Economia política da informação e comunicação em tempos de internet

Revisitando a teoria do valor nas redes e no espetáculo

Autores

  • Marcos Dantas Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.18617/liinc.v8i1.476

Palavras-chave:

Valor de uso, Valor de troca, Trabalho, Informação, Internet, Jardins murados

Resumo

O pilar teórico da Economia Política é a teoria do valor-trabalho. O capitalismo contemporâneo vem submetendo essa teoria a desafios teóricos e práticos pois, nas atuais condições de produção, o valor de troca estaria sendo esvaziado, subsistindo o valor de uso. O texto procura mostrar que a compreensão desses problemas pode estar no cerne das preocupações da Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura (EPICC), já que o seu objeto de estudo é o processo de trabalho e valorização nos meios de comunicação, na produção de espetáculos e, agora, também, na internet.


Referências

ARISTÓTELES. A política. São Paulo: Martins Fontes Editora, 1991.

BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. 3. ed. São Paulo: Hucitec, 1986.

BARBROOK, Richard. Futuros imaginários: das máquinas pensantes à aldeia global. São Paulo: Petrópolis, 2009.

BATESON, Gregory. Pasos hacia una ecologia de la mente. Buenos Aires: Ediciones Lohlé- Lumem, 1998.

BAUDRILLARD, Jean. Para uma crítica da economia política do signo. São Paulo: Livraria Martins Fontes, 1972.

BOLAÑO, Cesar. Indústria cultural, informação e capitalismo. São Paulo: Editora Hucitec-Editora Pólis, 2000.

BOUTANG, Yann Moulier. La troisième transition du capitalisme: exode du travail productif et externalités. In: AZAÏS, C.; CORSANI, A.; DIEUAIDE, P. (Ed.). Vers un capitalismo cognitif. Paris: L'Harmattan,1998. p. 135-152.

BOURDIEU, Pierre. Esboço de uma teoria da prática. In: ORTIZ, Renato (Org.). Pierre Bourdieu.

São Paulo: Editora Ática, 1983. p. 46-81.

. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Editora Perspectiva, 1982.

. A distinção: crítica social do julgamento. São Paulo: Zouk/Edusp, 2007.

. Contrafogos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. CASTELLS, Manuel, A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA COMÉRCIO E DESENVOLVIMENTO -

UNCTAD. Creactive economy: report 2008. Disponível em:

<http://www.unctad.org/en/docs/ditc20082cer_en.pdf>. Acesso em: 2008.

DANTAS, Marcos. Os significados do trabalho: uma investigação semiótica no processo de produção. 2001. Tese (Doutoramento)- COPPE-UFRJ, Rio de Janeiro, 2001.

. Trabalho com informação: investigação inicial para um estudo na teoria do valor. 1994. Dissertação (Mestrado)- IBICT/ECO-UFRJ, Rio de Janeiro, 1994.

. Capitalismo na Era das Redes: trabalho, informação, valor no ciclo da comunicação produtiva. In: LASTRES, H; ALBAGLI, S. Informação e globalização na Era do Conhecimento, Rio de Janeiro: Editora Campus, 1999. p. 216-161.

. Os significados do trabalho: produção de valores como produção semiótica no capitalismo informacional. Trabalho, Educação e Saúde, n. 1, v. 5, p. 9-50, mar. 2007.

. Informação e trabalho no capitalismo contemporâneo. Lua Nova, n. 60, p. 5-44, 2003.

. Informação como trabalho e como valor. Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política, n. 19, p. 44-72, dez. 2006,

. A renda informacional. In: COMPÓS ENCONTRO ANUAL, 17., 2008, São Paulo. Anais eletrônicos... Disponível em: <http://www.compos.org.br/data/biblioteca_415.pdf>. Acesso em: 2012.

. A lógica do capital-informação. 2. ed. Rio de Janeiro: Contraponto, 2000. DÉBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 2000.

DEJOURS, Cristophe. O fator humano. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 1997. ECO, Umberto. Tratado geral de semiótica. São Paulo: Editora Perspectiva, 1980.

ESCARPIT, Robert. L’information et la communication. Paris: Hachette Livre, 1991.

