Coisas velhas em coisas novas: novas “velhas tecnologias”
DOI:
https://doi.org/10.18225/ci.inf.v39i1.1290Palavras-chave:
Internet generativa. Espírito do hacker. Libertação. Novas tecnologias. Abuso da liberdade. Inovação. ContinuidadeResumo
A intenção é oferecer discussão atualizada em torno das espetaculares inovações tecnológicas, realçando tanto rompimento quanto continuidades. Assim como se defende que as tecnologias demonstram um sentido de convergência, também demonstram continuidades. Os hackers e outros defensores do software livre pregam liberdade e libertação, imaginando computador e internet como arenas da liberdade. Apenas em parte isto parece correto, também porque os mesmos hackers que se proclamam libertários se submetem a estruturas tacanhas de poder (chefes autocráticos, por exemplo). Ao mesmo tempo, a internet acaba subordinando-se ao poder dos Estados (ao contrário de sua pretensa vocação "globalizante"), porque ainda são a instância jurídica de ordenamento. A França impôs mudanças em conteúdos de sites e é notória a resistência da China e de outros regimes (mais fechados) ao fluxo desimpedido da informação. Aquela aura inicial de liberdade, consagrada na estrutura do computador de ser customizado e formatado na linha final, está sendo fortemente contestada, seja por conta de fluxos ilegais e imorais, seja pela invasão de spams e marketing, seja pela contaminação de vírus. A assim dita "internet generativa" vai cedendo, sob pressão também de usuários que querem produtos acabados, garantidos e mais fáceis de manipular, premida pelos abusos da liberdade. É notório o caso da Wikipédia: constantes guerras de edição conturbam seu ambiente (ainda que isto não impeça a produção de uma enciclopédia de grande interesse e originalidade).
Palavras-chave
Internet generativa. Espírito do hacker. Libertação. Novas tecnologias. Abuso da liberdade. Inovação. Continuidade
Old things in new things: new "old technologies"
Abstract
The objective of this article is to present an up-to-date discussion about the extraordinary technological innovations, mainly the new technologies underlining both breaches and continuities. Technologies are supposed to present a sense of convergence as well as continuities. Hackers and others who propose free software are in favor of liberty and liberation, considering computer and internet as arenas of freedom. This is only partly correct, because these hackers who consider themselves as libertarians submit themselves to narrow-minded structures of power (for example, autocratic bosses). Internet is state-wide instead of being worldwide. France has imposed changes in the contents of sites. China does not allow a free flow of information. That aura of beginning liberty, granted as a structure of the computer for being customized and formatted is strongly contested by illegal and immoral flow, by introduction of spasm and marketing, as well as by virus contamination. The so called "generative internet" is loosing ground on account of the pressure of users who want guaranteed end-products, easier to be handled, for avoiding abuse of freedom. The case of Wikipédia is remarkable. Continuous wars of publishing unsettle the environment (although this does not hinder the production of a large and original encyclopedia).
Keywords
Generative internet. Hacker spirit. Libertarianism. New technologies. Abuse of freedom. Innovation. Continuities.
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