A relação literária dos leitores e as Humanidades Públicas. Reflexões a partir de um livro-álbum para crianças
DOI:
https://doi.org/10.18617/liinc.v19i1.6297Palabras clave:
Livro-álbum infantil, Literatura para a infância portuguesa contemporânea, Isabel Minhós Martins, Leitura literária, Humanidades PúblicasResumen
O texto que se apresenta é uma reflexão que parte da análise de um livro-álbum editado a pensar num pré-leitor, A Manta. Uma história aos quadradinhos (de tecido) (Martins e Kono 2010), em que o tema da leitura de objetos se relaciona com a iniciação à leitura literária e dela beneficiando. Indo ao encontro da temática do presente dossiê, o espaço cultural em que a biblioteca pública tem por missão construir-se e que, não uniformemente, pratica como espaço de convívio entre pessoas e livros em que estes são, simultaneamente, trampolins e alvos, modificou-se durante os dois períodos de confinamento entre 2020 e 2021. O contacto com o livro enquanto objeto manipulável que facilita a aproximação ao ato de ler em consonância com a linguagem visual que a arquitetura dos livros infantis contempla com especial cuidado, parece ter obrigado a regressar à audição como sentido primeiro para estes pré-leitores. A nossa leitura deste livro-álbum infantil é um exercício-modelo, que poderá replicar-se em sessões que vão ao encontro das metodologias das Humanidades Públicas, em que, não nos distraindo com o que o texto literário evoca ou sugere, nos fará a ele voltar para nos focarmos no plano que nele nos interessa. No presente caso, foi a atenção dada às histórias sobre ausências várias, que os objetos trazem consigo e que a leitura da literatura presentifica, mesmo na ausência do livro
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