Nanotecnologia aplicada aos alimentos e biocombustíveis
interações sociotécnicas e impactos sociais
DOI:
https://doi.org/10.18617/liinc.v8i1.471Palavras-chave:
Sociologia, Nanotecnologia, Ciências Sociais, TranshumanismoResumo
A presente comunicação tem por base os resultados preliminares da discussão no campo da sociologia feitas para a pesquisa “Nanotecnologias aplicadas aos alimentos e aos biocombustíveis: reconhecendo os elementos essenciais para o desenvolvimento de indicadores de riscos e de marcos regulatórios que resguardem a saúde e o meio ambiente” (Edital o4/CII – 2008 – Nanobiotecnologia - CAPES). Parte-se da premissa de que ao analisar as diferentes dimensões da vida social afetadas pelas nanotecnologias, é preciso refletir sobre os novos valores sociais que decorrem deste avanço tecnológico e das inúmeras possibilidades que são apresentadas à sociedade como decorrentes desta chamada “nova revolução” científica. Os desafios no campo das ciências sociais, em especial no campo da sociologia da ciência e tecnologia, aumentarão proporcionalmente na medida em que conhecimentos científicos e tecnológicos de áreas de fronteira aceleram sua entrada no mundo da vida através de inovações tecnológicas e organizacionais. As novas configurações sociais decorrentes de um mundo em mudança constante, marcado pela liquidez, como afirma Bauman (2001), são cada vez mais prementes. Este processo tem efeitos sobre as estruturas psicossociais dos indivíduos, pressionando a capacidade explicativa das teorias e ferramentas conceituais tradicionais das ciências sociais.
Referências
AZAMBUJA, C. C. Transumanismo e nanotecnologia Molecular. Cadernos IHU Idéias, 2008.
AZEREDO, Henriette M. C. de. Nanocomposites for food packaging applications. Food Research International, v. 42, n. 9, p. 1240-1253, 2009.
BAUDRILLARD, J. A sociedade de consumo. 2. ed. Lisboa: Edições 70, 2007.
BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 1998.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 2001.
BAUMAN, Zygmunt. Vida líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007.
BECK, U. Sociedade de risco: rumo a uma outra modernidade. São Paulo: Editora 34, 2010. BOSTROM, N. The transhumanist FAQ: a general introduction: version 2.1. 2003. Disponível em:
<http://www.transhumanism.org/resources/FAQv21.pdf> . Acesso em: 2011. DYSON, Freeman. Mundos imaginados. São Paulo: Cia das Letras, 1998.
FEYNMAN, R. P.. Plenty of room at the bottom.1959. Disponível em: <http://www.its.caltech.edu/~feynman/plenty.html>. Disponível em: 2012.
FM-2030 [pseudônimo de Fereidoun M. Esfandiary]. Are you a transhuman?: monitoring and stimulating your personal rate of growth in a rapidly changing world. New York: Viking Adult, 1989.
FOLADORI, Guillermo; INVERNIZZI, Noela (Coord.). Nanotecnologías disruptivas:
implicaciones sociales da las nanotecnologias. México: Universidad Autônoma de Zacatecas, 2006. FUKUYAMA, F. Nosso futuro pós-humano. Rio de Janeiro: Rocco, 2006.
GALLO, Jairo Giraldo; GONZÁLES, Edgar; GOMÉZ-BAQUERO, Fernando. Nanotecnociencia:
nociones preliminares sobre el universo nanoscópico. 2. ed. Bogota-Colombia: Ed. Buinaima, 2007. HABERMAS, J. O futuro da natureza humana. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
HOOK, C. Transhumanism and posthumanism. In: POST, S. G. Encyclopedia of Bioethics. New York: Macmillan. 2004.p. 2517–2520. Disponível em: <http://gale.cengage.com/pdf/samples/sp657748.pdf >. Acesso em: 2011.
HOUSE OF LORDS. Nanotechnologies and food: Science and Technology Committee, 1st Report of Session 2009–10. 2010. V. 1. Disponível em: <http://www.food.gov.uk/multimedia/pdfs/board/fsa100306.pdf>. Acesso em: 2012.
JONAS, H. O princípio responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização tecnológica. Rio de Janeiro: PUC, 2006.
JOVANOVIC, G. Home page. 2008. Disponível em: <http://cbee.oregonstate.edu/research/jovanivic>. Acesso em: 2011.
JOY, B. Why the future doesn’t need us, 2000. Disponível em:
<http://www.wired.com/wired/archive/8.04/joy_pr.html>. Acesso em: 2012. KURZWEIL, R.; GROSSMAN, T. A medicina da imortalidade. São Paulo: Aleph, 2006.
