Absorção de conhecimento em Instituições de Ensino Superior: validação de um modelo de mensuração

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18225/ci.inf.v50i2.5246

Palavras-chave:

Capacidade Absortiva, Instituições de Ensino Superior, Competitividade, Desempenho

Resumo

A capacidade absortiva-CA proporciona a adaptação das organizações às alterações do ambiente. As IESs brasileiras, expostas ao ritmo acelerado de transformações no seu campo de atuação, preocupam-se com manterem-se competitivas. Nesse sentido, compreender, criar sentido e capacidade de adaptação ao ambiente externo oferece às IESs um grau elevado de competitividade, tornando indispensável a validação de instrumentos de mensuração de sua Capacidade Absortiva. Diante disso, este estudo teve o objetivo de validar um instrumento de mensuração da CA no contexto de IES, utilizando-se da visão dos gerentes de Tecnologia
da Informação. O método utilizado foi uma pesquisa quantitativa. O levantamento de dados utilizado foi do tipo survey, classificado, quanto aos objetivos, como descritivo, e, por se tratar de uma análise envolvendo inúmeras variáveis, a validação do instrumento de mensuração foi realizada por meio de uma análise fatorial confirmatória. A população selecionada corresponde a 414 IESs e a amostra totalizou 56 IESs situadas nos estados de RS, SC e PR. Das 20 variáveis iniciais observadas, foram identificadas baixas correlações em sete delas, resultando em um modelo de instrumento com 13 variáveis que possuem correlação com os fatores de primeira ordem da CA. Foram encontradas correlações baixas nas variáveis referentes a mecanismos de comunicação, rotinas e gatilhos para a ativação da busca ao conhecimento externo. O ponto positivo encontrado foi proatividade, mostrando que as IESs são proativas e não esperam que ocorra a mudança para depois se adaptarem, na visão dos gerentes de TI.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do autor

Rogério Ciotti

Doutorando em Administração pela Universidade do Oeste de Santa Catarina, (UNOESC) - Brasil.
Mestrado profissional em Administração pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC) - Brasil.

Jacir Favretto, Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC Universidade do Contestado - UnC

Pós-Doutorado pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEAC/USP) – SP - Brasil. Doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) –RS - Brasil. Professor da Universidade do Contestado (UnC) - Concordia, SC – Brasil. Professor na Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC) – Brasil.

Kristian Madeira, Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina - UNESC

Doutor em Ciências da Saúde pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) - SC - Brasil.
Professor e pesquisador da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) - SC - Brasil.

Referências

ALVES, Rogério dos Santos et al.. Dimensões da capacidade de absorção, qualificação da mão-de-obra e desempenho inovativo: Uma análise exploratória para o Rio Grande do Sul. Igarss, (1), 1–5, 2014.

BERTOLIN, J.C.G.. A Avaliação da Qualidade do Sistema de Educação Superior Brasileiro em Tempos de Mercantilização - Período 1994-2003. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul Faculdade de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação. 2007, 282 p.

BHATT, G. D.; GROVER, V. Capabilities and Their Role in Competitive Advantage: An Empirical Study. Journal of Management Information Systems, v. 22, n. 2, p. 253-277, 2005.

CAMISÓN, C.; FORÉS, B. Knowledge absorptive capacity: New insights for its conceptualization and measurement. Journal of Business Research, v. 63, n. 7, p. 707–715, 2010.

CAMPION, M. A.; CHERASKIN, L.; STEVENS, M. J. Career-related antecedents and outcomes of job rota- tion. Academy of Management Journal, 37: 1518– 1542. 1994.

CENSO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR - 2013 – resumo técnico. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2013. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/download/superior/censo/2013/resumo _tecnico_censo_educacao_superior_2013.pdf> Acessado em: 31/03/2016.

CHAUVET, V. Absorptive Capacity: Scale Development and Implications for Future Research. Capacidad de Absorción: Propuesta de Medida Y Contribuciones a Futuras Investigaciones., 19(1), 113–129, 2014.

