Guerras Culturais: Polarização, Mitos e Tipologia no Jornalismo

Autores

  • Celbi Vagner Melo Pegoraro Programa de Pós-Graduação em Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil https://orcid.org/0000-0002-4833-1023

DOI:

https://doi.org/10.18617/liinc.v19i2.6640

Palavras-chave:

Guerras Culturais, Jornalismo, Fake News, Polarização, Política

Resumo

Este artigo propõe analisar o jornalismo dentro no enfoque específico das Guerras Culturais, utilizando uma metodologia qualitativa fundamentada em pesquisa documental e bibliográfica. Seu propósito é examinar o jornalismo contemporâneo diante da polarização do debate público, desmistificando algumas concepções na área e propondo uma tipologia do jornalismo no contexto analisado. Apresentamos uma estrutura analítica para categorizar abordagens e perspectivas presentes na produção contemporânea de notícias, fomentando a análise crítica e permitindo uma melhor compreensão das dinâmicas culturais e ideológicas que moldam a apresentação e o consumo de informações na esfera pública. Outra questão de discussão é o papel de agências de checagem na apuração de fake news. O resultado demonstra que o jornalismo enfrenta muitas dificuldades não apenas para atualizar o modelo de negócio, como para retenção da credibilidade no cenário de polarização

Referências

ABRAMO, Perseu, 2003. Padrões de manipulação na grande imprensa. 1ª edição. São Paulo: Fundação Perseu Abramo.

BOND, Fraser F, 1959. Introdução ao Jornalismo. Rio de Janeiro: Livraria Agir Editora.

BOND, R., FARISS, C., JONES, J. et al, 2012. A 61-million-person experiment in social influence and political mobilization. Nature 489, 295–298. https://doi.org/10.1038/nature11421 DOI: https://doi.org/10.1038/nature11421

BURKE, Peter, 2018. Manipulating the media: a historian's view. Revista Brasileira de História da Mídia. V.7, n.1. Disponível em: https://www.ojs.ufpi.br/index.php/rbhm/article/view/7073 DOI: https://doi.org/10.26664/issn.2238-5126.7120187073

CARVALHO, Olavo, 2014. O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota. 13ª ed. – Rio de Janeiro: Record.

CHRISTOFOLETTI, Rogério, 2018. Padrões de manipulação no jornalismo brasileiro: fake news e a crítica de Perseu Abramo 30 anos depois. RuMoRes, [S. l.], v. 12, n. 23, p. 56-82. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2018.144229

COSTA, Caio Túlio, 2006. Ombudsman: o relógio de Pascal. 2.ed. – São Paulo: Geração Editorial.

DALRYMPLE, Theodore, 2014. A vida na sarjeta: o círculo vicioso da miséria moral. 1.ed. – São Paulo: É Realizações Editora.

DALRYMPLE, Theodore, 2015. Nossa cultura... ou o que restou dela: 26 ensaios sobre a degradação dos valores. 1.e. – São Paulo: É Realizações.

DARNTON, Robert, 1990. O beijo de Lamourette: a Mídia, Cultura e Revolução. São Paulo: Companhia das Letras.

DEJAVITE, Fábia, 2006. INFOtenimento: informação mais entretenimento no jornalismo. São Paulo: Paulinas.

ESSENFELDER, Renato, 2012. O editor e seus labirintos: reflexos da crise de paradigmas do jornal impresso. 266 f. (Tese de Doutorado). Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo.

FOLHA DE SÃO PAULO. Manual da Redação, 2021. São Paulo: Publifolha.

HUNTER, James, 1991. Culture Wars: The Struggle to Define America – Making sense of the battles over the family, art, education, law, and politics. New York: Basic Books.

JENKINS, Henry, 2009. Cultura da Convergência. São Paulo: Aleph.

KELLNER, Douglas, 2001. A cultura da mídia – estudos culturais: identidade e política entre o moderno e o pós-moderno. Bauru, SP: EDUSC.

KOVACH, Bill e ROSENSTIEL, Tom, 2003. Os Elementos do Jornalismo: O que os jornalistas devem saber e o público exigir. São Paulo: Geração Editorial.

LIPPMANN, Walter, 2008. Opinião Pública. Petrópolis, RJ: Vozes.

MARANHÃO, Carlos, 2016. Roberto Civita: o dono da banca — A vida e as ideias do editor da Veja e da Abril. São Paulo: Companhia das Letras.

MARTEL, Fréderic, 2015. Smart – o que você não sabe sobre a internet. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

MELO, José Marques de, 2012. História do Jornalismo: Itinerário crítico, mosaico contextual. São Paulo: Paulus.

MIRANDA, Darcy Arruda, 1995. Comentários à Lei de Imprensa: Lei 5.250, de 1967, sobre a liberdade de manifestação do pensamento e da informação. 3ª edição – São Paulo, SP: Editora Revista dos Tribunais.

RIESMAN, David, 1995. A multidão solitária. São Paulo: Perspectiva.

SERVA, Leão, 2001. Jornalismo e desinformação. 2.ed. – São Paulo: Editora Senac.

SWINGEWOOD, Alan, 1978. O mito da cultura de massa. Rio de Janeiro: Ed. Interciência.

THOMPSON, John B., 2000. O Escândalo Político – Poder e visibilidade na era da mídia. Petrópolis: Ed. Vozes.

THUSSU, Daya, 2007. News as Entertainment: The Rise of Global Infotainment. London: Sage. DOI: https://doi.org/10.4135/9781446220337

Downloads

Publicado

30/11/2023

Como citar

PEGORARO, C. V. M. Guerras Culturais: Polarização, Mitos e Tipologia no Jornalismo. Liinc em Revista, [S. l.], v. 19, n. 2, p. e6640, 2023. DOI: 10.18617/liinc.v19i2.6640. Disponível em: https://revista.ibict.br/liinc/article/view/6640. Acesso em: 27 abr. 2024.

Edição

Seção

Guerras Culturais: Informação, Política e Disputas Simbólicas