O desafio da transferência do conhecimento

um estudo de caso aplicado a uma grande empresa

Autores

  • Rodolfo Bott de Aquino Mestre pela Universidade Federal Fluminense. Área de Concentração: Estratégia, Gestão e Finanças Empresariais.
  • Vicente Bicudo de Castro Department of Accounting, Deakin University http://orcid.org/0000-0002-1453-6733

DOI:

https://doi.org/10.21721/p2p.2020v6n2.p127-155

Palavras-chave:

Gestão do conhecimento, Transferência do conhecimento, Economia organizacional

Resumo

Os desdobramentos de diversas teorias a respeito da natureza e essência da firma vêm convergindo para a importância dos ativos intangíveis, notadamente a do conhecimento. Na literatura sobre gestão do conhecimento está presente a discussão sobre a codificação e internalização do conhecimento. O presente estudo procura identificar um ponto de partida para aprimorar o processo de aprendizado organizacional analisando-se um conjunto de ferramentas incorporadas às rotinas da firma em relação à sua função acessória de transferência do conhecimento. Para tanto, analisa-se a percepção da força de trabalho através da aplicação de um questionário. A partir desta análise foi possível constatar a validade de algumas ferramentas de trabalho como catalizadores da transferência do conhecimento, bem como mapear sugestões para aprimorar este processo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do autor

Vicente Bicudo de Castro, Department of Accounting, Deakin University

Professor assistente no Departamento de Contabilidade da Deakin University (Austrália). Possui bacharelado em Ciências Econômicas pelo Ibmec (RJ), bacharelado em Ciências Contábeis pela Ucam, mestrado strictu sensu em Ciências Contábeis pela FACC/UFRJ e doutorado em Ciências Contábeis pela Monash University (Austrália).

Referências

ABREU, Estela dos Santos; TEIXEIRA, José Carlos Abreu. Apresentação de Trabalhos Monográficos de Conclusão de Curso. 9. ed. rev. ampl. Niterói: Ed UFF, 2007. 90 p.

ALAVI, M.; LEIDNER, D. E. Review: Knowledge Management and Knowledge Management Systems: Conceptual Foundations and Research Issues. 25(1): 107-136, 2001.

ALCHIAN, A. A., DEMSETZ, H. Production, Information Costs, and Economic Organization. American Economic Review, 62: 777-795. 1972.

ALVARES, L., BAPTISTA, S., JUNIOR, R. H. A., Gestão do conhecimento: categorização conceitual, Em Questão, Porto Alegre, v. 16, n. 2, p. 235 - 252, jul./dez. 2010.

ALVES, A. C., ZEN, A. C. E PADULA, A. D., Routines, Capabilities and Innovation in the Brazilian Wine Industry. Journal of Technology Management & Innovation, Volume 6 Issue 2, pp 128-144, 2011.

AQUINO, R. P. B., MIRANDA, T. R. Dinâmica estratégica, fatores chave de Sucesso, RSE e SMS nas empresas fornecedoras de bens e serviços da cadeia de petróleo e gás no Brasil. Projeto de Formatura – Universidade Federal do Rio de Janeiro, DEI- POLI/UFRJ, Engenharia de Produção, Rio de Janeiro, 2006.

ARGOTE, L.; P. INGRAM. Knowledge transfer: A basis for competitive advantage in firms. 82(1):150-169, 2000.

BENVEGNU, M. L. Adaptação estratégica organizacional: O caso Petrobras no período de 1998 a 2007. Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para a obtenção do Grau de Mestre. Área de Concentração: Estratégia, Gestão e Finanças Empresariais, Niterói, 2008.

BHATT, G. D., Knowledge management in organizations: examining the interaction between techonologies, techniques and peopl. Journal of Knowledge Management. Volume 5 – Number 1 – pp 68-75, University Press, 2001.

BOWDITCH, James L.; BUONO, Anthony F. Elementos de comportamento organizacional. 1 ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 1992.

BUENO, N. P. Lógica da Ação Coletiva, Instituições e Crescimento Econômico: Uma Resenha Temática sobre a Nova Economia Institucional. Revista Economia, Brasília (DF), v.5, n.2, p.361–420 jul./dez. 2004.

CAPURRO, R. Gestão do conhecimento cético. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, João Pessoa, v. 1, n. 1, p. 4-14, jan./jun. 2011.

CARLEY, K. Organizational Learning and Personnel Turnover. 3(1): 20-46, 1992.

COASE, R. H. The Nature of the Firm. Economica, New Series, Vol. 4, No. 16. Nov., 1937, pp. 386-405.

COELI, G. L. M. Contratos de Incentivos em Empresas Estatais e Influência Política: Uma Análise Através de um Modelo Principal-Agente. Dissertação apresentada à Banca Examinadora da Escola de Pós Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas. Rio de Janeiro, 2006.

