"Até que todas sejamos livres": o ativismo 'sentipensado' das feministas agroecológicas brasileiras contra as violências agrocapitalistas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18617/liinc.v18i1.5969

Palavras-chave:

Sentipensar, Feminismo, Natureza, Violência, Necropolítica agrocapitalista

Resumo

A autora analisa as mobilizações agroecológicas feministas no Brasil a partir das conceitualizações do "sentipensar" e do corazonar. O vínculo com a Terra e a fusão entre emoções e análise política são analisadas através do estudo de materiais ativistas (mística, canções, poemas, slogans) e entrevistas com ativistas rurais. A compreensão deste sentipensamento lança luz sobre as diferentes dimensões da violência. É proposta uma análise da violência de gênero, entendida como uma estratégia do agrocapital. Violência conjugal e "feminicídios agrocapitalistas" fazem parte do que a autora chama de "necropolítica agrocapitalista". As estratégias coletivas de superação usadas pelas ativistas favorecem uma afirmação de força e uma continuidade da luta e da vida

Referências

BASSI, Rafael; FALS BORDA, Orlando [Entrevue du 19 octobre 2007], El Heraldo, (Bar-ranquilla). 2008.

BLEIL, Susana. Une violence invisible ? La recrudescence des assassinats dans le Brésil rural, Brésil(s). Sciences humaines et sociales, 1, 2018. [Acesso em agosto 2019]. Dispo-nível em: journals.openedition.org/bresils/3071

BRAUD, Philippe. L’émotion en politique : problèmes d’analyse. Paris, Presses de Scien-ces Po. 1996

BUTTO, Andrea. Movimentos sociais de mulheres rurais no Brasil: a construção do sujei-to feminista. Tese (Doutorado). Recife, Universidade Federal de Pernambuco. 2017

CABNAL, Lorena. Tzk’at, red de sanadoras ancestrales del feminismo comunitario des-de Iximulew- Guatemala, Ecología Política, 54 : 100-104, 2017

CABNAL, Lorena. Acercamiento a la construcción de la propuesta de pensamiento epistémico de las mujeres indígenas feministas comunitarias de Abya Yala, em ACSUR-Las Segovias (dir.), Feminismos diversos: el feminismo comunitario. Guadalajara, Libre-ría de Cuerpos Parlantes: 11-25, 2010.

CARCEDO, Ana, SAGOT, Montserrat. Femicidio en Costa Rica. San José, Instituto Nacio-nal de las Mujeres, 1990.

CASTELLS, Alicia Norma Gonzalez de. A criatividade dos sem-terra na construção do habitat : um olhar etnográfico sobre a dimensão espacial do MST. Tese (Doutorado). Florianópolis, Universidade Federal de Santa Catarina, 2001.

CERQUEIRA, Daniel, e al. Atlas da violência 2018, IPEA, 2018 [Acesso em fevereiro 2019]. Disponível em: www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=33410&Itemid=432

CLOUGH, Patricia Ticineto, HALLEY Jean (dir.). The Affective Turn: Theorizing the Social. Durham, Duke University Press, 2007.

COLLINS, Patricia Hill. La pensée féministe noire. Montréal, Les éditions du remue-ménage (tradução por Diane Lamoureux) [1re éd. : 1990], 2016.

COMISSÃO PASTORAL DA TERRA (CPT). Conflitos no campo-Brasil, Comissão Pastoral da Terra, 2017 [Acesso em fevereiro 2019]. Disponível em: www.cptnacional.org.br/index.php/publicacoes-2/conflitos-no-campobrasil

CONNELL, Raewyn. Masculinités : enjeux sociaux de l’hégémonie. Paris, Éditions Am-sterdam, 2014.

CORDELL, Crystal. Émotions entre théories et pratiques, Raisons politiques, 65 : 5-13, 2017.

DEVINEAU, Julie. Autour du concept de fémicide/féminicide : entretiens avec Marcela Lagarde et Montserrat Sagot, Problèmes d’Amérique latine, 84, 2 : 77-91, 2012.

