarial: a perspectiva brasileira. São Paulo: Atlas, 2000.
MACEDO, M. M. L.; DUARTE, M. A. T. Caracterização do Ambiente de Inovação de uma Empresa de Informações para Decisão de Negócios. Revista Gestão Industrial, v. 8, p. 188-203, 2013.
MACIEL, M. L. Inovação e conhecimento. In: SOBRAL, F. et al. (Orgs.). A alavanca de Arquimedes: ciência e tecnologia na virada do século. Brasília: Paralelo 15, 1997.
MARIGHETTI, A; SPOSITO, E. S. A formação dos polos tecnológicos e seu papel no processo de desenvolvimento territorial no município de São Carlos/SP. Geografia em Atos (Online), v. 1, n. 9, 2009.
MARTINS, Y. C. P; WANDER, A. E. Demandas Tecnológicas para o Polo de Inovação Tecnológica em Soja do Instituto Federal Goiano. Revista GEINTEC, v. 8, n. 4, p.4670-4683, 2018.
MCTI – MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÕES E COMUNICAÇÕES. Polos Tecnológicos. Brasília, 2019. Disponível em www.mctic.gov.br. Acesso em: 10 dez. 2020.
MEDEIROS, J. A.; MATTEDI, A. P; MARCHI, M. M. Pólos tecnológicos e núcleos de inovação: lições do caso brasileiro. Revista de Administração, v. 25, n.4, p. 3-12, 1990.
MEDEIROS, J. A.; MEDEIROS, L. A; MARTINS, T; PERILO, S. Pólos, parques e incubadoras: em busca da modernização e competitividade. Brasília: CNPq, 1992.
MEYER-KRAHMER, F; SCHMOCH, U. Science-based technologies: university–industry interactions in four fields. Research Policy, v. 27, n. 8, pp.835-851, 1998.
NAHAPIET, J; GHOSHAL, S. Social capital, intellectual capital, and the organizational advantage. Academy of Management Review, v. 23, n. 2, p. 242-266, 1998.
NARULA, R.; HAGEDOORN, J. Innovating through strategic alliances: moving towards international partnerships and contractual agreements. Technovation, 19, p. 283-294, 1999.
OECD - ORGANIZATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT. Manual de Oslo – Diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação. tradução FINEP, Brasília: OECD, 2006.
OSTERWALDER, A. The Business Model Ontology-a proposition in a design science approach. 2004. 173p. Dissertação, Universidade de Lausanne, Suiça, 2004.
OSTERWALDER, A; PIGNEUR, Y. Business model generation: inovação em modelos de negócios. Alta Books Editora. 2011.
PAVITT, K. The social shaping of the national science base. Research Policy, v. 27, n. 8, pp.793-805, 1998.
POLO DE INOVAÇÃO DO IFMG. Institucional, 2016. Disponível em https://www.polodeinovacao.ifmg.edu.br. Acesso em: 10 fev. 2017.
RAMOS, P; RAMOS, M. M; BUSNELLO, S. J. Manual prático de metodologia da pesquisa: artigo, resenha, projeto, TCC, monografia, dissertação e tese. Blumenau: Acadêmica. 2005.
RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas. 1989.
SANTOS, A. B. A; FAZION, C. B.; MEROE, G. P. S. Inovação: um estudo sobre a evolução do conceito de Schumpeter. Caderno de Administração. Revista da Faculdade de Administração da FEA, v. 5, n.1, 2011.
SCHUMPETER, J. A. A Teoria do Desenvolvimento Econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico. 3. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1982.
SOUZA, T. A; ANTUNES, L. G. R.; AZEVEDO, A D. S; ANGÉLICO, G. O; ZAMBALDE, A. L. Innovative performace of Brazilian public higher educational institutions: Analysis of the remuneration of research groups and companies. Innovation & Management Review, v. 16, n. 4, pp.323-343, 2019.
TIMMERS, P. Business models for electronic markets. Electronic Markets, v. 8, n. 2, p. 3-8. 1998.
TORKOMIAN, A. L. V.. Fundação ParqTec: o órgão gestor do Pólo de Alta Tecnologia de São Carlos. Ciência da Informação, v. 23, n. 2, 1994.
TÖTTERMAN, H.; STEN, J. Start-ups: Business incubation and social capital. International Small Business Journal, v. 23, n. 5, p. 487-511, 2005.
TRIPPL, M. Developing cross-border regional innovation systems: Key factors and challenges. Tijdschriftvoor Economischeen Social e Geografie, v. 101, n. 2, p. 150-160, 2010.
WERNECK, V. R. Sobre o processo de construção do conhecimento: o papel do ensino e da pesquisa. Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação, v. 14, n. 51, p. 173-196, 2006.
ZALTMAN, G; DUNCAN, R; HOLBEK, J. Inovações e organizações. Nova Jersey: John Wiley & Sons. 1973.
Publicado
Edição
Seção
Licença
A revista é publicada sob a licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não Comercial - Partilha nos Mesmos Termos 4.0 Internacional.
O trabalho publicado é considerado colaboração e, portanto, o autor não receberá qualquer remuneração para tal, bem como nada lhe será cobrado em troca para a publicação.
Os textos são de responsabilidade de seus autores.
É permitida a reprodução total ou parcial dos textos da revista, desde que citada a fonte.