COHEN, M.P.; BACADYAN, P. Organizational routines are stored as procedural memory: evidence from a laboratory study. Organizational Science, 5, 1994. 554-568.

COHEN, W.; LEVINTHAL, D. Absorptive Capacity : A New Perspective on Learning and Innovation. Science, 35(1), 128–152. 1990.

COOPER, Donald R.; SCHINDLER Pamela S. Métodos de Pesquisas em Administração. Porto Alegre: Bookman, 2003.

CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre: Artmed, 2010.

CUNHA, Luiz Antônio. Ensino Superior e a Universidade no Brasil. In: Lopes, E. M. T. Et al. 500 Anos de Educação no Brasil. Belo Horizonte, Autentica, 2000.

DA ROSA, Andreia Cunha; RUFFONI, Janaina. Mensuração da Capacidade Absortiva de Empresas que possuem Interação com Universidades. Economia e Desenvolvimento, v. 26, n. 1, 2014.

DADOS.GOV.BR: PORTAL BRASILEIRO DE DADOS ABERTOS. Tabela de áreas de conhecimento do ensino superior. Disponível em: <http://dados.gov.br/dataset/tabela-de-areas-de-conhecimento-do-ensino-superior> Acessado em: 30/09/2016.

DYER, J.H; SINGH, H.. “The relational view: Cooperative strategies and sources of interorganizational competitive advantage”, Academy of Management Review, v.23, n.4, p. 660-679, 1998.

FERREIRA, Luciene Braz e RAMOS, Anatália Saraiva Martins. Tecnologia da

Informação: commodity ou ferramenta estratégica?. JISTEM [online]. 2005, vol.2, n.1, p. 69-79.

FICHMAN, R.G.; KEMERER, C.F. The Assimilation of Software Process Innovations: An Organizational Learning Perspective. Management Science, v. 43, n. 1, p. 1345-1363, 1997.

FINK, A.; KOSECOFF, J. How to conduct surveys: A step-by-step guide. Beverly Hills: Sage, 1985.

FLATTEN, T. C.; ENGELEN, A.; ZAHRA, S. A. BRETTEL, M. A measure of absorptive capacity: Scale development and validation. European Management Journal, 29(2), 98–116. 2011.

FORNELL, C.; LARCKER, D. F. Evaluating Structural Equation Models with Unobservable Variables and Measurement Error. Joumal of Marketing Research (18), August 1981, pp. 39-50.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991. 207 p.

GOLD, A.H.; MALHOTRA, A.; Segars, A.H.. Knowledge management: An organiza- tional capabilities perspective. Journal of Management Information Systems, 18(1), 185–214, 2001.

GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em ciências sociais. Rio de Janeiro: Record, 1997.

HAIR, Joseph F. et al. Análise multivariada de dados. Bookman Editora, 2009.

HOTHO, J.J.; BECKER-RITTERSPACH, F.; SAKA-HELMHOUT, A. Enriching absorptive capacity through social interaction. British Journal of Management, 23(3), 383-401, 2012.

JANSEN, J. J. P.; VAN DEN BOSCH, F. A. J.; VOLBERDA, H. W. Managing potential and realized absorptive capacity: How do organizational antecedents matter? Academy of Management Journal, 48, 999–1015, 2005.

JIMÉNEZ-BARRIONUEVO, M. M.; GARCÍA-MORALES, V. J.; MOLINA, L. M. Validation of an instrument to measure absorptive capacity. Technovation, 31(5–6), 190–202. 2011

KOZA, M.; LEWIN, A. Y. The coevolution of strategic alliances. Organization Science, 9: 255–264. 1998.

LANE, P. J.; KOKA, B. R.; PATHAK, S. The reification of absorptive capacity: a critical review and rejuvenation of the construct. Academy of Management Review, v. 31, n. 4, p. 833-863, 2006.

