Entre os seres e os saberes: a identidade ontológica das taxonomias: ciência, método ou produto?

Autores

  • Maria da Graça de Melo Simões Universidade de Coimbra (UC), Coimbra, Portugal. ORCID não informado
  • Maria Cristina Vieira de Freitas Faculdade de Letras - Universidade de Coimbra http://orcid.org/0000-0002-8849-8792
  • Luciana de Souza Gracioso Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Paulo, SP, Brasil ORCID não informado
  • Blanca Rodríguez Bravo Universidad de León (ULE), León, Espanha ORCID não informado

DOI:

https://doi.org/10.18225/ci.inf.v45i1.1776

Palavras-chave:

Taxonomia, Ambiente de informação tradicional, Ambiente de informação digital, Organização do conhecimento, Recuperação da informação

Resumo

Desde os finais do século XIX, a noção de taxonomia encontra-se associada à Biblioteconomia e à Documentação, bem como à Ciência da Informação, particularmente no âmbito da organização e da recuperação da informação e do conhecimento. Com base na sua identidade ontológica, nos seus princípios teórico-metodológicos e na sua aplicação nos ambientes informacionais tradicionais e digitais, pretende-se contribuir para uma reflexão crítica sobre este conceito, salientando-se a sua estrutura, objetivos e aplicação, circunscritos a um dado campo epistemológico. Partindo de uma abordagem exploratória, procede-se a um levantamento bibliográfico, culminado na análise comparada e na sistematização de dados referentes aos seus fundamentos filosóficos, princípios, evolução conceitual e aplicação, nos referidos ambientes. Dos textos consultados infere-se que, na contemporaneidade, apesar dos distintos objetivos e contextos de uso, as taxonomias continuam a ser um instrumento imprescindível na estruturação do conhecimento, baseando-se na relação hierárquica gênero-espécie e, dependendo do ambiente, no princípio dicotômico e/ou policotômico de divisão das classes. Os vários autores consultados consideram-nas um vocabulário controlado e hierárquico usado para classificar a informação. As metamorfoses conceituais e formais identificadas na sua linha evolutiva indiciam a sua capacidade de adaptação a variados contextos, sendo assinalável o seu emprego como ferramenta ontológica na organização do conhecimento no meio digital, onde, conclui-se, são úteis no controle da informação, especialmente ao nível terminológico, contribuindo para reduzir o impacto de fenômenos tais como saturação e desestruturação, incrementando assim a recuperação. Recomenda-se o seu uso individual ou combinado, nesses contextos, bem como o incremento das investigações sobre o assunto.

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Biografia do Autor

  • Maria da Graça de Melo Simões, Universidade de Coimbra (UC), Coimbra, Portugal. ORCID não informado
    Doutora em Ciência da Informação pela Universidade de Salamanca (USAL) - Salamanca, Espanha. Professora da Universidade de Coimbra (UC) – Coimbra, Portugal.
  • Maria Cristina Vieira de Freitas, Faculdade de Letras - Universidade de Coimbra
    Doutora em Biblioteconomia e Documentação pela Universidade de Salamanca (USAL) – Salamanca, Espanha. Professora da Universidade de Coimbra (UC) – Coimbra, Portugal.
  • Luciana de Souza Gracioso, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Paulo, SP, Brasil ORCID não informado
    Doutora em Ciência da Informação pela Universidade Federal Fluminese (UFF) – Niterói, RJ - Brasil. Professora da Universidade de São Carlos (UFSCAR) – São Carlos, SP – Brasil.
  • Blanca Rodríguez Bravo, Universidad de León (ULE), León, Espanha ORCID não informado
    Doutora em História pela Universidad de León – Espanha. Professora da Universidad de León – Espanha.

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Publicado

08/12/2017

Edição

Seção

Artigos