Validade científica
da epistemologia à politica e à ética
DOI:
https://doi.org/10.18617/liinc.v11i2.816Palabras clave:
Validade, Ciência, Epistemologia, Ética, Política.Resumen
Em diferentes períodos e circunstâncias, os critérios de validade dos conhecimentos científicos e os procedimentos de sua validação têm sido objeto de discussão. O que pode surpreender, no momento atual, é o modo como as questões cruzam fronteiras antes bem estabelecidas, embaralhando princípios epistemológicos, éticos e políticos. Entre as manifestações desses rompimentos de fronteiras, cabe mencionar o reconhecimento de critérios de valor transepistêmicos, aplicados à atividade científica, vindos dos sistemas de poder econômico e administrativo, a partir do pós-guerra. Por outro lado, surgiriam novos projetos e instâncias normativas, em grande parte pelo reposicionamento da subjetividade na construção e avaliação do conhecimento e da informação, incluindo a crítica de premissas epistemológicas positivistas; a experimentação de novos instrumentos coletivos de controle social da pesquisa; a busca de novas formas de autonomia ética e epistêmica, pelas intersubjetividades configuradas em redes.
Referencias
BRAMAN, Sandra. The change of the State: information, policy, and power. Cambridge, MA: MIT, 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 196, de 10 de outubro de 1996. Dispõe sobre diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. 1996. Disponível em: <http://conselho.saude.gov.br/web_comissoes/conep/index.html>. Acesso em: 13 out. 2014.
______. Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal. Lei no 11.794, de 08 outubro de 2008. Regulamenta o inciso VII do § 1o do art. 225 da Constituição Federal, estabelecendo procedimentos para o uso científico de animais; revoga a Lei no 6.638, de 8 de maio de 1979; e dá outras providências. 2008. Disponível em: <http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/310553.html>. Acesso em: 13 out. 2014.
______. Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 4 dez. 2014.
BUCHANAN, Elizabeth A.; ESS, Charles. Internet research ethics: the field and its critical issues. In: HIMMA, Kenneth E.; TAVANI, Herman. Hoboken, NJ: Wiley Interscience. The handbook of information and computer ethics. Kenneth E.; TAVANI, Herman (Ed.). Hoboken, NJ: Wiley Interscience, 2008. p. 273-293.
______. Internet research ethics and the institutional review board: current practices and issues. ACM SIGCAS Computers and Society, v. 39, n. 3, p. 43-49, 2009.
BUCHANAN, Elizabeth A.; ZIMMER, Michael. Internet research ethics. In: ZALTA, Edward N. (Ed.). The Stanford encyclopedia of philosophy. Spring 2015 Edition. Disponível em: <http://plato.stanford.edu/archives/spr2015/entries/ethics-internet-research/>.
CAPURRO, Rafael. Ethics between law and public policy. Journal of International Biotechnology Law, v. 1, n. 2, p. 62-66, 2004.
______. Informação e ação moral no contexto tecnologias de comunicação. In: GONZALEZ, Maria Eunice Quilici; BROENS, Mariana Cláudia; MARTINS, Clélia Aparecida (Org.). Informação, conhecimento e ação ética. Marilia: Oficina Universitária; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012. p. 37-54. Disponível em:< https://www.marilia.unesp.br/Home/Publicacoes/e-book_informacao-e-conhecimento.pdf>. Acesso em: 20 out. 2015.
______. La libertad en la era digital. Informatio, v. 19, n. 1, 2014.
COMMITTEE ON PUBLICATION ETHICS – COPE. 1997. Disponível em: <http://publicationethics.org/>. Acesso em: 29 jan. 2015.
COPE, B.; KALANTZIS, M. Signs of epistemic disruption: transformations in the knowledge system of the academic journal. First Monday, v. 14, n. 4, 6 Apr. 2009. Disponível em: <http://firstmonday.org/ojs/index.php/fm/article/view/2309/2163>. Acesso em: 8 dez. 2015.
DOMINGUES, Ivan. O sistema de comunicação da ciência e o taylorismo acadêmico: questionamentos e alternativas. Estudos Avançados, v. 28, n. 82, p. 225-250, 2014.
EKBIA, H.; EVANS, T. Regimes of information: land use, management, and policy. The Information Society, v. 25, n. 5, p. 328-343, 2009.
