Nas pegadas da TV digital
como e por que o capital reinventou a televisão
DOI:
https://doi.org/10.18617/liinc.v3i2.226Palabras clave:
TV digital, televisão terrestre, NHK, BBC, TV por assinatura, indústria de informática, industrial eletro-eletrônica, concorrência nas comunicações, sociedade da informação, capitalismo informacional | Digital TVResumen
O desenvolvimento da TV digital e sua introdução recente na vida quotidiana de muitos países, decorreu de uma disputa econômica e política entre o Japão, a Comunidade Européia e os Estados Unidos, no contexto da última longa crise kondratieffiana do capitalismo. A indústria eletro-eletrônica sediada nesses blocos econômicos, aliada a seus respectivos sistemas comerciais ou estatais de radiodifusão, por sua vez pressionados pela expansão da TV por assinatura e da telefonia celular, liderou as decisões que levaram à pesquisa e desenvolvimento, durante os anos 1980 e 1990, dos sistemas ISDB, DVB e ATSC. Durante o processo, os estados nacionais, através de seus governos e agências, desempenharam papel decisivo na articulação dos atores e na tomada de decisões políticas essenciais.
Referencias
ADORNO, Theodor e HORCKHEIMER, Mark. Dialética do esclarecimento, Rio de janeiro: Jorge Zahar Editor, 1985 [1944][1969], trad.
ANALYSYS. Public Policy Treatment of Digital Terrestrial Television (DTT) in Communictions Markets, Final Report for the European Commission, 2005, disponível em http://ec.europa.eu/information_society/policy/economm/doc/info_centre/studies_ext_consult/dtt v/final_rep, acessado em 22/06/2007
ANTONOFF, Michael. “February 17, 2009, is D-day”, Scientific American, Fev. 2007, pp 59-63
AZAÏS, Christian, CORSANI, Antonella, DIEUAIDE, Patrick. Vers un capitalisme cognitif, Paris: L’Harmattan, 2001
AZOUAOU, Alain e MAGNAVAL, Robert. Silicon Valley, un marché aux puces, Editions Ramsey, 1986.
BAGDIKIAN, Ben. Máquinas de informar, Civilização Brasileira: Rio de Janeiro, 1973 [1971], trad.
BATESON, Gregory; BIRDWHISTELL, Roy; GOFFMAN, Erving; HALL, Edward; JACKSON, Don; SCHEFLEN, Albert; SIGMAN, Stuart; WATZLAWICK, Paul. La nouvelle communication, Textos recolhidos e apresentados por Yves Winkin. Paris: Éditions du Seuil, 1981
BORRUS, Michael e ZYSMAN, John. “Japan”, In RUSHING, Francis e BROWN, Carole G., National Policies for Developing High Technology Industries, pp. 111-142. Boulder: Westview Press, 1986.
BRETON, Philippe. História da informática. São Paulo: Editora Unesp, 1991 [1987], trad.
BRITTOS, Valério C.. Recepção e TV a cabo: a força da cultura local, S. Leopoldo: Editora Unisinos, 2ª ed., 2001
CLIFFORD CHANCE. Information Technology – 1992, mimeo, 104 pags (arquivos do autor).
COLETIVO INTERVOZES. TV digital: saiba por que você precisa participar desse debate, 15 pags, sem indicação de local, nov. 2005, disponível em http://www.intervozes.org.br
CSE MICROELECTRONICS GROUP. Microelectronics: Capitalist Technology and Working Class. Londres: CSE Books, 1980
DANTAS, Marcos. O crime de Prometeu. ABICOMP: Rio de Janeiro, 1989, disponível em www.mci.org.br/biblioteca/o_crime_de_prometeu.pdf, acessado em 22/06/2007
DANTAS, Marcos. “Capitalismo na era das redes: trabalho, informação e valor no ciclo da comunicação produtiva”, In LASTRES, Helena e ALBAGLI, Sarita, Informação e globalização na Era do Conhecimento, pp. 216-261, Editora Campus, 1999, disponível em http://redesist.ie.ufrj.br/dados/nt_count.php?projeto=Lv11&cod=11, acessado em 22/06/2007
DANTAS, Marcos, A lógica do capital-informação, Rio de Janeiro: Ed. Contraponto, 2ª ed., 2002a
DANTAS, Marcos, “Informação, capitalismo e controle da esfera pública: as determinações produtivas no ordenamento dos meios de comunicação”, 2002b, In BRITTOS, Valério (Org.), Comunicação, informação e espaço público. Rio de Janeiro: Papel Virtual Editora, pp 77-109.
DANTAS, Marcos. “Informação e trabalho no capitalismo contemporâneo”, Lua Nova, nº 60,
pp. 5-44, 2003, disponível em http://www.scielo.br/pdf/ln/n60/a02n60.pdf, acessado em 22/06/2007.
