"Inteligência informacional" e Ciência da Informação
um esboço de trajeto
DOI:
https://doi.org/10.18617/liinc.v7i1.400Palabras clave:
Inteligência informacional, Documento, TraçabilidadeResumen
Na continuidade das pesquisas empreendidas com a finalidade de caracterizar a informação na pré-história da Ciência da Informação, vimos buscando marcos documentais e sua traçabilidade, a fim de identificar elementos conceituais inerentes à formação desse saber que se institucionalizou, mas especialmente dos pré-saberes existentes em suas bases epistemológicas nem sempre evidentes. Nesse movimento de análise das fontes primárias e secundárias, torna-se oportuno esboçar alguns elementos conceituais oriundos da historicização da personagem conceitual mais cara aos estudos da área: a informação. No pressuposto de que os conceitos respondem a inúmeros problemas e participam de uma co-criação, a identificação, análise e caracterização de tais elementos conceituais consistem em esboçar os contornos dos dispositivos que conformam e legitimam o que denominamos de inteligência informacional. Resultados provisórios nos permitem afirmar que essa noção tem um caráter ainda difuso nas pesquisas da área cuja episteme carece de pesquisas mais verticais que contemplem outros aspectos dos regimes de verdade que co-habitam a formação do campo de estudos da Ciência da Informação.
Referencias
ARAUJO, Carlos Eduardo Moreira de. Cárceres imperiais: a Casa de Correção do Rio de Janeiro. Seus detentos e o sistema prisional no Império, 1830-1861. São Paulo: UNICAMP, 2009.
ARNAUD, Michel; MERZEAU, Louise. Glossaire. In: ARNAUD, Michel; MERZEAU, Louise (coords.), Hermès, n.53, Traçabilité et Réseaux, Paris, CNRS Éditions, avril 2009. pp. 185-186.
BACHELARD, Gaston. A Epistemologia. Lisboa: Edições 70, 2006. (O Saber da Filosofia) BENTHAM, Jeremy. Chrestomathia: recueil de feuillets qui expliquent le projet d’une institution destinée à être mise en œuvre sous le nom de Externat Chrestomathique ou École
Chrestomathique pour l’extension du nouveau système d’instruction aux branches supérieures de l’enseignement, à l’usage des rangs moyens et supérieurs de la vie. Traduction, notes et introduction de Jean-Pierre Cléro. Paris : Cahiers de l’Unebévue, 2004.
__________. Panóptico : memorial sobre um novo princípio para construir casas de inspeção e, principalmente, prisões. Trad. de Ana Edite Ribeiro Montoia. In: Revista Brasileira de História. São Paulo, ANPUH/Marco Zero, v.7, n.14, mar./ago. 1987.
CLÉRO, Jean-Pierre; LAVAL, Christian. Le vocabulaire de Bentham. Paris : Ellipses, 2002.
DARNTON, Robert. A questão dos livros: passado, presente e futuro. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
DELEUZE, Gilles. Conversações, 1972-1990. Rio de Janeiro : Ed.34, 1992.
DOUEIHI, Milad. La grande conversion numérique. Paris : Éditions du Seuil, 2008. (La Librairie du XXIe Siècle)
ERTZSCHEID, Olivier. L’homme, un document comme les autres. In: ARNAUD, Michel; MERZEAU, Louise (coords.), Hermès, n.53, Traçabilité et Réseaux, Paris, CNRS Éditions, avril 2009. pp. 33-40.
FERNANDES, Geni Chaves. O que é Ciência da Informação: identificação através de relações conceituais a partir de três visões. Dissertação (Ciência da Informação). Rio de Janeiro: UFRJ/ECO; CNPq/IBICT, 1993.
FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. 3ª edição. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1987.
__________. Resposta a uma questão. Tempo Brasileiro, n.28, jan.-mar. 1972, p.57-81.
__________. A verdade e as formas jurídicas. Rio de Janeiro: NAU, 1996.
__________. Verdade e poder. In: ___. Microfísica do poder. 11ª ed. Rio de Janeiro: Graal, 1993.
__________. Vigiar e punir: o nascimento das prisões. 10ª ed. Petrópolis (RJ): Vozes, 1993.
GONZALEZ DE GOMEZ, Maria Nelida. As relações entre ciência, Estado e sociedade: um domínio de visibilidade para as questões da informação. Ciência da Informação, v.32, n.1, p.60-77, 2003.
HOLLOWAY, Thomas H. A polícia no Rio de Janeiro: repressão e resistência numa cidade do século XIX. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 1997.
LAMIZET, Bernard; SILEM, Ahmed. Dictionnaire encyclopédique des sciences de l’information et de la communication. Paris : Ellipses, 1997. p.200-201.
MAINGUENEAU, Dominique. Os termos-chave da análise do discurso. Lisboa: Gradiva, 1997.
