Filosofia aberta, modelos de negócios e agências de fomento: elementos essenciais a uma discussão sobre o acesso aberto à informação científica
DOI:
https://doi.org/10.18225/ci.inf.v35i2.1139Palavras-chave:
Acesso aberto. Filosofia aberta. Comunicação científica. Conhecimento científico. Modelos de negócios de editores científicos. Agências de fomento.Resumo
Com o objetivo de fomentar discussões a respeito da questão do acesso aberto à informação científica, o trabalho discorre sobre uma “filosofia aberta”, a qual se refere ao movimento em direção ao uso de ferramentas, estratégias, metodologias e políticas que denotem um novo modelo de representar o processo de comunicação científica – especialmente no que concerne à publicação –, ao mesmo tempo em que serve de base para interpretá-lo. Esse novo modelo tem como fundamento a preocupação crescente com a disponibilidade, ao maior número possível de interessados, do conhecimento gerado como resultado tanto de pesquisas científicas (conhecimento científico) como da ação do homem na sociedade (herança cultural). O texto centra o foco nas questões relacionadas somente com o acesso aberto ao conhecimento científico. Nesse sentido, discorre sobre três questões: as principais iniciativas internacionais sobre acesso aberto; os novos modelos de negócios para o periódico científico, em resposta a essas iniciativas; e o papel que agências de fomento têm nesse contexto, com vistas a validar esses novos modelos. Introduz na discussão a questão das diferenças disciplinares, determinadas pelos padrões de comunicação das comunidades científicas, no que concerne à geração, disseminação e uso da informação. Conclui com uma análise breve dos impactos que o movimento em favor do acesso aberto provoca sobre os principais atores da comunicação científica, nomeadamente, universidades e seus pesquisadores, editores científicos e agências de fomento.
Palavras-chave
Acesso aberto. Filosofia aberta. Comunicação científica. Conhecimento científico. Modelos de negócios de editores científicos. Agências de fomento.
Open philosophy, business models and funding agencies: essential elements for the discussion of open access to scientific information
Abstract
In order to stimulate the discussion about open access to scientific information, this paper examines an open philosophy, which is related to the use of tools, strategies, methodologies and policies that points out a new way of depicting the scholarly communication process – particularly in terms of publishing – while providing a basis for its interpretation, as well. This new model is based on a growing concern about the availability of knowledge to a greater number of people interested in it. Such knowledge is created as a result of both scientific research (scientific knowledge) and the action of human beings on the society (cultural heritage). The text focuses solely on questions related to open access to scientific knowledge. In this regard, it deals with three issues: the major international initiatives on open access; new business models for scholarly and scientific journals as a response to these initiatives; the role performed by funding agencies in this context, aiming at the validation of these new models. It also introduces into the discussion the issue of disciplinary differences determined by communication patterns within scholarly communities concerning information production, dissemination and use. In conclusion, the paper presents a brief analysis of the impact that the open access movement produces upon the main scholarly communication actors, namely, universities and their researchers, scientific publishers and funding agencies.
Keywords
Open access. Open philosophy. Scholarly communication. Scientific knowledge. Business models of scholarly and scientific publishers. Funding agencies.
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