ESCOBAR, Arturo. Sentir-Penser avec la Terre. Une écologie au-delà de l’Occident. Paris, Seuil [1re éd. : 2014] , 2018.

ESCOBAR, Arturo. Sentipensar con la tierra. Medellín, UNAULA, 2014.

ESMERALDO, Gema Galgani Silveira Leite. « Femmes en mouvement : la naissance d’une existence sociale, politique et professionnelle », em Hélène Guétat-Bernard (dir.), Féminin-Masculin. Versailles, Éditions Quæ : 101, 2014 [Acesso em junho 2017]. Disponí-vel em: www.cairn.info/femininmasculin--9782759221622-page-101.htm

FALQUET, Jules. Des assassinats de Ciudad Juárez au phénomène des féminicides : de nouvelles formes de violences contre les femmes ? en Jules Falquet, Pax neoliberalia : perspectives féministes sur (la réorganisation de) la violence. Donnemarie-Dontilly, Édi-tions iXe : 99-133, 2016a.

FALQUET, Jules. Pax neoliberalia : perspectives féministes sur (la réorganisation de) la violence. Donnemarie-Dontilly, Éditions iXe,2016b.

FALS BORDA, Orlando. Una sociología sentipensante para américa latina. Buenos Aires, Consejo latinoamericano de ciencias sociales, 2009.

FERNANDES, Bernardo Mançano, WELCH, Clifford Andrew. Campesinato e agronegó-cio da laranja nos EUA e Brasil, em Bernardo Mançano Fernandes (dir.), Campesinato e agronegócio na América Latina: a questão agrária atual. São Paulo, Expressão Popular: 47-70, 2008.

FERREIRA, Ana Paula Lopes. Acercamiento entre las perspectivas feministas y agroeco-lógica potencializando procesos de empoderamiento de las mujeres rurales brasileñas, desde el territorio del Pajeú, Sertão del Pernambuco. Córdoba, Universidad de Córdoba (UCOPress), 2016.

FRAGOSO, Monárrez, ESTELA, Julia. La cultura del feminicidio en Ciudad Juárez, 1993-1999, Frontera Norte, 12, 23: 87-117, 2000.

FREGOSO, Rosa-Linda, BEJARANO, Cynthia. Terrorizing Women: Feminicide in the Americas. Durham, Duke University Press, 2010.

GARCIA, Leila Posenato, e al.. Violência contra a mulher : feminicídios no Brasil », IPEA, 2013. [Acesso em setembro 2018]. Disponível em: www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/130925_sum_estudo_feminicidio_leilagarcia.pdf

GLOBAL WITNESS. Annual Report: Spotlight on Corruption, 2017 [Acesso setembro 2018]. Disponível em: www.globalwitness.org/fr/about-us/annual-reviews/

GUÉRIN, Isabelle. Du pouvoir, de l’argent et de l’amour ! Les ressorts cachés de l’empowerment, Cahiers du genre, 63, 2 : 121-144, 2017.

GUERRERO ARIAS, Patricio. Colonialidad del saber e insurgencia de las sabidurías otras : corazonar las epistemologías hegemónicas, como respuesta de insurgencia (de)colonial. Tese (Doutorado). Sucre, Universidad Andina Simón Bolívar, 2016. [Acesso em feverei-ro 2019]. Disponível em: repositorio.uasb.edu.ec/handle/10644/5139

GUÉTAT-BERNARD, Hélène, PRÉVOST, Héloïse. L’agro-écologie au Brésil, un instru-ment genré de luttes sociales », L’Ordinaire des Amériques, 220, 2016 [Acesso em maio 2017]. Disponível em: orda.revues.org/2888

GUILLAUMIN, Colette. Sexe, race et pratique du pouvoir : l’idée de nature. Paris, Côté-femmes, 1992.

HACHE, Émilie. Reclaim : anthologie de textes écoféministes. Paris, Cambourakis, 2016.

HOOKS, bell. Ne suis-je pas une femme ? Femmes noires et féminisme. Paris, Éditions Cambourakis, 2015.