DAVID GRAHAM AND ASSOCIATES. Impact Study of Measures (Community and National) Concerning the Promotion of Distribution and Production of TV Programmes Provided for Un-der Article 25(a) of the TV Without Frontiers Directive, Relatório para a Comissão Européia, 2005, disponível em http://ec.europa.eu/avpolicy/stat/2003/4-5/27-03-finalreport.pdf
DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Ed. Contraponto, 1997 [1992], trad.
DIBEG – Digital broadcasting expert group. Domestic shipments of digital terrestrial broadcast receivers, 2007, disponível em http://www.dibeg.org/news/news-5/news- e5.htm#dn068e, acessado em 22/06/2007
de FLEUR, Melvin. Teorias de comunicação de massa. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1976 [1968], trad.
FLICHY, Patrice. Une moderne histoire de la communication moderne. Paris: Éditions La Découverte,1991
FUNDAÇÃO CPqD. Projeto modelo de implantação da TV digital no Brasil, Relatório Produto II, Panorama mundial da implantação da tecnologia digital na transmissão terrestre de televisão, Parte I, 2002, disponível em http://www.anatel.gov.br/radiodifusao/ tv_digital/partei.pdf, acessado em 22/06/2007
FUNDAÇÃO CPqD. Panorama mundial de modelos de exploração e implantação, Projeto Brasileiro de Televisão Digital, OS 40539, 2005, disponível em http:// www. direitoacomunicacao.org.br/novo/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=19 5, acessado em 22/06/2007
GALPERIN, Hernan. New Television, Old Politics, Cambridge: Cambridge University Press, 2004
GELLMAN, Aaron. “U.S. National Policies for High Technology Industries”, In RUSHING, Francis e BROWN, Carole G., National Policies for Developing High Technology Industries. EUA: Westview Press, Boulder, pp 227-236, 1986
HAAG, Marcel e SCHOOF, Hans. “Telecommunications regulation and cable TV infrastructure in the European Union”, Telecommunications Policy, v. 18, n. 5, pp 367-377, 1994
HART Jeffrey; REED, Robert e BAR, François. “The building of the Internet”,
Telecommunications Policy, v. 16, nº 8, pp. 666-689, 1992
HART, Jeffrey. Technology, Television and Competition, Cambridge: Cambridge University Press, 2004
LAZARSFELD, Paul e MERTON, Robert K. “Comunicação de massa, gosto popular e a organização da ação social”, In COSTA LIMA, Luiz, Teoria da Cultura de Massa. Rio de Janeiro: Editora Paz E Terra, 3ª ed., 1982
LEAL FILHO, Laurindo Lalo. A melhor televisão do mundo. Sâo Paulo: Summus Editorial, 2ª ed, 1997
KEANE, John. “Transformações estruturais da esfera pública”, Comunicação&política, v. 8, nº 2, nova série, pp. 6-29, 1996
HARVEY, David. Condição pós-moderna. São Paulo: Edições Loyola, 6ª ed., 1996, trad.
MACKINTOSH, Ian M. “Micros: the coming World War”, In FORESTER, Tom (Ed.), The Mi-croelectronics Revolution. Cambridge: The MIT Press, 1980
MARX, Karl. O Capital. São Paulo: Abril Cultural, 4 vols, 1983 [1867], trad. MAZZUCCHELLI, Frederico. A contradição em processo. São Paulo:Editora Brasiliense, 1985
MATTELART, Armand Historia de la sociedad de la información. Buenos Aires: Editorial Paidós, 2002 [2001], trad.
MESQUITA, Lucio. “O modelo de TV pública da BBC”, In LAGO, Graça (Ed.), O desafio da TV pública. Rio de Janeiro, Publicação da ACERP, 2003
MIZRAHI, Mizrahi. L´échiquier de l´électronique. Paris: Hachette, 1986 NOBLE, David. America by Design, Oxford: Oxford University Press, 1979
OCDE. Télécommunications et Radiodiffusion: convergence ou collision. Paris: Organization de Coopération et de Dévéloppement Économiques, 1992
SARTORI, Carlo. “O rádio, um veículo para todas as ocasiões”, In GIOVANNINI, Giovani,
Evolução na Comunicação. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1987 [1984], trad.
SANCHEZ, J. Manuel Martinez, 2007. Las ondas largas de Kondratieff, disponível em http://www.eumed.net/cursecon/colaboraciones/jmms/index.htm, acessado em 17/04/2007.
TIGRE, Paulo. Computadores brasileiros. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1984
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Marcos Dantas

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores que publicam na Liinc em Revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Consulte a Política de Acesso Livre e Autoarquivamento para informações permissão de depósitos de versões pré-print de manuscritos e artigos submetidos ou publicados à/pela Liinc em Revista.
Liinc em Revista, publicada pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, é licenciada sob os termos da Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional – CC BY 4.0