Análise sobre políticas de informação: perspectivas do regime de informação no âmbito da inclusão digital ante os Livros Verde e Branco
DOI:
https://doi.org/10.18225/ci.inf.v47i2.1919Palavras-chave:
Políticas de informação, Regime de informação, Inclusão digital, Livro Verde, Livro BrancoResumo
Apresenta as compreensões de inclusão digital nas políticas de informação à luz dos Livros Verde e Branco. Discute políticas de informação a partir do regime de informação, baseado em noções conceituais oferecidas por González de Gómez (1999) e na tentativa de aproximação ao conceito de inclusão digital, na perspectiva de que seja um elemento primordial no processo de inclusão social. Objetiva-se, segundo um percurso metodológico constituído pelas pesquisas documental e bibliográfica, verificar a compreensão de inclusão digital nas políticas dos Livros Verde e Branco. Resulta, à luz da quarta definição apresentada sobre regime de informação (contexto), que no Livro Verde existe a concepção de que os recursos tecnológicos, com destaque à Internet, serão vitais ao alcance da inclusão digital – alfabetização digital – inclusão social,enquanto no Livro Branco reflete-se a preocupação com o contexto territorializado, historicizado, físico/virtual e coletivo, de modo a compor as ações de informação, não se preocupando apenas com equipamentos tecnológicos, mas em oferecer formas de capacitação aos usuários. Conclui-se que não existe apenas uma definição para inclusão digital e que esta ação não garante a inclusão social, mas que esteja presente nas políticas de informação de uma comunidade, assim como subsidiar a compreensão de que uso das recentes tecnologias digitais de informação e de comunicação (TDICs) seja encarado como meio e não como fim. Entende-se, neste sentido, que talvez tal inferência seja a chave para interpretar o significado de inclusão digital na efetivação da inclusão social.Downloads
Referências
ALONSO, L. B. N.; FERNEDA, E.; SANTANA, G. P. Inclusão digital e inclusão social: contribuições teóricas e metodológicas. Barbarói, Santa Cruz do Sul, n. 32, jan./jul. 2010. Disponível em: <http://online.unisc.br/seer/index.php/barbaroi/article/viewFile/1289/1092>. Acesso em: 20 fev. 2017.
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO. GT 05 - Política e Economia da Informação. 2017. Disponível em: <http://gtancib.fci.unb.br/index.php/gt-05>. Acesso em: 17 mar. 2017.
BRAMAN, S. Change of State; Information, Policy and Power. Cambridge: Mit Press, 2006.
BRASIL. MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Livro Branco: ciência, tecnologia e inovação. Brasília: Ministério da Ciência e Tecnologia, 2002. Disponível em: <http://www.cgee.org.br/arquivos/livro_branco_cti.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2017.
CÂMARA, M. A. Telecentros como instrumento de inclusão digital:
Perspectiva comparada em minas gerais. Dissertação. 2005. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2005. Disponível em: <http://www.gemasdaterra.org.br/docs/tesemaurocamara.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2017.
CARVALHO, O. B. de M. Os “incluídos digitais” são “incluídos sociais”? Estado, mercado e a inserção dos indivíduos na sociedade da informação. Liinc em Revista, v. 5, n. 1, 2009. Disponível em: <http://revista.ibict.br/liinc/index.php/liinc/article/viewFile/294/184>. Acesso em: 12 fev. 2017.
CASTELLS, M. A Galáxia Internet: reflexões sobre internet, negócios e sociedade. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2004. 325 p.
DELAIA, C. R. Subsídios para uma política de gestão da informação na EMBRAPA Solos, Rio de Janeiro. 2008. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação). Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2008.
DEMO, P. Inclusão digital – cada vez mais no centro da inclusão social. Inclusão Social. Brasília: IBICT, n. 1, p. 36-38, 2005.
FREIRE, G. H. A. Construção participativa de instrumento de política pública para gestão e acesso à informação. Perspectiva em Ciência da Informação. 2008, v. 13, n. 3, p. 195-207. Disponível em: <http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci/article/view/224/511>. Acesso em: 20 fev. 2017.
