Vigilância e anonimato em aplicativos mobile

um estudo sobre a privacidade em relações homoafetivas no digital

Autores

  • Manuela do Corral Vieira Universidade Federal do Pará. Belém, PA, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.18617/liinc.v12i2.900

Palavras-chave:

Privacidade, Anonimato, Identidade, Sociabilidade, Aplicativos de Relacionamento.

Resumo

Este artigo busca compreender de que forma homens que utilizam os aplicativos de relacionamento Tinder, Grindr e Scruff – considerando seus pontos de semelhanças e de especificidades, conforme serão detalhadas ao longo deste estudo – experienciam facetas de suas identidades e constroem práticas de sociabilidade, fazendo uso ou não do anonimato, na vivência de relações homoafetivas. Além disso, a pesquisa analisa de que forma estas plataformas digitais se configuram como heterotopias e “armários digitais”, nos quais os sujeitos desenvolvem formas de resistência e proteção a práticas de vigilâncias sociais on e off-lines.

 

Referências

AUTOR. Os jovens flâneurs.com: a construção e a liquidez da identidade no espaço das redes sociais da Internet. Belém: UFPA, 2013. Tese (Doutorado em Antropologia) – Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal do Pará, 2013.

BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Trad.: Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

BEZERRA, A. C. Privacidade, neutralidade e inimputabilidade da internet no Brasil: avanços e deficiências no Projeto do Marco Civil. Revista Eptic Online, v.16, n.2, mai./ago. 2014. Disponível em: http://www.seer.ufs.br/index.php/eptic/article/view/2276/1954. Acesso em: 07 nov. 2015.

CASTELLS, M. O poder da identidade. Trad.: Klauss Brandini Gerhardt. São Paulo: Editora Paz e Terra Ltda, 2010.

FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Trad. e Org.: Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 1979.

_____________. Outros espaços: conferência no Circuito de Estudos Arquitetônicos. Estudos Avançados. v.27, n.79. São Paulo: 1984.

_____________. Vigiar e Punir: o nascimento da prisão. Trad.: Raquel Ramalhete. 20. ed. Petrópolis: Vozes, 1999.

GALLOWAY, A. Protocol: how control exists after decentralization. Cambridge, MA: The MIT Press, 2004.

LANDOWSKI, E. A sociedade refletida: ensaios de sociossemiótica. Trad.: Eduardo Brandão. São Paulo: EDUC/Pontes, 1992.

LEMOS, A. Cibercultura e mobilidade: a era da conexão. In: XXVIII CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 2005. Rio de Janeiro. Disponível em: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2005/resumos/R1465-1.pdf. Acesso em: 14 set. 2015.

_________. Mídia Locativa e territórios informacionais. Disponível em: www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/andrelemos/midia_locativa.pdf. Acesso em: 05 nov. 2015.

_________. Internet brasileira precisa de marco regulatório civil. Disponível em: http://tecnologia.uol.com.br/ultnot/2007/05/22/ult4213u98.jhtm. Acesso em: 06 nov. 2015.

LÉVY, P. Cibercultura. 6.ed. Trad.: Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 2007.

MARCHANT, J. Scruff, app de paquera para o público gay, chega ao Brasil. In: Exame.com. 2013. Disponível em: http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/scruff-app-de-paquera-para-o-publico-gay-chega-ao-brasil. Acesso em: 04 out. 2015.

MATEEN, J. Brasil tem 10 milhões de usuários do Tinder; criador explica sucesso do app. In: Uol Notícias Tecnologia. 2014. São Paulo. Disponível em: http://tecnologia.uol.com.br/noticias/redacao/2014/04/23/brasil-tem-10-milhoes-de-usuarios-do-tinder-criador-explica-sucesso-do-app.htm. Acesso em: 03 out. 2015.

MISKOLCI, R. O armário ampliado - notas sobre sociabilidade na era da internet. Gênero, Niterói: Núcleo Transdisciplinar de Estudos de Gênero – NUTEG, v.9, n.2, 2009.

PAGANELLI, C. J. M. Anonimato e Internet: análise do princípio constitucional frente às recentes decisões do STJ. Âmbito Jurídico, v.94, p.1, 2011. Disponível em:

http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10615. Acesso em: 08 out. 2015.

RECUERO, R. Redes sociais na internet. Porto Alegre: Editora Sulina, 2009.

___________. Diga-me com quem falas e dir-te-ei quem és: a conversação mediada pelo computador e as redes sociais na internet. Revista Famecos: mídia, cultura e tecnologia, Porto Alegre. v.1, n.38, 2009. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistafamecos/article/view/5309/3879. Acesso em: 09 out. 2015.

___________. A conversação em rede: comunicação mediada pelo computador e redes sociais na Internet. Porto Alegre: Editora Sulina, 2012.

SEDGWICK, E. K. Epistemologia do armário. Cadernos Pagu. v.1, n.28, 2007.

SIMKHAI, J. Joel Simkhai, criador do Grindr: "Sei que é complicado conhecer outros homens". In: Portal iG. 2013. São Paulo. Disponível em: http://igay.ig.com.br/2013-03-05/joel-simkhai-criador-do-grindr-sei-que-e-complicado-conhecer-outros-homens.html. Acesso em: 05 out. 2015.

SIMMEL, G. In: MORAES FILHO, E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1983. p.165-181.

TURKLE, S. A vida no ecrã: a identidade na era da internet. Lisboa: Relógio d’água, 1997.

ZAGO, L. F. Armários de vidro e corpos-sem-cabeça na biossociabilidade gay online. Revista Interface, 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/icse/2013nahead/aop0513.pdf. Acesso em: 27 set. 2015.

Downloads

Publicado

30/11/2016

Edição

Seção

Privacidade e vigilância nos meios digitais