MATTELART, Armand. La globalisation de la surveillance : aux origines de l’ordre sécuritaire. Paris : La Découverte, 2007.
MERZEAU, Louise. Du signe à la trace : l’information sur mesure. In : ARNAUD, Michel;
MERZEAU, Louise (coords.), Hermès, n.53, Traçabilité et Réseaux, Paris, CNRS Éditions, avril 2009. pp. 23-29.
NEVES, Teodora Marly Gama das. Histórias e temáticas do Curso de Mestrado em Ciência da Informação do IBICT. Rio de Janeiro: UFRJ/ECO; CNPq/IBICT, 1992. Dissertação (Ciência da Informação).
ODDONE, Nanci Elizabeth. Ciência da Informação em perspectiva histórica: Lydia Queiroz Sambaquy e o aporte da Documentação (Brasil, 1930-1970). Rio de Janeiro: CNPq/IBICT; UFRJ/ECO, 2004. Tese (Ciência da Informação).
PATRASSO, André Luis. O Gabinete de Identificação: métodos de informação criminal (1894 –1907). Subprojeto de pesquisa desenvolvido pelo bolsista de iniciação científica. Relatório parcial. Rio de Janeiro: UNIRIO, 2010.
PINHEIRO, Lena Vania Ribeiro. A ciência da informação entre sombra e luz: domínio epistemológico e campo interdisciplinar. Rio de Janeiro: UFRJ/ECO, 1997. Tese (Comunicação e Cultura).
REY, Alain (dir.). Dictionnaire d’apprentissage de la langue française : Le Robert Micro. Paris : Dictionnaires Le Robert, 2006.
RIBEIRO, João Luís. No meio das galinhas as baratas não têm razão: a Lei de 10 de junho de 1835: os escravos e a pena de morte no Império do Brasil: 1822-1889. Rio de Janeiro: Renovar, 2005.
SALAÜN, Jean-Michel. La redocumentarisation, un défi pour les sciences de l’information. Études de Communication, 30 [En ligne], mis en ligne le 01 octobre 2009 : http://edc.revues.org/index428.html. Consulté le 12 novembre 2009.
SOARES, Carlos Eugênio Líbano. A capoeira escrava e outras tradições rebeldes no Rio de Janeiro (1808-1850). 2ª ed. Campinas: UNICAMP, 2004.
SOARES, Joice de Souza. A polícia na Corte Imperial: entre informar, vigiar e punir (1833-1841). Subprojeto de pesquisa desenvolvido pela bolsista de iniciação científica (PIBIC). Relatório parcial. Rio de Janeiro: UNIRIO, 2010.
THIESEN, Icléia. Inteligência informacional: revisitando a informação na história. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, IX, 2008, São Paulo – SP. Anais... São Paulo: USP, 2008.
__________. A informação na pré-história da Ciência da Informação: pré-conceito, natureza, episteme. Projeto de Pesquisa. Rio de Janeiro: UNIRIO, 2009.
__________. Informação, documento, arquivo: (re)pensando dispositivos institucionais. Colóquios de Pós-doutorado Instituições, dispositivos e mediações. Rio de Janeiro: IBICT, 29-31 de março de 2010a. [pré-print]
__________. Jeremy Bentham et la réforme des prisons au Brésil : l’expérience de la Maison de Correction de la Cour. Revue d’Études Benthamiennes, n.6, janvier-février, Centre Bentham (Paris), 2010b, p.79-92. Disponível em : http://revue.centrebentham.fr
THIESEN, Icléia; MIRANDA, Marcos Luiz Cavalcanti de. Jeremy Bentham e a classificação do conhecimento: elementos para as bases histórico-epistemológicas da Ciência da Informação. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, X, 2009, João Pessoa – PB. Anais... João Pessoa: UFPB, 2009
THIESEN, Icléia; SANTANA, Marco Aurélio. Do exame à identificação ou do panóptico ao banóptico: memória e representações. In: ENCONTRO NACIONAL DE HISTÓRIA, XIII, 2008, Rio de Janeiro-RJ. Anais... Rio de Janeiro: UFRRJ, 2008.
WERNER, Michael; Zimmermann, Bénédicte. Penser l’histoire croisée : entre empirie et réflexivité. Annalles : Histoire, Sciences Sociales. Paris : EHESS, 2003, v.58, n.1, p. 7-36. Disponível em : http://www.cairn.info/article.php?ID_REVUE=ANNA&ID_NUMPUBLIE=ANNA_581&ID_ARTICLE=ANNA_581_0007. Acesso em: 15 de junho de 2010.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Icléia Thiesen

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores que publicam na Liinc em Revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Consulte a Política de Acesso Livre e Autoarquivamento para informações permissão de depósitos de versões pré-print de manuscritos e artigos submetidos ou publicados à/pela Liinc em Revista.
Liinc em Revista, publicada pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, é licenciada sob os termos da Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional – CC BY 4.0