JASPER, James M. Protesto : uma introdução aos movimentos sociais. Rio de Janeiro, Zahar, 2016.

LAGARDE, Marcela. Antropología, feminismo y política: Violencia feminicida y derechos humanos de las mujeres, em Margaret Louise Bullen et María Carmen Díez Mintegui (dir.), Retos teóricos y nuevas prácticas. Donostia, Ankulegi Antropologia Elkartea: 209-339, 2008.

LANDER, Edgardo (dir.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciencias sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires, Consejo latinoamericano de ciencias sociales, 2005. [Acesso em outubro 2019]. Disponível em: bibliotecavirtu-al.clacso.org.ar/

LUGONES, María. Colonialidad y género, Tabula Rasa, 9: 73-101, 2008.

MBEMBE, Achille. Nécropolitique, Raisons politiques, 1, 21 : 29-60, 2006.

MERCHANT, Carolyn. The Death of Nature: Women, Ecology, and the Scientific Revolu-tion. New York, HarperOne, 1980.

NOGUERA DE ECHEVERRI, Ana Patricia, GIRALDO Omar Felipe. ¿Para qué poetas en tiempos de extractivismo ambiental? em Héctor Alimonda, Catalina Toro Pérez et Fa-cundo Martín (dir.), Ecología política latinoamericana : pensamiento crítico, diferencia latinoamericana y rearticulación epistémica, t. 1. Mexico/Buenos Aires, Universidad Autónoma Metropolitana/Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales: 69-93 , 2017

O MOVIMENTO DA MULHER TRABALHADORA RURAL DO NORDESTE (MMTR-NE), PRÉVOST Héloïse. Mulheres rurais em movimiento, [Filme participativo], Caruaru, 46 min, 2016.

PLUMWOOD, Val. Feminism and the Mastery of Nature. Feminism for Today. Londres, Routledge, 1993.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América latina, em Edgar-do Lander (org.), A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspecti-vas latino-americanas. Buenos Aires, Consejo latinoamericano de ciencias sociales: 117-142, 2005.

RIGOTTO, Raquel Maria, FERREIRA ROSA, Islene. Agrotóxicos, em Roseli Caldart e al. (dir.), Dicionário da educação do campo. Rio de Janeiro, Expressão Popular: 88-96, 2012.

SANTOS, Boaventura de Sousa. O fim do império cognitivo. Coimbra, Almedina, 2018.

SANTOS, Boaventura de Sousa « Para uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergencias », Revista crítica de ciências sociais, 63 : 237-280, 2002.

SILIPRANDI, Emma. Mulheres e agroecología : a construção de novos sujeitos políticos na agricultura familiar. Tese (Doutorado). Brasília, Universidade de Brasília, 2009. [Acesso em março 2014]. Disponível em: reposito-rio.unb.br/handle/10482/5591?mode=full

STARHAWK. Rêver l’obscur : femmes, magie et politique. Paris, Cambourakis, 2015 [1re éd. : 1982].

TRAÏNI, Christophe (dir.). Émotions... Mobilisation ! Paris, Presses de Sciences Po, 2009.

VALENCIA, Sayak Triana. La violencia se està convirtiendo en un ecosistema y en un espacio de produccion de sentido: sentido de muerte », em Luis Martínez Andrade (dir.), Feminismos a la contra: entre-vistas al sur global. Santander, La Vorágine : 215-226, 2019.

WRIGHT, Erik Olin. Utopies réelles. Paris, La Découverte, 2017.

Downloads

Publicado

12/04/2022

Como Citar

"Até que todas sejamos livres": o ativismo ’sentipensado’ das feministas agroecológicas brasileiras contra as violências agrocapitalistas. Liinc em Revista, [S. l.], v. 18, n. 1, p. e5969, 2022. DOI: 10.18617/liinc.v18i1.5969. Disponível em: https://revista.ibict.br/liinc/article/view/5969. Acesso em: 21 nov. 2024.

Artigos Semelhantes

1-10 de 48

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.