LANE, P.; LUBATKIN, M. Relative absorptive capacity and inter-organizational learning. Strategic Management Journal, 19 (5), 111-125.1998.

MACEDO, Solande Madalena Souza; BARBOSA, Ricardo Rodrigues. Gestão da informação, da tecnologia da informação de comportamentos e valores relativos à informação em instituiçoes de ensino superior (IES) de Belo Horizonte. Brazilian Journal of Information Science, v. 7, n. 1, p. 137-153, 2013.

MALHOTRA, N. K. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.

MEIRELLES, D. S.; CAMARGO, A. B. Capacidades dinâmicas: o que são e como identificá-las? Revista de Administração Contemporânea, v. 18, n. Ed.Esp., p. 41-64, 2014.

MUROVEC, N.; PRODAN, I. Absorptive capacity, its determinants, and influence on innovation output: cross-cultural validation of the structural model, Technovation, 29 (12), 859-872. 2009.

NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento nas empresas: como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. Rio de Janeiro: Campus, 1997. 358 p.

ROBERTS, N.; GALLUCH, P. S.; DINGER, M.; GROVER, V. Absorptive Capacity and Information Systems Research: Review, Synthesis, and Directions for Future Research. MIS Quarterly, 36(2), 625–648, 2012.

ROSSATO, Ricardo. Universidade: nove séculos de história. Passo Fundo: Ediupf, 1998.

SAMBAMURTHY, V.; ZMUD, R.W. Arrangements for Information Technology Governance: A Theory of Multiple Contingencies. MIS Quarterly, v. 23, n. 2, p. 261-290., 1999.

SAMPAIO, H. O setor privado de ensino superior no Brasil: continuidades e transformações. Revista Ensino Superior Unicamp, 1, 28-43, 2011.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Da ideia de universidade à universidade de ideias. In: _______. Pela Mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. 7.ed. Edições Afrontamento: Porto, 1999.

SCHWARTZMAN, S. “Policies for Higher Education in Latin America: the Context”. Higher Education, 25, 9-20, 1993.

SZULANSKI, G. Exploring internal stickiness: Impediments to the transfer of best practice within the firm. Strategic Management Journal, 17, 27-43. 1996.

TOBÍO, Alfonso G.; PÉREZ, Juan C. P. (Org.). As políticas neoliberais na Universidade. 2005. Disponível em: <http://firgoa.usc.es/drupal/node/2444>. Acesso em: 14/04/2016.

VAN DEN BOSCH, F. A J.; VAN WIJK, R.; VOLBERDA, H. W. Absorptive capacity: Antecedents, models and outcomes. ERIM report series research in management ERS-2003-035-STR, p. 54 pages, 2003.

VAN DEN BOSCH, F.; VOLBERDA, H.; DE BOER, M. Co-evolution of firm absorptive capacity and knowledge environment: organizational forms and combinative capabilities. Organization Science, 10 (5), 551-568. 1999.

VEGA-JURADO, Jaider; GUTIÉRREZ-GRACIA, Antonio; FERNÁNDES-de-LUCIO, Ignácio. Analyzing the determinants of firm´s absorptive capacity: beyond R&D. R&D Management, v.38, n.4, p.392-405, 2008.

WANG, CATHERINE L; AHMED, P.. Dynamic Capabilities: A Review and Research Agenda. The International Journal of Management reviews, v. 9, n. 2007.

ZAHRA, S. A.; GEORGE, G. Absorptive capacity: A review, reconceptualization, and extension. Academy of Management Review, 27(2), 185–203. 2002.

Downloads

Publicado

31/12/2021

Como citar

Ciotti, R., Favretto, J., & Madeira, K. (2021). Absorção de conhecimento em Instituições de Ensino Superior: validação de um modelo de mensuração. Ciência Da Informação, 50(2). https://doi.org/10.18225/ci.inf.v50i2.5246

Edição

Seção

Artigos