_____. Comunicação da informação em redes virtuais de aprendizagem. 2004. Tese. (Doutorado em Ciência da Informação) - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBCT, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2004. Disponível em: <http://www.isafreire.pro.br/gustavo_freire_tese.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2017.
______. A construção de instrumento para comunicação de informação sobre saúde. Dissertação. 1998. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1998.
FROHMANN, B. Taking information policy beyond information science: aplplying the network theory. In: ANNUAL CONFERENCE FOR INFORMATION SCIENCE, 23, 7-10, jun. 1995, Alberta, Canadá. Connectedness: information, systems, people, organizations. Alberta, Canadá: Canadian Association for Information Science, 1995.
GONZÁLEZ DE GÓMEZ, M. N. Novos cenários políticos para a informação. Ciência da Informação, v. 31, n. 1, p. 27-40, 2002. <http://revista.ibict.br/ciinf/article/view/975/1013>. Acesso em: 12 fev. 2017.
______. Da política de informação ao papel da informação na política contemporânea. Revista Internacional de Estudos Políticos, v. 1, n. 1, p. 21-32, 1999. Disponível em: <http://ibict.phlnet.com.br/anexos/politicaspublicas.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2017.
JARDIM, J. M.; SILVA, C. A.; NHARRELUGA, R. S. Análise de políticas públicas: uma abordagem em direção às políticas públicas de informação. Perspectivas em Ciência da Informação. Belo Horizonte, v. 14, n. 1, p. 2-22, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pci/v14n1/v14n1a02.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2017.
KERR PINHEIRO, M. M. Processo de transformação das políticas de informação no estado informacional. Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação, Brasília, v. 3, n. 1, p. 113-126, jan./dez. 2010. Disponível em: <http://periodicos.ufpb.br/index.php/pbcib/article/view/11998>. Acesso em: 17 mar. 2017.
LEMOS, A. (Org.). Cidade digital: portais, inclusão e redes no Brasil. Salvador: EDUFBA, 2007.
MARTINI, R. Inclusão digital & inclusão social. Revista Inclusão Social. Brasília: IBICT, v. 1, n. 1, 2005. Disponível em: <http://revista.ibict.br/inclusao/index.php/inclusao/article/viewFile/7/14>. Acesso em: 10 fev. 2017.
MATTELART, A. História da sociedade da informação. São Paulo: Loyola, 2002.
RONDELLI, E. Quatro passos para a inclusão digital. 2003. Disponível em: <http://www.jornalcidadeaberta.jex.com.br/colaboradores/quatro+passos+para+a+inclusao+digital/>. Acesso em: 20 fev. 2017.
ROTHBERG, D. Informação de diagnóstico, democracia e inclusão social. Liinc em Revista, v. 5, n. 1, 2009. Disponível em: <http://revista.ibict.br/liinc/index.php/liinc/article/viewFile/292/193>. Acesso em: 10 fev. 2017.
SILVA, H. [et al.]. Inclusão digital e educação para a competência informacional: uma questão de ética e cidadania. Ciência da Informação, Brasília, v. 34, n. 1, jan./abr. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ci/v34n1/a04v34n1.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2017.
SILVEIRA, S. A. Exclusão digital: a miséria na era da informação. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2001.
TAKAHASHI, T. (Org.). Sociedade da informação no Brasil: livro verde. Brasília: Socinfo/MCT, 2000.
WIKIDOT. O que é inclusão digital? 2007. Disponível em: <http://caminhoinclusaodigital.wikidot.com/o-que-e-inclusao-digital/>. Acesso em: 05 jan. 2017.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
- A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
- As provas finais não serão enviadas aos autores;
- Os autores mantém os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na revista Ciência da Informação, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da Licença Pública 4.0 Internacional Atribuição-CompartilharIgual
- Deve ser consignada a fonte de publicação original;
- As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade;
- Cada autor receberá dois exemplares da revista, caso esteja disponível no formato impresso.