Estéticas Insurgentes e Mídia-Multidão
DOI:
https://doi.org/10.18617/liinc.v10i1.704Palavras-chave:
Midiativismo, Midia Ninja, Estéticas, Audiovisual, Redes.Resumo
Nas jornadas de Junho de 2013 vimos emergir novas formas de midialivrismo e midiativismo em que a linguagem e a experimentação criam outra partilha do sensível. Uma experiência no fluxo e em fluxo, que inventa tempo e espaço, poética do descontrole e do acontecimento. Exprimir o “grito”, como escreveu Jacques Ranciere, tanto quanto tomar posse da palavra é o modo de desestabilizar a partilha do sensível e produzir um deslocamento dos desejos e constituir o sujeito político multidão. A importância das mídias on-line, mídias livres e midiativistas nesse grito desestabilizador nos parecem decisivas na constituição de uma nova forma de experimentar a politica. A multidão capaz de se autogovernar a partir de ações e proposições policêntricas, distribuídas, atravessadas por poderes e potências muitas vezes em violento conflito, constitui uma esfera pública em rede, autônoma em relação aos sistemas midiáticos e políticos tradicionais. Uma análise da experiência de transmissão ao vivo da Midia Ninja, sua relação com os processos do cinema e sua filiação e parte das chamadas revoluções P2P ou revoluções distribuídas em que a heterogeneidade da multidão emerge em sinergia com os processos de auto-organização (autopoiesis) das redes.
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