ESS, Charles. New selves, new research ethics? In: FOSSHEIM, Hallvard; INGIERD, Helene (Ed.). Internet research ethics. Oslo: Cappelen Damm Akademisk, 2015. Disponível em: <http://press.nordicopenaccess.no/index.php/noasp/catalog/book/3>.
FANG, Ferric C.; STEEN, R. Grant; CASADEVALL, Arturo. Misconduct accounts for the majority of retracted scientific publications. Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 109, n. 42, p. 17.028-17.033, 2012.
FEYERABEND, Paul. Problems of empiricism: philosophical papers. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1985. v. 2.
FLORIDI, Luciano. The ethics of information. Oxford, UK: Oxford University Press, 2013.
______. Hyperhistory and the philosophy of information policies. In: ______. (Ed.). The onlife manifesto. New York: Springer, 2015. p. 51-63.
GONZALEZ DE GOMEZ, Maria Nélida. Novas configurações do conhecimento e validade da informação. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO – ENANCIB, 8., 2007, Salvador. Anais eletrônicos...Salvador: Ancib, 2007. Disponível em: <http://www.enancib.ppgci.ufba.br/artigos/GT1--177.pdf>. Acesso em: 8 set. 2015.
______. Sobre normas e algoritmos: os critérios de validade da ciência e da informação. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO – ENANCIB, 14., Florianópolis, 2013. Anais eletrônicos... Florianópolis, 2013. Disponível em: <http://www.enancib2013.ufsc.br/index.php/enancib2013/XIVenancib/paper/viewFile/324/238>. Acesso em: set. 2015.
GONZALEZ DE GOMEZ, Maria Nélida; JESUS, Elizabeth Maria Freire de; MENEZES, Vinícios Souza de. Integridade da pesquisa, ética da ciência e regimes de informação. Niterói: UFF, 2015. 65 p. (Relatório de pesquisa, 1). Disponível em: <http://www.ci.uff.br/ppgci/images/relatorio1.pdf>. Acesso em: 8 set. 2015.
GRAVEL, Simon et al. Demographic history and rare allele sharing among
human populations. Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 108,
n. 29, p. 11.983-11.988, 2011.
HABERMAS, Jürgen. Direito e democracia: entre facticidade e validade. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997. v.1.
______. Between facts and norms. Translated by William Rehg. Cambridge, MA: MIT Press, 1996.
______. Legitimation crisis. London: Heinemann, 1973.
______. Crisis de legitimación en el capitalismo tardío. Madrid: Cátedra, 1999.
______. Life after bankruptcy: an interview. Constellations, v. 16, n. 2, p. 227-234, 2009. Entrevista realizada originalmente em 6 de novembro 2008, para o jornal alemão Die Zeit. Disponível em: <http://www.signandsight.com/service/1798.html>. Acesso em: 7 set. 2015.
HELLSTRÖM, T., & JACOB, M. (2012). Revisiting "Weinberg’s choice": classic tensions in the concept of scientific merit. Minerva, 50(3), 381-396.
HOEYER, K. The ethics of research biobanking: a critical review of the literature, biotechnology and genetic. Engineering Reviews, v. 25, n. 1, p. 429-452, 2008.
HONNETH, Axel. Decentered autonomy: the subject after the fall. In: ______. Disrespect: the normative foundations of critical theory. Cambridge: Polity, 2007. p. 181-193.
JAPIASSU, H. Nem tudo é relativo: a questão da verdade. São Paulo: Letras & Letras, 2000.
JASANOFF, Sheila. (No?) Accounting for expertise. Science and Public Policy, v. 30, n. 3, p. 157-162, June 2003.
______. Contested boundaries in policy-relevant science. Social Studies of Science, v. 17, n. 2, p. 195-230, 1987.
JONAS, Hans.O princípio responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização tecnológica. Rio de Janeiro: PUC-Rio: Contraponto, 2006.
KOTTOW, Miguel. História da ética em pesquisa com seres humanos. RECIIS: revista eletrônica de comunicação, informação & inovação em saúde, Rio de Janeiro, v. 2, sup. 1, p. 7-18, 2008.
KNOPPERS, Bartha Maria; CHADWICK, Ruth. Human genetic research: emerging trends in ethics. Focus, v. 4, n. 3, p. 416-422, Aug. 2006. Disponível em: <http://focus.psychiatryonline.org/toc/foc/4/3>. Acesso em: 1º set. 2015.
KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1975. 1. ed. 1962.