COHENDET, P.; LLERENA P.; MARENGO, L. Theory of the Firm in an Evolutionary Perspective: A Critical Assessment, 2nd. Annual Conference of ISNIE, Paris, 1998.

CORSO, M., et al., Technological and Organizational Tools for Knowledge Management: In Search of Configurations. Small Business Economics, 21: 397–408, Kluwer Academic Publishers. Printed in the Netherlands, 2003.

CRAMTON, C. D. The Mutual Knowledge Problem and Its Consequences for Dispersed Collaboration. 12(3): 346-371, 2001.

CUNHA, J. A. C.; YOKOMIZO, C. A.; CAPELLINI, G. A. Gestão do conhecimento em transnacionais: o ambiente organizacional como instrumento disseminador, JISTEM Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação, Vol. 8, No. 1, 2011, p. 213-236.

DAFT, Richard L. Organizações: teoria e projetos. 2 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

DAVENPORT, T. H.; GLASER, J. Just-in-time delivery comes to knowledge management. 80(7):107-111, 2002.

DEMSETZ, H., The theory of the firm revisited. Journal of Law, Economics & Organization, 4(1): 141-161,. 1988.

DI BENEDETTO, C.A., SONG, M. The Relationship Between Strategic Type and Firm Capabilities in Chinese Firms, International Marketing Review, v. 20, n. 5, pp. 514- 533, 2003.

DRUCKER, P. F. The new society of organizations. 70(5): 95-104, 1992.

EISENHARDT, K. M., MARTIN, J. A. Dynamic capabilities: what are they? Strategic Management Journal. 21, 1105– 1121, 2000.

EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA. Balanço Energético Nacional 2007: Ano base 2006. Rio de Janeiro: EPE, 2007.

FOSS, N. J. Bounded rationality and tacit knowledge in the organizational capabilities approach: an assessment and a re-evaluation. Industrial and Corporate Change, v. 12, n. 2, pp. 185–201. 2003.

FOSS, N. J.; LANDO, H.; THOMSEN, S., The Theory of the Firm. Department of Industrial Economics and Strategy. Copenhagen Business School, pp. 631-658, 1999.

FREILING, J., GERSCH, M.; GOEKE, C. On the path towards a competence-based theory of the firm. Artigo disponível em: (http://ssrn.com/paper=1046661). 2007.

FREITAS, H.; MOSCAROLA, J. Questões fechadas vs. questões abertas: ‘abrir’ o questionário. Revista Quanti & Quali. 2008. Disponível em: http://www.quantiquali.com.br/revista/?do=03.

GALA, P. A Teoria Institucional de Douglass North. Revista de Economia Política, vol. 23, nº 2 (90), pp. 89-105, 2003.

GHEMAWAT, Pankaj. A estratégia e o cenário de negócio: textos e casos. 1 ed. Porto Alegre: Bookman, 2000.

GIAMBIAGI, Fabio et al. Economia brasileira contemporânea. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.

GOLD, A. H. Knowledge Management: An Organizational Capabilities Perspective. 18(1): 185-214, 2001.

GRANT, R. M. Toward a Knowledge-Based Theory of the Firm. 17: 109-122, 1996.

HANSEN, M. T.; NOHRIA, N.; TIERNEY, T. What’s your strategy for managing knowledge. 77(2):106-116, 1999.

HAYES, R. H.; PISANO, G.; UPTON, D.; WHEELWRIGHT, S. Operations, strategy, and technology: Pursuing the competitive edge. John Wiley & Sons, 2005.

HELFAT, C. E. Simple Indicators of Adaptation versus Rigidity in History-dependent Firm Activities and Decision Rules. Industrial and Corporate Change, v. 7, n. 1, pp 49-75. Oxford University Press, 1997.

HERNÁNDEZ, J. G. V, NORUZI, M. R., The Study of Three Organizational Enigmas: Organizational Economy, Organizational Business and Organizational Skills. Acta Universitatis Danubius. Econômica, n. 6, n. 1, Galati, Romania, 2010.

HOUBEN, G., LENIE, K.; VANHOOF, K. A knowledge-based SWOT-analysis system as an instrument for strategic planning in small and medium sized enterprises. Department of Applied Economics, Limburg UniÍersity, UniÍersitaire Campus, 3590, Diepenbeek, Belgium, Elsevier, 1999.

JENSEN, M. C., MECKLING, W. H. Theory of the firm: Managerial behavior,agency costs and ownership structure. Journal of Financial Economics, 3:305- 360, 1976.

KATKALO, Valery S.; PITELIS, Christos N.; TEECE, David J. Introduction: On the nature and scope of dynamic capabilities, Industrial and Corporate Change, v. 19, n. 4, pp. 1175-1186, 2010.

KLEIN, P. G., FOSS, N. J. The Emergence of the Modern Theory of the Firm. Working paper. Center for Strategic Management and Globalization Copenhagen Business School 2006.