EVANGELISTA, Rafael. Mais-valia 2.0. A Rede, 2007. Disponível em:

<http://www.arede.inf.br/inclusao/edicoes-anteriores/ 83-%20/1120 >. Acesso em: 2012. ELIAS, Juliana. Ele reconhece você. Época, 25 abr. 2011.

FIFA. Financial report 2010. Disponível em:

<http://pt.fifa.com/mm/document/affederation/administration/01/39/20/45/web_fifa_fr2010_ eng%5B1%5D.pdf>. Acesso em: 2011.

FLICHY, Patrice. Une histoire de la communication moderne. Paris: La Découverte, 1991.

FONTENELLE, Isleide. O nome da marca: McDonald’s, fetichismo e cultura descartável. São Paulo: Boitempo, 2002.

HABERMAS, Jürgen. L'éspace public, Paris: Payot, 1986.

HARVEY, David. Condição pós-moderna. 6. ed. São Paulo: Loyola, 1996.

HEILBRONER, Robert. Behind the veil of economics. Nova York: W. W. Norton & Company, 1988.

IDATE. DigiWorld Yearbook 2009. Montpellier, 2009. Disponível em: <http://www.idate.org>. Acesso em: 2009.

JAMESON, Frederic, Pós-modernismo: a lógica cultural do capitalismo tardio. São Paulo: Atica, 2006.

KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Editora Perspectiva, 1987.

MARSDEN, C. et al. Assessing indirect impacts of the EC proposals for vídeo regulation. Santa Monica: Rand Corp., 2006. Disponível em: <http://www.ofcom.org.uk/research/tv/reports/>. Acesso em: 2006.

MARTIN-BARBERO, Jesus, Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. 6. ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2009.

MARX, Karl. O capital. São Paulo: Abril Cultural, 1983-1984. 4 v.

. Elementos fundamentales para la crítica de la economia política (borrador) 1857- 1858. Buenos Aires: Siglo Veintiuno, 1971. 3 v.

MOSCO, Vincent. The political economy of communication. Londres: SAGE, 1996.

MORRIS, Charles. Fundamentos de la teoría de los signos. Buenos Aires: Editorial Paidós, 1994. NAPOLEONI, Claudio. Curso de economia política. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.

NORA, Alain; MINC, Simon. L'Informatization de la societé. Paris: La Documentation Française, 1978.

O SIGNO. Lisboa: Editorial Presença, 1981.

PEIRCE, Charles S. Semiótica. São Paulo: Editora Perspectiva, 1977.

PYL, Bianca; HASHIZUME, Mauricio. Roupas da Zara são fabricadas com mão de obra escrava.

Repórter Brasil, 16 ago. 2011. Disponível em:

<http://www.reporterbrasil.org.br/exibe.php?id=1925>. Acesso em: 2011.

SARTORI, Carlo.O radio, um veículo para todas as ocasiões. In: GIOVANNINI, G. Evolução na comunicação. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1987. p. 213-245.

SCHILLER, Herbert I. Information and the crisis economy. Nova York: Oxford University Press, 1986.

SFEZ, Lucien. Crítica da comunicação. São Paulo: Loyola, 1994.

SILVEIRA, Sergio Amadeu. A Internet e o novo Cavalo de Tróia. PoliTICs, n. 10, p. 2-9, ago. 2011.

SINGER, Paul. Curso de introdução à economia política. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1975.

TAPSCOTT, Don. A inteligência está na rede. Veja, 13 abr. 2011.

THOMPSON, John. The media and modernity: a social theory of media. Cambridge: Polity Press, 1995.

VON FOERSTER, Heinz. Epistemology of communication. In: WOODWARD, Kathleen (Ed.). The myths of information. Londres: Routledge & Kegan Paul, 1980.

WILDEN, Anthony. Informação. In: ENCICLOPÉDIA Einaudi. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda. V. 34.

WILDER, Carol. Entretien avec Paul Watzlawick. In: BATESON, G. et al. La nouvelle communication. Paris: Éditions du Seuil, 1981.

WILLIAMS, Raymond. Marxismo e literatura. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

WINKIN, Yves. Présentation générale. In: BATESON, G. et al La nouvelle communication. Paris: Éditions du Seuil, 1981.

Downloads

Publicado

27/04/2012