JOSEPH, T.; MORRISON, M. Nanotechnology in agriculture and food: nanoforum report, 2006. Disponível em:
<http://www.nanoforum.org/dateien/temp/nanotechnology%20in%20agriculture%20and%20food.p df?20032007152346>. Acesso em: 2012.
LÊNIN, I. Imperialismo, fase superior do capitalismo. São Paulo: Liv. Edit. Ciências Humanas, 1979.
LOPEZ-RUBIO, A.; GAVARA, R.; LAGARON, J. Bioactive packaging: turning foods into healthier foods through biomaterials. Trends Food Scientific Technology , v. 17, p. 567-575, 2006.
MARTINS, Paulo Roberto. Nanotecnologia, sociedade e meio ambiente. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL, 1., 2005, São Paulo. Anais... São Paulo: Humanitas, 2005.
MCLUHAN, M. Os meios de comunicação como extensões do homem. São Paulo: Editora Cultrix, 1969.
METHA, Michael D. Privacidad versus vigilância o cómo evitar um futuro nanopanótico. In: FOLADORI, Guillermo; INVERNIZZI, Noela (Coord.). Nanotecnologías disruptivas: implicaciones sociales da las nanotecnologias. México: Universidad Autônoma de Zacatecas, 2006. p. 107-114.
MIAH, A. Posthumanism: a critical history, 2007. Disponível em: <http://ieet.org/archive/2007.04.12-MiahChapter2.pdf>. Acesso em: 2011.
MILLER, M.; SENJEN, R. Out of the laboratory and onto our plates: nanotechnology in food & agriculture: a report prepared for friends of the Earth Australia, friends of the Earth Europe and friends of the Earth United States. 2008. Disponível em:
<http://www.foeeurope.org/activities/nanotechnology/Documents/Nano_food_report.pdf>. Acesso em: 2012.
MORAVEC, H. Homens e robots: o futuro da inteligência humana e robótica. Lisboa: Gadiva, 1992.
MORIN, Edgar; KERN, Brigitte. A terra pátria. Portugal: Instituto Piaget, 1994.
NIETZSCHE¸ F. Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. Rio de Janeiro: Bertrand, 1989.
PEPPERELL, R. The posthuman manifesto, 2003. Disponível em:
<http://www.robertpepperell.com/Posthum/cont.htm>. Acesso em: 2012.
PORTO, M. Singularidade tecnológica e nanotecnologia. 2008. Disponível em:
<http://www.mphp.org/ciencia-e-tecnologia/singularidade-tecnologica-e-nanotecnologia.html>. Acesso em: 2012.
RÜDIGER, F. Breve história do pós-humanismo: elementos de genealogia e criticismo. Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação, 2007. Disponível em:
<http://www.compos.org.br/seer/index.php/e-compos/article/viewFile/145/146>. Acesso em: 2012. SANTAELLA, L. Culturas e artes do pós-humano. São Paulo: Paulus, 2005.
SARAWITZ, Daniel; WOODHOUSE, Edward. Lo pequeño es poderoso. In: FOLADORI, Guillermo; Invernizzi, Noela (Coord.). Nanotecnologias disruptivas: implicaciones sociales de las nanotecnologias. México: Universidad Autônoma de Zacatecas, 2006.
SCHULZ, P. A encruzilhada da nanotecnologia. Rio de Janeiro: Vieira & Lent, 2009.
SILVA, Tânia Elias M. da. Desenvolvimento e modernidade: os desafios de um tempo. Recife: [s.n.], 2007.
SLOTERDIJK, P. Regras para o parque humano: uma resposta à carta de Heidegger sobre o humanismo. São Paulo: Estação Liberdade, 1999.
TOMA, Henrique E. O mundo nanométrico: a dimensão do novo século. São Paulo: Oficina de Textos, 2004.
VINGE, V. The coming technological singularity: how to survive in the Post-Human Era.1999. Disponível em: <http://www-rohan.sdsu.edu/faculty/vinge/misc/singularity.html>. Acesso em: 2012.
WEISS, J.; TAKHISTOV, P.; MCCLEMENTS, J. Functional materials in food nanotechnology. Journal of Food Scientific, v. 71, n. 9, p.107-116, 2006.
WINNER, L. Are humans obsolete?.2002. Disponível em: <http://www.virginia.edu/iasc/HHR_Archives/Technology/4.3DWinner.pdf>. Acesso em: 2012.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Tania Elias Magno da Silva, Adriano Premebida, Diego Calazans

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam na Liinc em Revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Consulte a Política de Acesso Livre e Autoarquivamento para informações permissão de depósitos de versões pré-print de manuscritos e artigos submetidos ou publicados à/pela Liinc em Revista.
Liinc em Revista, publicada pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, é licenciada sob os termos da Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional – CC BY 4.0