LEVIN, D. Z.; CROSS, R. The Strength of Weak Ties You Can Trust: The Mediating Role of Trust in Effective Knowledge Transfer. 50 (11): 1477-1490, 2004.

LOVE, J. H. On the Opportunism-Independent Theory of the Firm. Cambridge Journal of Economics, 29, 381–397, 2005.

MACHER, J. T.; RICHMAN, B. D. Transaction Cost Economics: An Assessment of Empirical Research in the Social Sciences. Berkeley Electronic Press: Business and Politics, volume 10, issue 1, article 1, 2008.

MAIA, J. C. Proteção com Derivativos para Contratos de Construção de Longo Prazo. Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre. Área de Concentração: Estratégia, Gestão e Finanças Empresariais. Niterói, 2007.

MARKONI, M., LAKATOS, E. Metodologia do trabalho cientifico, 6ª edição, São Paulo: ATLAS, 2001.

MILGROM, P.; ROBERTS, J. Economics, organization and management. Englewood Cliffs, EUA: Prentice-Hall, 1992.

NEWMAN, B. D.; CONRAD, K. W. A Framework for Characterizing Knowledge Management Methods, Practices, and Technologies, Proc. of the Third Int. Conf. on Practical Aspects of Knowledge Management (PAKM2000) Basel, Switzerland, 30-31, Oct. 2000.

NIGHTINGALE, P. If Nelson and Winter are only half right about tacit knowledge, which half? A Searlean critique of “codification, Industrial and Corporate Change, v. 12, n. 2, pp. 149-183, 2003.

NONAKA, I.; REINMOELLER, P.; SENOO, D. The `ART' of knowledge: Systems to capitalize on market knowledge. European Management Journal. v. 16, Issue 6, December 1998, pp 673-684.

NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. The knowledge-creating company. New York, Oxford: Oxford University Press, 1995.

OOSTERHOUT, J.; HEUGENS, P.; KAPTEIN, M. The Internal Morality Of Contracting: Advancing The Contractualist Endeavor In Business Ethics. Rotterdam School of Management. Academy of Management Review, 2006.

PATAH, L.; CARVALHO, M. Estruturas de Gerenciamento de Projetos e Competências em Equipes de Projetos. XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção. ABEPRO. 2002.

PITELIS, C. N.; TEECE, D. J. The (new) nature and essence of the firm. European Management Review, 6: 5–15, 2009.

POLANYI, M. The Tacit Dimension, Garden City, NY: Doubleday, 1996.

PORTER, Michael. Vantagem Competitiva: Criando e sustentando um desempenho superior. Rio de Janeiro: Elsevier, 1989.

POSNER, E. A. Agency Models in Law and Economics. John M. Olin Law & Economics working paper n. 92. Chicago, 2000.

PRAHALAD, C. K.; HAMEL, G. The core competencies of the corporation. Harvard Business Review Onpoint. Disponível em www.hbr.org. 1990.

RATHE, K.; WITT, U. The nature of the firm - Static versus developmental interpretations. Journal of Management & Governance, pp 331-351. 2001.

SANTOS, E. L. Capital de risco no Brasil: Uma análise dos Fundos de Investimento em Participações como estrutura de governança. Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre. Área de Concentração: Estratégia, Gestão e Finanças Empresariais. Niterói, 2007.

SIMON, H. A. Rationality in Psychology and Economics. The Journal of Business. v. 59, n. 4, Part 2: The Behavioral Foundations of Economic Theory, pp. S209-S224, 1986.

SIMON, H. A. Bounded Rationality and Organizational Learning. Organization Science, v. 2, n. 1, Special Issue: Organizational Learning: Papers in Honor of (and by) James G. March, pp. 125-134, 1991.

STOELHORST, J. W. The Naturalist View of Universal Darwinism: An Application to the Evolutionary Theory of the Firm. Amsterdam Business School. University of Amsterdam, 2005.

TEECE, D. J., PISANO, G.; SHUEN, A. Dynamic Capabilities and strategic management. Strategic Management Journal, v. 18:7, 509-533, 1997.

VARIAN, Hal R. Microeconomia: Princípios Básicos. Uma abordagem moderna. Tradução da 6ª ed. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2003.

WILLIAMSON, O. E. The economics of Organization: The Transaction Cost Approach. The American Journal of Sociology, v. 87, n.3, pp. 548-577, 1981.

YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.

ZHU, T. Towards a Formal Model of the Transaction Cost Theory of the Firm. China Europe International Business School, 2009.

Downloads

Publicado

14/03/2020

Como citar

BOTT DE AQUINO, R.; BICUDO DE CASTRO, V. O desafio da transferência do conhecimento: um estudo de caso aplicado a uma grande empresa. P2P E INOVAÇÃO, Rio de Janeiro, RJ, v. 6, n. 2, p. 127–155, 2020. DOI: 10.21721/p2p.2020v6n2.p127-155. Disponível em: https://revista.ibict.br/p2p/article/view/5158. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

1 2 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.