MERTON, Robert k. Ensaios de sociologia da ciência. São Paulo: Ed, 34, 2013.
MINAYO, Cecilia. Apresentação. In: GUERRIERO, Iara Coelho Zito; SCHMIDT, Maria Luisa Sandoval; ZICKER, Fabio. Ética nas pesquisas em ciências humanas e sociais na saúde. São Paulo: Aderaldo & Rothschild, 2008. p 13-18. (Saúde em Debate, 188).
MINAYO M.C.S.; GUERRIERO I.C.Z. Reflexividade como éthos da pesquisa qualitativa. Ciência & Saúde Coletiva, v.19, p 1103-1112, abr. 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csc/v19n4/1413-8123-csc-19-04-01103.pdf>. Acesso em: 8 dez. 2015.
NISSENBAUM, Helen. A contextual approach to privacy online. Daedalus, v.140, n. 4, 32-48, 2011.
POPPER, Karl. Conocimiento objetivo. Madrid: Editorial Tecnos, 1982.
REICHENBACH, Hans. Experience and prediction. Chicago: University of Chicago Press, 1938.
SCHICKORE, Jutta. The contexts of scientific justification: some reflections on the relation between epistemological contextualism and philosophy of science. In:
STADLER, F. (Ed.). The Vienna circle and logical empiricism: re-evaluation and future perspective. Nova York: Kluwer Academic Publishers, 2003. p. 265–277. (Vienna Circle Institute Yearbook, 10).
SCHICKTANZ, Silke; SCHWEDA, Mark; WYNNE, Brian. The ethics of “public understanding of ethics” – why and how bioethics expertise should include public and patients’ voices. Medicine, Health Care and Philosophy, v. 15, n. 2, p. 129-139, May 2012.
SLATER, B.; JONES, M. Biobanks and bioethics: the politics of legitimation. Journal of European Public Policy, v. 12, n.4, p. 710-732, 2005.
STENECK, Nicholas H. Fostering integrity in research: definitions, current knowledge, and future directions. Science and Engineering Ethics, v. 12, n. 1, p. 53-74, 2006.
THE BELMONT report: ethical principles and guidelines for the protection of human subjects of research. Washington: U.S. Government Printing Office, 1979. Disponível em: <http://www.fda.gov/ohrms/dockets/ac/05/briefing/2005-4178b_09_02_Belmont%20Report.pdf>. Acesso em: 10 dez. 2014.
THÉVENOT, Laurent. Pragmatic regimes governing the engagement with the world. The practice turn in contemporary theory. SCHATZKI, Theodore R.; KNORR-CETINA, K.; SAVIGNY, Eike von (Ed.).London: Routledge, 2001. p. 56-73.
VAYENA, E.; MASTROIANNI, A.; KAHN, J. Caught in the Web:
Informed consent for online health research. Science Translational Medicine, 5, 173fs6 , Feb. 2013.
VESSURI, Hebe. Cambios en las ciencias ante el impacto de la globalización. Revista de Estudios Sociales, n. 50, p. 167-173, 2014.
WEINBERG, Alvin M. Science and trans-science. Minerva, v. 10, n. 2, p. 209-222, 1972.
______. Can technology replace social engineering? Bulletin of the Atomic Scientists, v. 22, n.10, p. 4-8, June 1966.
______. A chat with Alvin M. Weinberg: interview. Entrevista por Bill Cabage e Carolyn Crauser. OLRN Review, v. 28, n. 1, Fall 1995. Disponível em: <http://lists.topica.com/lists/DOEWatch/read/message.html?sort=a&mid=1720594814>
WOLF, Susan M. et al. Managing incidental findings and research results in genomic research involving biobanks and archived data sets. Genetics in Medicine, v. 14, n. 4, p. 361-384, 2012.
ZALUAR, Alba. Pesquisando no perigo: etnografias voluntárias e não acidentais. Mana: estudos de antropologia social, Rio de Janeiro: UFRJ, v. 2, p. 75-98, 2009.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Maria Nelida Gonzalez de Gómez

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores que publicam na Liinc em Revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Consulte a Política de Acesso Livre e Autoarquivamento para informações permissão de depósitos de versões pré-print de manuscritos e artigos submetidos ou publicados à/pela Liinc em Revista.
Liinc em Revista, publicada pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, é licenciada sob os termos da Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional – CC BY 4.0